Entre-Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 20
Surto - Bia


Notas iniciais do capítulo

Bia
Olááá gente! Amo esse capítulo e espero que vocês também surtem muito! xD
Boa leitura!

Ester
Hallo hallo, povo! Vivos depois de tanto paparico no Arthur? Querem mais desse menino que a gente mal conhece, mas já considera pacas? Well... Não dessa vez! Hoje teremos uma aventura (-q) com menina Bia e Ninjaniel!
Boa leitura ;)

Stelfs
Ei, gente! Como estão vocês? Espero que tudo em cima ~what?
Bom, hoje é dia de quê? Isso mesmo! Entre-Laços! o/ E agora as paradas começaram a ficar serionas para as nossas meninas lindezas D: Bem, não direi mais nada a não ser: boa leitura!



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Cheguei perto da mesa da Ester. — Recebeu meu e-mail?

Ela olhou para cima, alarmada com minha chegada surpresa. — Ah, recebi sim. Acabei de abrir. — Apontou para a tela do computador. Olhou pra minha cara. — Você tá bem?

— Tô meio cansada. — Fiz uma careta desanimada.

— Mas você sempre tá cansada essa hora, não tá? — Deu risada.

— Ah, sim, mas hoje tá difícil. Tava quase dormindo lá na mesa.

— Pelo menos já vamos embora, assim você chega em casa, bota o Nathaniel pra fazer a janta e vai cochilar.

Eu ri. — Estou pensando seriamente em fazer isso... Já são quase cinco. Bora ir embora.

— Bora. — Ela sorriu.

Voltei para a sala e arrumei minhas coisas. Esperei Ester perto da saída e pegamos o elevador juntas, falando dos novos pedidos de livros que chegaram.

Eu estava capengando de sono. Graças a Deus era sexta-feira.

Pegamos o ônibus — e com sorte pegamos lugares vazios — e acabei cochilando. Ester teve que me acordar para descermos.

Fui me arrastando para a portaria. Subimos e descemos no mesmo andar.

— Vê se vai descansar, viu? — Ester disse, pegando suas chaves na bolsa.

— Vou tentar. — Dei uma risada, também pegando as chaves e abrindo a porta.

Entrei, tirei os sapatos e deixei as chaves no coiso de chaves na parede.

Fui direto pro banho e coloquei roupas leves. Depois de pendurar a toalha, me sentei um pouco no sofá.

Eu queria tanto dormir, mas tinha que começar a fazer a janta… Meia hora, vai. Dá tempo.

Coloquei o celular pra despertar e deitei ali mesmo. Apaguei no mesmo instante.

— Bia?

Abri os olhos e virei o rosto, vendo Nathaniel sentado na beira do sofá.

— Que horas são? — questionei meio grogue.

Ele pegou seu celular que estava na mesinha de centro. — Sete e quinze.

E reparei que ele já tinha tomado banho. Me sentei.

— Por que você não me acordou? Eu desmaiei. — Cocei os olhos. — Preciso começar a janta.

— Ei, calma. — Segurou meu braço. — Você parecia cansada. Por que não pedimos comida? Assim você não precisa se preocupar com isso.

— Tem certeza?

— Tenho. — Me deu um sorriso compreensivo. — Pode dormir, eu peço. O que você quer?

— Ah, sei lá... yakisoba? — Voltei a me deitar.

— Pode ser. Vou pedir pelo ifood... Dois yakisobas de vegetais médios... Quer algo pra beber?

— Não, só isso mesmo. — Comecei a ficar sonolenta de novo.

Aqueles poucos segundos de silêncio foram o bastante pra me fazer dormir de novo. Mas despertei, sentindo Nathaniel deitado do meu lado, descansando a mão na minha barriga.

O olhei e vi que ele estava apoiado com o braço no estofado e a mão na cabeça, parecendo pensativo.

— O que foi? — perguntei baixo.

Seus olhos foram para o meu rosto, talvez pensando no que falar.

— Você anda tão cansada esses dias. Tô meio preocupado.

— Preocupado com o quê?

— Sei lá. Você tá mais preguiçosa do que o normal. — Sorriu, brincalhão.

— Eu sempre sou preguiçosa. — Dei de ombros.

— Você reparou em uma coisa?

— O quê?

Em vez de falar, Nathaniel acariciou minha barriga, e eu olhei para aquele movimento.

— Não entendi.

— Alguém não tá indo no banheiro. — Ele riu.

— Oxe, claro que eu tô... Semana passada eu fui. — E ele riu. — Brincadeira, eu tô indo sim.

— Mas sua barriga tá meio inchadinha.

Tateei minha própria barriga. — Pra mim tá normal. — Ele continuou me olhando. — Você acha que...

— Não sei, não sou eu que posso dizer isso. O corpo é seu, você que sente se tem algo diferente — disse de forma leve, ainda fazendo carinho em mim.

— Bom... não sei...

— Você anda mais cansada do que o normal, tem tido vontade de comer coisas diferentes... Seu dino não tá atrasado não?

— Não. Acho que não... Você tá me deixando ansiosa.

— Ué, não tenho culpa. — Sorriu, levantando a mão.

— Claro que tem! Fica falando dessas coisas, agora vou ficar na neura.

E nesse momento, o interfone tocou. Nath foi atender e depois desceu para buscar nosso rango.

***

Acordei, vendo a manhã de sábado iluminar o quarto. Me espreguicei e olhei para o lado, vendo Nathaniel deitado de barriga para baixo.

Sorri sem perceber e tirei a coberta de cima de mim, já que eu estava ficando com calor.

Minha blusa estava levantada, e olhei para minha barriga, com o mesmo tamanho de sempre. Mas aquilo começou a me deixar inquieta.

Levei as duas mãos até ela, dando uma leve apertada, como se pudesse sentir algo diferente.

Meu coração já estava acelerado àquela hora da madrugada.

É engraçado em como eu estava normal antes de tocar nesse assunto. Agora eu sinto como se fosse verdade, mesmo que não tivesse confirmação alguma.

Se eu realmente estivesse, não teria como saber apenas sentindo ou olhando. Nada ia mudar tão rápido.

Só um teste de gravidez ia responder nossa dúvida, e isso era o que me deixava nervosa.

— Tá sentindo alguma coisa? — Ouvi Nathaniel perguntar baixinho, com a voz rouca.

Virei o rosto para olhá-lo. — Não, só tava aqui pensando… Eu já estou nervosa.

Ele sorriu. — E sei que não vai sossegar até saber a verdade.

— Exatamente. — Dei um sorrisinho.

— Podemos ir até o posto de saúde ou comprar um teste na farmácia, mais tarde. — Apoiou o rosto na mão. — O que acha?

— Eu não sei se quero fazer isso agora… Eu nem estou atrasada ainda.

— Quanto antes confirmar, melhor. Mas você que sabe. — Se aproximou e deu um beijo em meu rosto antes de levantar.

— Ai, não fala isso. Vou ficar me torturando.

Ele deu risada e foi para o banheiro.

E agora? Faço ou não faço? É melhor esperar e ver se realmente o dino vai atrasar ou ir logo de uma vez?

Falta uns três dias pra eu considerar que o dino atrasou…

— Tá, vamos logo fazer isso antes que eu mude de ideia! — anunciei alto, levantando.

— É assim que se fala! — Nath riu lá do banheiro.

Nos trocamos, tomamos café e saímos. Fomos até o posto de saúde mais perto de casa e eu pedi pra fazer o teste de gravidez.

Era um teste simples de urina. O resultado saía na hora.

Era engraçado em como eu sempre pensava na possibilidade de estar grávida toda vez que o dino atrasava. Mas era sempre neura da minha cabeça.

Nathaniel parecia ficar tão ansioso quanto eu todas as vezes, mas sempre acabávamos meio aliviados e meio tristes, não sabia explicar exatamente a sensação.

Ele estava me esperando em um dos bancos na frente das salas, e assim que saí, ele levantou, parecendo ansioso.

Me aproximei, não sabendo que cara estava fazendo.

— E aí? — ele perguntou, com os olhos um pouco arregalados.

Antes que eu pensasse no que falar, um sorriso enorme apareceu na minha cara no mesmo instante que meus olhos ficaram úmidos.

Outro sorriso apareceu, dessa vez no rosto do meu marido, e ele me abraçou, me levantando do chão.

— Eu vou ser pai! — ele disse alto, todo feliz, e me colocou no chão de volta.

Eu não conseguia deixar de sorrir. Nem sabia o que falar. Só sabia sentir.

— Seremos pais, Nath, eu não tô acreditando. — Coloquei as mãos no rosto, o olhando.

— Sim. Seremos os melhores pais do mundo. — Ele colocou as mãos por cima das minhas e me beijou.

— Vem, a gente tem que contar pra todo mundo! — O puxei pela mão para fora.

Saímos correndo do posto e fomos direto pra casa. Descemos no segundo andar, mas ao em vez de ir para a nossa porta, fui direto para a porta da Ester e toquei a campainha duas vezes.

— Ela não tá dormindo, não? — Nathaniel ficou do meu lado.

— Sei lá se estiver também! Isso é mais importante do que sono!

Toquei de novo a campainha. Levanta, Ester!

Ouvi barulho de chaves e a porta foi aberta. Dei de cara com o Lysandre, com pijama e cara de sono.

— Lys! A Ester ainda tá dormindo?

— Acho que não mais. — Ele deu uma risada. — O que aconteceu? — Olhou para nós dois, vendo nossa animação.

— Digo quando a Ester aparecer — falei alto enquanto Lysandre nos deixava entrar.

— Que gritaria é essa logo cedo, menina? — Ester apareceu, saindo do corredor.

— Você não tem ideia! — Fiz suspense com um sorrisão.

— O quê?!

— Eu tô grávida! — anunciei toda espalhafatosa.

— Pera, agora você tem certeza? — Fez uma cara desconfiada.

— Tenho!

— Não é alarme falso? Dino não atrasou de novo?

— Não! Eu fiz o teste no posto, deu positivo!

Aí sim ela abriu um sorriso e abriu os braços em minha direção. — Aaah! Parabéns! — E nos abraçamos apertado. — Finalmente não é um alarme falso!

Dei risada. — Pois é!

Nos separamos e vi que Nathaniel e Lysandre estavam trocando um abraço camarada.

Depois invertemos, Ester abraçou Nathaniel e eu abracei Lysandre.

— Ai, tenho que avisar a Stelfs! — Lembrei.

— Liga pra ela, ué — Ester falou.

— Vou fazer isso agora. — Peguei meu celular na bolsinha e procurei o número dela, já colocando pra discar.

Já deixei a ligação em viva voz enquanto chamava.

— Mas, Bia, lá não vai ser mais cedo? Provável que ela esteja dormindo ainda — Ester comentou.

— Não quero saber, ela precisa saber da notícia. — E ouvi Nathaniel rindo.

Chamou umas dez vezes e na décima primeira a chamada foi atendida.

Que foi? — Ouvi a voz mal humorada de Castiel. — Isso é hora de ficar ligando?

— Bom dia, Castiel! Cadê a Stelfs? — Ignorei seu mau humor.

É, você não sabe que horas são aqui, pelo jeito.

— Vai, Castiel! Pelo amor!

Ela tá desmaiada na cama, o que você quer com ela?

— Quero dar uma super notícia.

Você sabe que se for coisa idiota, ela vai querer dar na minha cara se eu acordar ela, né?

Dei uma revirada de olhos e Ester riu. — Pode ter certeza que não é idiota. Pode confiar.

Eu não quero confiar. — Ouvi seu típico tom sarcástico.

— Eu vou ter que suplicar mesmo? Por favor!

Ele começou a rir. — Tá, tá, espera aí.

Suspirei e disse um “finalmente” mudo pra Ester. Demorou alguns segundos.

Ei, acorda. — Ouvimos a voz dele meio distante. — A sua amiga arco íris quer te dar uma “super notícia” — Deu uma ironizada na última parte.

Quem? — Stelfs perguntou parecendo confusa e sonolenta.

Ele deu uma risada. — A Bianca, mulher, atende ou ela vai ter um filho.

Uns segundos de silêncio e mais uma risada do Castiel.

Bia? O que aconteceu? — Ouvi a voz dela mais nitidamente.

— Stelfs, adivinha o que aconteceu!

Quê? Como assim?

— Ai, você ainda tá meio dormindo pelo jeito, né? — Eu ri.

Sério, Bia? — disse irônica. — Pra você tá rindo assim é porque deve ser coisa boa. Menos mal.

— Credo, para de andar com o Castiel, você não era irônica assim não, hein — brinquei.

Aí é difícil, né, minha filha. — Castiel falou de repente.

Dá licença, “querido”? — Continuou com o tom irônico e ele riu. — Qual a super notícia, Bia?

— Stelfs… — Fiz um suspense, olhando pro povo que estava ali. — Eu… estou… grávida!

— AAAAAAAAHHH! NÃO ACREDITO! É sério mesmo? — ela perguntou toda animada.

— É sério! Um mês e dois dias!

Olha, e não é que eu acertei? — Ouvi Castiel comentando no fundo.

Engraçadinho. — Ela disse baixo. — Bia, parabéns! Quero foto da barriga, hein?

— Que barriga, minha filha? Só tem a minha barriguinha de sempre aqui.

Uai, tô falando quando crescer, né. Faz aquele negócio lá de tirar uma foto a cada semana!

Eu ri. — Eu vou fazer com certeza! Pode deixar que vou mandando. Pode voltar a dormir agora que eu dei a super notícia.

Acho difícil, mas… vamos ver. — Ouvi sua risada.

— Então tá, a gente vai se falando. Beijocas.

Beijos, Bia!

E desliguei o telefone. — Ainda tem muita gente pra avisar, vamos embora, Nath. — Corri pra porta.

— Nossa, pra que essa pressa toda? — Ester me perguntou, estranhando.

— Eu tô elétrica, preciso fazer tudo logo. Tchaau! — Abri a porta, puxando Nathaniel dali.

— Tchau! — Só deu tempo de ouvir isso e fechei a porta.

Fomos pro nosso apartamento e eu me sentei no sofá por um momento.

Segurei minhas mãos de forma nervosa.

Cara, eu estou grávida. Como pode? A ficha ainda não caiu, apesar de tudo.

Ai meu Deus, tem tanta coisa pra fazer. Mas afinal, o que eu tenho que fazer agora? Tenho que ir marcar consulta pro pré-natal? Tenho que tomar algum suplemento? Eu não sei o que fazer.

— O que foi? — Nathaniel me tirou dos meus pensamentos, e sentou do meu lado.

— Eu não sei o que temos que fazer agora. — O olhei, com a cara meio assustada.

Nathaniel se aproximou e me puxou pela cintura, me abraçando. — Por que a gente não aproveita um pouquinho esse momento?

Suspirei, tentando acalmar os nervos e sorri, o abraçando de volta. — É, você tem razão. Desculpa o surto.

Ele riu. — Eu já imaginava que você ia ficar assim, então tudo bem. Não precisa ficar afobada, vamos fazer tudo direitinho. Tá? — Segurou meu rosto, me fazendo olhá-lo.

— Tá. — Sorri, me sentindo mais calma.

— Te amo. — Depositou um beijo nos meus lábios. — Aliás, amo vocês.

Acabei rindo, sentindo mais uma vez os olhos encherem de água. — Nós também te amamos, papai.

Nath me envolveu ainda mais em seus braços enquanto sorríamos.


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Notas finais do capítulo

Bia
Aaaaaaaaaaaaaaa É A NOSSA VEZ, MINHA GENTE! Não foi demais?
Só situando um pouco, faz três anos que a Bia se formou e foi morar com o Nath :3
Não vai ser a coisa mais fofa esse bebê? Aaah ♥

Ester
Teremos mais pesti... Criancinhas na fic? Teremos! E se reclamarem, a gente manda mais! -q
Até quarta, gente, com uma das minhas ones favoritas da coletânea ;)

Stelfs
OLEEEAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! Que tal esses novos papais? :B
Bia tendo uma leve surtada, Nath suave na nave, Lys com os cabelos bagunçados, Ester acabando de acordar e Stelfs dormindo feito uma pedra -q. Enfiiiimmmm! Teremos coleguinhas pro Arthur! UHULLL o/ Beijitos pra vocês e até.



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