Entre-Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 24
O que é, o que é? - Stelfs


Notas iniciais do capítulo

Stelfs
Oi, meu povo! o/ Tudo bem com vocês? Dessa vez vocês nem esperaram tanto para saber notícias da madame Stelfs e do Senhor Castiel, não é mesmo? Pois eis aqui mais uma one desse casal que a gente ama e odeia -q. Não vou falar muito porque quero que vocês tenham uma surpresa com ela. Well, boa leitura :}


Ester
Hallo hallo peps! Como vão vocês? Estão vivos ainda depois da última one? XD Hoje vamos aliviar um pouco a tensão (ou nem tanto) com um pouco de amor com o casal mais treteiro dessa fic.
Boa leitura ;)

Bia
Olá, pessoas! Hoje temos: momentos fofos, risadas, nervousers e mais xD
Boa leitura!



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Contexto da one: Então, aqui Stelfs e Castiel já têm o Arthur (ohhhhh!) e ele está com dois aninhos. Castiel continua trabalhando no mesmo lugar e Stelfs está para encerrar o Mestrado. Ambos moram em LA e na mesma humilde residência deles.

***

 

Enfiei a chave na maçaneta e girei ela, escutando os latidos do Dragon do lado de dentro. Arthur também começou a gritar, me fazendo rir automaticamente. Apoiei a mão na maçaneta e a abaixei, abrindo a porta. Assim que empurrei ela, Dragon veio correndo, Arthur começou a pular no sofá e Castiel se levantou no mesmo instante, todos os três me encarando.

Abri um sorriso sem graça.

— Oi — falei pra disfarçar minha timidez que aquele momento de fama tinha me dado.

— Ma-mãe! — Escutei Arthur gritar, enquanto esticava o braço na minha direção e mexia a mãozinha.

Sorri pra ele e mandei um beijinho pro meu filho.

— E aí? — Escutei Castiel me perguntar no mesmo momento.

Me desviei de Dragon, que pulava nas minhas pernas e fechei a porta.

— Comprei. — Tirei a sacola do bolso do moletom e levantei, mostrando aquele embrulho pra ele, enquanto enfiava a mão livre no outro bolso. — Finalmente vou saber se minhas suspeitas tão certas. — Tirei a caixinha da sacola, olhando aquele negócio.

Castiel deu uma gargalhada imensa.

— Aposto que você tá errada — soltou essa, enquanto se sentava no sofá e segurava Arthur pela cintura pra ele não cair.

— Okay, então, “querido”. — Usei a palavra com sarcasmo, deixando a sacola em cima da bancada e indo até o sofá com a caixa. — Se você perder a aposta, vai ter que lavar a louça do jantar por um mês, que tal? — desafiei Castiel, me sentando perto de Arthur e encostando meu nariz na bochecha dele, fazendo ele rir.

Mais uma risada de Castiel.

— E acha mesmo que eu vou me arriscar tanto assim? — respondeu em um deboche, ainda segurando nosso filho pela cintura, enquanto ele tentava de toda forma vir pro meu lado.

E eu ri.

— Poxa, não foi dessa vez. — Fingi estar chateada.

— Eu posso ter minhas dúvidas, mas quem é dona do negócio é você — respondeu divertido com um riso na cara e eu soltei uma gargalhada.

— Dá. Dá. — Arthur olhava pra caixinha na minha mão, esticando o bracinho e pedindo o troço.

— Não, não, senhorzinho — falei com ele, encostando a minha testa na dele e fazendo ele abrir um sorrisinho e fechar os olhos em um reflexo. — Isso aqui não é pra criança brincar — disse séria, desencostando nossas testas e voltando minha atenção pra caixa. — Hãn... — Fiquei encarando a embalagem, tentando ler o negócio. — Vamos ver como isso funciona...

Outra gargalhada de Castiel.

— Você não sabe? — perguntou debochado, soltando Arthur e deixando ele andar pro meu lado.

Franzi a sobrancelha.

— Ué. — Fiquei tentando tirar a caixa do alcance de Arthur, que de todas as formas queria tirá-la da minha mão. — Nunca precisei saber se estava grávida antes. E no caso do Arthur, fui logo fazer em um hospital, então... — Dei de ombros.

Castiel riu.

— Me dá esse troço aqui.

Ele tentou tirar a caixa da minha mão, quando desviei do alcance dele.

— Espera aí. Como assim você conhece... isso? — perguntei, bolando altas teorias com Castiel e um teste de gravidez.

— Histórias que você não deve saber — respondeu, começando a corar as bochechas.

Eu o encarei com os olhos arregalados, mais uma vez desviando o teste de Arthur e segurando ele com a outra mão. Abri a boca em um espanto.

— Ai, meu Deus! — Fiz uma exclamação, abrindo a boca e os olhos ainda mais. — A Debrah já fez um teste desses?! — Quase gritei aquilo, começando a rir. — Não creio! — falei meio assustada/debochada e Castiel ficou claramente desconcertado.

— Anda, garota, me dá esse negócio que não tenho a noite toda — disse nervoso e carrancudo, mas tava todo vermelho.

Tirou a caixa da minha mão, enquanto eu ria disfarçadamente daquilo. Ele me ignorou, abrindo o teste e tirando as peças de dentro dela. Deixou uma embalagem metálica em cima do assento do sofá e pegou o papel dobrado lá de dentro. Fiquei intrigada olhando pra Castiel e afrouxei meus braços de Arthur, pegando o papel que agora ele tinha deixado em cima do encosto. Abri ele e comecei a ler as instruções.

— Pronto, já pode ir. — Escutei Castiel falar e levantei o olhar, vendo ele me oferecer um copinho que parecia de remédio.

— Quê? — perguntei em um auto reflexo, tirando o copo das mãos dele e encarando aquela coisinha minúscula. — Você quer que eu faça xixi aqui dentro? — Segurei ele entre meus dedos. — Nessa coisa desse tamanho? — Continuei indignada.

Castiel deu uma risada boa.

— Boa sorte — disse debochado e eu fiz um bico, indignada.

Arremessei o copo nele de brincadeira.

— Palhaço — xinguei, fazendo ele rir, enquanto se curvava no sofá pra pegar o copo que tinha caído no chão.

— Bem, — Eu voltei a olhar o papel. — Segundo o negócio, eu preciso colocar a fita por uns cinco minutos dentro do... — Olhei ao redor no sofá. — Uai, cadê a fita?

— É aquela embalagem que tava a... — Ele parou no mesmo instante quando viu que Arthur tava segurando a embalagem e mastigando o troço todo.

— Ah, meu Deus do céu! — Eu entrei em desespero interior, tentando fazer Arthur soltar meu teste de gravidez.

Era só o que me faltava.

— Ei, moleque, solta isso! — Castiel começou uma briga cerrada, fazendo nosso filho soltar a embalagem e fazer um bico. — E nem me invente de ch...

Tarde demais.

Ele começou a chorar horrores.

— Arthur, você quer parar com isso? — Castiel fez autoritário, encarando ele e o arrastando pela cintura, trazendo pra perto. — Aquilo é da sua mãe, não é seu não. — Ele encarou Castiel por alguns momentos e voltou a chorar ainda mais, provocando.

Eu suspirei.

— Arthur, — chamei ele, fazendo ele me olhar e parar um pouco o choro, enquanto esfregava os olhos marejado de lágrimas. — Olha só o que eu achei... — Levantei o dragãozinho de pelúcia dele, que tinha pegado no chão. Estendi o bichinho pro lado dele, fazendo ele esticar os bracinhos e ir parando de chorar aos poucos. — Olha! — falei toda alegre e entreguei o bicho pra ele, que o segurou, começando a bater ele pra todos os lados.

— Ei, vai com calma aí. — Castiel se defendia das pancadas animadas do menino. — E é mais um desse que você quer? — Olhou pra mim com uma cara sarcástica.

— Idiota — falei contrariada. — Queria mais três, na verdade, mas você não quer cooperar… — Lancei meu olhar pro Castiel e ele gargalhou.

— Só sobre o meu cadáver, “querida”. — Me cutucou e eu balancei a cabeça divertida.

— Eu sei que você gosta. — Fiz um carinho no rosto de Castiel, fazendo Arthur erguer a cabeça e nos olhar.

Nós dois olhamos pra ele ao mesmo tempo, fazendo ele esconder o rosto no peito de Castiel de vergonha. Começamos a rir dele, eu, claro, achando isso o máximo.

— Esse não nega que é seu filho. — Eu olhei pra Cass com um sorriso, fazendo carinho na nossa criança.

— Ele é o homenzinho da mamãe, papai. — Eu usei uma voz ridícula pra conversar com Arthur, enquanto me aproximava pra beijar a cabeça dele.

— Ar… — Castiel fez cara de tédio. — Toma, anda logo e vai fazer o que você precisa. — Me estendeu o bendito copinho de novo. — Ao invés de ficar mimando o menino.

— Affe. — Revirei os olhos. — Não posso fazer isso — falei com um bico, mas peguei o objeto das suas mãos.

— Por quê? — Castiel me encarou confuso.

— Porque não tô com vontade, uai — disse pura e simplesmente e ele fez uma cara que beirava o deboche e o estranhamento. — Que foi? — Me levantei do sofá, ainda olhando ele que permanecia calado.

Castiel deu de ombros.

— E precisa se concentrar agora, é? — Voltou com essa, se desviando dos golpes que Arthur dava com a pelúcia no sofá.

— Besta — soltei de volta. — Vou até tomar água pra ver se ajuda — comentei engraçada e ele disparou a rir.

Fui até a cozinha, sendo seguida por Dragon, que até agora tava na cama dele sossegado. Fiz um carinho na sua cabeça, deixando as coisas do teste em cima da bancada, enquanto ia até o armário buscar um copo e enchendo de água.

— Papai! — Escutei Arthur gritar e me virei de frente pra bancada. — Atchi. — Ele mostrou o bichinho de pelúcia pro Castiel. — Agão. — Tentou falar o nome do bicho, oferecendo a pelúcia pra Castiel. — Errrrr.

Fez um barulho esquisito com a boca, fingindo imitar um dragão e eu soltei um riso imediato, quase cuspindo minha água fora. Os dois olharam pra mim, mas eu tampei a boca com a mão, indo até a pia e deixando meu copo lá.

— Sua mãe tá doida, óh. — Ainda escutei Castiel falar, enquanto eu me concentrava pra engolir aquela água e segurar o riso.

Destampei a boca, respirando fundo e percebendo que tudo estava okay. Tomei o resto da água e me virei, quando escutei o rosnado curto e leve de Dragon. Os três estavam brincando no sofá. Sorri, olhando pra aquela cena e senti algo bom. Meus olhos foram até o teste e, pela primeira vez nesse dia, senti a ansiedade bater.

Será que eu tava mesmo grávida de novo?

Eu ri sem querer.

Quem que eu tava querendo enganar? Eu queria muito mais um filho...

Mas, ao mesmo tempo, a minha parte racional jogava na minha cara a responsabilidade ENORME que era cuidar de um. Não só a parte racional, quero dizer, mas a própria experiência. Olha só o Arthur... Já tava sendo difícil lidar com ele, um final de Mestrado, um marido como Castiel e o Dragon. Imagine tudo isso e o acréscimo de mais um filho?

Chorando, mamando, precisando de atenção em todo o tempo, acordando de madrugada...

Eu não sabia se eu ia dar conta.

— Segura, rapaz, segura! — Castiel falava em meio a risadas e olhei pro sofá, encontrando Arthur sentado em cima do Dragon, dando altas gargalhadas, enquanto o cachorro andava pra lá e pra cá com ele na maior animação.

Balancei a cabeça, rindo e cruzando os braços. Me encostei na bancada.

Eu sei que Castiel parece aqueles caras que não tão nem aí com nada, aqueles homens que não querem nem saber se os filhos estão comendo, dormindo ou morrendo. Eu sei que, na maioria das vezes, ele parece irresponsável e inconsequente, mas...

Olhei mais uma vez pra aquela algazarra que os três tavam fazendo.

A verdade é que ele tinha se esforçado nesses últimos dois anos pra ser pai. Claro, daquele jeito dele. Arremessando o Arthur pra cima toda vez que voltava do trabalho, deixando o menino picotar parte dos meus livros de faculdade, secando a criança com o secador, dando banho nele e molhando ele mesmo, o banheiro, a criança e o cachorro...

Suspirei.

Vi ele tirar Arthur de cima do Dragon e enfiar o nariz nas dobrinhas do pescoço dele, levando ele a gargalhar ainda mais. Altão. De uma maneira tão gostosa que comecei a rir também.

Eu estou me sentindo insegura.

Não quero ser uma mãe qualquer e eu sempre tive isso muito claro na minha cabeça. Eu não quero que o cansaço da rotina, o trabalho e o stress me façam desistir de estar com meus filhos ou de ser uma boa companheira pro Castiel. Eu não quero ser aquele tipo de mãe que só chega pra reclamar, brigar e encher a paciência. Eu quero acompanhar meus filhos, ajudá-los a crescer, ensinar eles coisas que a gente só vai aprender depois de quebrar a cara.

Eu... Não queria ser ausente na vida deles. E, ao mesmo tempo...

Escutei passinhos correndo pelo chão de casa e sai desse transe ao mesmo tempo que alguém se jogou nas minhas pernas, abraçando elas com força. Nem tive tempo de perceber o que tava acontecendo, até que Castiel apareceu meio correndo de trás da bancada, fazendo Arthur dá um gritinho agudo.

— Não, não. Nã.. — Ele afundou o rosto nas minhas pernas, sapateando no mesmo lugar com um monte de gargalhada, me fazendo rir.

— Não adianta esconder na sua mãe, não — o pai dele disse, se aproximando mais e fazendo ele quase entrar em um colapso de risos e aflição.

— Não, não, não, não, não. — E um gritão foi solto quando Castiel agarrou ele pela cintura e tentou tirar ele das minhas pernas, me fazendo rir. — Ma-mãe, ma-mãe!

Ele ria tanto que eu não conseguia mais parar de rir.

— Vem pra mamãe, corre, corre. — Eu segurei ele por baixo dos braços e Arthur segurou a manga do meu moletom gritando e rindo ao mesmo tempo.

Nós três ficamos ali naquele cabo de guerra com o som dos latidos de Dragon.

A verdade é que... Eu me sentia segura ao lado de Castiel.

Eu sei, é uma coisa estranhamente estranha isso. De todas as pessoas no mundo, acho que Castiel seria a última que passaria isso. Mas no fundo, eu sei que eu posso contar com ele.

Como quando eu não sabia como assumir nosso relacionamento e ele soube entender.

Quando ele vinha morar aqui e resolveu continuar a namorar comigo.

Quando passamos tempos e tempos longe e ele quis, ainda assim, persistir.

Quando me pediu em casamento porque sabia que isso era importante pra mim.

Quando eu disse que tava grávida e ele me disse que ser pai era “legal”.

Eu... sempre pude contar com ele.

Por que não poderia contar mais uma vez?

Castiel desistiu de segurar Arthur pela cintura e o peguei no meu colo.

— Ahhh, a gente ganhou! — brinquei, enchendo ele de beijos.

Meu filho começou a rir de forma gostosa e eu o soltei, olhando aqueles traços que eram parecidíssimos com os de Castiel. Arthur me abraçou pelo pescoço e encostou a cabeça no meu ombro, me fazendo rir e começar a fazer carinho nos cabelos dele.

— Você já tá com sono, né? — Falei com ele, continuando aquele cafuné que sempre ajudava ele a dormir.

— Que cara de cachorro abandonado é essa? — Cass se voltou pra mim, cruzando os braços e abrindo o sorriso de lado e debochado dele.

— Nada — respondi rápido, balançando a cabeça também depressa e saindo da cozinha, quando senti a mão dele me segurar.

— E você acha que me engana? — Ele me olhou sério, ainda segurando meu braço.

Encarei seus olhos cinzas e expirei profundamente.

— Eu tô com medo de não dar conta — falei logo o que tava me afligindo, enquanto começava a balançar Arthur nos meus braços.

— Conta de quê? — Castiel fez uma cara de “não tô entendendo nada, guria. Explica.”

— Conta de mais um filho — respondi objetivamente. — É isso.

Castiel abriu um sorriso meia boca soltando um pouco do ar pelo nariz.

— Mas não damos conta nem desse — respondeu.

— É aí que tá! — falei, sentindo uma aflição na minha voz. — Já tá difícil com um, imagina dois?

— Simples — ele respondeu com uma cara engraçada. — Quem não dá conta de um, não vai dar conta de dois.

Eu fiz uma cara estranha.

— Pera, isso não faz sentido.

Ele começou a rir.

— Tô dizendo que vai ser duro, — Passou a mão pela minha cintura, me trazendo pra perto dele. — Mas a gente vai se virando. — Abriu seu sorriso. — Não foi isso que a gente fez todo esse tempo?

— Pior que foi — falei engraçada e Castiel fez um carinho na minha cintura, me olhando.

Encostei a testa no peito dele e suspirei, fechando os olhos, enquanto aconchegava Arthur no meu colo.

— Eu amo muito você — me declarei, ouvindo sua risada satisfeita e depois, seus braços rodearem minhas costas com cuidado pra dar espaço pro menino entre nós.

— Também — disse curto e grosso, mas tenho certeza de que ele tá corado.

Ficamos um tempinho em silêncio.

— Hum, droga — falei de supetão.

— Quê? — Castiel parou o carinho que tava fazendo nas minhas costas.

— Eu não acredito que eu vou ter que sair daqui pra ir no banheiro — comentei com meu tom chateada e Castiel deu uma gargalhada.

— Se deu mal. — Afrouxou os braços ao meu redor e tirei a testa do peito dele.

— Idiota — xinguei, olhando pra ele.

Ele sorriu, me dando um beijo que durou alguns segundos. Nos afastamos e comecei a caminhar pela cozinha, dando a volta na bancada.

— Cass, tem como trazer isso aqui pra mim? — Indiquei os itens do teste que tava em cima da bancada com a cabeça, enquanto passava pelo corredor carregando Arthur.

Castiel pegou as coisas e me seguiu. Entrei no quarto e me aproximei da nossa cama, colocando o joelho nela e me abaixando devagar, colocando Arthur em cima dela. Ele tava num sono ferrado. Esse menino é igual o Castiel: bateu, dormiu. Assim que o coloquei no colchão, ele resmungou um pouco e se virou de lado, fazendo uma carinha fofa. Ainda dei um beijinho na testa dele e me levantei, encontrando Castiel me encarando.

— É agora — falei com apreensão, pegando o copo e a embalagem com a fita das mãos dele.

Ele só riu, fazendo uma expressão de desdém e eu sorri meio amarelo.

— Quer companhia? Apoio moral? — perguntou irônico, cruzando os braços e exibindo aquele sorriso dele e revirei os olhos.

— Ai, Castiel — respondi e ele riu mais um pouco, me beijando de repente.

Parou de me beijar segundos depois e deu um tapinha na minha cintura.

— Anda, vai logo e para de enrolar — disse idiotamente ao ponto que eu só lancei um olhar mortífero pra ele, antes de entrar no banheiro.

Depois dessa pressão toda, foi um pouco difícil colocar as coisas pra fora, mas no final das contas, deu tudo certo. Eu deixei o copinho em cima da pia e lavei minhas mãos. Abri a embalagem e tirei a fita dali de dentro, enfiando o lado indicado no copo.

— Okaaaay, — falei comigo mesma. — Cinco minutos.

Tirei o celular do bolso do moletom, olhando as horas. Certo, agora é só esperar.

Eu tava evitando olhar pro teste e não ver nada até que se passasse os benditos cinco minutos, quando escutei uma batida na porta.

— Stefany? Desmaiou? — Era a voz de Castiel.

Soltei um riso e balancei a cabeça, indo até a porta do banheiro e abrindo ela.

— Não, palhaço.

Ele riu.

— E aí?

— Eu não vi ainda. Tô esperando dar os tal cinco minutos. — Mostrei o celular pra ele indicando que ainda faltava 3 minutos.

— Quê? — ele respondeu com uma risada esganiçada. — Tem nada disso não. — E já foi entrando no banheiro. — Assim que você coloca o troço ali, aparece — falou logo, já indo pra pia, quando o segurei pelo braço.

— Não! — falei, enquanto ele ainda se aproximava do teste. — Eu quero ser a primeira! — Tentava puxá-lo, mas era inútil. — Castiel, por favor! — Continuei tentando medir nossas forças, mas ele já tava bem próximo da pia.

Então ele parou. E deu uma risada meio soprada.

— Que foi? — perguntei, tentando ver alguma coisa pelas laterais do corpo dele.

— Chega aqu. — pediu, se virando parcialmente de lado e tirou a fita do copinho, levantando ela um pouquinho no ar.

Eu encarei aquela fita e levei as duas mãos na boca ao mesmo tempo.

— Ai, meu Deus! Eu sabiaaaaa! — exclamei animada e olhei pra ele.

Castiel riu, soltando a fitinha com duas listas marcadas sobre ela.

— Parabéns, mamãe — disse zuando, abrindo um sorriso contente.

— Imbecil. — Dei um tapinha no braço dele e ele segurou meu pulso.

— Vem cá. — Me puxou contra ele.

Encarei seus olhos e abri um sorriso, sentindo os dedos de Castiel irem até minha nuca e acariciar ali.

— E aí, qual é a sensação de ser pai de novo? — Passei as mãos pela barriga dele de levinho, olhando pro rosto dele.

— Normal — disse com indiferença, mas sorria abertamente.

— O sorriso na sua cara tá te desmentindo na cara dura, Cass — falei, engraçada, começando a rir e fazendo ele fechar a cara e virar o rosto.

— Você sempre imagina coisas, garota. — As bochechas dele começaram a corar.

Sorri, abraçando ele e encostando as maçãs do rosto nele.

— Claro. Há sete anos imaginando coisas — comentei engraçada e ele ficou em um silêncio tímido.

Fechei os olhos e senti o cheiro do seu perfume, reforçando meus braços ao redor dele. Fiquei fazendo carinho por ali, enroscando meus dedos pela sua camisa.

— Stefany? — Castiel quebrou nosso silêncio.

— Hum?

Escutei uma risada soprada como um deboche. Como quando alguém escuta algo que acha ridículo ou, quando você se dá conta de algo que é idiota em você e solta uma risada. Pois é, foi essa. E depois dela, simplesmente me disse:

— Eu também tô feliz.


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Notas finais do capítulo

Stelfs
Mas que que isso, minha gente?! Mais um bebê?! Kkkkkkkkk é isso mesmo que vocês ouviram, kkkkkk. Vamos ter duas cegonhas nessa Entre-Laços e mais filhotinhos chegarão! Não sei se Castiel gostaria de ter tantos filhos, mas sou do sentimento da Zie, kkkkk. Espero que tenham gostado :3

Bacione


Ester
Alô, dona Cegonha? Se prepara aí, porque vai ter trabalho em dobro -q Quem aí morreu um pouco com essa família, hein? :3 Vamos ter mais pestes aka. crianças fofinhas nessa fic, sim, e se reclamar mandamos mais -qqq
Querem adivinhar quem fará vocês morrerem de fofura na semana que vem? Aceitamos palpites xD Até mais, povo o/

Bia
Gente que que aconteceu que todo mundo decidiu ter filho junto? hsaysash
A cegonha chegou e espalhou o pó da gravidez em todo mundo!
Semana que vem teremos momentos fofos com os papais Bia e Nath :3
Até lá o/



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