Além de uma vida escrita por Ania Lupin


Capítulo 26
É pra ser




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Ponto de vista de Jasper

A chuva forte que caía do lado de fora deixava o clima ainda mais fresco, percebia ao colocar minhas luvas. Tempestades sempre me transmitiam uma sensação boa, e minha simpatia pela chuva, raios e trovões crescia a cada passar de ano. Tempestades me tiravam de dentro de casa, tempestades faziam a caça ser mais fácil, tempestades faziam meu irmão parar de me deixar a beira da loucura e ir buscar gasolina para a droga do volvo antigo. Mas a minha razão daquele clima ser meu favorito não era nenhuma das coisas citadas acima: tempestades haviam me trazido Alice, duas vezes. Como odiar aquele fenômeno?

Alice. A pequena andava estranha naqueles últimos dias, mais calada, mais distante, mais explosiva. Coisas antes insignificantes pareciam aborrece-la, aparentava estar no limite da paciência em quase todos os momentos que havia alguma emoção ali. E então, quando eu sentia seu fogo desaparecer, quando a irritação passava, vinha o nada. Era como se sua emoção tivesse sido sugada, e nada emanasse exatamente dela. Naqueles momentos eu manipulava suas emoções e a fazia sentir toda a alegria que podia lhe proporcionar, mas aquela felicidade falsa era tão benéfica para ela quanto era para mim.

Mais um raio cortou o céu antes de ver Edward entrando pelos portões com dois galões de gasolina, um em cada mão. Balancei a cabeça, o julgando por ser tão apegado ao carro antigo ao invés de troca-lo por um modelo elétrico - não teria passado por todo aquele nervosismo se tivesse desprendido-se do antigo veículo preto.

Esme estava com meu carro - o dela parado em uma revisão, mais para a segurança dos humanos ao nosso redor do que para a nossa - e estava em algum lugar da cidade junto a Rose, vendo pequenos detalhes do já vigésimo casamento de minha irmã. Logo, Edward poderia muito bem, antes de sair em sua busca frenética por Isabella, me largar no shopping no meio de seu caminho. Faltavam ainda algumas horas para Alice sair, mas com certeza não queria que ela dirigisse sozinha na chuva que caía.

Edward, tem como me deixar no trabalho da Al?

Desbloqueei meu celular e apertei no ícone de discagem rápida enquanto ia para fora da casa, ignorando o olhar incomodado que meu irmão lançava.

"Oi Jazz." A voz dela não demorou para aparecer, e eu podia escutar o barulho de chuva do outro lado da linha. Respirei fundo, tentando manter o controle: outra vez aquela mesma felicidade forçada em suas palavras.

"Queria saber se vai ficar até às oito no trabalho." disse, tentando não soar tão aborrecido quanto já estava. Eu tinha quase certeza que aquele barulho não vinha do interior de uma loja, mas mesmo assim quase arremessei o celular longe quando ouvi a próxima frase.

"Ah, eu já saí! Desculpe, esqueci de falar." Esqueceu de falar, e de responder todas as minhas mensagens anteriores àquela ligação.

"Você está dirigindo nessa chuva?" O nervosismo que vinha de Edward - ainda na metade de seu serviço - apenas contribuía mais para meu péssimo humor no momento. Tinha vontade de gritar com Alice, quando a ouvi continuar falando ainda na mesma falsa alegria.

"Eu sou uma ótima motorista, faça chuva ou faça sol!"

Respirei fundo, tentando acalmar meu descontentamento com aquela situação. Sim, Alice poderia ser a melhor motorista - e eu bem me lembrava o quão boa ela era atrás de um volante anos atrás -, mas ainda era humana. E humanos sofrem acidentes, e humanos-

"Eu me preocupo com você, pequena."

Me deixa na casa delas, por favor.

Humanos morrem. Humanos são desatentos, humanos não tem a melhor das audições - quanto mais uma audição aguçada como nós - para dirigirem no meu de uma tempestade e contarem com algo além da sorte.

"Você parece distante ultimamente." falei, indo em direção ao carro, meu irmão terminando de colocar a gasolina no tanque e jogando longe o galão vazio.

"Desculpa, Jazz."

Foi então que aconteceu. Eu escutei a voz falha nas últimas palavras, ouvi a respiração típica de quando ela queria esconder o choro. Minha próxima pergunta foi feita comigo já sentado no banco do passageiro e Edward, que estava pronto para dar a ignição, parou enquanto ouvia meus pensamentos.

"Alice, você está chorando?" Aquele era o barulho de um freio que não funcionou. Do celular batendo no chão enquanto eu escutava uma arfada assustada. "Al?" Eu sabia o que estava acontecendo em menos de um segundo. "Alice?" Só não esperava ouvir o barulho de metal batendo em metal. O barulho de metal batendo no asfalto. O som de vidro sendo estilhaçado. "Alice." O carro havia capotado, eu tinha certeza. Podia ouvir algo gotejar, rezava para que fosse a chuva entrando pela vidraça quebrada.

"Ela estava indo pra casa, não estava?"

Em segundos, estávamos na avenida, Edward dirigindo como um maníaco pelo provável caminho do acidente.

"Ela não está morta, Jasper." ele tentava me tranquilizar, em vão. "Se acalme, vai ter sangue, não esqueça." O ouvi falar com Carlisle, mas não conseguia focar no que diziam: Edward deveria estar passando a localização aproximada do- de Alice.

Nunca vou saber como meu irmão conseguiu fazer aquele carro antigo correr tanto sem provocar uma batida no meio daquela chuva. Em menos de dez minutos, eu já conseguia sentir o cheiro de um provável acidente. Na esquina seguinte, quase arranquei a porta do volvo ao abri-la.

Havia um caminhão com o pisca alerta ligado, havia um triângulo posto no asfalto, há alguns metros de um veículo preto. E havia sangue. Muito sangue. Mais sangue do que um ser humano poderia perder, e continuar vivo.

—__

Ponto de vista de Alice

Respirar doía. Também, não estava na posição mais confortável, presa pelo cinto de segurança ao banco. Precisava alcançar o botão, precisava tirar o cinto para conseguir sair do carro, mas simplesmente não tinha forças para fazer minha mão chegar até o fecho. Deveria ter mordido a bochecha, ou batido o rosto quando o carro capotou, porque o gosto metálico dominava minha boca. Era nauseante, e fazia meu coração acelerar - eu odiava sangue.

Fechei os olhos e respirei fundo - e foi a última vez que tentei aquilo. Queimava! Mexer o peito daquele jeito parecia me queimar por dentro, e soltei um gemido de dor antes de conseguir me segurar. Merda. Merda, merda, merda. Mais gosto de sangue, eu deveria ter mordido forte a bochecha para estar sangrando daquele jeito. Quando comecei a reparar na chuva que me molhava graças ao vidro quebrado foi que vi o quanto estava com frio. Meu Deus, estava tão frio! Eu já estava encharcada com toda aquela água entrando pelo buraco onde antes ficava o para-brisas.

Me engasguei e tossi, desistindo de levantar a mão até meus lábios e cuspindo o líquido que invadia minha boca. Respirei fundo mais uma vez - ação automática que fazia sempre que tentava me acalmar - e mais uma vez me arrependi. Havia algo de muito errado naquela situação, algo que não estava se encaixando. Eu não havia me machucando tanto, havia?

"Alice?" Quando meus olhos abriram novamente, deram de cara com um par de azuis conhecidos. Preocupados demais. Por que ele estava ali ao meu lado, me olhado daquele jeito? Me olhando com pena, passando a mão de um jeito delicado demais, como se eu fosse quebrar, como se-

"James," Minha voz era fraca, e falar só o nome do amigo de minha irmã já me forçou a tossir novamente. "Acho que estou morrendo."

"O que?" Eu nunca senti tanto conforto ao olhar para aqueles olhos. Era tão bom não precisar ficar sozinha naquele momento. "Pára com besteiras, Alice! É só um acidente-" ele parou de falar abruptamente, respirando fundo enquanto tentava disfarçar o que tinha visto.

Criei coragem para olhar ao meu redor e confirmei minhas palavras com o que via: boa situação não era. Algo prendia meu pé para cima - e doía tanto que não tive coragem de tentar mexe-lo - e havia um corte no meu braço esquerdo. Mas o pior, com certeza - o que ele havia visto, também por último - era o vidro que atravessava o lado direito do meu peito.

"A chave, James." Minha voz saía tão baixa, tão diferente do meu normal. "Izzy vai chegar, eu disse que faria a janta." Meu pedido era ridículo, sabia, mas eu precisava tanto que alguém estivesse em casa quando Isabella entrasse - se dependesse de mim, ela estaria vazia.

"Eu faço, Al." fechei os olhos novamente quando escutei a voz do homem falhar. Eu estava morrendo. Eu estava morrendo mesmo. "Se preocupe em ficar viva, ok? Abre os olhos, Al! Continua respirando, está me ouvindo?"

"Diz pra Izzy que eu amo ela." continuei, feliz ao escutar o barulho de chaves. Sim, pegue as chaves. Cuide de Isabella, ela não vai aguentar perder mais alguém sozinha. "Que ela foi a melhor irmã que eu pude ter."

"Alice, você não vai morrer! Alice, olha pra mim Alice!"

"Diz pros meus avós que eu sinto muito." Era mais agradável sentir aquela mão de olhos fechados. Ela estava tão gelada, tão gelada quanto a mão dele. Se me esforçasse, poderia confundi-la com a de Jasper. "Por todos os problemas que eu causei." Jazz. Pelo menos eu havia pedido desculpas.

"Aperta minha mão, Al." Queria ter dito que o amava uma última vez. "A ambulância, ela já tá chegando, aguenta só mais alguns minutos, ok?" Queria ter dito para minha irmã que a amava uma última vez. E eu a mandando tomar cuidado, quando quem precisava ter feito isso definitivamente não era ela.

"Desculpa por nunca gostar de você com a Izzy." Desculpa por todas as vezes que tive ciúmes, por todas as vezes que falei mal de você - você foi sempre tão bom com Isabella.

"Fica quieta e aperta minha mão, Al." James estava segurando a minha mão, mas com certeza não apertava - não sentia pressão alguma, não sentia nada além da dor crescente no meu peito e na minha cabeça.

Eu estava morrendo. Eu morreria, e não seria por causa de uma doença, mas sim, por um acidente estúpido. Aquele era um ótimo momento para chorar. Achei que nunca mais fosse abrir os olhos, que aquilo fosse ser o fim, já estava achando o conforto naquele escuro. E então, eu ouvi aquela voz ridiculamente perfeita, a que me conformara que nunca mais ouviria outra vez.

Toda a vontade de continuar viva voltou - e aquilo doía mais do que meus ferimentos.

"Jazz." Quando abri os olhos, não era mais James mas sim outro loiro que eu via na minha frente, os olhos amarelos tão aterrorizados quanto os antes azuis que me acompanhavam. "Oi Jazz." Mais tosse, mais sangue - merda, já não conseguia mais falar.

"Alice. Não, não, Al-"

"Acho que," Acho que fiz besteira, Jazz. Deveria ter te ligado, deveria ter respondido suas mensagens. "Não sou a melhor motorista." Dei um leve sorriso, que contrastava fortemente com a cena. Não era o momento para sorrir, mas não conseguia evitar, assim como não conseguia manter os olhos abertos. Estava ficando muito mais cansada do que estive nos últimos dias, era tão difícil focar no rosto perfeito do meu vampiro.

Meu vampiro, que besteira. Tinha tanto sangue. Nunca que ele poderia se controlar ali sendo algo assim.

"Olha pra mim Al!" Gemi aborrecida quando senti uma mão sacudir de leve meu ombro, meu braço - doía, ele não tinha ideia do quanto doía aquilo? "Fica olhando pra mim, aperta minha mão!" Meus olhos voltaram a tentar focar nos dele, e sentia que minha face mostrava uma expressão de dor.

"Se até-" Tosse. "Você está pedindo a minha mão," E mais tosse. Mais sangue. Menos ar. "Então eu estou mesmo morrendo."

"Você não está morrendo, está me ouvindo? Não está morrendo, Alice." Doía mais ouvir aquela voz do que qualquer ferimento, sem dúvida. "Eu amo você." Ele soava desesperado, enquanto apalpava meus braços, meu pescoço, meu quadril. "Eu sempre amei você." Escutava um click, e o cinto de segurança estava solto. "Eu sempre vou amar você." Escutava o barulho de algo desentortando, e sentia meus pés pulsando, sendo colocados com cuidado no chão, eu já não mais presa no banco. Não tinha mais nada me prendendo no assento, e antes de abrir os olhos sabia que estava fora do meu carro. "Nós vamos ficar juntos para sempre, ok?"

Jasper não estava chorando, e por aquilo, agradecia. Já bastava eu.

"Ok."

Achei que fosse ser muito mais fácil me manter focada com os pingos gelados molhando meu rosto, mas meu sono parecia aumentar a cada gota. Senti minha mão começar a tremer, antes de ser segurada pela de Jasper, ele a levando para perto de seus lábios, dando o mais suave dos beijos enquanto tirava alguns fios molhados da minha testa.

"Você tem que ficar viva, Al. Nós vamos nos casar. Nós vamos morar numa casa gigante perto do mar, como você sempre disse querer." Senti novas lágrimas saírem de meus olhos, o quão injusto era ouvir tudo aquilo justo agora! "Nós vamos ser felizes, eu e você. Está me ouvindo?" O quão errado era ele me fazer querer continuar, sendo que eu não tinha mais forças! Eu nem conseguia apertar sua mão. Estava com os olhos abertos, mas já não via mais nada. "Nós vamos ter a melhor das vidas. Você não pode morrer Al, porque nós precisamos terminar juntos. Nós somos destinados a terminar juntos."

Pelo menos minha última imagem havia sido a de seus olhos.

"É pra ser, Al."

E meu último som, sua voz.

"É pra ser."

—__

Não havia mais dor quando voltei a abrir os olhos. Não havia nada além do silêncio e da maior paz que já sentira. Era engraçado, eu via tudo ao meu redor, via os carros passando, as pessoas, mas não conseguia escutar barulho algum. Eu via a chuva cair na frente de nossa casa, que parecia tocar minha pele mas não havia sensação alguma. Não havia mais dor. Graças a Deus.

"Alice."

A voz conhecida veio detrás de mim - e eu sabia quem era antes de me virar e achar a figura de branco. Ela estava igual, tão igual ao dia que a vi pela última vez.

"Mãe?" Novamente, meu peito parecia que ia explodir - mas agora era a melhor das sensações. Antes de me dar conta já estava em seus braços, a abraçando mais forte do que nunca. "Mãe! Eu senti tanto a sua falta, foi tão difícil crescer sem você! Eu sempre quis te abraçar uma última vez, nem acredito que-"

Então eu lembrei. E toda a dor, todo o desespero, a falta de ar, voltaram no mesmo instante, meus olhos achando o carro acidentado, tombado a poucos metros de nossa cafeteria favorita, o vidro estilhaçado quase em nossa calçada, o sangue que sujava o asfalto sendo lavado pela chuva que ainda caía.

"Eu morri mesmo." E minha mãe tinha vindo, definitivamente, me buscar. Pois era só assim que eu poderia a estar vendo novamente. Não tinha outro jeito. Assim como eu sabia que não haveria outra escolha para mim, quando vi aqueles olhos amarelos. Eu não iria sobreviver. E nem mesmo pude me despedir de- "Meu Deus, Izzy, eu não posso deixar a Izzy, o que eu faço?" Isabella. "Como que ela vai viver sem mim, como que ela vai viver perdendo mais alguém-"

"Calma, pequena. Você não morreu." E então, eu me via de olhos fechados nos braços de Jasper, que colocava minha mão de volta no chão enquanto gritava algo para alguém que saía de um carro. "Ainda."

Carlisle!

"Mas eu vou morrer, não vou?"

Carlisle, ela não está respirando!

"Não tem como não morrer." Não tinha porque ela me dar aquela falsa esperança. "Carlisle é um bom médico, mas não tem como parar essa hemorragia, mãe. Não tem o que fazer quando ele arrancar o vidro que atravessou meu pulmão."

Não havia como. O melhor que poderia fazer era aceitar. Pararia de doer, tanto em mim, quanto neles. Jasper pararia de tentar me salvar, ele pararia de me beijar, será que não via o quanto eu estava cheia de sangue?

"E se eu te dissesse que existe um jeito?" Ele estava já tão sujo, sua boca tão vermelha.

"Não precisa falar mentiras pra me confortar, mãe. Você aqui do meu lado já basta." disse, desgrudando os olhos com dificuldade do meu corpo já sem vida. De Edward, de Carlisle. Dele.

Mas minha mãe sorria, enquanto balançava a cabeça.

"Nunca te contaria uma mentira, minha pequena."

Os olhos dela ainda estavam em Jasper, e os meus voltaram para ele outra vez. Havia algo de estranho naquilo tudo. James estava mais longe, parecia tentar falar com alguém no celular. Havia o senhor que dirigia o caminhão sendo afastado por Edward. E Carlisle tirava algo de dentro de sua maleta, correndo em nossa direção. E Jazz não estava me beijando.

"Ele pode te curar. Ele pode te fazer viver uma vida," Estava me mordendo. "Diferente."

Me mordendo.

"Algodão doce, Al?"

"Vai me dizer que você não tem vontade de provar isso?"

"Você pode comer isso, Al."

"Mas não vai ser a mesma coisa."

"É uma vida que você já viveu antes."

"Sinto falta de tomar um bom café. De andar no sol, no meio da multidão. Você não sente?"

"Sinto falta de várias coisas, pequena."

"Mas você vai precisar decidir rápido, tudo bem? O doutor vai espetar seu coração com aquela seringa, e você vai precisar decidir."

"Mas abriria a mão de tudo isso por você."

Jasper estava me mordendo, e Carlisle estava prestes a injetar seu veneno em meu coração. Eles estavam me dando a escolha de voltar para minha vida antiga. De voltar a ser o que eu era há tantos anos atrás. Realmente estávamos destinados a acabar juntos.

"Abriria a mão de todos esses pequenos prazeres para ficar com você, minha pequena. Sem pensar duas vezes."

Realmente, era pra ser, Jasper e eu.

"Qual é a sua escolha?"

Bastava eu querer novamente aquela vida para mim.


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Notas finais do capítulo

Oi genthyyyyyyyyy! Me esforcei e saiu antes de sexta, mereço um parabéns vai? rs

Eu amei escrever esse capítulo, e eu adorei o final, e eu tive tantas novas ideias! Preview: vcs vão querer me matar.

Gente, um beijão pra todos que estão acompanhando, espero que estejam gostando, de vdd!

;*da Ania



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