Entre-Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 29
Eu amo você - Stelfs


Notas iniciais do capítulo

Stelfs:
Oi, meu povo! Como vocês estão? :D
Hoje teremos uma one que eu amo demais! Eu sei que ela tá um pouco grandinha, mas eu juro pra vocês que vocês não irão se arrepender de lê-la! HAHAHAHAHAHA Podem ler parcelado, ler aos pouquinhos, ler em dois dias, sei lá! Fiquem à vontade! E me perdoem por escrever demais :x
Pra quem queria conhecer mais das crianças da Stelfs e do senhor CastNight, fik a dik aqui nessa one ;)
Espero que se deliciem com essa gracinha e aproveitem a leitura! ♥
Bia:
Olá, gente! Hoje vamos morrer um pouco de dó, um pouco de fofura... com Stelfs e companhia.
Boa leitura!
Ester:
Hallo hallo, povo!!! Preparados pro the biggest cap nessa fic? Taylor Swift já perguntou se vocês estão ready for it? Are you? Soooo, go!
Boa leitura ;)



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Contexto da one: Então, vamos lá! Aqui eu pensei dos gêmeos tendo mais ou menos 4 anos e Arthur teria, então 6 anos. E quanto à questão profissional é a mesma: Stelfs é professora, Castiel trabalha na produtora com Lys e ambos moram no Brasil. Nessa one vocês poderão ver mais ou menos como esses dois doidos lidam com três crianças ao mesmo tempo e não enlouquecem!

Boa leitura

...

— Assim tá bom?

Terminei de amarrar o roupão de César na cintura e olhei pra ele, abrindo um sorriso.

E a saga continuava.

Ele balançou a cabeça em resposta, encarando o chão. Passei a mão pelos cabelos dele, fazendo um carinho.

Estávamos desde às 17h tentando aplacar a febre. E já era 21h.

— Então vamos lá pedir pro seu pai te vestir. — Comentei, colocando a mão na cintura dele e o impulsionei até a porta, me levantando e andando atrás. — Vai com calma porque você tá sem óculos.

Assim que a gente chegou no corredor, Castiel olhou pra gente da cozinha, nos encarando. Veio em nossa direção, fazendo Arthur e Cecília se virarem nas banquetas e olharem com curiosidade pro que tava acontecendo. César entrou no quarto e eu parei na porta, esperando Castiel chegar.

— E aí? — Perguntou em um tom preocupado.

Tentei não demonstrar tanta preocupação, mas tava difícil. Era notável minha cara. Tanto que ele ficou me olhando com um ar ansioso.

— Ele vomitou no chuveiro. — Expliquei a situação e ele fez uma cara de nojo. Suspirei. — Mas acho que a temperatura vai baixar agora. — Lancei um olhar rápido pra dentro do quarto, vendo nosso filho em pé no meio dele nos esperando.

Castiel franziu o cenho na minha direção.

— Mas que inferno de gripe é essa, — Falou em um tom irritadiço. — Que dá tanto trabalho desse jeito? — Cruzou os braços.

Abri um sorriso pequeno.

Apesar de tanto tempo convivendo com essa peça que chamo de marido, acho engraçado a forma como ele se preocupa com as pessoas que ele gosta: ou se estressando, ou fingindo que não tá nem aí.

Sempre digo: Castiel deveria vir com um manual de instruções.

— Você sabe que o César tem imunidade baixa igual eu, querido. — Coloquei as duas mãos nas bochechas dele, apertando o rosto e ele as tirou imediatamente meio nervoso, me fazendo rir. — Qualquer coisa afeta ele.

— Que genética maravilhosa você foi passar pras crianças, hum? — Me provocou rabugento.

Abri um sorriso ainda maior, achando o stress dele engraçado.

— Eu não fico reclamando do mau humor que elas herdaram de você, fico? — Falei, fingindo estar séria, mas tava rindo interiormente. Cruzei os braços.

Castiel abriu um sorriso debochado, cruzando os braços tão imponente quanto eu.

— Claro que não, você gosta. — Disse todo vaidoso e eu revirei os olhos, balançando a cabeça.

— Paaaaaai. — Escutamos César gritar de dentro do quarto. — Eu tô com frio!

Inclinei a cabeça, erguendo as sobrancelhas e fazendo uma careta engraçada.

— Sua vez, papai. — Dei uns tapinhas no braço dele, brincando e Castiel descruzou os braços.

— Tô ligado. — Abriu aquele seu sorriso escrachado, me fazendo rir daquela besteira.

Ai, só Castiel mesmo pra me fazer relaxar em um momento como esse.

Retomei o caminho do corredor, enquanto ele entrava no quarto.

— E aí, filhão? — Ainda escutei ele conversar com César, antes de chegar na entrada da cozinha.

Da bancada, duas carinhas olhavam pra mim com expectativa. Arthur, com os braços cruzados em cima da pedra e Cecília, com os cotovelos nela e o queixo apoiado nas mãos.

— O que foi? — Perguntei, entrando na cozinha sem tirar os olhos deles.

— Mãe, o César vai ficar bem? — Arthur foi o primeiro a falar.

Olhei aqueles olhinhos castanhos claros em cima de mim mais uma vez e tentei não passar minha preocupação pelo meu rosto.

— Vai sim, querido. — Respondi, abrindo o micro-ondas e tirando uma vasilha de lá de dentro. — Ele só tá passando um pouquinho de mal. — Olhei pra eles. — Mas logo vai melhorar. — Dei outro sorriso, colocando a vasilha na pia e destampando.

— A gente vai poder brincar no quintal com o Dragon depois? — Dessa vez foi Cecília.

Tirei o pano que tinha colocado pra esquentar junto com um pouco de água e o torci.

— Vai sim, amor. — Respondi, olhando pra ela e rindo daquela pergunta.

— Eba! — Ela gritou, levantando os bracinhos pra cima e revelando a janelinha na parte da frente dos dentes. — E aí a gente vai correr atrás dos passarinhos igual aquele dia, lembra, Tu? — Se virou pro irmão, animadona, ainda rindo feito uma doidinha.

Balancei a cabeça, rindo daquilo. Tão simples, não? E eu aqui, morrendo de me preocupar.

— Ééééé! — Arthur respondeu a irmã com tanta animação quanto. — Você lembra que a gente foi andar de bicicleta depois? — Continuou conversando com ela e eu acompanhando aquele diálogo, enquanto dobrava o pano morno na pia. — Mãe, a gente pode ir no parque andar de bicicleta de novo?

Olhei pra trás, vendo que tanto ele, quanto Cecília já tavam em pé na cadeira.

— Cuidado nessa bancada... — Falei, saindo da cozinha e me aproximando deles. — Senta, querido, se não sua irmã pode se machucar. — Pedi, fazendo um carinho no ombro dele e ele me obedeceu. Cecília fez a mesma coisa. — E a gente pode sim ir no parque andar de bicicleta quando seu irmão melhorar. — Respondi à pergunta dele.

— UHULL! — Ele fez e eu só soube rir disso.

— Eu vou no quarto do irmão de vocês, se comportem aí, hein? — Pedi, voltando a caminhar pelo corredor com a toalha nas mãos.

— Tá, mãe! — Os dois gritaram ao mesmo tempo.

Balancei a cabeça, achando graça disso.

Entrei no quarto e César tava terminando de se deitar na cama e se cobrir. Castiel segurava o roupão dele na mão, acompanhando nosso filho com os olhos.

— Um a zero pra roupa? — Zuei ele, começando a rir, enquanto me aproximava da cama.

— Pff. — Castiel deu uma gargalhada, cruzando os braços. — Tá achando o quê, garota? Eu também sei cuidar de crianças. — Soltou essa pra mim, se sentindo.

— Tá bom. — Fingi indiferença, revirando os olhos e ele sorriu ainda mais, debochado.

Me sentei na beirada da cama de César, olhando ele encolhidinho debaixo das cobertas e Castiel mexeu nos meus cabelos, me fazendo virar pra ele, enquanto saía do quarto. Voltei pro nosso filho, deitado de lado na cama vestido com o pijama de frio.

Acariciei as costas dele, fazendo César virar o rosto e me olhar.

— Como você tá? — Coloquei a mão na testa dele, levantando os cabelos da franja e percebendo que a temperatura tinha baixado um pouco.

— Minha cabeça tá doendo, mãe... — Fez uma vozinha manhosa.

Dei um sorrisinho compadecido.

— Aqui, — Tirei a mão da testa dele e dei um beijinho nela. — Isso vai ajudar a melhorar, tá bom? — Disse pra ele com um sorriso e ele retribuiu fraco. — E isso aqui, — Levantei o pano, mostrando pra ele. — Também.

César soltou um sorriso um pouquinho maior e eu coloquei o pano na testa dele, acomodando direitinho. Ele fechou os olhos quando sentiu o quentinho do pano. Fiquei um tempinho pressionando o pano na cabeça dele, observando meu filho.

— Você não acha melhor tentar fazer ele comer? — Castiel entrou no quarto de repente, se aproximando da gente. — Esse moleque tá com o estômago vazio desde muito cedo. — Se escorou na escrivaninha e cruzou os braços.

— Que tal, César? — Tirei as mãos da sua testa e ele abriu os olhos, me encarando.

— Hum hum. — Ele balançou a cabeça em negativa. — Eu tô com frio, mãe... — Fez manha.

Suspirei. E olhei pra ele todo debilitado em cima da cama. César tremia.

— Peraí que eu vou resolver isso. — Castiel me veio com essa, desencostando da escrivaninha e saindo do quarto.

Acompanhei ele com os olhos e depois voltei pra César, ajeitando a coberta ainda mais nele.

— Vamos tentar comer pelo menos uma fruta? — Fiz um carinho nele por cima da coberta. — Você não pode ficar de estômago vazio desse jeito, querido. — Expliquei, enquanto César me olhava com um rosto triste.

Ele balançou a cabeça com ainda mais força e rapidez.

— Eu não quero vomitaaaaaar. — Choramingou.

Fiz um bico, continuando o carinho nele.

— Mas se você tomar remédio sem comer nada, vai acabar vomitando também. — Continuei tentando contra argumentar e César ficou considerando o que eu disse, mesmo que me olhasse com medo. — Vamos só tentar, hum? — Impulsionei, vendo que tava quase vencendo a guerra.

Escutamos os passos brutos do Castiel entrando no quarto e nós dois olhamos pra porta.

— E então? — Ele se aproximou da cama trazendo um casaco nos braços.

— Eu tava falando com o César que ele precisa comer, não é mesmo, filho? — Tirei meu rosto de Castiel pro menino e ele continuou calado, desviando o olhar de nós dois. — Ele tá com medo de vomitar. — Sussurrei pro Castiel, fazendo um bico.

— Hum. — Ele soltou a esmo. — Dá licença, aí. — Deu umas batidinhas no meu ombro, pedindo espaço na cama. — Deixa isso aqui comigo. — Falou abusado e eu fiz um bico ainda maior, mas me levantei da beirada da cama, deixando ele sentar.

— Vai com calma, hein, querido. — Pedi, franzindo as sobrancelhas.

— Ei, garoto, — Castiel chamou nosso filho, fazendo César virar o rosto pro lado dele. — Eu trouxe um negócio bem legal pra você. — Falou com um sorriso cheio de garantia e pareceu despertar a atenção dele.

Eu me sentei na poltrona do quarto, cruzando as pernas e acompanhando a estratégia de convencimento dele.

— O quê? — Perguntou fraco, mas inteiramente interessado.

— Senta aí que eu vou te mostrar. — Pediu, arrancando a toalha da testa de César e deixando em cima da escrivaninha.

Ele começou a se arrastar pela cama, se apoiando com os cotovelos e depois com as mãos, se erguendo com dificuldade. Se levantou devagar, fechando e abrindo os olhos um monte de vezes e, por fim, deixando eles abertos, olhando pro pai dele com expectativa. Castiel riu com aquilo.

— Olha só. — Falou logo depois, abrindo o casaco que tinha em mãos.

César olhou animado e sorri com aquela cena ao ver que Castiel tinha trazido o casaco que ele usava na faculdade. Era um moletom simples com a sigla da Universidade, mas, como fora feito pro frio dos EUA, era mais grosso que os casacos brasileiros.

— Assim você vai ficar forte igual seu pai. — Falou todo vaidoso, arregaçando a peça e enfiando na cabeça de César.

— Vou? — Ele rebateu, abrindo um sorriso divertido, quando a peça passou por seus cabelos, atrapalhando eles.

Escorei meu queixo com a mão, rindo feito uma palhaça com isso.

Eu confesso: Sou uma mãe besta.

A peça caiu sem dificuldade pelo corpo de César, parando nos ombros dele. Nem preciso dizer que ficou um balaio, com quase três metros de mangas sobrando. Soltei uma risada engraçada ao ver que o casaco mais parecia uma coberta no menino que tudo. César levantou os braços e agitou eles fracamente, achando aquilo o máximo e rindo.

Castiel soltou uma gargalhada.

— Vai ter que crescer muito pra caber aí dentro. — Falou com César, fazendo ele parar de se distrair com a manga e olhar pra ele.

— Eu quero ser grandão igual a você, pai! — Disse animado e Castiel gostou, sorrindo daquele jeito dele quando fica se achando.

Ri inconscientemente dessa interação deles.

— Mas pra ser assim como seu pai, precisa comer, moleque. — Escutei ele dizer a César em uma típica chantagem emocional.

Vi meu filho murchar com aquela declaração e olhar pro próprio colo, considerando aquela frase. Ele mexeu nas mangas do casaco por alguns instantes e as segurou entre os dedos. Castiel ficou olhando a atitude dele e puxou o capuz de repente, tampando a cara de César e fazendo ele assustar com aquela atitude. Ele levantou o rosto, assustado.

Castiel abriu um sorrisão like a pai.

— Anda, — Puxou as cordinhas do capaz e as amarrou desastrosamente. — A gente vai pra cozinha e bate aquele rango. — Piscou pra César. — Que você me diz?

César ainda ficou um tempinho em silêncio, mexendo nas mangas do casaco.

— E... Se eu vomitar, pai? — Perguntou todo sem graça, olhando pra Castiel com uma carinha, que, ai meu coração, Senhor.

Castiel deu um sorriso abusado, encarando o próprio filho.

— A gente come de novo só pra garantir que vai ficar no seu estômago. — Respondeu debochado e César olhou pra ele com uma cara estranha.

Eu comecei a rir daquele comentário imbecil, chamando a atenção dos dois.

— Olha lá, — Castiel começou a sussurrar pro garoto. — Sua mãe gostou da ideia. — Comentou engraçado, tirando um sorrisinho de César. — E aí, bora comer? — Insistiu com ele.

César olhou de novo as próprias mãos e balançou a cabeça.

— Tá bom. — Falou baixinho e ainda manhoso e Castiel abriu um sorriso vitorioso.

— É assim que se fala. — Encarou nosso filho todo satisfeito. — Toca aqui. — Estendeu a mão pro César e ele retribuiu o toque. — Agora, vem cá. — Chamou ele, estendendo os braços e fazendo nosso filho ir ao encontro deles.

Me levantei da poltrona, vendo Castiel tirar César da cama e o colocar no colo, fazendo ele passar os braços ao redor do pescoço dele e cercar sua cintura com as pernas. Castiel o amparou com as mãos e o nosso filho deitou a cabeça no ombro dele, fechando os olhos. Sorri quando meu marido se virou e me viu ali em pé no meio do quarto. Comecei a andar antes deles e cheguei até a porta primeiro. Castiel passou por mim com César no colo e sussurrei:

— Quem diria, hein, senhor?

Ele virou o rosto pro meu lado, abrindo seu sorriso autoconfiante.

— Eu tenho meus métodos, mocinha. — Piscou pra mim também em um charme.

— Okay, então, senhor “tenho meus métodos”. — Falei brincando com ele e Castiel fez cara de tédio pro meu lado, me levando a rir.

Assim que alcançamos o corredor, Arthur e Cecília levantaram a cabeça da bancada, olhando o pai deles com o irmão.

— César! — A minha menininha foi a primeira a gritar, descendo de lá em um galope e vindo na nossa direção.

— Querida, não grita que seu irmão tá com dor de cabeça. — Eu pedi, acompanhando ela com o olhar.

— César! César! César! — Continuou, nem me dando atenção.

Ignorada com sucesso.

— Ei, ei, ei! — Castiel a repreendeu, parando no meio do corredor e encarando Cecília com um semblante sério. — Seu irmão não tá surdo, não. — Continuou olhando pra nossa filha e Ceci murchou.

Ela parou perto de Castiel, fazendo uma carinha de choro e colocou o dedo na boca.

— Mas ele tá dodói, papai... — Disse dengosa. — Eu não quero que ele fique dodói... — Fez uma vozinha manhosa e olhou pra mim, que vinha logo atrás.

Passou o bracinho pelos olhos, começando a chorar. Ao escutar a irmã chorar, Arthur saiu do banco, vindo parar no corredor também.

— Ceci... — Se aproximou dela, todo compreensível. — Calma, vai ficar tudo bem... — Nosso filho mais velho colocou a mão no ombro dela, enquanto ela continuava chorando.

Castiel suavizou as expressões, claramente confuso e perdido, sem saber o que fazer. Ri da atitude dele.

— Ei, amor. — Me abaixei perto de Cecília e olhei pra nossa filha com um sorriso. — Não precisa chorar... Seu irmão vai ficar bem. — Expliquei pra ela, tirando o bracinho dela dos olhos e limpando as lágrimas. — Você quer me ajudar a cuidar do César? — Falei com uma voz um tanto animada e ela concordou com a cabeça e um biquinho fofo.

— Quero. — Falou, ainda balançando a cabecinha.

Sorri.

— Então pronto. — Disse com alegria pra ela. — Vem, vamos na cozinha fazer alguma coisa pra ele comer, que tal? — Peguei ela no colo, enquanto ela ainda secava as lágrimas e abri passagem no corredor, fazendo Castiel ir até a bancada.

Arthur nos olhava sem saber ao certo o que fazer.

— Querido, — Me voltei pra ele com Ceci no colo. — Será que você pode abaixar a televisão? — Pedi com um sorriso e ele se prontificou logo.

Suspirei, ajeitando minha filhinha no colo e caminhei até a cozinha, vendo Castiel colocar César sentado na bancada. Ele tentou se afastar do nosso filho, mas ele o abraçou de repente, encostando a cabeça no peito dele e vi Castiel ficar desconcertado e corar um pouco com aquela atitude. Ficou atônito por alguns segundos, mas retribuiu o carinho, amparando as costas de César com a outra mão.

Mais um sorriso e minha atenção veio pra Cecília. Me aproximei da pia e coloquei ela sentada em cima da pedra, passando a mão pelos cabelos cacheados, fartos e pretos dela.

— Espera aqui que eu já volto. — Disse pra ela e ela concordou, ainda com o dedo na boca.

Fui até a geladeira, procurar algumas frutas, quando escutei Arthur falar:

— Nossa! Você tá com o casaco do papai! — Exclamou todo animado, em pé ao lado de Castiel e César.

Cecília inclinou um pouco a cabeça pra poder ver algo além das costas de Castiel. E vi César levantar a cabeça pra olhar o irmão. Fechei a porta da geladeira trazendo algumas maçãs no saco.

— Papai disse que eu vou ser grandão igual ele... — César ainda rebateu com a voz fraca, continuando abraçado no pai, apesar de encarar o irmão.

Castiel riu daquele comentário.

— Pai, como eu faço pra ser grandão também? — Arthur perguntou empolgado, olhando pra Castiel com total interesse. — Eu quero ser altão! Assim ó! — Ele estendeu o braço e deu um pulo, me fazendo rir em silêncio daquilo.

Castiel parecia se divertir. Eles continuaram o assunto, enquanto eu cortava as maçãs e entregava pra Cecília colocar no prato. No início ela me ajudou direitinho, mas no fim, acabou enfiando o pedaço de maçã na boca, comendo dela.

— Ué, — Me voltei pra ela, abrindo um sorriso engraçado. — Você não ia me ajudar? — Perguntei engraçada, mas já tava fazendo carinho nos cabelos dela.

Ela levantou os ombros divertida, enquanto comia e sorri, dando um beijo na testa dela. Juntei as sementes que havia tirado, jogando fora e deixei a louça na pia. Peguei o prato do lado de Cecília e entreguei pra ela.

— Toma, — Ela pegou o prato com uma das mãos e a outra segurava seu pedaço de maçã. — Vamos. — Segurei ela pela cintura, fazendo Ceci se segurar em mim pelas pernas.

Amparei suas costas e me virei, caminhando alguns passos e chegando na bancada ao lado de Castiel.

— Olha só o que chegooou! — Fiz uma voz divertida e animada, colocando Cecília na bancada.

— Eba! — Arthur se animou.

César virou o rosto com dificuldade, encontrando a irmã comendo e olhando pra ele.

— Toma... — Ceci falou mesmo que tivesse com a boca cheia e estendeu o prato. — A mamãe disse que você vai deixar de ficar dodói logo logo... — Terminou a comida e sorriu com sua famosa janelinha, ocasionando um sorriso no irmão.

Ele soltou uma das mãos da cintura de Castiel e pegou a maçã, tomando coragem e colocando na boca.

— O-Obrigado... — Disse fraco e com a voz sendo atrapalhada pela maçã.

Ela riu ainda mais e voltou com o prato pro lado.

— Aqui, mamãe.

Peguei o prato das mãos dela e sorri, catando um pedaço também e passei pra frente, até chegar em Arthur, que também comeu.

— Sabe o que a gente vai fazer quando você melhorar?! — Cecília continuou animada, conversando com o irmão.

— Não... o quê?

— Brincar com o Dragon no quintal! — Respondeu.

César sorriu com dificuldade, mas ele parecia melhor.

— Eu quero brincar com o Dragon...

— E andar de bicicleta no parque! — Arthur completou o diálogo, tão alegre quanto Cecília. — A mamãe disse que a gente podia ir, não é, mãe?

— Ah, é mesmo? — Castiel sussurrou em um tom irônico e fiz uma cara de gente que tinha aprontado. — Só espero que a mocinha é que seja a responsável por levar o comboio dessa vez. — Me respondeu meio rabugento e ri, fazendo um carinho no braço dele.

— Preocupa, não. — Sorri pra ele. — Sim, a gente vai andar de bike quando você ficar melhor. — Passei a mão pelo capuz dele, fazendo César me olhar, enquanto comia devagar. — E levar o Dragon pra passear com a gente... — Continuei fazendo carinho nele, o olhando com amor.

— Legal! — Arthur comemorou. — Mãe, eu posso segurar ele?

Castiel deu uma risadinha assoprada e baixa.

— Quero ver você conseguir, garoto. — Desafiou Arthur.

— Você vai ver, pai! — Ele se agitou de repente, fazendo uma pose imponente e gerando risos entre eu e Castiel.

— Mããããee... — César reclamou de repente, deixando a maçã em cima da bancada.

— Oi, querido. — Me aproximei ainda mais dele, fazendo ele largar Castiel e me vir na minha direção. — Que foi? — Perguntei, vendo ele me olhar com medo.

César ficou sem graça de repente e eu saquei logo.

— Vem. — Tirei ele da bancada às pressas, pegando no colo e fazendo todo o restante da família nos olhar.

César me segurou forte e senti que ele tremia.

— Tá com vontade já? — Perguntei, temerosa, correndo pelo corredor.

— Mããããe... — Ele voltou a reclamar, começando a chorar e afundou o rosto no meu ombro.

— Calma, meu amor, a gente já tá chegando... — Acariciei as costas dele como um consolo e senti meu estômago gelar.

Ele continuou chorando e entrei no banheiro rápida, me aproximando do sanitário e me ajoelhei ali perto, colocando César no chão, apesar dele ainda continuar agarrado no meu pescoço.

— Eu não querooooo. — Ainda choramingou.

— Pronto. — Falei com ele, tentando tirar os braços dele de mim e o afastar pra olhá-lo. — A gente já tá aqui, tá bom? — Fiz um carinho no rosto dele, vendo ele me olhar com lágrimas nos olhos. — Não precisa ficar com medo... — Tentei passar segurança.

— Nããão... — Ele continuou chorando, mas se aproximou do sanitário, fazendo ânsia.

— Calma... — Fiz um carinho nas costas dele e puxei as mangas do casaco imenso de Castiel, fazendo as mãos dele aparecer no meio daquele tecido todo.

Ficamos nisso por um bom tempo.

Ainda escutei Castiel mandando as crianças tomarem banho e se aprontarem pra dormir. Apesar das ânsias e os enjoos, César não vomitou. E acabou sendo vencido pelo cansaço, se sentando no meu colo e desmontando logo depois em um sono profundo. Fiquei um tempinho ainda sentada no chão do banheiro com ele nos braços, caso ele acordasse assustado. Mas depois, até mesmo eu fui rendida e me levantei, ajeitando ele no meu colo. Saí do banheiro com ele, vendo que a casa toda estava à meia luz.

Passei pelo quarto de Arthur e ele já tava deitado na sua cama. Caminhei mais um pouco e entrei no quarto dos gêmeos, me deparando com uma arruaça fora do normal.

— Não, eu não quero! — Cecília gritava com a cara emburrada e os braços cruzados.

— Ora, menina! — Castiel rebateu, impaciente.

— Que que houve aqui? — Perguntei, cansada, encarando os dois emburrados, bravos e de mau humor.

É incrível como esses dois se parecessem tanto.

— Sua filha que não quer ir dormir na cama dela. — Castiel explicou, sendo tão infantil quanto a menina.

— Eu não quero dormir lá, mããããe. — Ela fez pirraça, se aproximando de mim e agarrando minha perna. — Quero dormir com o César! — Choramingou ainda mais, se balançando em mim.

Suspirei, sentindo que meu corpo não aguentava mais. E fechei os olhos pra tentar recolocar todos os meus nervos no lugar. Tudo que eu menos queria agora é enfrentar uma “queda de braço” com a Cecília.

— Por favor, querido, só hoje... — Falei baixo pro Castiel e ainda com os olhos fechados.

Ele bufou e abri os olhos, vendo ele cruzar os braços naquele tom bad boy revoltado dele.

— Você tinha dito que ia parar com essa palhaçada, lembra? — Ele tava claramente irritado com toda aquela situação.

Eu toquei seu braço devagar, fechando meus dedos sobre ele com calma e o encarei, pedindo arrego mentalmente e pelo olhar.

— Só hoje, por favor. — Reforcei, séria e ele entendeu minha cara detonada, soltando um bufado de rendição.

— Mas depois isso vai parar. — Respondeu com aquele jeitão dele, descruzando os braços.

Apenas concordei com a cabeça e Castiel desfez a cara fechada, se abaixando perto de mim e encarando Cecília. Ela acompanhou ele com o olhar e escondeu a cara atrás da minha perna.

— Não. — Foi curta e grossa com ele, me fazendo rir daquilo.

É, quem mandou ter filhos com o Castiel?

— Cecília, — Ele começou, todo sem jeito, tentando pegar ela pelo braço, mas Cecília se esquivou dele. — Hã... — Castiel se enrolou totalmente, me mostrando sua falta de tato pra lidar com meninas.

Soltei um sorriso, mas resolvi continuar em silêncio. Ele precisa aprender.

— Eu não vou! — Ela continuou na pirraça e Castiel pareceu se impacientar de novo.

— Anda, vai pra cama do seu irmão, garota. — Falou de uma vez.

— Eu vou dormir com o César? — Ela tirou rápido o rosto da minha perna e encarou Castiel com os olhinhos brilhando.

Ele acenou com a cabeça.

— Oba! — Gritou de repente, saindo das minhas pernas e correndo até a cama do irmão.

Castiel fez uma cara, respirando fundo e se levantou, indo até a cama do nosso rapazinho e ajudando Ceci a se deitar direito. Eu fui andando até eles, ainda com César nos braços, observando aquela movimentação toda. Ela se enfiou debaixo das cobertas, a alegria estampada no rosto e Castiel terminou de tampá-la.

— Você vai dormir aqui só essa noite, tá entendendo? — Conversou com ela, suspirando e tentando fazer um carinho na testa dela, enquanto ela segurava a beirada da coberta e o olhava, toda feliz. — Amanhã a gente conversa sobre isso direito. — Explicou, descendo a mão pelos cabelos dela e parando no alto da sua cabeça. — Boa noite.

Desejou, parando o carinho e se endireitou, pensando em sair, quando Cecília o interrompeu:

— Boa noite. — Cumprimentou de volta. — Eu te amo, papai. — Soltou a esmo, fazendo Castiel olhar ela de novo e abrir um sorriso todo derretido.

— Eu também te amo, gatinha. — Falou, olhando pra ela na cama.

Mas nem preciso dizer que tinha alguém com vergonha aí, né? E não era Ceci.

Cheguei perto dos dois e olhei pra eles com um sorriso no rosto. Me sentei na beirada da cama, arrumando César em meus braços e puxei um pouco da coberta, olhando Cecília.

— Afasta um pouquinho aí, querida. — Pedi com gentileza e ela chegou mais pro canto, abrindo espaço na cama.

Castiel veio me ajudar e conseguimos deitar César na beirada, deixando ele de lado, ainda vestido com o casaco e com o capuz e o tampei, enquanto Ceci se aproximava do irmão e o abraçava, fechando os olhinhos. Fiquei encarando aqueles dois, me lembrando que talvez fosse mesmo difícil pra ela ficar sem o irmão. Nove meses dividindo o mesmo útero...

— Será que não tem perigo dessa guria pegar gripe também? — Castiel interrompeu meu momento, me fazendo olhar pra ele.

— Ah, não... — Fiz em um deboche, fazendo uma cara de desdém. — Ceci é dura na queda igual você. — Disse, engraçada, passando a mão pelos cabelinhos dela e fazendo carinho na minha menininha.

Castiel riu soprado e eu o encarei.

— Pelo menos alguém nessa família. — Zuou comigo, naquela pose dele e eu só balancei a cabeça, rindo.

Ele se aproximou de mim e tocou meus cabelos, levando os dedos até a nuca e começou um carinho, me fazendo fechar os olhos, enquanto parava de mexer nos cabelos da Ceci.

— Vamos dormir? — Me convidou, sem parar o que tava fazendo.

Inclinei a cabeça pra trás, abrindo os olhos e um sorriso, vendo Castiel me encarar.

— Hummmm. — Fiz um bico chateado. — Será que... eu poderia dormir aqui hoje? — Pedi, fazendo uma cara engraçada e Castiel começou a rir.

— Você também? — Parou de mexer nos meus cabelos. — Que que deu em vocês hoje? — Me abriu aquele sorriso que eu amo.

Fiz um carinho na barriga dele, sorrindo também.

— Eu só tô com medo do César acordar passando mal no meio da noite... — Expliquei, encarando Castiel e ele fez uma expressão resignada.

— Você não precisa trabalhar amanhã cedo? — Rebateu, me olhando e se escorando na escrivaninha. — Quer que eu fique aqui? Pelo menos eu posso pedir pro Lysandre pra chegar mais tarde na produtora... — Me propôs.

Fiz uma cara temerosa e desconfiada e Castiel sacou logo.

— Que é, mulher? Não confia no seu marido, não? — Foi direto, abrindo um sorriso debochado.

Suspirei.

— Não é isso... — Voltei a olhar os gêmeos dormindo e fiz uma cara triste. — Eu não vou conseguir dormir direito sabendo que ele tá mal assim. — Virei meu rosto pra Castiel, ainda com a mesma expressão.

— Então tá. — Concordou. — Se precisar trocar de round, me avisa. — Se desencostou da escrivaninha. — Boa noite, mocinha. — Se despediu, se aproximando de mim e tomando meus lábios em um beijo que durou algum tempinho.

— Boa noite. — Cumprimentei em meio a um sorriso, vendo Castiel abrir a porta e sair do quarto, olhando pra mim.

Me levantei da cama e arrastei a poltrona com cuidado, colocando ela ali perto e me sentei, cruzando as pernas e repousando a cabeça no encosto dela. Cruzei também os braços e fiquei ali... até acordar em um susto e com um pouco de dor no pescoço. Olhei rápido pra cama, vendo que os gêmeos dormiam tranquilos. César havia se mexido junto com Cecília e agora os dois dormiam virados pra parede, com o nariz de César enfiado no meio dos cabelos dela. Eu ri dessa cena e tirei um pouco dos cabelos de Cecília dali pra ele poder respirar direito. Aproveitei e medi a temperatura dele, vendo que a febre tinha baixado.

Sorri, percebendo meu coração tranquilizar.

Abri um bocejo longo e me levantei, espichando os braços e todo meu corpo. Outro bocejo e mais um alongamento, enquanto eu virava meu pescoço pros lados, sentindo a dor passar.

Fui andando pelo quarto e passei pela porta, tentando ser o mais silenciosa possível. Assim que encostei a porta, entrando no corredor, encontrei o rosto de Castiel me encarando. Franzi o cenho, estranhando.

— Ué. — Falei baixo, coçando o braço em um reflexo de sono e bocejando de novo.

— Resolvi vir adiantar umas coisas pra amanhã. — Disse como quem não quer nada e indiferente e colocou as folhas em cima da mesa.

O olhei mais uma vez.

— E você não tá nem pouco preocupado com a saúde do seu filho, né? — Falei engraçada, abrindo um sorrisinho de “Te peguei” pra Castiel, que se desconcertou em um instante.

— Eu só perdi o sono, não tô te dizendo? — Respondeu meio sem educação, mas já tava coradinho também.

Ai, quando esse homem vai aprender?

Sorri com isso, indo até o sofá e me sentando ali.

— Tudo bem, querido, eu acredito. — Disse mais sendo sarcástica que outra coisa e Castiel me encarou.

— E essa cara de zumbi, aí? — Debochou de mim, abrindo aquele sorriso de lado dele e foi até o sofá, se sentando do meu lado.

— Hum. — Murmurei com preguiça, fechando os olhos e os abrindo logo depois. — Eu acabei cochilando na poltrona e dormi meio mal. — Confessei.

Castiel riu um pouco mais.

— Eu vi. — Ostentou aquele sorriso mais uma vez e eu ergui uma sobrancelha pra ele, emendando logo depois e sorrindo.

— Então você foi lá ver se tava tudo bem... Hannn. — Brinquei com ele e Castiel fechou a cara. — E depois diz que não tá preocupado. — Joguei na cara dele e ele bufou.

— Fui só certificar de que você tava em sã consciência, mas pelo visto, não. — Virou o jogo pro meu lado e eu apenas ri, sem forças nem mesmo pra discutir de uma coisa dessas com ele.

— Ah, eu vou me deitar. — Falei, me preparando pra levantar do sofá, quando ele segurou meu pulso.

— Venha aqui. — Me puxou até ele, me fazendo encostar nele e se arrumou no sofá, deixando nós dois deitados no estofado.

Cai com a cara no peito de Castiel, sem dizer nada e rodeei meus braços nele, respirando fundo, enquanto sentia meu corpo todo relaxar. Ele me envolveu com seus braços, recomeçando o carinho de antes e me fazendo soltar um murmúrio bom. Virei meu rosto pra respirar, com os olhos ainda fechados, enquanto sentia os dedos dele brincarem nos meus cabelos.

— Obrigada... — Agradeci em um tom baixo. — Tava precisando mesmo disso... — Disse, abrindo um sorrisinho.

Castiel sorriu, me apertando mais contra ele e me abandonei ali.

— Mãe. — Escutamos uma voz meio baixa.

Ele parou de me fazer o cafuné e tirei minha cabeça do peito de Castiel, nos olhando.

— Mãe? — César apareceu em carne e osso no outro braço do sofá, encarando nós dois, ali, desse jeito.

Ai, meu Deus.

Tentei fingir que tava tudo bem e saí de cima de Castiel, me deitando do lado dele no sofá e olhando meu filho, que tava nos nossos pés.

— Oi, querido. — Finalmente tomei coragem de falar alguma coisa.

Que vergonha.

— Vem cá. — Chamei ele com a mão e César se aproximou, parando do lado de Castiel no sofá e colocando a mão em cima da barriga dele.

— E aí, garotão, como você tá? — Ele finalmente se pronunciou depois desse tempo.

Me estiquei, passando por cima de Castiel e coloquei a mão na testa dele, vendo que a temperatura tava normal.

— Eu tô com calor com essa roupa. — Soltou de repente, nos fazendo rir e eu perceber que meu filhote tinha voltado ao normal.

Castiel desamarrou o capuz e ajudou ele a tirar o casaco, jogando a peça em um canto qualquer da sala. César tava extremamente suado.

— Acho que alguém vai precisar de um banho, não é? — Brinquei com ele, fazendo um carinho no rosto dele.

— Ah, não. — Resmungou. — Eu quero dormir. — Ainda fez um pouco de manha e começou a subir em Castiel.

— Ei, ei, ei, cuidado aí. — Ele tentou segurar nosso filho que “escalava” ele e não rir das cutucadas que o joelho dele fazia na barriga.

Quando César ficou em cima de Castiel, ele se jogou no vão que tinha entre eu e ele, se aconchegando entre nós dois. Eu olhei aquela cena e depois encarei meu marido, querendo rir daquilo.

— Que folga é essa, moleque? — Castiel perguntou, mexendo na costela dele com o dedo.

César começou a dar umas risadas, abafadas pelo corpo do pai dele e ergueu o tronco, encarando ele e eu com um baita sorriso alegre e divertido, fazendo meu coração ficar mais leve. Finalmente meu filho tinha voltado.

— Que foi, César? — Perguntei, vendo que ele tava olhando pra gente há um tempinho sem dizer nada.

De repente, ele corou as bochechas, ficando sem graça e afundou o rosto entre nós, fazendo eu e Castiel nos encararmos sem entendermos nada.

— Eu amo vocês. — Falou todo carinhoso e bem baixinho, quase não dando pra gente escutar.

Todo emocional esse menino.

E ri, me virando de lado e abraçando a cintura dele e trazendo ele pra perto de mim. Castiel também o aconchegou e dei um beijo nos cabelos dele.

— A gente também te ama, querido. — Respondi por nós dois, olhando aqueles cabelos negros na minha frente, se mexerem em acordo.

E olhei pra Castiel, abrindo um sorriso ainda mais feliz.

 


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Notas finais do capítulo

Stelfs:
Então, é ou não é pra morrer de amores? ♥
Deu pra sentir um pouquinho da personalidade de cada um? HAHAHAHAHA E esse Castiel, gente, cuidando direitinho das crianças? HAHAHAHAHAHAHAH Fora a Cecília, porque, né! Cecília é um caso à parte xD
Só quero dizer que nossa Entre-Laços está chegando ao fim ~aaaaaaaah. Porém, quem quiser continuar a acompanhar esse shipp que amamos e não conseguimos largar nunca mais [q?], pode acompanhar a “Minha Nada Mole Vida com Castiel”, que é uma coletânea própria do casal ♥: https://fanfiction.com.br/historia/758515/Minha_nada_mole_vida_com_Castiel/ A Ester também está escrevendo uma fic com o nosso Shipp mais fofo desse mundo. Então, se quiser matar a saudade, dá uma chegadinha aqui também: https://fanfiction.com.br/historia/758716/Entre_Nos E vamos pedir pra Bia fazer uma fic também com nosso shipp maravilindo HAHAHAHAHAHAHAHA. Enquanto isso não acontece, leiam essa one: https://fanfiction.com.br/historia/740313/I_I/ Vocês não perdem nada lendo isso e ainda morrem de amores ♥
Bem, passado as propagandas eleitorais gratuitas [q?], quero dizer que AMO VOCÊS TAMBÉM! Nos vemos na Seixtaaaa :}
Bacione :*
Bia:
Ai, tadinho do César, não deu vontade de agarrar ele e ficar lá até ele melhorar? Acho que entendo como deve ser angustiante seu bebê ficar doente D: Mas felizmente ele melhorou e voltou a ativa!
Nos vemos sexta o/
Ester:
Como não querer abraçar essa fofurinha que é o César? Own, vou roubar pra mim -q
Temos novidades pra vocês, povo! Essa... É a última semana da Entre-Laços (coro de ahhhh). Apenas mais duas ones restantes, então... Preparem seus corações, porque já estamos preparando os nossos aqui xD
Até sexta, com a última one daquele casal que te mata de fofura a cada parágrafo. Até mais o/



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