Crime das Flores escrita por LaviniaCrist


Capítulo 30
Dia de Cravos Brancos


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o atraso >3



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A tensão tomava conta de todos.

Faltava praticamente metade dos presentes passar por aquela curta sessão de perguntas, mas nada estava muito claro ainda. Todos naquela sala sabiam que Ino era inocente, mas nem todos sabiam quem era o culpado.

Ibiki Morino parecia estar fazendo suspense por puro prazer, prolongando a angustia e a ansiedade de Ino por nada.

— Que tal você agora? — o investigador olhou para a garota de cabelo róseos.

Sem nem mesmo esboçar algum sinal de tensão sobre a escolha, Sakura sentou-se na cadeira com a aparelhagem e se manteve tranquila e séria. Ino, por outro lado, estava mais apreensiva do que das outras vezes. Sakura poderia salva-la de qualquer acusação, mas também poderia dar sua sentença de culpa.

A Yamanaka já havia notado que Ibiki, apesar de fazer poucas perguntas, se atentava à cada detalhe. Também havia outra pessoa que, possivelmente, estava analisando cada fator: Kakashi.

— E então? — a Haruno encarou Ino — Não quer me perguntar nada?

— Não é isso, é só que... — sentindo uma pontada de dúvida se realmente deveria perguntar algo, a loira continuou — As pessoas do hospital, elas estão bem agora?

— Novas em folha, como se nunca tivessem sido envenenadas.

— E como aconteceu esse “envenenamento coletivo”? — Ibiki sorriu de canto.

Para o temor de Ino, a única resposta cabível para aquela pergunta seria ser acusada. Sakura havia a acusado naquele dia e além: Ibiki estava lá no final da briga e deve ter ouvido coisa ou outra.

Não! Sakura jamais iria acusar ela como algo assim, estava ali para provar sua inocência!

De todo modo, restava agora que Sakura respondesse e sanasse todas aquelas incertezas.

— Os sintomas surgiram, inicialmente, em um total de cinco pessoas. Pouco mais de meia hora depois, o número já havia aumentado para quarenta pessoas — a médica começou a explicar e, no telão, começaram a surgir suas lembranças de como coordenou toda a equipe.

— E qual a causa? — Parecendo estar um tanto desinteressado pela resposta, o investigador anotou apenas uma coisa ou outra e depois encarou Sakura e Mozuku, que estava atrás dela — Que cara é essa, rapaz? Quer falar algo, é?

— Na verdade... — começou ele — Me lembro de Ino levar algumas bebidas para os amigos depois que conversamos. A-Apenas isso, mas é uma coisa idiota de se pensar, certo? — Fingindo ser o mais ameno que poderia, Mozuku sorriu e encarou a médica, esperando a resposta dela.

— É um ponto interessante de ressaltar, já que os envenenamentos realmente foram causados por ingestão de líquidos — Shizune quem respondeu, se intrometendo, parecendo ignorar a cara feia com que Ibiki a encarava e continuando sua teoria mais para si do que para os outros ali presentes: — Faria sentido ela primeiro ter feito uma espécie de roleta-russa com as outras visitas de Tenten e, no final, ela poderia ter aproveitado a hora do almoço para terminar tudo...

— Porém — Sakura interviu — As doses foram ministradas baixas o suficiente para que ninguém notasse.

— Provavelmente ela misturou na água do hospital, seria fácil já que ela tem acesso à praticamente todas as alas por ser uma médica — Shizune continuou com sua teoria, parecendo realmente acreditar nela.

Ino sentia-se com várias borboletas no estomago, ou melhor, várias vespas só de imaginar o quão desfavorável sua situação estava agora. Mozuku, entretanto, se controlava para não rir de como aquela Yamanaka estava sendo traída por quem confiava.

— Você parece estar com muita vontade de sentar nessa cadeira — Morino chamou a atenção da médica mais velha que, na mesma hora, se levantou. Shizune estava realmente proposta a ser uma testemunha — Sabe o que fazer... — o investigador olhou para a de cabelos róseos, esperando que ela cedesse seu lugar para a outra.

Quando a troca já havia terminado, Shizune esperava para sua primeira pergunta. Ino parecia confusa demais entre perguntar algo e se afundar em mais desconfiança ainda ou deixar que Ibiki fizesse suas indagações e, talvez, piorasse ainda mais sua situação.

É melhor se afundar sozinha, pensou a loira, respirando fundo e finalmente perguntando:

— Eu quem envenenei a todos? — A loira tinha o olhar sério, decisivo. Enrolar e chegar no mesmo lugar estava sendo desgastante demais, o melhor era passar para uma abordagem direta.

— Não — a mais velha sorriu, deixando tanto Ino como todos os outros completamente confusos.

— E-E suas teorias? E sobre eu ter tido todas as oportunidades? E tudo o que falou até agora!? — exaltou-se.

— Tudo não passa de uma teoria... — mantendo o sorriso, Shizune continuou — Você realmente teve todas essas chances perfeitas, mas não foi você quem mexeu na água do hospital.

No telão, começaram a aparecer cenas do dia em questão, ainda pela manhã. Shizune estava indo ver o estado de Tenten e verificar como andaram as coisas durante sua ausência devido à reunião. Quando ela já estava em frente ao prédio, notou uma movimentação estranha no terraço, pareciam AMBU’s.

— Quais medidas você tomou? — O investigador finalmente pronunciou algo.

— Primeiro, verifiquei se havia algo de errado lá. Não achei nada, então segui com o que eu deveria fazer... Só quando todo o alvoroço começou é que eu percebi o descuido que tive ao procurar alguma coisa no terraço... — a mulher encarou o chão.

— Não foi sua culpa! — Ino, ainda atordoada por tudo, apressou-se em falar — Se tem algum culpado aqui, alguém que realmente merece sentar nessa cadeira e ser obrigado a responder perguntas é o...

— Nara! — Ibiki apontou para o rapaz que na mesma hora desfez a cara de paisagem.

— Shikamaru!?

— Eu!?

 A Yamanaka e todos os outros presentes encararam o moreno em silencio, confusos com a tomada de decisão do detetive. Lentamente, o rapaz caminhou até a aparelhagem e se sentou.

— Por que eu estou aqui? — Nem mesmo ele entendia bem o que poderia falar para ajudar, além, é claro, de dar a certeza de que Ino é inocente porque se manteve ao lado dela o tempo todo.

— Calado! Quem faz as perguntas aqui sou eu. — Ibiki, com sua simpatia ácida, começou — Se não me engano, foi você quem liderou a investigação na floricultura, certo?

— Sim...

— Você estava me investigando? — Embasbacada, Ino encarava tanto Shikamaru quanto as lembranças de ele procurando qualquer pista que fosse na floricultura já vazia.

— E o que você encontrou com as investigações?

— Não tanto quanto eu esperava achar... — o Nara suspirou — Além daqueles dois que o Kiba farejou, não havia rastro nenhum de culpado e, como nem aquele cara e nem a garota falaram nada no interrogatório de agora há pouco... Vai ser problemático provar que a Ino é inocente.

— Arruma algum jeito! — a Yamanaka suplicou, desesperada. Se nem Shikamaru havia pensado em algo por todo esse tempo, ela realmente estava perdida.

— Nesse caso... — fazendo um mistério desnecessário, o Nara completou — A Ino é inocente.

— Você não pode simplesmente falar isso e achar que está tudo bem! — Ino tentava manter a calma, mas sentia-se com duas vontades quase a rasgando ao meio: uma era de ir para o colo de sua mãe e chorar, chorar e chorar. A outra era de ir até Shikamaru e acertar alguns socos, até que a mente dele voltasse a funcionar como sempre.

— O que quer que eu fale? Que você estava estranha, falando coisas como “assassinato” e “morte” a todo momento? Falar que você estava com as vítimas, momentos antes das mortes? Que você poderia ter feito o veneno? Que você é a culpada? — O moreno já havia se levantado da cadeira e ido em passos lentos até a amiga — Você é inocente e é nisso que eu acredito, não importam as provas.

— Sh-shikamaru... — a voz saiu num sussurro. Agora Ino sentia uma nova vontade: a de abraçar o amigo e chorar no ombro dele.

— Todos aqui acreditam que você é a inocente, Ino... — Choji se levantou também, indo até os dois.

— Se estamos aqui hoje, é só para provar que você não é a culpada — Sakura sorriu.

— Pessoal... — a loira já tinha os olhos marejados, abraçando cada companheiro de equipe com um braço e sentindo-se no céu com aquelas “confissões”.

Olhando a tudo e sentindo mais ódio do que nunca, Mozuku teve que se controlar ao máximo para falar da maneira mais educada que conseguia:

— Então, quem é o culpado?

Todos deram uma pausa no momento de alegria e se entreolharam, olharam o nada, olharam para si mesmo até que, finalmente, olharam para Kakashi e esperaram por uma resposta.

— Isso é bem simples... — o homem de cabelos brancos se levantou e sentou-se na cadeira, tranquilamente — Estamos aqui para provar a inocência de Ino em um julgamento E descobrir quem é o culpado.

— Descobrir? Você disse descobrir? Ele está aqui, então? — a Srª Inoichi, que até agora estava se mantendo controlada em seu lugar, finalmente se levantou — Você deixa o culpado ficar perto de nós, assim!? Perto da minha filha!?

— Ele esteve perto dela por bem mais tempo do que imagina, se não fez nada, não é agora que vai fazer... — Kakashi respondeu tranquilamente.

— E-E... E quem é essa pessoa, então? Você sabe ou não quem é o culpado!?

— Eu sei! — o Rokudaime deu uma risada baixa — É o Sai.

Todos ficaram em silencio. A Sr.ª Inoichi teve que ser apoiada por Shizune para conseguir voltar até seu lugar. Todos estavam sentindo o peso daquela sala, todos excerto Sai. O rapaz se manteve sentado, no mesmo lugar, olhando tranquilo para Ino.

— E-ele... — Ino começou sua explicação — É impossível ser ele! Não foi ele! Foi o...

— Como você pode saber que não é ele? — Kakashi a interrompeu, se levantando e olhando a garota mais de perto.

— Eu senti a presença dele perto de mim o tempo todo! Não tem como ter sido ele!

— Se é isso, então só sobra uma pessoa aqui nesta sala — Ibiki começou — Uma pessoa esperta, inteligente o bastante para conseguir enganar essa máquina e meus métodos de interrogatório, alguém que ninguém suspeitaria, alguém que ninguém nunca pensou ter capacidade de fazer isso...

Enquanto o investigador falava, calmamente, Shino caminhou até a cadeira e se posicionou com o maquinário. De relance, olhou para Mozuku e depois encarou Ino.

— Deve estar se perguntando como eu posso... — antes de conseguir completar, o Aburame foi interrompido.

— FOI VOCÊ, SHINO!? — Kiba só não pulou em cima dele porque Shikamaru e Choji o seguraram na hora — Seu desgraçado! Eu bem que estranhei você estar sumindo mais que o normal!

— Não, Kiba... — Kakashi suspirou.

— Ele estragou todo o desfecho, estava ficando tão divertido... — Morino resmungou.

— Precisavam de provas contra o assassino. Eu sou a prova. — o rapaz terminou de explicar — Ino, você poderia, por gentileza? — Ele apontou para o telão.

— C-Certo!

Ainda confusa em como tudo terminou daquele jeito, a Yamanaka começou a projetar os pensamentos do amigo para que todos conseguissem ver. Ela sabia que ele era um espião, ela sabia sobre ele, mas nunca imaginou que ele iria poder ajuda-la naquele momento.

Cenas em que Mozuku parecia mais lunático tramando suas atrocidades começaram a aparecer. Cenas conde ele comandava alguns AMBU’s, cenas onde ele se infiltrava no setor de arquivos e pegava cópias de tudo, cenas onde ele batia as mãos, orgulhoso de suas maldades.

Enquanto isso, o finalmente acusado, tentava caminhar até a porta. Mozuku nunca iria aceitar que perdeu, ele se recusava a desistir, mesmo sabendo que a partir do momento em que abrisse aquela porta, seria considerado um fugitivo do mais alto ranque de periculosidade.

— Devem estar se perguntando o motivo de eu não ter provas sobre os envenenamentos na água... — Shino começou — Isso é devido a eu estar ocupado com...

— A petúnia, digo, o narciso! — Ino ficou paralisada, assim como todos na sala.

Assim que ouviu aquele nome de flor, o rapaz a pegou do bolso e, em seguida, olhou para os outros. Todos olhavam para o telão em uma tentativa de descobrir o que havia nela. Aproveitando a distração, Mozuku fugiu do lugar o mais rápido que suas pernas conseguiam.

— Eu pedi para o Shino arrumar um jeito de Mozuku não poder sair empune — Kakashi completou.

— Utilizei um pequeno Rinkaichu adormecido, ao meu sinal, ele vai sair da flor e...

Cenas de vários e vários “experimentos” com os Rinkaichu começaram a aparecer. Corpos se tornavam irreconhecíveis em segundos, era exatamente a mesma “praga” que Torune. Muito chocados, todos começaram a murmurar que aquela pessoa merecia realmente um fim tão terrível como aquele, todos, excerto Ino.

— E como sabia que ele iria fugir? — A garota ainda estava chocada demais com tudo.

— Eu posso não ter conseguido provar que ele era o culpado, mas consegui prever os movimentos dele — Shikamaru sorriu.

— E Shino é a melhor pessoa do mundo para não ser notada — Choji sorriu.

.

.

.

Depois de quase uma hora de conversas naquela sala, Ino sentia-se finalmente livre de todo o peso que ela quase foi condenada de arcar pelo resto da vida. A loira estava sorrindo novamente, conversando com os amigos, parecendo que toda a confiança entre eles jamais tivesse sido abalada.

Aos poucos, todos começaram a se despedir e sair daquela sala, queriam retomar a vida, assim como a jovem Yamanaka planejava fazer.

Quando ela já estava quase saindo também, acompanhada da mãe, sua mão foi segurada por Sai.

— Ino... Podemos conversar?

— Claro, mas antes eu... — antes de completar, a garota foi interrompida.

— Eu vou aproveitar que o Rokudaime e Shizune estão sozinhos para fazer algumas perguntas, eu não quero a minha filha mal falada pela vila! — a Sr.ª Inoichi pareceu apressada em deixar Ino ali, a sós com o antigo namorado.

Os dois se entreolharam e Sai a levou até um lugar afastado de todos: o jardim. Lá havia apenas os dois e as flores de amendoeira, caindo pela grama verdinha conforme o vento batia entre as folhas.

— Preciso que você veja as minhas memórias — o rapaz falou a forma mais séria que conseguia.

— Para que!? — A voz saiu em tom de surpresa.

— Porque quero que confie em mim de novo...

— Sai... — ela piscou os olhos algumas vezes, até que se abraçou a ele — Eu confio!

— Naquela noite, a do jantar... Eu só preciso que você veja isso, por favor — ele pediu novamente — Eu preciso que você confie em mim de verdade...

Vendo que não teria outra forma, Ino posicionou as mãos e começou a ver as lembranças de Sai. Ainda temerosa se realmente era certo ou não, ela começou do dia do jantar, momentos depois de ele ter saído da floricultura com a tulipa branca.

Ele seguiu pelas ruas até chegar em casa, sentou-se de frente para uma tela e recomeçou sua pintura de onde havia parado: era Ino, sorrindo e acenando do balcão da loja. Ao lado dela estava um jarro delicadamente pintado e, dentro dele, flores inacabadas.

Sai só precisou daquela tulipa para terminar de pintar.

Entretanto, antes que pudesse ir para o jantar e presentear a namorada com uma de suas obras, ele foi chamado para investigar um assassinato. Tudo o que conseguiu fazer foi mandar um de seus pássaros com a flor, na esperança de que a namorada o perdoasse pela falta.

A vítima estava naquela loja de doces, a única que ainda tinha as luzes acesas na rua. Ino lembrava-se perfeitamente da cena que havia visto, porém, ela não esperava que tivesse visto tão errado: o beijo que ela jurava ter interrompido jamais ia acontecer, Sai apenas virou o rosto da garota para pegar uma pequena pétala de flor que estava preso ao cabelo dela.

Sentindo-se um monstro, Ino deixou as memórias do namorado de lado e o abraçou o mais forte que conseguia, sussurrando vários e vários pedidos de desculpa. Em resposta, Sai a abraçou, sorriu e fez uma pergunta completamente inesperada:

— Vai abrir a floricultura hoje?

— E-Eu não sei, por quê? — Ela sorriu — Vai colocar o meu quadro nela?

— Não terminei de pintar ele ainda, mas eu queria comprar uma flor.

— Qual flor?

— Cravos brancos... — cuidadosamente, ele segurou a mão da namorada.

— Por quê? — A loira revezava-se entre olhar nos olhos negros, olhar as mãos dadas e não ficar completamente vermelha devido aquilo.

— Porque você é inocente — ele sorriu.

— Só por isso? — Ino ficou ainda mais vermelha, a curiosidade estava batendo forte.

— E porque eu quero fazer um pedido...

— Q-Que tipo de pedido?

— Do tipo em que eu preciso me ajoelhar, depois de entregar o buquê e fazer o pedido enquanto eu coloco uma aliança no seu dedo.

Adorando ver a cara de surpresa da namorada, o rapaz deu um de seus melhores sorrisos, sendo acompanhado pelo sorriso dela.

— Se você aceitar, vamos ter outra data de namoro e eu vou poder ir na comemoração do primeiro mês — enquanto falava, Sai se levantou e continuou segurando a mão da namorada, a ajudando a se levantar também.

— Vou me lembrar de fechar a floricultura nesse dia — a jovem Yamanaka sorriu, se abraçando a ele.

Observando aos dois pombinhos, a Senhora Inoichi continuou na sacada do prédio e decidiu deixar os dois à sós por mais algum tempo. Teriam muito o que conversar ainda.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
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