Nas Profundezas do Lago - Dramione - 2ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 8
O anel de prata


Notas iniciais do capítulo

Olá babys,como estão?
Mais um capitulo para vocês e espero que gostem (=
Boa leitura a todos!!! s2



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Capitulo 08

Draco tinha os pensamentos longe de tudo o que o cercava naquele momento, em que estava na casa dos Weasley para um almoço comum de sábado. Pouco participava das conversas e quando participava, desviava a atenção e se perdia facilmente do que estava sendo conversado. No inicio ele era chamado a atenção pela roda de conhecidos, para voltar a realidade, mas com o tempo, viu que tudo aquilo não o interessava tanto, o que o fez se afastar e sentar no sofá da sala, longe de todos; deixando Arthur e os outros intrigados. Querendo entender a o que estava acontecendo, Arthur foi até Hermione que estava conversando animadamente, ao lado de sua esposa e filha, e lhe perguntou o que Draco tinha, que parecia estar em outro mundo.

— Descobrimos que Lucius está vivo! – Respondeu ela olhando de longe a figura de Draco.

— Mas como? – perguntou Molly intrigada.

Hermione então contou tudo o que ocorria. Contou sobre as investigações, sobre Iris e mais alguns detalhes que aconteceram naquela semana, o que deixou Molly aflita, nem ao menos conseguindo disfarçar. Explicou também, que ela não precisava ficar nervosa, pois já tinha aurores em Hogwarts e estavam investigando a mansão. Nas palavras de Harry e Rony, nada mais havia sido encontrado além daqueles itens, mas a movimentação na casa e ao arredor ainda continuava a todo vapor. Além de todos aqueles detalhes, Hermione também os contou que ela, Draco e Mia, iriam depois do almoço, até o cemitério deixar flores para a Narcisa. Por ser o dia em que a mãe do Draco faria aniversário, Hermione entendia o distanciamento dele daquele ambiente. As memorias dolorosas estavam o rondando.

— Deve estar sendo difícil para ele lidar com o dia de hoje e com o aparecimento repentino do pai. – Comentou Molly olhando para Draco com um olhar de compaixão, a qual o mesmo nem reparou.

— Muito...

— Papai diz que não sabe se vai consegui perdoar o vovô algum dia. – Comentou Mia, sentada ao lado de Gina nas cadeiras de madeiras próximas a mesa do almoço.

— Só o tempo vai dizer... – Comentou ainda olhando Draco de longe.

De repente a conversa foi encerrada com um barulho de aparatação no jardim. Era Harry chegando atrasado por conta do trabalho. Passou pela porta olhando para todos os presentes na sala e na cozinha, mas foi em direção a Draco. Ele precisava conversar sobre algo que estava o intrigando.

— Olá, Draco... – Disse se aproximando dele e se sentando no sofá, tirando do casaco um pequeno saco de plástico. – Como está?

— Bem e você? – Perguntou no modo automático. – O que é isso? – Disse olhando para o pacote que Harry tinha nas mãos.

— É sobre isso que queria conversar com você... Trouxe da analise e tem algo me intrigando.

— O que exatamente?

— Reconhece esse pingente? – perguntou Harry, entregando a Draco o saquinho plástico com o pingente dentro, o mesmo que encontraram na mansão na primeira vez que voltaram lá. Draco pegou o pequeno embrulho na mão e o girou para captar todos os detalhes daquele pingente. Não lhe era estranho, mas também não conseguiu se lembrar exatamente de onde o tinha visto. Vagou pelas lembranças de sua infância e adolescência em busca de algo o que relacionasse aquele objeto, mas nada veio.

Hermione se aproximou curiosa com a conversa que seguia e com o que Draco estava segundando. Ao se sentar ao lado do marido, pegou o pingente e ficou o observando.

— Não estou conseguindo me lembrar... – Comentou

— Amor, você comentou sobre uma pulseira da sua mãe, será que esse pingente não é dela?

— Pode ser, mas nunca reparei detalhadamente nela. Mas por quê isso é tão importante? O que encontraram? – Desviou o olhar de Hermione e voltou para Harry.

— Foi encontrado uma digital nela...

— De quem? – perguntou Hermione confusa.

— Da Aurora!

— Aurora? – Perguntou Hermione franzindo o cenho. – Tem certeza?

— Absoluta! – Disse Harry muito seguro de suas palavras.

— Isso quer dizer que ela também esteve na mansão, mas porque? – Questionou Draco tentando encontrar algum sentido para aquilo.

— O que faremos agora? – Perguntou Hermione.

— Temos que voltar na casa dela! – Respondeu Harry.

Draco suspirou frustrado. Quando achava que o nó iria de desenrolar, mais ele se apertava.

Ficaram mais algumas horas na toca conversando e averiguando possibilidades de tudo aquilo. Mas não demoraram para Draco, Mia e Hermione voltarem para casa. Enquanto Mia e Hermione foram para seus quartos afim de trocar de roupa, Draco permaneceu no andar debaixo com os pensamentos mais distante do que já estava. Sentou no sofá, desfrouxando a gravata, a qual parecia lhe sufocar e encarou o buque de rosas vermelhas em cima da mesa de vidro.  O buque era exatamente como a sua mãe gostava, cheio e com as rosas tão vermelhas que podia lhe transmitir calor e a elegância que sua mãe sempre exalava. A colocou na mesa para não correr o risco de esquece-la, mesmo que no fundo, ele sabia que não o faria. Draco estava se sentindo ansioso. Não tinha porque criar expectativa, mas fazia muito tempo que não ia e sabia que estar naquela capela não iria lhe trazer a sensação de conforto que tinha antes, porque hoje, ele vivia uma situação muito diferente da de anos atrás. Não demorou muito para Hermione e Mia aparecerem na sala, vestidas com roupas mais quentes, já que a temperatura estava mudando aos poucos, conforme a tarde caia. As duas foram ao encontro dele e juntos aparataram.

O cemitério não estava muito diferente do que ele se lembrava e tanto Hermione quanto Mia, ficaram surpresas com o quão lindo ele era. Durante o caminho Draco contou a elas como tinha sido aquele dia que teve que sepultar a sua mãe. Estava apenas ele, Snape e toda a sua raiva que sentia diante daquela situação. Contou que tinha enfrentado Voldemort e que por alguns instantes, desejou que ele o matasse, mas Draco sabia que não o faria. Era fácil demais acabar com a vida de alguém, pois o divertimento de Voldemort estava no sofrimento. Não no sofrimento da tortura, mas muito pior, no sofrimento da solidão e principalmente, da saudade. Voldemort nunca soube o que era nutrir esses sentimentos por alguém, mas sabia que era forte demais. Por isso, nunca cumpria as suas ameaças de fato, eram sempre apenas palavras, porque ele queria que Draco sofresse, sofresse todos os dias até o fim daquela guerra.

— Eu pensei em ser um agente duplo, mas Snape me disse que não era algo simples... – Não continuou porque Hermione chamou a sua atenção ao se deparar na capela que estava cada vez mais próxima deles.

— Draco... Tem alguém saindo de lá. – Comentou assustada. Draco olhou para a capela e realmente alguém estava lá. Ele entrou em alerta.

— HEY! – gritou para chamar a atenção do desconhecido. A pessoa misteriosa os encarou por alguns segundo sem saber bem que o fazer. Draco soltou a mão de Hermione e correu em direção ao desconhecido o que o fez reagir. O mesmo correu assustado em direção a uma floresta que tinha próximo ao cemitério, mas não entrou porque parou para observa-los. Draco parou na porta da capela com Hermione e Mia logo atrás sem entender o que estava acontecendo. Foi então que ele viu um objeto que não era estranho. Ele o conhecia muito bem. O anel estava caído na porta da capela. Draco o pegou e ficou o encarando por alguns segundos sem acreditar no que via. Ele conhecia muito bem aquele anel de prata com uma serpente e um crânio.

— Que anel é esse, Draco? – perguntou Hermione curiosa.

— É do meu pai... Era ele quem estava aqui! – Disse a olhando. Foi então que ele virou em direção para onde Lucius tinha ido. Draco tinha certeza que era ele. Mesmo não conseguindo o ver direito. Sentiu raiva e uma força sobre humana o atingiu, fazendo- o correr em direção a ele e só parando quando o alcançasse.

— DRACOO! – Gritou Hermione o vendo correr para a floresta. Apesar de confusa, ela sentia que devia fazer alguma coisa. Hermione correu atrás do marido junto de Mia, mesmo não sabendo exatamente para onde ele tinha ido. - DRACO! – o chamou desesperada. A temperatura estava caindo mais e ela estava com medo de algo ruim acontecer. Não conseguia ver direito para onde estava indo, mesmo com o auxilio da varinha por conta da forte neblina. Sabia que Draco estava com raiva, o que a preocupava ainda mais. – DRACO, CADÊ VOCÊ? 

— PAPAI! – Gritou Mia correndo ao lado da mãe.

Draco por sua vez estava longe, não fisicamente, mas mentalmente. Ele quase não as ouvia gritar. A raiva estava tão gritante dentro dele, que tudo a sua volta parecia sem risco algum. Ele nem percebia que estava numa floresta densa num fim de tarde. Que a sua esposa estava desesperada atrás dele junto com sua filha. Que o frio e a neblina tornava tudo mais complicado e que não iria conseguir alcançar o seu pai por mais que ele acreditasse que sim. Ele só tinha vontade de agarrar o seu pai e desconta-lo com grito e até socos toda a raiva que transbordava de dentro dele. Queria esfregar na cara dele todo o ódio que sentia do próprio pai. Queria o fazer se responsabilizar por tudo de ruim que ele viveu: A pressão de um sobrenome, a responsabilidade de uma missão que no fundo ele sabia que falharia. A morte de sua mãe e por todos os anos em que esteve preso em Azkaban. Draco queria e precisava jogar tudo isso na cara de Lucius, pois ele não aguentava mais carregar tudo sozinho.

— COVARDE! – Gritou ainda correndo atrás do pai, mas sua corrida terminou quando tropeçou em uma raiz de arvore. Maldita raiz de arvore. Foi então que Draco desabou. Toda a sua raiva virou frustração e só deu tempo dele dizer uma única coisa antes de ver seu pai aparatar e mais uma vez, o deixar para trás: - FOI TUDO CULPA SUA!

 ~*~

E de fato foi. Foi tudo culpa dele desde o começo. Esse também era um fardo que Lucius carregava todos os dias. Todas as semanas ia ao cemitério no final da tarde, afim de se sentir mais próximo de Narcisa, já que não tinha mais ninguém em sua vida. Não poderia ser diferente num dia em que seria um dia especial para ela.  Ia para lá e ficava por horas e horas escondido no escuro e lamentando tudo que causou a sua própria família. 

Quando aparatou na casa que estava morando não pensou duas vezes ao atirar qualquer coisa que via pela frente nas paredes. Precisava destruir tudo do mesmo jeito, que estava destruído. Ao ver que não tinha mais nada para quebrar, se jogou em sua poltrona e lembrou-se das palavras de Draco, que foram ditas com tanto ódio, que Lucius nem ao menos tinha o direito de discordar:

“FOI TUDO CULPA SUA!”

Aquelas palavras foram demais para ele. Sabia que Draco tinha todos os motivos para sentir tamanha raiva, por isso o peso delas, eram demais para ele carregar. Podia suportar a culpa, poderia suportar as más condições em que vivia, mas não podia suportar o ódio de seu filho que mesmo de longe procurou salvar naquela intensa batalha. Quase 15 anos longe de tudo e de todos, simplesmente, porque tinha medo. Medo de voltar a Azkaban e morrer mergulhado nos próprios remorsos sem que ninguém se importasse. Draco tinha toda a razão, ele não passava de um maldito comensal da morte covarde. Sempre foi.

O que fazer? Permanecer as escondidas do mundo e tendo a oportunidade de acompanhar a vida de sua família, mesmo que um pouco, ou se entregar e sofrer as consequências de seus atos?

Com esse questionamento em sua mente, Lucius se afundou na bebida até perder a consciência.

~*~

— DRACO, POR MERLIN! ONDE ESTÁ? – Gritou Hermione ainda a procura dele. Estava tão desesperada e cansada de toda aquela angustia, que estava prestes a chorar. Foi então que Draco tomou consciência da realidade que o cercava. Viu que estava numa floresta densa, tinha deixado a sua mulher e filha para trás e pode perceber o risco em que ambos estavam correndo. Não podia mais dar o luxo que agir sem pensar. Tinham uma filha agora. Não podia colocar a sua vida em risco, muito menos a delas.

— ESTOU AQUI, HERMIONE! – Gritou torcendo para que ela o escutasse.  – FIQUEM ONDE ESTIVEREM, EU VOU ATRAS DE VOCÊS! – Ele realmente desejou que Hermione não desse mais um passo para ir atrás dele. Não queria que algo de ruim acontecesse com ela e com Mia. Foi então que teve a ideia de mandar um sinal a Hermione, avisando-a de que estava bem. Nunca tinha feito algo desse tipo na vida, mas ele precisava tentar. Pensou, pensou e pensou. No inicio foi difícil, mas ele precisava se concentrar. Foi então que a lembrança mais feliz de sua vida apareceu em sua mente como num piscar de olhos. Tinha que dar certo.

— EXPECTO PATRONUM! – Proferiu o feitiço se concentrando ao máximo na sua lembrança mais feliz. Ao abrir os olhos não pode acreditar que tinha dado certo. Que foi capaz de proferir um feitiço como aquele. Logo ele que carregou por uma vida, um coração amargurado e muito machucado. Um tigre saiu de sua varinha e o cercou como forma de proteção. Era um animal enorme e muito imponente. Exalava elegância e voracidade. Definitivamente, combinava com ele. Não demorou muito até que foi surpreendido pelo abraço de Hermione.

— Meu Merlin! – Exclamou ela um pouco ofegante, mas muito surpresa. Hermione tinha escutado os gritos dele dizendo-a para permanecer onde estava, mas depois de avista o patrono a alguns metros, não se conteve e foi atrás de Draco. Quando o viu a primeira coisa que fez foi correr para os braços dele. – Nunca mais faça uma loucura dessas, Draco, por favor!

— Papai, você está bem? – Mia o olhos com os olhos assustados.

Draco assentiu.

— Me perdoem! – pediu, mas sem a soltar. – Eu tenho certeza de que era o meu pai quem estava na capela e eu precisava alcança-lo, mas não consegui. – Lamentou.

— Eu fiquei com tanto medo. – Disse Mia o abraçando.

— Está tudo bem agora... Vem... Vamos para a casa!

Ao encontrarem a casa exatamente como haviam deixado, Hermione mandou Mia para o banho, enquanto ela e Draco foram em direção ao quarto deles. Todos estavam exaustos. Nem ao menos conseguiu deixar flores na capela, como tanto planejou. Mesmo cansado e frustrado, Draco estava surpreso. A imagem do seu patrono não saia de sua mente. Foi nessa hora que ele pode perceber o quanto a felicidade podia ser poderosa para alguém. Sorriu ao lembrar-se do que pensou quando produziu o patrono:

Mia? – A chamou quando a viu parada na porta da sala de audiência depois do julgamento. Estava cansado, mas extremamente feliz. Não estava conseguindo lidar com as emoções que cresciam dentro dele a cada minuto que passava. Estava livre depois de treze anos. Estava com Hermione nos braços e finalmente, estava tendo a oportunidade de se aproximar de sua filha. Seu mundo parou quando a viu correr em sua direção e não tinha ninguém para impedi-la de chegar até ele.  O impacto do abraço foi tão grande e tão cheio de significado para ambos que Draco não continha mais nenhuma lagrima que caia de seus olhos. O que restou para ele, além de abraça-la apertado, era apenas agradecer. Agradecer pela pessoa corajosa que ela havia sido e principalmente, por não ter desistido dele, por mais que ele merecesse.

— Obrigado por tudo! – As palavras saíram engasgadas por conta do choro, mas de forma tão sincera que ninguém podia questionar o quanto de fato, ele estava grato.

— Eu te amo, pai! – Ouviu Mia dizer próximo ao seu ouvido com voz de choro, mas doce e infantil. – E a vovó não errou quando disse que iria ficar tudo bem! – Diante daquelas palavras, Draco a abraçou mais intensamente. Ele nunca mais deu credito a uma afirmação como aquela. Nunca mais tinha se deixado levar por aquela crença desde a morte de sua mãe, pois foi a ultima coisa que ela tinha dito a ele. Draco nunca entendeu como ela falava aquilo com tanta convicção, mas agora, com Mia nos braços, com Hermione ao seu lado e livre depois de anos, ele voltou a acreditar. Narcisa mais uma vez, sem saber, teve razão. No final, depois de tantas diversidades, Draco iria ficar bem.

— Eu te amo!

— Eu sinto muito por tudo, meu amor! – Disse Hermione se aproximando dele. – Não merecia estar passando por isso. – Disse lamentando. Draco virou de frente para ela e a abraçou apertado.

— Eu jurava que o alcançaria. Eu precisava alcança-lo.

— Não pense mais nisso, Draco! Ele será encontrado, poderá conversar com ele e dizer tudo o que quiser. – Disse lhe dando um beijo delicado nos lábios. – Vai tomar um banho... Ira se sentir melhor e mais relaxado.

— Tudo bem... Eu já volto! – Foi a vez dele beija-la delicadamente antes de seguir para o banheiro da suíte.

Deixou a agua quente cair pelo seu corpo por longos minutos enquanto mantinha os olhos fechados, recordando de todos os acontecimentos inacreditáveis daquele dia. Sua cabeça rodava e rodava o deixando praticamente zonzo. O anel de seu pai foi deixado jogado de qualquer jeito no criado mudo, a qual ele não tocaria nas próximas horas. Não estava afim de lidar com tudo aquilo. Saiu do chuveiro se sentindo um pouco melhor. Vestiu seu costumeiro pijama de algodão preto e voltou para o quarto encontrando Hermione sentada na cama lendo um livro.

— No que pensou? – Perguntou ela o vendo ir em sua direção e sentar ao lado dela na cama.

— Como assim? – Perguntou sem entender muito bem no que exatamente ela se referia.

— Quando produziu o patrono? No que pensou?

Draco deitou e se aconchegou, puxando Hermione para lhe abraçar.

— Pensei no dia da audiência quando finalmente me vi livre e tive Mia nos meus braços pela primeira vez. Desde o dia em que Parkinson foi até Azkaban para me contar sobre ela, eu ficava pensando o tempo todo como ela poderia ser. Cada detalhe dela.

— Sua genética é poderosa! – Comentou Hermione rindo e o fazendo rir também.

Uma batida na porta fez os dois cessarem as risadas e olhares para ela. Sabiam quem era.

— Oi, Mia! Entra! – Disse Hermione. Mia entrou devagar vestida com o seu pijama comprido rosa. – Está tudo bem?

— Está, mas não estou conseguindo dormir. Posso ficar um pouco aqui?

— Mas é claro que pode linda! – Disse Draco sorrindo para a filha. – Vem cá!

Mia foi até eles e deitou no meio dos pais como se fosse uma criancinha que tivesse aparecido no meio da noite com medo do monstro embaixo da cama.

— Do que estavam rindo? – Perguntou olhando para cada um.

— Seu pai estava me contando sobre a lembrança dele quando produziu o patrono. Era o dia do julgamento quanto te conheceu. – Contou sorrindo para a filha.

— Aquele dia foi um dos dias mais felizes que eu já tive. E eu adorei o tigre, achei que combina muito com você, pai! Muito mais do que uma serpente. – riu.

— Nada contra o tigre, mas não seria mal uma serpente. Melhor do que um leão! – Comentou em tom de brincadeira, se segurando para não rir da cara indignação de Mia e Hermione.

— Draco! Pai! – Disseram as duas juntas fingindo estarem ofendidas. Entre brincadeiras e risadas, a noite fria foi se aproximando deles cada vez mais e levando para longe todos os pensamentos de incertezas e angustia que os cercavam na maior parte do tempo.


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Notas finais do capítulo

Estou tão feliz em ter chego nesse capitulo, pois planejei ele quando ainda estava finalizando a primeira temporada, então pensei no nivel da minha ansiedade kkkkk Acredito que ele tenha sido bem intenso por todos os acontecimentos. Aparte que mais gostei de escrever foi a do cemitério. Foi triste, mas foi uma forma de Draco liberar, pelo menos um pouco, tudo o que esta entalado dentro dele em relação ao pai. Amei escrever também, a parte do patrono, pois apesar de todas as magoas, ele pode perceber que tinha lembranças felizes e que são muito mais poderosas do que as ruins.
Espero que tenham gostado e comentem o que acharam. Quero saber tudo s2
beijão a todos!!