Crime das Flores escrita por LaviniaCrist


Capítulo 22
Com zelo e Nardos




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Já era quase a hora do almoço quando Hinata se despediu dos amigos e foi para casa. Gai e Lee permaneciam o tempo todo ao lado de Tenten. Ino ficou perambulando pelo hospital tentando se distrair e Sai a acompanhou o tempo todo.

— Vocês precisam comer alguma coisa... — Sakura falou um tanto irritada, entrando no quarto.

— Tomamos... café... — Lee murmurou sem nem ao menos dirigir o olhar para a médica.

— Tomar café não substitui uma refeição! — a voz saiu em um tom de bronca, enquanto ela deixava a prancheta na mesa do quarto — Para a cantina, os dois!

— Eu fico... — o rapaz tentou respirar fundo algumas vezes — Pode ir, Gai-sensei...

Pausas na fala, respiração pesada, falta de apetite: este foram os sintomas que Sakura conseguiu notar em Rock Lee. Ela não estava envolvida naquele caso apenas como uma amiga de Tenten, mas como uma médica.

— Eu acho que vou aceitar, estou salivando de fome...

— Salivando? — ela ergueu uma das sobrancelhas, encarando o mais velho.

Ela observou os dois por mais alguns segundos, antes de sair apressada pelo corredor e começar a chamar por sua equipe.

— TEMOS UMA PIORA CRÍTICA NO QUADRO, TODA A ZONA I ESTÁ EM QUARENTENA, QUERO MAIS DOIS LEITOS E PREPARAÇÃO PARA EXAMES!

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Grama verde, sol, crianças brincando e idosos conversando.

Enquanto toda uma ala do hospital estava sendo mobilizada e remanejada para atender ás novas necessidades, Ino e Sai estavam andando calmamente pelo grande jardim do lado de fora.

— Será que a Tenten já acordou? — a Yamanaka encarou o nada, pensativa.

— Não, nós saberíamos — Sai sorriu.

— Verdade! — automaticamente ela deixou algumas risadas escaparem — Lee e Gai-sensei estariam gritando e correndo por todo lugar, comemorando!

Quando a graça passou e as risadas deram lugar ao silencio incomodo, Ino lançou uma nova pergunta:

— E será que eles já comeram alguma coisa?

— Não, não iriam deixar ela sozinha... — o rapaz ficou pensativo.

— Então vou ir ficar com ela, não quero nem imaginar aqueles dois dramáticos passando mal! — algumas risadas escaparam novamente — Vai vir comigo?

— Não. — ele sorriu, parando de andar e ficando de frente para a namorada — Você precisa comer algo e também precisa ir ver a sua mãe... Deixar ela sozinha na floricultura por tanto tempo não é uma boa escolha.

A loira até pensou em contestar, mas ele tinha razão. Ela apenas sorriu pelo cuidado que estava recebendo e o abraçou.

— Eu ainda não te perdoei! — o abraço ficou um pouco mais apertado — Mas estou quase... — ela o encarou por um tempo, chegando a aproximar o rosto do dele, mas mudando de ideia no último instante — Vou ir comer algo e volto mais tarde, cuida delas por mim, tá?

Ele respondeu com um aceno positivo e esperou até perde-la de vista para ir falar com Sakura. A médica também estava se desdobrando demais para cuidar de tudo e precisava de um pouco de descanso também.

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A floricultura estava exatamente do jeito que Ino deixou, o que deu a ela uma sensação de alivio. No fundo, ela sabia que a mãe cuidaria de tudo da melhor maneira possível, mas pensamentos pessimistas onde algum acidente poderia ter acontecido e matado todas as plantas eram inevitáveis.

— Mãe! — ela sorriu indo até a mais velha e a abraçando — Vim almoçar com a senhora hoje.

— Que honra! — a mãe respondeu risonha — Será que você adivinhou a sobremesa?

— Sobremesa?

— Pu...

— TE AMO! — a loira abraçou ainda mais a outra.

— Me ama ou ama o pudim que eu faço?

— Ambos, do mesmo jeitinho!

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Pessoas esperando em uma fila no corredor para serem atendidas, médicos andando rápido de um lado para o outro, pacientes esperando exames e, no meio de toda essa agitação, Sai conseguiu puxar Sakura para um lugar mais reservado e perguntar sobre o “caso especial”.

— Conseguiu descobrir mais alguma coisa?

— Estou perto de uma resposta, o problema vai ser conseguir alguma prova antes do julgamento... — a médica olhou para a prancheta em suas mãos — Principalmente com esse surto...

— Surto?

— Parece algum tipo de epidemia, já foram três casos mais graves e vinte e um com sintomas mais fracos de uma espécie de infecção, é algum veneno que não estamos conseguindo identificar muito bem, algo natural e ao mesmo tempo parece se espalhar de forma — neste momento, a de cabelos rosas deixou a prancheta e lado e levantou as mãos — controlada — ela fez aspas com os dedos.

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O céu já estava em tons alaranjados, indicando o fim da tarde.

Ino andava sorridente pelos corredores agora vazios do Hospital. Em momento algum estranhou a falta de pessoas até mesmo no saguão principal, ou melhor, ela só notou o quão vazio aquele lugar estava quando entrou no quarto de Tenten e viu que a amiga estava sozinha. No começo, ela estranhou que nem Rock Lee e nem Gai estivessem lá, mas imaginou que Sakura havia usado sua “persuasão” para lidar com eles.

Calmamente, a Yamanaka colocou o vaso com uma flor de lótus azul ao lado do arranjo que ela e Hinata haviam feito. Ela julgou que Lee iria gostar de saber que sua flor estava sendo bem cuidada e que Tenten gostaria de a ter por perto.

— Imaginei que você iria voltar... — a voz saiu um tanto fria, enquanto Sakura entrava no quarto.

— Não vai se livrar de mim tão fácil! — Ino sorriu e encarou a amiga — Que cara séria é essa? Vai ficar com mais rugas que já tem...

— Não estou brincando, Ino!

— ... Está nervosinha, é? — a loira arqueou uma sobrancelha — O que foi?

— O que foi!? — a voz saiu um tanto mais alta e fina — O que foi é que em algumas horas quase quarenta pessoas já foram infectadas! Ino, seja lá o que você estiver querendo fazer, melhor parar agora!

— Mas eu... — foi interrompida.

— Eu sei que a culpada é você! Aquelas pessoas, Tenten e agora os pacientes do Hospital! Você está ficando sem limites, Ino! — a Haruno estava visivelmente fora de si — ... Até o Sai...

— O Sai?

— ENVENENADO! Como se você não soubesse, claro! — ela disse um tanto debochada — Eu sei que foi você e espero que pague por tudo!

— Envenenado? — foi tudo em que Ino havia prestado atenção.

— Se alguma coisa acontecer com ele ou com qualquer um dos meus pacientes, Ino... — ela rangia os dentes, pronta para desferir um ataque na “amiga”.

— Um momento!

Uma voz grave e um tanto assustadora soou em contraste com as vozes femininas. Na porta, havia um homem alto e trajando um sobretudo escuro, era Ibiki Morino. Sem cerimonias, ele entrou no quarto e segurou a Yamanaka pelo antebraço.

 — Você vem comigo para uma conversinha... Vamos colocar os assuntos em dia.

— E-Espera, mas e o Sai? Sakura! O que houve com ele!? — a voz de Ino saia repleta de preocupação.

— Ele, assim como todos aqui, vai ficar bem melhor com você longe. É um cuidado que fiz questão de tomar... — a de cabelos rosas falava de forma fria, enquanto assistia a amiga ser arrastada para fora do quarto.

Assistindo a toda confusão, Mozuku permaneceu imperceptível e imóvel. Mesmo sentindo um certo nível de culpa, tudo o que ele poderia fazer no momento era tentar estar perto de Ino para conseguir dar alguma espécie de “apoio”.

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Enquanto tudo isso acontecia, a floricultura permanecia em tranquilidade.

— Não é nada sem graça, né, Shikamaru? — Choji perguntava enquanto observava a senhora Inoichi enlaçar um pequeno ramalhete de flores brancas.

— Não... — o moreno suspirou — Só acho que não precisa levar ainda mais flores.

— Mas a Tenten está no hospital... — o rechonchudo bufou — Será que uma cesta de doces é melhor?

— Ela está desacordada, lembra? Não importa tanto se você der flores ou doces, porque ela só vai notar quando acordar...

— Na verdade... — a mais velha se intrometeu — Nardos são flores medicinais e perfumadas, tenho certeza que mesmo dormindo ela vai se sentir melhor com essas pequeninas — sorriu.

O Akimichi abriu um sorriso adorável só de saber que poderia ajudar um pouco a melhorar o estado de Tenten.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
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