Crime das Flores escrita por LaviniaCrist


Capítulo 5
Flor de Cerejeira




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Tentar se distrair com o trabalho para esquecer Sai foi uma das melhores coisa que Ino já havia decidido! Em apenas algumas horas, ela já havia arrumado toda a floricultura e feito a lista das várias coisas que queria mudar na loja. Agora, a loira estava limpando todas as janelas da floricultura pelo lado de fora, chegando a cantarolar.

Sakura observava a amiga da porta, desconcertada. Imaginar que Sai havia a traído era algo difícil demais para a Haruno acreditar, ao mesmo tempo em que era difícil acreditar que Ino estava bem se abarrotando de trabalho para ignorar tudo aquilo... No fundo, Sakura sabia que aquele sentimento de peso olhando a amiga era reflexo do que ela mesma sentia: não sabia se Sasuke estava com alguma outra por ai e para esconder a irritação por isso, ela se afogava no trabalho.

— Ino, eu vou ir almoçar. — a fala de Sakura era desanimada, na verdade, ela só queria retomar as tarefas até saber como ajudar a amiga.

— Vamos! — a Yamanaka sorri, olhando para a rosada — Eu já acabei de limpar aqui fora. O que acha de trocar essas paredes velhas por vitrines? Iria chamar mais atenção, né?

— É... — a voz da Haruno era sem animo algum.

— Está tudo bem? — os olhos de Ino encaram Sakura, ela estava preocupada agora.

— Eu tenho muito trabalho no hospital, você não me parece bem, eu não tenho notícias do Sasuke... — ela suspira pesadamente — por mim eu acertaria um soco no Sai, pelo menos assim você ficaria um pouco melhor...

— Não precisa, já disse que ele está morto para mim! — apesar das risadas que seguiram a fala, Ino realmente queria acertar vários socos em Sai para descontar a raiva. — E essa declaração de traição? Vai usar quando acertar ele? — a loira aponta para a flor.

A rosa amarela estava novamente nas mãos de Sakura, apesar de toda a gritaria de Ino devido aquela flor, a Haruno pensava nela como apenas isso: uma flor, uma flor amarela e delicada.

— Não... — ela sorri, admirando a rosa — Se você me der ela, é sinal de amizade e alegria, certo? — agora Sakura olhava para Ino.

— Sim. — a loira sorri gentilmente. — Mas você não precisa dela, já que floresceu... — enquanto falava, a Yamanaka fechava a porta da floricultura para irem almoçar.

— Como assim? — ela olhava para a flor que segurava e depois para si mesma.

— Você é uma Sakura, uma belíssima flor de cerejeira, você já significa alegria, renovação, esperança, amor... — ao notar que as bochechas da amiga estavam ficando coradas, Ino não pensa duas vezes antes de alfineta-la — e significa beleza feminina, mas eu não acho que isso se encaixe para você, testa de marquise! — as risadas implicantes da Yamanaka seguem a fala.

— E nem a você, Ino porca! — A de cadelos róseos franze o cenho, irritada, mas logo em seguida sorri — acha mesmo que todas as outras coisas se encaixam bem para mim? — ela volta a ficar com as bochechas avermelhadas.

— Eu falei mais no calor do momento mesmo, pensando melhor... — antes de continuar a fala, Ino é interrompida.

— Pensar no que!? — Sakura estava irritada novamente.

— Vejamos... — a loira olha para a amiga de cima abaixo e depois solta mais uma risada implicante — Você é uma Sakura com defeitos! — ela faz uma careta divertida.

Depois dessa fala, Ino começa a correr pela rua, sendo seguida por Sakura. As duas mais pareciam crianças agora, gritando ofensas uma para a outra enquanto riam e corriam em direção do clã Yamanaka.

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Enquanto as duas amigas estavam indo almoçar, Shikamaru e Choji já haviam terminado o almoço e estavam conversando esperando a sobremesa. A reunião com Kakashi havia deixado os dois um tanto incomodados com o fato de terem que vigiar Ino a partir de agora.

— Ei, Shikamaru... — a voz de Choji era um tanto desanimada. — Você acha que a Ino... — ele é interrompido.

— Não, eu não acho que ela tenha feito algo ou que tenha culpa de algo. — o Nara responde tranquilamente, olhando para o amigo — Mas...

— O Kakashi-sensei acha que ela tem. — o rechonchudo suspira, completando a fala do amigo.

— Temos que provar que ela é inocente... — a voz do Nara era arrastada — Vai ser problemático.

— Eu posso ficar com ela, mas vai ser estranho ficar vigiando a Ino como se ela fosse uma fugitiva. — Choji apoia o rosto em uma das mãos. — Acha que o Sai desconfia dela também?

— Não sei, mas vou investigar isso por contra própria também. O melhor jeito de provar que a Ino é inocente, é derrubando todas as acusações sobre ela. — ele sorri — Foi um saco conseguir as mudas do jardim sem a mãe dela notar...

— Eu acho melhor não nos metermos nas investigações, vai parecer que estamos querendo atrapalhar. — o Akimichi suspira pesadamente — Eu quero logo a minha sobremesa...

— Saco, você só pensa em comer? — Shikamaru olha sério para o amigo — E você deveria ter ficado com ela na floricultura, isso sim foi problemático. Eu fiquei te procurando ao invés de tomar conta da Ino, sabia?

— Mas ela estava triste e eu achei melhor chamar a Sakura-chan. – é possível notar um sorriso de Choji — E você estava se despedindo da Temari...

— Eu achei melhor contar logo para ela, assim ela vai entender o motivo de eu passar mais tempo com a Ino. — ele suspira pesadamente.

— Entendi, ela é ciumenta... — depois da fala, Choji solta uma risadinha, mas logo fica sério. — Você sabia que o Kakashi-sensei acha que a Ino é a culpada dos assassinatos e não me contou nada?

— Não sabia, só imaginei que seria isso... — o olhar de Shikamaru estava longe agora — Hoje cedo, quando eu ia ver a Temari, ele me encontrou no caminho e pediu para descobrir aonde a Ino tinha ido ontem à noite.

— Isso ele também me pediu e me falou para ir até a floricultura e ficar lá com a Ino. — os olhos de Choji se desviam para uma garçonete levando sorvete, mas ela passa direto pela mesa deles. — Eu achei que era algo com a Ino...

— Eu achei também, eu voltei para o escritório depois de ir atrás da Ino no cemitério e avisei que ela não contou nada com nada, ele me pediu para ver se tinha algo de errado com as flores e ficar de olho nela... A única ligação que eu fiz com isso, foi de que ela seria uma das suspeitas. — ele para de falar quando, finalmente, a garçonete trás as sobremesas deles — Bem... Depois você me encontrou e sabe o que aconteceu...

— Você foi se despedir da sua na-mo-ra-da... — o Akimichi fala divertido, colocando uma colher de sorvete na boca — Enquanto isso, eu fiquei ouvindo ela se lamentar por causa do Sai...

— Acha que ele desconfia dela? — Shikamaru olha para o amigo, começando a comer sua sobremesa também.

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Enquanto os dois rapazes continuavam conversando e discutindo várias hipóteses do que teria acontecido, Sakura saia do clã Yamanaka com um sorriso estampado no rosto. Apesar de ter ido ajudar Ino com seus problemas, foi a loira quem a ajudou a se animar de novo.

— Sakura... — a voz de Sai chamou a atenção da rosada.

— Sai? — ela olha em volta, notando o rapaz já ao lado dela.

— A Ino entendeu o significado da rosa? — ele parecia preocupado.

— Entendeu! — a fala de Sakura saiu um tanto irritada — Eu também entendi! Como pode trair a Ino desse jeito?

— Trair? — os olhos escuros transbordavam de confusão — Não trai ninguém, eu só queria proteger ela. — ele vira um pouco o rosto — Vou precisar de ajuda...

— Como assim proteger ela? — a irritação foi dissipada e agora era a Haruno quem estava confusa, ele não parecia ter feito nada de errado agindo assim.

— Eu vou explicar tudo no caminho para o hospital. — o rapaz olha em volta — Você é uma das poucas esperanças que a Ino ainda tem de não ser acusada de nada... — a voz saiu bem mais baixa agora — Depois eu falo com os outros...

Ao notar o comportamento do antigo companheiro de time, a rosada assentiu com a cabeça. Provavelmente estariam sendo observados por alguém ou era um assunto sigiloso o suficiente para Sai estar temeroso em falar sobre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
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