Crime das Flores escrita por LaviniaCrist
Depois de uma longa caminhada no retorno para Konoha, a recepção de Ino, Choji, Mizukage e seus acompanhantes foi feita diretamente pelo Kazekage, Kakashi, e a senhora Inoichi.
Quanto menor a distância entre mãe e filha, o tempo parecia correr mais devagar. Quando finalmente as duas alcançaram o abraço uma da outra, não importava mais quem estava olhando, elas só riram e falaram coisas adocicadas enquanto se enchiam dos beijinhos atrasados pela viagem.
— Encomendou tudo o que precisava? Quando chega? Está cansada? — a mãe parecia falar com uma criança, enquanto não deixava que Ino se afastasse — Espero que tenha se comportado!
— Me comportei, mãe! — a loira ria, sem se importar com o público, tentando responder as perguntas conforme eram feitas — Consegui comprar tudo, chegam depois de amanhã — a jovem Yamanaka segura as mãos da mais velha, olhando-a — Vamos para casa?
A senhora Inoichi olhou em sua volta. Choji acenava, enquanto parecia tomar o rumo para a própria casa; Kakashi acenou lentamente com a cabeça; dirigiu então a atenção para Mizukage, que parecia estar brigando com Ao enquanto Chojiro tentava apartar a briga.
Ela voltou-se para a filha novamente e acenou de forma positiva, sorrindo. As duas caminharam de mãos dadas e sorrindo durante todo o caminho, mas Ino pôde notar que a mãe parecia um tanto temerosa em algo as impedir de chegar em casa.
— Mãe... Aconteceu alguma coisa? — apesar de tentar parecer não ter notado, Ino estava preocupada.
— Não! Quero dizer, claro que não... — a mais velha sorri um tanto sem jeito — O que poderia acontecer enquanto você estava fora?
— Não sei, talvez algo sério? — a voz da Yamanaka de olhos azuis era em tom bem mais sério agora.
— Você está imaginando coisas, precisa descansar. — apesar da resposta ser bem comum, o comportamento da Senhora Inoichi não era: mesmo já na porta do clã, ela continuava olhando em volta e ainda parecia nervosa.
— Eu ainda acho que tem alguma coisa acontecendo... — a mais nova olhou em volta, parecendo procurar algo também.
— A única coisa que está acontecendo é que tem um pudim na cozinha esperando por você! — o portão do clã Yamanaka foi aberto e Ino levada pela mãe para dentro — coma o quanto quiser e depois durma, deve ter sido um caminho bem longo! Depois eu quero saber todos os detalhes! — ela continuava levando a filha, apressada.
Se Ino poderia esquecer de todas as suspeitas por um simples pudim? Poderia! Mas depois de se deliciar com o doce, já deitada na cama e pronta para dormir, ela começou a repassar tudo de estranho que andava acontecendo em sua vida, para no fim, o sono vencer as suspeitas e ela dormir pesadamente até de manhã.
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O dia começou tranquilo e animado.
Ino cuidou das de todas as flores do jardim do clã Yamanaka, sem estranhar que tudo havia ficado do mesmo jeito desde que ela partiu, afinal, ela até havia aconselhado a mãe para que não se preocupasse em cuidar de tudo na falta dela. Porém, quando a loira chegou na floricultura, ficou tão surpresa com o que viu que até mesmo deixou uma caixa, com pequenas mudas que levava, cair no chão.
A floricultura estava completamente vazia. Não haviam vestígios de flores ou qualquer outra pista que indicasse o que aquela loja vendia. Havia apenas as prateleiras e alguns móveis grandes, como estantes, de resto tudo desapareceu, o que poderia ser notado pelas vidraças do lado de fora.
— MAS O QU.. — antes mesmo de terminar a frase, Shikamaru já estava ao lado dela, cortando qualquer reclamação que ela poderia fazer com uma risada.
— Calma, calma... — ele sorriu — Como eu sou um ótimo amigo... — dessa vez, ele quem foi interrompido.
— O QUE FEZ COM AS MINHAS FLORES!? — ela segurou-o pelos ombros, irritada, pronta para começar a gritar ofensas ou apenas dar alguns tabefes nele.
— Eu guardei para você não ter trabalho, calma! — o Nara disse um tanto irritado — Você não ia reformar tudo? Melhor começar a arrumar do zero. É menos problemático, não é? — ele se soltou da amiga e procurou um cigarro nos bolsos.
— Guardou? — a loira suspirou pesadamente, o que levou alguns segundos — então só quis me ajudar?
— Quando acabarmos as reformas, ajudamos a por no lugar de novo — quem falou isso foi Choji, que ainda se aproximava dos amigos.
— Vocês dois combinaram isso, é!? — apesar de tentar soar brava, Ino estava risonha e tranquila — Não acredito que os dois cabeças ocas conseguiram pensar nisso! — as risadas escaparam no final da frase.
— Não conseguimos, mas sua mãe ajudou... — Choji comentou sorridente, confirmando as suspeitas.
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Depois de muitas risadas e muita explicação sobre o estado das flores, Ino estava tranquila e encarava o imóvel um tanto sorridente, enquanto os amigos juntavam o que restou das pobres mudas que foram derrubadas no chão.
— Callas! — ela colocou uma das mãos no queixo, olhando atentamente.
— Calar o que? — Choji olhou-a confuso.
— As primeiras flores que vou colocar na vitrine serão Callas, assim que tudo estiver reformado...
— E por que? — Dessa vez, Shikamaru quem perguntou.
— Para deixar claro a sofisticação do meu estabelecimento! — ela respondeu com um ar de superioridade.
Os outros dois amigos se entreolharam e tentaram evitar as risadas, afinal, Ino ficaria brava caso descobrisse que ela não era considerada a pessoa mais sofisticada de Konoha.
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Apesar de estar vazia, a floricultura precisava de boa uma faxina, coisa que o trio Ino-Shika-Cho passaram o resto do dia fazendo, como se fosse uma missão Rank-S. Ao final, os três estavam relembrando as primeiras missões que faziam e que realmente chegava perto daquela, coisas simples que eles não se agradavam de fazer na época, mas agora notaram como era divertido.
— Terminamos tudo, mas foi um saco... — o moreno suspirou ao final da frase.
— Terminamos de limpar. — a de olhos azuis comentou e sorriu de canto.
— E vamos fazer algo além de limpar? — o Akimichi perguntou, surpreso.
— Claro, as flores não vão voltar para cá sozinhas! E isso sem contar as encomendas, as vitrines novas e tudo mais o que compramos, vocês dois vão me ajudar! — a loira cruzou os braços, sorrindo e já imaginando tudo como deveria ficar.
— Vamos? — os dois rapazes perguntaram em uníssono.
— Vão! — a jovem Yamanaka respondeu, sorrindo mais.
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Espero que tenham gostado!
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