Nas Profundezas do Lago - Dramione - 2ª Temporada escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 11
Um plano e uma decisão


Notas iniciais do capítulo

Eu nem esrou acreditando que esse capitulo saiu, meu Deus!!!
Espero muito que gostem s2



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Iris aguardava por Draco ansiosamente. Tinha acabado de receber alta do hospital e estava louca para sair de lá. Embora tenha sido muito bem tratada enquanto esteve ali, ela ainda tinha muito receio de permanecer naquele quarto claro e sem muito o que fazer, além do caminho até o banheiro que ficava perto do closet, o qual, estava vazio, por não ter nada, além da camisola que estava no corpo e a roupa ensanguentada do dia em que chegou. Alias, sabia que suas roupas foram lavadas e restauradas, mas Iris não as queria mais, por todas as lembranças ruins, que elas lhe traziam. Não via a hora de voltar para a escola e segui a sua rotina e sua vida, mas ao mesmo tempo, estava feliz pelo convite de Draco e Hermione para ela ir morar com eles. Iris tinha recebido um bilhete de Hermione, depois que Draco tinha ido lhe visitar, e ele mesmo lhe fez o convite. Por Iris estar receosa em aceitar, Draco foi pedir ajuda de Hermione para convence-la, já que sua esposa sempre tinha o dom nato, para lidar com os elfos, coisa que ele nunca soube. Por mais que Draco tenha mudado, depois de tudo que passou, ele ainda não sabia como se comportar em alguma situação.

Hermione escreveu demonstrando todo o carinho e cuidado que tinha por ela. Tinha lhe dito que ficou muito feliz pela iniciativa de Draco e que seria ótimo para ela estar com eles, pois Iris ainda precisava de cuidados e tanto ela, quanto Draco, precisavam de companhia. Draco não sabia coo dizer a elfa, mas no fundo, queria Iris em sua vida novamente. Queria lhe agradecer por tudo que ela havia feito antes, durante e depois da guerra. Queria he agradecer pela coragem e pela lealdade que teve por sua família, embora ela nunca tenha sido a mais acolhedora. Hoje ele conseguia ver nítido isso. Queria lhe agradecer pelos cuidados com Mia, porque ela sabia o quanto ela foi importante para a salvação dela, quando se permitiu ser lavada, no lugar de sua filha, mesmo que não tivesse outra opção.

O quarto de hospedes já estava preparado a sua espera. Na ultima visita ao hospital Draco fez questão de fazer um interrogatório, sempre tudo o que Iris gostava, pois era mais do que sua obrigação, deixa-la confortável e a vontade em seu novo lá. Draco não impediria de Iris voltar para Hogwarts se ela quisesse, pois não seria ele, quem lhe diria para não ir, já que foi lá, onde ela recomeçou, onde ela guardou os seus maiores segredos e se sentiu protegida, mas no tempo em que precisaria descansar e se recuperar totalmente, era com eles, que Draco, queria que Iris estivesse.

 Infelizmente, não consegui dizer com precisão o que tinha acontecido na noite em que tinha sido torturada. Toda vez que tentava se lembrar, seu corpo tremia, junto das lagrimas imperceptíveis, as quais se esforçavam para se manter dentro de si. Pelo menos duas noites por semana, Iris acordava no meio da noite assustada e suando frio, por conta dos pesadelos. Parecia tudo tão real: As masmorras da mansão, o chão e as paredes geladas, o homem desconhecido, a dor dilacerando o seu pequeno corpo, quase tão frágil, quanto de uma criança. Não fazia ideia de quem tinha entrado na casa, mas agradeceu a Merlin, por ter tirado o homem de perto de si. Foi naquele momento, que Iris fechou os olhos e se entregou exausta a escuridão, até o dia seguinte em que seus olhos se encontraram com os olhos verdes de Harry Potter, Foi somente ali, que Iris tomou consciência de que estava a salva.

Quando acordava no meio da noite, iria chamava por algum curandeiro que passava no corredor, e pediu para que visse, se ainda os aurores estavam de prontidão. Ao se certificar que sim e que estava tudo bem, Iris voltava a deitar a cabeça no travesseiro macio e se recolhia na noite, antes de tomar uma poção para dormir sem ter sonhos. Porem, durante o dia, algumas vezes, Iris se lembrava de algumas coisas durante a guerra. Flashs desconexos, mas que ela não conseguia identificar se eram reais, ou imaginação, devido ao trauma. Guardava suas lembranças apenas para si, até o momento em que tivesse a certeza que deveria contra a Draco e Hermione, apenas eles poderiam saber o que ela se lembrava.  Não sabia o quanto a lembrança poderia ser importante na altura dos acontecimentos, mas de alguma forma, Iris desejava que fossem uteis. Iris também esperava ansiosa para contar a ela, sempre a conversa que ouviu sem querer, entre Narcisa e Snape. Havia sido numa noite em que tinha apenas eles na mansão. Estava quase na hora do jantar e eles conversavam sobre um plano. Iris não pode ouvir tudo, mas pela expressão de Narcisa, era algo de extrema urgência e importância. Seus olhos acinzentados não eram capazes de esconder suas angustias. Iris permanecia a esperada de Draco, sentada na cama de hospital. Seus pela balançava no ritmo de seus pensamentos perdidos. Uma batida de leve na porta, chamou a sua atenção, mas um sorriso logo chegou ao seus lábios, quando avistou uma figura alta e imponente. Draco atravessou a porta de madeira branca, em silencio. Nada disse quando a avistou. Íris não fez qualquer objeção, pois sabia como ele era e como ele lidava com as coisas. Aos poucos foi se aproximando dela, até chegou ao encontro de uma cadeira próxima a cama e se sentar. Foi ai que ele pronunciou suas primeiras palavras.

— Esta pronta para irmos?

Iris assentiu sem deixar o sorriso escapar de seus lábios.

— Iris está sim, senhor Malfoy!

— Está precisando de alguma coisa?

— Não, senhor! Iris está bem! Iris só quer sair daqui...

— Eu imagino! Espero que goste do seu novo quarto!

Iris estreitou os lábios, devido a insegurança em relação ao seu pedido. Não que Draco fosse gritar com ela, mas a mesma tinha consciência, que aquilo poderia lhe machucar. Sabia o quanto ainda era doloroso, para Draco, falar a algo sobre Narcisa. Podia passar o tempo que for, os meses e os anos que forem, aquela ferida nunca iria se fechar.

— Senhor Malfoy... Será que poderíamos ir até o cemitério onde esta a senhor Malfoy? Iris gostaria de deixar umas flores. – Iris tinha ido outras vezes, mas ia sempre sozinha. Conjurava algumas rosas vermelhas do jeito que sua senhora gostava, e ficava o tempo que lhe cabia, antes de voltar para a escola e seus afazeres. Ela e Narcisa tinham uma relação distante, uma relação entre chefe a criado, mas existia muito respeito entre as duas. Narcisa não era como Lucius e o próprio Draco,  que lhe chamavam apenas quando era necessário, e quando não, nem se lembravam da sua existência. Narcisa lhe dirigia a palavra com tranquilidade e lhe dava um leve sorriso, quando algo lhe agradava. Iris, algumas vezes  que passava pela sala, quando ia para a cozinha, reparava em sua dona sentada no jardim, conversando com Aurora e observando as suas rosas plantadas no canteiro. Iris nunca soube o que levou Narcisa a gostar tanto de rosas vermelhas, mas ela lhe exigia que elas sempre estivessem intactas, lindas e vibrantes.

— Tudo bem, íris! – Disse depois de suavizar a sua expressão de surpresa pelo pedido. – Vamos apenas passar em casa, pois preciso buscar o buque que iria deixar lá, quando encontrei com o meu pai. Precisa também deixar um recado para Hermione e Mia sobre você e a nossa ida até lá.

Íris apenas assentiu.

~*~

O buque de rosas vermelhas estava bem firme em suas mãos. A chuva caia discretamente sobre o guarda chuva que protegia Draco e Iris, enquanto ambos seguiam para a capela da família Malfoy. Algumas gotas caiam sobre as pétalas, dando-lhes uma visão triste como era geralmente mostrado em filmes de drama. Desde o dia em que Draco tinha encontrado com seu pai naquele mesmo lugar, não pode voltar ali para deixar as flores como queria. Então, aproveitou o pedido de Iris e foram, mesmo que Draco quisesse que Mia e Hermione, estivessem com eles. Sabia que Hermione estava ocupadíssima no Ministério na audiência de Harry e Mia em Hogwarts. Não tinha a intenção de tira-la de lá num dia corrido como aquele, mas mandou um bilhete para a filha, lhe contando sobre a elfa e sobre a sua pretensão de ir ao cemitério, prometendo-a que voltariam. Draco não tinha a pretensão de deixar de ir visitar a sua mãe sempre que pudesse.

— Como está a menina Mia? – íris perguntou enquanto andavam pelo gramava sendo lavado pela chuva.

— Ela está bem, Iris... Não se preocupe! Tem aurores em Hogwarts e ela está segura.

— Aurores em Hogwarts? – Perguntou assustada. Por conta dos dias em que esteve internada, Iris não sabia de muitas coisas em relação ao que estavam acontecendo. Draco a encarou por alguns segundos, e começou a contar a elfa os últimos acontecimentos. Íris não o interrompeu em nenhum momento. Ela só se manifestou quando Draco lhe perguntou sobre o seu pai e sobre o que ela se lembrava daquela época, mas Iris apenas negou com a cabeça. O que Draco não sabia, é que Iris apenas estava tentando tomar coragem para contar sobre uma conversa que tinha escutado entre Snape e Narcisa.

— Sei que está cansada íris, mas eu preciso que se lembre de algo.

A elfa suspirou

— Pode entrar! – Disse Draco dando passagem para Iris entrar na capela. Os olhos grandes da elfa passaram por todo o local. Tudo era exatamente como se lembrava da ultima vez em que esteve ali. Andou a passos lentos até a lapide que tinha o nome de Narcisa escrito em dourado. Tudo era tão bem cuidado e luxuoso, muito diferente dos cemitérios que costumava ir, quando morria algum conhecido seus. Aqueles cemitérios típicos de filmes de terror, que deixava tudo ainda mais sombrio. A primeira coisa que fez, foi conjurar um buque de rosas vermelhas como ela sabia que sua senhora gostava. Deixou com cuidado o buque de rosas no chão ao lado do outro buque deixado por Draco.

Suspirou triste.

— Tem algo que Iris deve contar...

Se manifestou depois de um tempo

— O que quer me contar? – perguntou Draco surpreso.

— Uma vez Iris ouviu uma conversa entre a senhora Narcisa e o senhor Snape. Só tinha eles na mansão e estava na hora do jantar. Parecia que eles planejavam algo, tinham um plano.

Maio de 1997

Faltava poucos minutos para o badalar do relógio, o qual marcaria a hora do jantar. Iris estava terminando de preparar a comida, que estava a espera de Snape e Narcisa na sala de jantar. Só haviam eles na imensa mansão e ainda sim, a casa era tão sombria, como quando, tinham todos os comensais da morte para uma reunião com Lord Voldemort. Suas mãos se apressavam, ao mesmo tempo, em que colocava a cozinha em ordem, como Narcisa sempre a exigia. Ajeitou tudo que tinha preparado em luxuosas bandejas de pratas e usou sua magia para conduzi-las até a sala. Antes de seguir o seu caminho, olhou para tras para ver se de fato, tinha deixado tudo em ordem, senão, passaria a noite se fosse necessário, só para deixa-la impecável. Conforme foi se aproximando do corredor que a levaria até o cômodo, que sua senhora estava, Iris já podia ouvir as vozes de ambos, conversando sobre algo que parecia muito importante. Narcisa tinha a voz delicada, mas ao mesmo tempo, apreensiva, muitas vezes até parecia que estava chorando. Narcisa quase implorava para que Snape cumprisse uma promessa, que Iris desconhecia. Não havia sido chamada até que momento, mas continuou a ouvir, mesmo que não devesse.  

— Me promete mais uma vez, Severo! Esteja com Draco e Lucius até tudo isso acabar. – Sua voz era tremula. Quanto falava, Narcisa mantinha sua mão segurando a de Snape, como se aquele gesto, fosse um reforço para o que estava dizendo.

— Sabe que irei cumprir Cissa! Tudo irá dar certo. Não se preocupe. Eu já escondi o bilhete no lustre como me pediu, ninguém irá desconfiar. Sobre o que combinamos, também já está sendo preparado.

— E se algo der errado?

— Nada dará errado, Cissa. Confie. Desde que Draco recebeu a missão para matar Dumbledore, estamos nos preparando. Não tem como dar errado. – Disse olhando para a mulher ao seu lado. A mão de Narcisa sobre a sua era indiferente. Snape consegui sentir o medo vinda dela. Porem, ele estava muito seguro de suas palavras. Tudo foi pensado com muito cuidado.

— Quando estará pronto?

— Logo, estou apenas conferindo algumas coisas. Irei te avisar.

Cada vez que Iris se aproximava, mais cuidado ela tinha. Não queria passar a impressão de que estava espionando.

 -  Você conversou com Aurora?

— Não!

— Não contou a ela sobre o plano, contou?

Narcisa negou.

— Só vou procura-la no momento certo.

Snape respirou aliviado.

— Onde esta a elfa com o jantar?

Iris nem esperou que a chamassem, aparecendo na sala com a comida para ser servida. Colocou tudo com calma na mesa decorada com louças finas e delicadas. Não se atreveu a olhar para nenhum deles, enquanto fazia o seu trabalho.

— Iris! – Narcisa a chamou.

— Sim senhora?

— Se caso ouviu alguma coisa, não conte a ninguém. - Narcisa foi firme.

— Iris entende!

— Que plano será esse? E que bilhete é esse que Snape escondeu?

Iris deu de ombros e Draco não se importou, já que imaginava que Iris não se meteria em maiores problemas para descobrir algo. – Se lembra de mais alguma coisa, Iris?

— Talvez os Aurores podem responder o senhor, senhor Malfoy! Não, Iris não se lembra. Mas Iris promete que se Iris lembrar de algo Iris conta para o senhor Malfoy.

— Quando voltarmos para casa, íris, vou precisar ir até o Ministério, tudo bem em ficar sozinha?

Iris assentiu.

— Hermione já deixou tudo preparado para você lá em casa, não vou demorar.

— Iris vai ficar bem, senhor Malfoy! – sorriu para o homem ao seu lado.

~*~

Suspenso.

Suspenso por dois anos de suas principais atividades dentro do Departamento de Aurores. A sentença foi proferida calmamente por Maggie, depois de horas de audiência junto a corte. Aquela simples palavra ainda martelava na cabeça de Harry a todo instante, pois era muito difícil acreditar no que estava acontecendo. Harry tinha a consciência que poderia ficar afastado dos casos, mas no fundo, bem no fundo, ele ainda procurava ter esperanças. Agarrava-se e ala como se sua vida dependesse dela, e dependia. Mas infelizmente, seus erros cometidos no passado, não tinham desculpas ou reversão.

Quanto a sentença saiu, Harry encarou Hermione, como se lhe implorasse por socorro. Como se esperasse dela, alguma ideia brilhante, que pudesse diminuir suas angustias, assim como, ela sempre fazia quando se metia em alguma encrenca na escola, ou precisavam escapar de perseguições durante a guerra. Porem, ele sabia que não viria. Os olhos castanhos de Hermione lhe demostraram compaixão. Compaixão pela história que tinham. Compaixão, porque ela sabia o quanto era importante para o amigo, o departamento em que trabalhava. No entanto, Harry também sabia que Hermione zelava pela justiça de Draco. Justa como era, Harry sabia que sua melhor amiga estava pensando também no marido e nos anos que ele havia passado numa cela em Azkaban, sem ao menos, ter a oportunidade de conhecer a própria filha. Hermione naquele momento pensava também, em sua família.

Por incrível que pareça, Harry não sentia raiva de Hermione ou de Draco. Harry não sentia raiva de ninguém, nem dele mesmo. Ele apenas lamentava. Lamentava por ter sido tão impulsivo e rancoroso, em um momento em que tudo deveria ter sido analisado com muita cautela, ainda mais, no final de uma guerra, quando tudo estava frágil demais e haviam tido muitas perdas.

Um “sinto muito” saiu dos lábios de Hermione, sem que ela precisasse emitir um único som. Os olhos de ambos se mantiveram conectados um com o outro, ate Harry ouvir o restante da sentença. Harry tinha três mêses para preparar alguém de confiança para ocupar o seu lugar. Ainda poderia exercer suas funções dentro de departamento no dia a dia, como na orientação e no treinamento dos novatos. Porem, estava estritamente proibido de se envolver em casos, principalmente, o caso da mansão Malfoy e em tudo que estava relacionado.

O ar em seus pulmões foi o deixando à medida que os minutos passavam. De Hermione seus olhos foram em direção a cadeira vazia, a qual seria de Rony. Diferente de outras audiência em que participavam, dessa vez Rony não poderia comparecer, já que logo ele também seria intimado. Assinou os documentos necessários em silencio, enquanto ouvia ao longe, os comentários das pessoas que deixavam os seus lugares. Maggie estava tão silenciosa quanto ele. A vida do homem a sua frente, passava como um filme. Lembrou-se de quando o conheceu pessoalmente pela primeira vez quando foram apresentados pelo ex ministro Kingley. Tão jovem e determinado. Disposto a fazer de tudo, para que nada de ruim acontece com mais ninguém. Com a coragem correndo em suas veias. Maggie passou a admira-lo ainda mais. Recolheu os papeis e deixou a sala como os outros, Não quis olhar para trás. Harry ficou sozinho na imensa sala circular, tentando se reorganizar mentalmente sobre o trabalho e sua vida. Harry torcia para que tudo desse certo do final.

Não se atreveu a encarar ninguém que passasse do seu lado, quando andava pelos corredores em direção a sua sala. Queria apenas se trancar lá pelo resto da tarde sem ser incomodado para ninguém. A primeira coisa que faria, seria mandar um bilhete para Gina, lhe contando o que tinha acontecido. Não fazia a menor ideia de como seria os próximos dias, mas agora teria que escrever novas paginas de sua história, até o dia em que poderá voltar a se envolver mais intensamente nos casos como tanto gostava. No momento teria apenas que ficar olhando de longe.

Harry já sabia quem ocuparia o seu lugar e estava muito seguro de sua escolha. A pessoa que ocupava a sua mente era o seu braço direito assim como Rony. Sempre foi muito empenhado em suas atividades e muito certo do que queria. Ter um cargo reconhecido como o do Harry era tudo que ele almejava e Harry reconheceu que era merecido. Marcaria logo uma reunião para anunciar a sua decisão e tinha certeza que não iria se arrepender.

Mesmo evitando ao máximo, não pode deixar de cruzar com Rony passando pelo corredor. O homem de cabelos ruivos parecia tão cabisbaixo quando Harry. Sua expressão parecia cansada. Olhou para o amigo receoso do que fazer e dizer. Era notável que Rony estava apreensivo com os próximos dias, em que recebia o comunicado sobre a sua audiência de afastamento. Rony havia sito tão errado quanto Harry.

— Eu mal consegui dormi a noite, preocupado! – Disse Rony com a voz frágil por conta da chateação e angustia que estava sentindo. – Logo será a minha vez! – Lamentou.

— Eu sinto muito por isso, Ron! De verdade!

— Eu sei, mas sabíamos muito bem que estávamos fazendo, Harry!

Harry encarou o chão de mármore escuro.

— Já sabe quem irá te substituir? – Perguntou Rony depois de alguns minutos em silêncio. – Hermione pediu para eu te avisar para marcar a reunião logo e anunciar. Assim poderá ter mais tempo para prepara-lo.

Harry assentiu.

— Será logo!

~*~

Draco sabia que precisava ser rápido. Sabia que Hermione estava com muitos problemas para resolver, ainda mais, com a suspenção de seu melhor amigo. De seu companheiro, de seu confidente e parceiro de luta. Alguém que esteve presente em sua vida, muito antes dele entrar. Hermione tinha o semblante cansado e triste e Draco a entendia. Draco e Harry nunca seriam amigos. Os dois apenas conseguiam ter uma conversa saudável, mas nunca passaria disso. O “menino que sobreviveu” havia lhe condenado a prisão perpetua. Havia lhe tirado muitas coisas, embora no fundo, Draco sabia que tinha uma parcela de culpa. Porem,  entendia o quanto, para Hermione, Harry era importante e era nessas horas, que ele se via num fogo cruzado, pois não fazia ideia do que dizer e fazer. Embora seus primeiras intenções fosse sempre em conforta-la.

Demorou para Hermione aceitar o convite para saírem e irem tomar um café. Seria algo bom para os dois no final. Draco precisou dar uma insistida, mas Hermione acabou aceitando. Escolheram um café próximo ao Ministério, onde costumam ir, quando sobre tempo para ambos. O lugar era simples, mas muito aconchegante. E com o melhor café da região. Cruzaram a porta do estabelecimento, já sendo recepcionados pelo gerente, o senhor Milton, um homem alto, corpulento, de pele clara e barba e cabelos grisalhos. Muito simpático a atencioso por sinal. Não estava cheio e como era localizado na Londres muggle, não tinham com o que se preocuparem com cochichos desnecessários de pessoas que não tinha absolutamente nada haver com as suas vidas. Escolheram uma das mesas que ficavam na janela e também, próximo aos toaletes. Hermione se sentou primeiro em uma das cadeiras, que foi afastada educadamente por Draco. Se ajeitou confortavelmente, enquanto o via fazer o mesmo. Puxou o cardápio para dar uma olhada nos itens da casa, mesmo sabendo, que pediria o de sempre. Milton se aproximou na mesa com sutileza, e com o seu costumeiro bloco de notas. Ele nem perguntou o que iriam quere, já foi certeiro, apenas confirmando se seria o mesmo. Tanto Draco quanto Hermione lhe respondeu que “sim”. Milton deixou a mesa do mesmo jeito que chegou: discreto.

— O que está acontecendo Draco? – Se manifestou Hermione, após deixar o cardápio de lado. – Você chegou aflito no Ministério! Aconteceu alguma coisa com a Iris, enquanto estava no cemitério?

Hermione tinha a expressão preocupada.

— Não... Ela está bem! – Tratou de tranquiliza-la. – Mas ela me contou algo, que não sei o que pensar.

— O que seria?

— Me contou sobre uma conversa que ouviu entre a minha mãe e Snape, uma vez. – Então Draco começou a contar como foi a conversa. Contou tudo nos mínimos detalhes. Hermione, por sua vez, não o interrompeu, mas assim que ele finalizou a sua história, ela engoliu seco.

Ainda não tinha contado para o marido a respeito o bilhete que tinha sido encontrado na mansão. Ela, Harry e os outros aurores, haviam feito um acordo que manter segredo, pelo menos por enquanto, quando não tinham muitas informações. Nem a resposta de Mia, Hermione tinha recebido ainda, a respeito do livro de capa vermelha. Hermione ainda mantinha as esperança que a filha pudesse encontra-lo.

— Draco... Olha... Os aurores encontraram um bilhete no listre no quarto do Snape. Era um bilhete que ele dizia que deixava memorias, as quais eram uma forma de cumprir uma promessa.

— Por que não me contou, Hermione? – Draco perguntou indignado. Odiava quando escondiam algo dele.

— Não temos informações nenhuma, Draco! Depois daquele dia no cemitério, que encontrou o seu pai, depois o caso da Aurora... Eu e Harry achamos melhor te poupar, pelo menos até termos algo concreto.

Draco suspirou frustrado. Hermione continuou.

— Luigi e Theodore foram até a casa de Snape para ver se encontram alguma coisa, mas só descobriram um retrato que estava o seu pai, sua mãe  e o professor. Porem, atrás tinha uma mensagem parecida com o outro bilhete. Luigi também encontrou algumas anotações.

— Ainda não consigo acreditar que Nott virou auror, ele nunca quis isso. – Interropeu Hermione, mas logo balançou a cabeça para voltar ao foco. – O que tinha nas anotações?

— Era uma lista com algumas observações escritas em código. Parecia ingredientes do poção, mas nada que eu me lembrasse de ter visto algum dia. Entre as anotações tinha uma palavra em especial: Rigormorts, ela sim, já tinha visto antes, mas não consigo me lembrar de quando e onde eu a vi.

— Mas que droga é essa?

— Eu não sei... – Suspirou frustrada e cansada. Hermione desviou o olhar de Draco e focou na rua e nas pessoas que passavam no lado de fora. A chuva caia sem violência, acompanhada pelo sol fraco da tarde. Já estava cansada de tudo aquilo. Cansada de tanto mistério, sem encontrar uma resposta. Cansada das coisas surgirem em sua vida e não saber como resolve-las. Porem, ela apenas precisava ter um pouco mais de paciência, as respostas que ela tanto quer, não iria demorar a chegar, pois em algum canto pela cidade, Lucius andava a passos lentos, e tão cansado quanto ela. A única diferença entre eles, é que Hermione iria para casa depois de um dia exaustivo, Já Lucius, estava indo a caminho de Azkaban. Ele tinha decido. Estava indo se entregar. Faria isso pelo seu filho e pela sua família. Não valia mais apenas continuar escondido do mundo. Se era para estar com a solidão, iria tê-la fazendo o que era certo e não sendo o maldito covarde, que foi a vida inteira. 


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Notas finais do capítulo

Ai ai... Depois de tanto tempo longe, tinha até me esquecido como era bom terminar um capitulo, do jeito que planejei kkkk
Reescrevi esse capitulo duas vezes e finalmente fiquei satisfeita. Sei que a história pode estar um pouco enrrolada, mas não me odeem por isso kkkk Aproveitei também o tempo para reorganizar as minha ideias e vou seguir o baile XD
Tres coisas muito importantes aconteceu nesse capitulo. Temos a lembrança da Iris, a suspensão do Harry e o Lucius se entregando, agora so nos resta saber para onte tudo isso vai nos levar e onde tudo vai se encaixar. Já estou com cada coisa na mente, que estou ate com medo kkkk Espero que vocês tenham gostado e logo nos veremos novamente!! S2



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