Além de uma vida escrita por Ania Lupin


Capítulo 5
Esperança




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Ponto de vista de Esme

Tinha começado com pequenas brigas, não mais que uma por mês, nunca por nenhum motivo realmente sério. Ninguém naquela casa conseguia tocar num assunto mais sério desde aquele ano negro, nem mesmo Emmett abria a boca para falar sobre o assunto que incomodava a todos.

Por mais que tenha se passado vinte anos, para nós ainda parecia tão recente! Era como se eu olhasse para aquela porta, e esperasse Edward passar por ela a qualquer minutos, rindo enquanto implicava com Jasper. Era como se-

Suspirei, sacudindo a cabeça.

Desde o começo do ano éramos apenas nós dois naquela casa, grande demais para apenas um casal, pequena demais para todas as discussões. Emmett e Rosalie haviam finalmente desistido de tentar continuar ali e um dia simplesmente arrumaras suas malas e sumiram no carro amarelo que uma vez havia sido de nossa mais velha. Não avisaram para onde estavam partindo, ao menos não para mim. Eu também não me importava o suficiente para perguntar. Com o que me importava nesses últimos anos?

Talvez Rose tenha razão, talvez eu tenha mesmo apenas me importado em fazer a existência de todos que viviam ao meu redor um inferno – como se nossas vidas já não estivessem suficientemente ruins, que tivessem que piorar ainda mais com meu comportamento. Gritos, discursos de ódio, todos os dias colocando a culpa em cima de meu marido: por ele ter me transformado, por ele me fazer novamente perder um filho, por ele não ser corajoso o suficiente para enfrentar a todos em Volterra. Como se qualquer coisa que tivesse feito - justo ele - fosse pensando em me prejudicar.

Sempre achei que o primeiro ano fosse ser o pior, com todos lamentando a perda. Comigo tentando fazer Edward ter alguma reação, tentando alimenta-lo de alguma forma. Com Carlisle não mais indo trabalhar, e ficando em casa para ver se aquilo melhorava o ânimo de alguém. Ele havia tentado. E eu o havia culpado até mesmo por isso.

No segundo ano, Edward foi embora. Saiu pela porta uma tarde, sem nenhuma palavra, e em nenhum momento o pai o impediu. Emmett tentou convencê-lo a ficar, mas não pareceu ser ouvido em nenhum segundo: era como se não houvesse mais vida nenhuma no meu filho – apenas estava ali, indo embora para algum lugar que talvez nem ele mesmo sabia onde ficava.

Não ouvíamos nada sobre Edward há anos. Deixávamos mensagens que nunca eram respondidas, esperando que ele continuasse vivo, em algum lugar.

Foi no terceiro ano que as brigas realmente começaram. Havia dias em que eu nem mesmo suportava ver meu Carlisle, quanto mais que ele me tocasse. Por muito tempo considerei sair dali, me distanciar numa tentativa de melhorar os ânimos, mas como poderia fazer isso com o que restava da família? A decisão de Jasper ao fazer o que eu desejava havia sido sensata – conviver sentindo seu sofrimento constante só pioraria tudo, e ele sabia disso ao sair pela porta. E eu invejava a facilidade que ele teve em partir daquele inferno, se tornando professor de história em uma universidade de Seattle, pelo que pude ouvir em uma das poucas conversas que tive com meu marido nos anos seguintes.

Houve um tempo, pelo décimo quinto, ou décimo sexto ano, que por um momento tudo parecia ter melhorado. Nos mudamos para Manchester, e os novos ares pareciam aliviar o ânimo de todos, principalmente o meu – era como nos velhos tempos, como antes de Bella. Mas a visita de Jasper – depois de tanto tempo! – fez tudo voltar a desabar. Ele sofria tanto, e eu me senti quase o traindo tendo aquele mínimo de felicidade que me permitira. Ao mesmo tempo, fiquei com raiva daquele meu filho - o que com certeza teve a vida mais sofrida, e não merecia sentir qualquer coisa de ruim vinda de mim. Bastaram dois dias para ele partir novamente.

Depois daquele evento, as brigas eram muito mais constantes. Queria saber como Carlisle conseguia suportar aquilo todos os dias, quando muitas vezes eu mesma – quem iniciava todas as discussões – não suportava.

Já eram quatro e meia da tarde de sexta feira, e a última vez que vira meu marido naquela semana fora segunda. Ele havia voltado para casa na quarta, mas desde o começo do mês de novembro Carlisle 'dormia' no hospital, pegando todos os plantões possíveis. Quatro horas e trinta e seis minutos. Tentava não pensar em nossa última briga, a pior que tivemos até hoje. Ele não merecia ouvir nenhuma daquelas palavras faladas com tanta amargura, ele não merecia nada daquilo que eu estava fazendo – ainda assim, ali ele estava, ao meu lado, como se estivesse mesmo sentindo-se culpado por tudo. O que eu estava fazendo? Por que não conseguia parar de agir assim?

Liguei para o hospital, mesmo sabendo que não precisava me preocupar com nada mundano, mas não obtive a resposta que queria. Carlisle saíra de lá pela manhã, em torno das sete, e não haviam lhe chamado de volta para nenhuma emergência. Tentei o celular, que tocava até cair na caixa postal. Não era como se eu tivesse que me preocupar, era lógico que ele estava bem, o que de mal poderia acontecer com um vampiro no meio de Manchester?

Mas quando vi sua Mercedes estacionar na enorme garagem, fiquei mais aliviada do que gostaria de admitir. Corri para ele, e por um momento, outra vez, eu era a esposa carinhosa que se perdera há tanto tempo, feliz pelo marido ter retornado a casa. O abracei forte, sem nem mesmo lhe dar tempo de tirar o sobretudo.

"Esme." E ele sorriu, um sorriso que alcançou seus olhos, antes de afundar a cabeça no meu cabelo. Seus braços estavam ao meu redor, e por um pequeno instante, tudo era como antigamente.

"Está tudo bem?", perguntei, o vendo pendurar o sobretudo na entrada, seu braço voltando para minha cintura, me conduzindo para o sofá. Só quando nos sentamos foi que ele voltou a falar.

"Está sim." O sorriso ainda não havia deixado sua face. "Tive um dia um pouco difícil, houveram algumas emergências no trabalho hoje, então precisei ficar por lá mais um tempo." Congelei na mesma hora em que ouvi aquilo, e minha nova tensão não passou despercebida. Eu mesma não queria que passasse. Outra vez, qualquer ponta de afeto se fora. "Meu amor, está tudo bem agora-"

"Você não estava no trabalho." No segundo seguinte estava de pé, do outro lado da sala, tentando ignorar a nova dor que se formava dentro de mim. Em todos esses anos – por piores que eles tenham sido – nunca houve alguma mentira por parte de um de nós dois. E agora ali estava ele, olhando nos meus olhos e me falando que estava no hospital como se realmente tivesse passado todo seu dia por lá.

"Esme, por favor," A voz dele já não parecia mais tão feliz, apesar do sorriso ainda continuar em seus lábios. Ele tentou ir até mim, mas isso só me fez afastar-me mais alguns passos. "Querida-"

"Onde você estava?" Tentei ao máximo deixar minha voz firme, mas ainda assim ela acabou falhando no final, abafada com lágrimas que nunca iriam cair.

Não sabia o que pensar. Onde ele poderia estar por todo aquele tempo, se não no hospital? Fugindo da esposa amargurada nos braços de alguém agradável foi a primeira coisa que me veio a cabeça. Quando um parceiro mentia, quando um parceiro chegava mais feliz em casa, por mais insuportável que seja o lar, havia algo. Alguém. Minha maior certeza, durante todos esses anos, erar a de que Carlisle nunca faria isso comigo. Mas a segunda maior era a de que ele nunca falaria mentiras.

"Esme, não é o que você está pensando." Ele sabia no que eu pensava, ele me conhecia tão bem. "Você sabe que eu nunca-"

"Do mesmo jeito que eu sei que você nunca mentiria para mim!" Respirei fundo, tentando inutilmente me acalmar. "O que você espera que eu diga? Que está tudo bem? Meu Deus, você entrou nessa casa sorrindo, eu não te vejo sorrir desde-"

"Eu não sou recebido pela minha mulher, na minha casa, há anos! É claro que estou sorrido, Esme," O final mal era um sussurro. "Esme, por favor-"

"Preciso sair daqui. Preciso ficar longe de você."

Não me importei com a dor que minhas palavras poderiam causar. Peguei minha bolsa, as chaves da Mercedes e dirigi o mais longe possível daquela casa, daquela vida.

Parei no estacionamento e fiquei um longo tempo no carro antes de tomar coragem de seguir para alguma loja. O shopping estava cheio, abarrotado de pessoas. Gastei meu tempo dando voltas e mais voltas observando com calma as diversas lojas. No fundo de minha mente, lembranças de todas as vezes que minha filha me levava às compras, me fazendo passar a tarde inteira experimentando roupas. Roupas, sapatos, jóias. Ela era tão boa naquilo. Perder uma tarde num lugar daqueles era um jeito de eu tentar reviver o pouco que tinha me sobrado de uma vida feliz.

Uma pedra vermelha envolta num fino fio prateado me chamou a atenção, me paralisando na frente de uma loja. Tão linda. Exatamente como Alice teria gostado – um colar delicado, refinado, com um pingente de sua pedra favorita.

Foi impossível não entrar na loja. Fui direto a uma atendente, a única disponível naquele momento, mas as palavras ficaram presas em minha garganta quando esta se virou para mim.

Era tão bom não poder chorar naquela hora.

"Sim, senhora? Em que posso lhe ajudar?"

Alice?

Não era real aquilo. Era minha mente me provando que vampiros podem sim enlouquecer.

A voz não era igual, o cheiro não era igual. O cabelo, muito maior do que tinha me acostumado a ver durante aqueles anos. Mas seus olhos não mentiam. Mesmo sendo azuis, eram seus olhos, tão lindos, tão cheios de vida. Suas feições. Seu tamanho, tão pequeno. Era ela. Era Alice, era minha filha que estava parada na minha frente, e aquilo era tão impossível.

"Senhora, está tudo bem? Quer se sentar?" Senti suas mãos tocando meu braço, e me forcei a ficar calma pela segunda vez naquele dia.

Apesar de não precisar, fiz que sim e me permiti ser arrastada para uma cadeira por aquele par de mãos tão quentes, tão humanas. Tive que conter a vontade de tirar a foto que sempre carregava na carteira e começar a comparar as duas, para tentar anular minha suposta loucura.

"Gostaria de um copo de água?" Me atrevi a observá-la outra vez, meus olhos ainda duvidando de toda a semelhança que viam. Respirei fundo ao notar que havia parado de respirar - algo muito não-humano para se fazer agora -, e seu cheiro voltou a invadir minhas narinas. Era cítrico. Combinava tanto com ela.

"Me desculpe querida, foi só uma tontura, já passou." Tentei sorrir, e me surpreendi quando o sorriso veio naturalmente, sem precisar de qualquer esforço. "Desculpe preocupar você."

"Ah, não foi problema algum." Ela mesma riu, do jeito despreocupado de ser de Alice, gesticulando de uma maneira quase engraçada com as mãos. O que tornava ainda mais difícil suprimir a vontade que tinha de abraçá-la ali mesmo, pois sabia que a explicação que seguiria só a faria me olhar como se eu fosse louca. "Querida, eu fiquei interessada em um colar exposto na vitrine, será que você poderia mostrá-lo para mim?"

"Claro!" O sorriso dela abriu ainda mais – tão simpática – e o meu apenas imitou aquele radiante. "Venha comigo, a senhora me mostra o colar que gostou e me fala sobre suas preferências, e eu a levo para uma mesa onde vai ficar muito mais confortável para a senhora apreciar as nossas joias."

"Esme, querida.", disse, tocando-a de leve no braço. "Por favor, senhora faz eu me sentir tão velha. E o colar que eu gostei é o de rubi com fios de prata, é o único naquela parte da vitrine." Me levantei, andando com ela em direção a peça.

"Tudo bem, Esme." A humana tirou uma chave do bolso, abrindo a vitrine e retirando o colar com o pingente. "É uma ótima escolha, essa é uma peça única! Gostaria de mais alguma dessa vitrine?" ela perguntou, voltando a fechá-la ao receber meu não. "Pode me acompanhar, gostaria de tomar um café, uma água?

"Não precisa, querida."

"Ok. Pode aguardar um minuto enquanto trago mais algumas peças?"

"Claro." respondi, já me sentando na cadeira acolchoada.

"Fique a vontade. Ah, a propósito, meu nome é Alice."

Meu Deus.

...

Ponto de vista de Carlisle

Parecia uma eternidade desde que eu a vi sair pela porta. Olhei para o relógio de parede, oito horas da noite. Oito e três. Oito e oito. Se eu ao menos tivesse dito logo toda a verdade, se não tivesse protegido a pessoa que mais me importava nesse mundo. Esme já estava tão ferida, nosso relacionamento já estava tão quebrado.

A primeira vez que achara Edward após sua partida de casa fora este ano - não sei se por acidente, ou se por ele realmente querer que o achasse. Um dia meu filho simplesmente começou a aparecer na cafeteria que frequentava após o trabalho, onde eu comprava sempre um descafeinado e alguns minutos de tranquilidade. Ele ainda não falava uma palavra. Completamente mudo. Sempre com as mesmas roupas. O rosto um pouco sujo, os ossos da face proeminentes demais. Mesmo com todos os meus anos, não sabia que era possível definhar daquele jeito. Há quanto tempo ele não se alimentava? Por que fazia isso com ele mesmo, morrer de fome e se colocar no meio de tantos humanos? Por que não parava de se torturar tanto?

Hoje novamente o achara enquanto fazia o caminho de volta do hospital. Nem ao menos pensei antes de parar a Mercedes e entrar na pequena cafeteria em que ele se encontrava, uma xícara cheia do líquido preto esfriando ao seu lado. Enquanto olhava naqueles olhos negros sem vida, contei-lhe tudo o que acontecia, desde sua partida até agora, e mais uma vez implorei para que voltasse para casa. Mais uma vez não obtive resposta, e após horas falando com ele naquela mesa, cansei e me despedi.

E então, meus olhos captaram algo que me paralisou por completo. Segundos depois, a figura vista caía no chão por chocar-se contra meu corpo, parado no meio do estabelecimento, rápido demais.

A semelhança era desconcertante: era improvável existir alguém tão parecida, tanto no cheiro, como nos atos. E sua aparência, meu Deus! A estranha parada na minha frente e Bella, nossa falecida Isabella, eram a mesma pessoa. Até no nome. Era completamente assustador, completamente impossível.

Era um milagre.

Entreguei um cartão do consultório, na esperança de conseguir vê-la outra vez. Tinha que vê-la outra vez, tinha que descobrir em quais outros aspectos a garota era parecida com nossa antiga filha. Precisava descobrir se isso era real, ou se era simplesmente um devaneio de uma mente cansada.

Dirigindo de volta para casa, cheguei a conclusão que o melhor a ser feito era deixar Esme fora disso: como falar que vira nossa quase filha, morta a já quase vinte anos, no meio de um café? E como eu explicaria o que eu fazia no meio daquele lugar?

Mas esconder algo dela fora claramente uma má ideia, e agora eu rezava para Deus não me tirar a última coisa que me restava – para que Esme resolvesse, alguma hora, voltar para casa.

Quando finalmente vi a Mercedes entrando na propriedade o céu já estava negro, deveria passar das dez horas da noite.

Não atrevi a me mexer antes que ela saísse pela porta, deixando para trás todas as pequenas sacolas que eu enxergava pelos vidros do carro. Estava brava ainda, sentindo-se traída? O que queria? Queria ir embora, queria que eu fosse? Iria embora, iria para tão longe se ela me pedisse, se isso a fizesse voltar para mim algum dia.

Não conseguia olha-la – meus olhos se fecharam no momento em que minha mente começou a imaginar o pior. Qual seria agora a desculpa para começar uma briga? O que eu escutaria, o quanto mais eu conseguiria ouvir calado?

Escutei os passos tão conhecidos virem em minha direção, mas o que veio em seguida foi completamente inesperado. Como naquela mesma tarde, quando depois de tanto tempo vi uma ponta de amor nos olhos da minha única mulher antes dela me abraçar, agora ela outra vez havia praticamente se jogado contra mim, seus braços me apertando forte.

"Me desculpe, me desculpe," A segurava, quase a embalando, minha mulher, meu único amor. Como sentia falta de tê-la perto daquele jeito! "Eu nunca faria isso, nunca te magoaria assim, Esme. Em nenhum momento. Eu posso implorar se você quiser, só por favor, minha querida, me perdoe. Eu não posso suportar mais is-"

"Eu acho que enlouqueci, Carlisle." Senti que ela apertava ainda mais forte os braços ao meu redor, antes de levantar sua cabeça e me olhar direto nos olhos, sacudindo a cabeça. Esme estava sorrindo o sorriso mais verdadeiro que havia visto em anos. "Eu acho que finalmente, finalmente perdi o controle da minha cabeça." E ela começou a rir. "Eu passe todos esses anos tão brava, tão machucada, por uma coisa que não cabia culpar nenhum de nós. Eu infernizei a vida de todos nessa família por anos. E hoje, eu acho que finalmente enlouqueci." Ela ria entre as frases, e por um momento eu comecei a me preocupar. O que ela poderia ter feito de tão errado para voltar para casa e me dizer uma coisa dessas? "Você tem alguma coisa pra me contar, Carlisle? Porque de verdade, talvez eu esteja tão louca que nem me importe quando ouvir-"

"Eu encontrei nosso filho mais novo, Esme." Vi surpresa nas feições de minha esposa. "Eu o encontrei já faz um tempo, e venho tentando convencê-lo a voltar sempre que o vejo, mas ele continua igual. Exatamente igual ao dia em que deixou nossa casa. Eu tenho tentado tanto, sei o quanto isso ajudaria as coisas, o quanto-"

"Você tem visto Edward?"

"Sim, e foi isso que eu fiz durante todo o dia. Eu não te contei porque tentava te proteger de alguma forma, queria consertar primeiro a situação. Mas hoje, hoje aconteceu uma coisa maravilhosa! Esme, se eu te contar-"

"Eu vi nossa filha hoje." Isabella? "Nossa Alice. Eu sei que é impossível, mas, por favor, me deixe acreditar nisso, preciso acreditar nisso." Por um instante achei que fosse ser demais, mas no segundo seguinte, achei a coragem para pronunciar as palavras que queria ter dito desde o primeiro momento pisado naquela casa, naquela sexta.

"Meu amor, se você enlouqueceu eu enlouqueci junto," Respirei fundo, resquício engraçado de minha vida humana que não havia morrido em todos esses anos. "Porque hoje de tarde, eu vi Bella na cafeteria."


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Notas finais do capítulo

Gente, obrigada a todos que estão acompanhando! Gostando? Se surpreendendo?
Um beijo grande,

Ania.



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