Entre-Laços escrita por EsterNW, Biax


Capítulo 12
Admiração - Ester


Notas iniciais do capítulo

Ester:
Bom dia, bom dia, bom dia, nanana tão feliz ~cantarola.
Um bom dia com alegria, meu povo!!! Prontos pra mais um pouco (ou muita) fofura com o casal mais fofo dessa fic? -q
Então vamos lá, para uma bela manhã, com muita poesia -q
Boa leitura ;)
Bia:
Oooi pessoas! Vamos começar com um belo dia a dia de casados da Ester e Lysandre! Aproveitem :3
Boa leitura!
Stelfs:
Olá, como vai você? ~PCSiqueiraaproves.
Devo dizer que essa one é uma das minhas preferidas ♥ Vamos ver detalhes da vida conjugal (q?) de Lysandre-amorzão e da Esterzita :3 Como será a vida de casada com esse vitoriano? Será difícil? Interessante? Canções todos os dias antes de dormir? Você descobrirá mais nessa sexta no Glo… não não. Descubram lendo agora! kkkk Então, boa leitura amores ♥

PS: Ps: A Stelfs fez alguns aesthetics para as meninas e para os casais. Era pra começar a postá-los logo no começo da fic, mas esquecemos xD O primeiro, então, é o aesthetic da Ester :3



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 Contexto da one:

Essa one se passa cerca de dois meses após a formatura das meninas, com o Lysandre e a Ester já casados (ohhh). Eles se casaram umas duas semanas depois da formatura e estão morando juntos no apê do Lysandre, mas já vimos sobre isso na one da Bia. Então corta pro texto, Percival -q

***

Abri os olhos, enquanto aquela pouca luz começava a entrar no quarto. Certo, deveria ter trocado essas cortinas finas pelas minhas antigas, mais grossas. Mas elas foram lavadas ontem, droga.

Suspirei, virei de barriga pra cima e estiquei os braços e as pernas. Comecei a me espreguiçar e soltei um bocejo preguiçoso. Olhei pro teto, tentando pensar que dia era... Hum, ontem eu trabalhei, voltei mais cedo pra casa... Sábado! Iria tentar descansar esse final de semana, ótimo.

Olhei pro lado e vi que Lysandre ainda dormia, de bruços. Pensei seriamente se mexia nele ou não. Por causa do calor que estava fazendo nessa semana, já que o verão estava quase acabando, o coitado tinha dificuldades pra dormir. A última noite ele se revirou na cama pra todo que é lado e até eu demorei pra adormecer por causa disso. No fim, se levantou e foi escrever na varanda. Fui atrás dele, pouco depois, já que ele estava sem camisa, mas meu marido simplesmente disse que era mais confortável assim. Tá, né? Só queria ver se ele pegasse um resfriado depois...

Hum, é tão estranho usar essa palavra pra me referir a ele. Marido. Ainda tem um gosto meio estranho quando falo e às vezes tenho que me corrigir quando penso sobre, pois acabo usando noivo. Nem parece que já fazem quase cinco anos que estamos juntos. Em poucos dias faria cinco anos que começamos a namorar e um ano desde que noivamos. E dois meses desde que nos casamos.

Estranho pensar que agora vivia a vida adulta. Tinha que ir trabalhar de segunda a sexta, voltar pra casa, onde meu marido retornaria do trabalho depois de mim e assim a vida seguia.

Ah, claro, esqueci de mencionar. Eu trabalhava como revisora em uma das editoras da cidade e a Bia era minha colega de trabalho, porém, cuidava da parte editorial. Amigas, vizinhas, colegas de trabalho... A frienderagem never ends, meus caros!

Além de mim, o Lys já lecionava num conservatório desde o ano passado. No começo eu pensei: você dando aulas? Rá, essa eu quero ver! E realmente vi. No aniversário dele no ano anterior, fui até lá para levá-lo para uma peça que iríamos ver. Admito, nunca imaginei que ele ensinaria com tanta paixão. Até quis ver outras aulas dele! Porém, é claro que eu não podia abusar da sorte e ficar sempre por lá. Mas de vez em quando eu dava uma passadinha no conservatório.

Fora isso, ele continuava cantando com o povo da banda. Começaram a gravação de um EP e, se esse fosse bem recebido, gravariam um CD. Eu só torcia por eles e divulgava sempre que possível. Marketing é isso aí!

É, ainda não me acostumei com todas essas novidades. É muita coisa nova de uma vez. Pelo menos o que nunca mudaria é meu relacionamento com ele e meus amigos.

Bia e eu continuávamos amigas. Stelfs também, mesmo que ela agora morasse nos Estados Unidos pra fazer o mestrado (e ficar com o Castiel também, cá entre nós). Virei amiga de Nathaniel e nos dávamos muito bem. Achei alguém pra papear sobre a série de Sherlock e os livros, olha que maravilha! Havia também meus outros amigos, como Tamires, Lorraine, Kentin e essa turma toda. Cada um seguia sua nova vida pós-faculdade, mas todos mantínhamos contato.

E, é claro, tinha o Lysandre. A vida de casados era diferente. Aprendíamos a conviver com os hábitos e manias de cada um, agora que morávamos juntos. Aprendi que não adiantava eu dar broncas sobre roupas mal dobradas, pois ele nunca fazia isso direito. Aprendi que ele, normalmente, acordava mais cedo do que eu e saía para comprar pão e fazer café. Quando eu levantava, já tinha uma mesa praticamente posta. E ele lia o jornal, enquanto me esperava pra tomar café. Não é um amor?

Falando nisso, dessa vez eu acabei acordando antes dele. Fico imaginando que hora ele foi dormir, já que eu deitei na cama depois que fui lá vê-lo na varanda e apaguei. Só acordei perto das cinco, quando ele já estava deitado de novo.

Me apoiei no cotovelo e comecei a observá-lo. Diferente de mim, ele não acordava com a claridade. Suas pálpebras tremiam um pouco, o que significa que estava em sono profundo. Resolvi não acordá-lo com beijos.

No lugar disso, comecei a contornar sua tatuagem com meus dedos, suavemente. Ele gostava quando eu fazia isso. Na maioria das vezes, pegava minha mão e ia beijando meus dedos e o pulso, subindo em uma linha de beijos pelo braço e parando no pescoço. E eu começava a rir.

Brincava com meus dedos sobre sua pele, enquanto olhava pro desenho das asas. Sinceramente, até hoje não entendo como ele fez uma tatuagem. Mas, como Lysandre disse quando eu perguntei sobre, foi feita em um momento de rebeldia. É claro que isso rendeu muitas risadas e da última vez até uma paródia daquela música “Y soy rebelde”, do RBD. Acho que vou aderir cantar essa música pra ele.

Eu era muito besta às vezes! Mas Lysandre ria comigo e eu gostava da risada e do sorriso dele. Gostava de vê-lo sorrir. Eu sorria junto.

E sorri, parando de brincar com meus dedos nas costas dele. Olhei para seu rosto e ainda dormia profundamente. Não tive coragem de bagunçar-lhe os cabelos, porque com certeza acordaria. Se o beijasse também. E ele merecia dormir um pouco.

No fim, dei apenas meu costumeiro beijo em seu ombro, bem de leve, e mais uma olhada nele, antes de levantar. Mexi nas cortinas, pra que entrasse menos claridade possível e fui começar o dia.

...

Já bem arrumada pro dia... Mentira, estava com meu mendigo style, pois ia ficar o sábado em casa, preparava o café enquanto cantarolava Here Comes the Sun. Tinha o costume da minha mãe, de ficar ouvindo música e cantando logo de manhã. Que música, não?

O sol invadia cada vez mais o ambiente. Com certeza seria mais um dia de calor.

— Little darling, it seems like years, since you’ve been here. — E o café ficou pronto. — Here comes the sun, duh, duh, duh. —  Tirei da cafeteira e enchi a garrafa térmica (que eu chamo de garrafa de café), pra que ainda estivesse quentinho quando Lysandre fosse tomar.

Levei minhas coisas até a mesa e me sentei. Já tinha até comprado pão! Lógico que não tinha ido de pijama, mas, como era sábado de manhã, não liguei de sair com meu mendigo style.

Estava passando geleia no pão, quando vi Lysandre surgir no corredor, ainda sem camisa e com uma tremenda cara de sono. Pareceu confuso ao me ver de pé e eu sorri. Talvez a cara de confusão fosse por causa do sono ainda.

— Bom dia, meu amor! Bom dia, flor do dia. — Ele riu e foi se sentar ao meu lado. — Bom dia, sol! Bom dia, vida! — Abri os braços e desejei bom dia pra todo mundo. Comecei a rir. — Dormiu bem?

Ele terminou de encher a xícara de café e tomou um gole, antes de me responder.

— Mais ou menos. — Lancei-lhe um olhar de preocupação. — Estou bem, apenas acabei dormindo pouco — garantiu e me deu um beijo na bochecha, indo pegar o pão pra comer.

— Percebi isso, ficou um tempão se revirando na cama. — E pensei um pouco, enquanto comia meu pão com geleia. — Será que um ar condicionado resolve? — Parou a xícara de café e me olhou. — Acho que esse mês dá pra comprar, tá dentro do orçamento. — Continuou me encarando e ia falar algo. — É uma coisa útil, não adianta negar. — Apontei o dedo e terminei de comer o pão.

— Melhor pensar no assunto. — E dei um sorriso pra ele, que retribuiu de leve. — O que pretende fazer hoje? Não é do seu costume acordar tão cedo.

— Ah, só lembrei que tenho que saudar o sol de vez em quando, afinal, sou de humanas. — Ele riu antes de tomar o café. — Na verdade, nada, só acordei mesmo. — Parabéns, Ester, que resposta esclarecedora! — Tenho dias assim, que posso dormir até tarde, mas acordo cedo. — Terminei de tomar o café que tinha na minha xícara. — Mas e você, señor? Não deveria estar dormindo? Afinal, foi dormir tão tarde essa noite.

— Não consigo dormir muito quando está calor. — Apesar de ser cedo, realmente já começava a esquentar. Não duvidava nada que a temperatura passasse dos trinta graus de novo.

— Viu como um ar condicionado é útil? — E dei meu dar de ombros de “não estou certa?”. — Por enquanto a gente se vira como dá. — Voltei a xícara vazia pra cima da mesa. — Mas e aí, o que podemos fazer hoje? — Ele me olhou, pedindo pra que eu explicasse. — Ué, eu e você precisamos descansar do trabalho.

Ele olhou pra cima, pensativo. Acho que estava com sono ainda.

— Hum, tenho uma ideia — soltei de repente.

...

Se minha brilhante ideia envolvia comida? Obviamente.

Coloquei uma roupa mais apresentável pra ir no mercado, enquanto Lysandre foi tomar banho, pra melhorar do sono, e se arrumar.

Agora, estávamos os dois na varanda, tomando um vento fresco e aproveitando que ali não era tão quente. Eu estava meio deitada na namoradeira que tinha lá, com a tigela na mão, tomando sorvete, e ele sentado na cadeira da mesinha que havia lá.

— Desse jeito seu sorvete vai derreter. — É claro, ele estava escrevendo. E o sorvete do pote dele começava a derreter. Me deu mais uma olhada de canto. Percebi que ele estava o tempo todo alternando o olhar entre mim e a folha. E achava que eu não percebia isso.

Lysandre tomou uma colherada do sorvete e voltou a mexer com o lápis no papel. Me levantei e comecei a tirar um pouco do sorvete da tigela dele com a minha colher. Ele olhou pra mim.

— Ué, não vai comer. — Coloquei uma colherada na boca e voltei pra namoradeira. Lys sorriu e balançou a cabeça, voltando a escrever depois. — O que o señor tanto escreve aí? — Ele ia me responder, quando fui mais rápida. — Não me venha com essa de que a curiosidade matou o gato, não. A gata aqui não pode ter sete vidas? — Soltei essa piada ruim e cai na gargalhada, enquanto ele apenas sorria divertido e balançava a cabeça.

— Estou escrevendo o mesmo texto da madrugada. — Veio engraçadinho com essa e eu dei minha olhada de “oh, really?” — É uma das composições para o novo CD da banda.

— Hum, mas já? — E dei mais uma colherada no sorvete. — Vocês ainda nem terminaram de gravar o EP.

— Até lá teremos composições prontas. E então poderemos entrar no estúdio direto.

Parei pra pensar, com a colher no ar.

— Ligeiro você, hein? — brinquei e ele riu. — Mas você não me respondeu direito.

Ele me olhou confuso.

— Eu disse... — E pareceu entender o que eu queria dizer. — Lhe mostro quando terminar. — E deu um último olhar pra mim e um sorrisinho, antes de voltar os olhos pro papel.

— Sacanagem... — soltei, pra ver se ele mudava de ideia, porém apenas riu.

Continuou escrevendo, enquanto me dava umas olhadas furtivas. Eu continuei lá, fingindo que não percebia nada disso. Até que meu sorvete acabou.

Olhei pra ele e pro pote abandonado em cima da mesa. O sorvete dele tinha derretido. Me levantei, deixei minha tigela perto dele e peguei a que estava lá. Troquei as colheres e comecei a tomar o que sobrou do seu sorvete, enquanto via por cima o que ele tinha escrito.

Lysandre olhou pra cima e me fitou.

— Que foi? — perguntei com um sorriso engraçadinho.

Ele balançou a cabeça e pegou a folha. Começou a ler em voz alta e eu parei o que fazia, pra prestar atenção nele.

A letra da música era apaixonada. De alguém cheio de amor, declamando-se para sua musa inspiradora. Usava de metáforas, comparações inúmeras e outras figuras de linguagem, deixando-a com um tom lindamente poético. O que era costumeiro para ele.

Deixei a tigela em cima da mesa e me aproximei dele, abraçando seu pescoço. Ele parou um pouco de declamar a letra e segurou uma das minhas mãos.

Cá entre nós, Lysandre não apenas lia os versos. Ele tentava transmitir tudo o que sentiu enquanto escrevia, apenas com a voz. Não apenas sua voz cantada era belíssima. A voz falada já era maravilhosa. E declamando com tanta emoção... Sentia-me derretida com suas palavras.

— Oculto na escuridão da noite, contemplo-a — continuou declamando e eu suspirei. — E ao seu lado, me deito. — Deu uma pausa. — Ao seu lado, repouso. Em minha contemplação muda ante sua beleza, adormeço.

Lysandre ficou quieto e colocou o papel sobre a mesa. Olhou afetuoso para mim, enquanto fazia carinho na minha mão que segurava. Me abaixei um pouco e lhe dei um beijo breve.

— Sua poesia é tão linda. — E encostei meu nariz nos seus cabelos, sentindo o cheiro de xampu e ainda perdida com aqueles versos tão lindos. — Você passou a noite escrevendo eles?

— Terminei agora de manhã. — Levou minha mão até seus lábios e deu um beijo breve nas costas dela. — Mas o texto foi feito a maior parte na madrugada.

— E que tanto inspira o señor na madrugada? — perguntei curiosa e dei um beijo em seus cabelos.

— Você. — Parei por uns instantes, compreendendo a frase que ele disse. Sorri feito boba e vi que ele olhou pra cima. Sorriu ao ver minha expressão abobalhada. Levou uma das mãos até meu rosto e correu os dedos por ele. — Estava observando você dormir, enquanto estava sem sono. E acabei encontrando inspiração para essa canção.

Sorri e ri apaixonada, não sabendo o que dizer. Apenas abaixei meu rosto e o beijei, deixando que provasse o gosto doce que o sorvete deixou nos meus lábios, já que eu não consegui encontrar palavras doces para lhe dizer.

— Faltou dizer que a musa também contempla seu poeta — sussurrei para ele, quando findei o beijo. Sorri e Lysandre contornou-o com os dedos, olhando para mim com um olhar perdido. — Você vai colocar ela no CD?

— Por que não? — Franzi as sobrancelhas com isso. — Não quer que eu ponha?

Fiz um bico enquanto pensava.

— Seria muito egoísmo se eu dissesse que quero ela só pra mim? — E dei outro beijo rápido nele. — Se você quiser pôr, não tem problema. Mas quero ouvir você cantar ela pra mim, viu? — E parei, observando seus olhos, que ainda me encaravam de volta.

Lysandre sorriu e fez com que eu saísse de onde estava e me sentasse em seu colo. Com seus lábios perto do meu ouvido, começou a cantarolar os mesmos versos que recitou antes, em um tom de balada.

Pelo menos era bom saber o que ele compunha nas madrugadas. E bom saber que eu não era a única a admirar meu poeta. Essa admiração era mútua.




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Notas finais do capítulo

Ester:
Juro que pensei em escrever um poema pro Lys declamar, mas acabei escrevendo apenas um breve verso (é, acho que me dou melhor com prosa mesmo :b).
'Bora pras músicas dessa one? 'Boraaaa o/
Temos Here Comes the Sun, dos Beatles, a mesma que a Ester cantarola: https://youtu.be/tvzNqIGuAKc
E Beautiful One, da Anneke van Giersbergen (eita, nome!), para esse belo final, cheio dos olhares e fofuras : https://youtu.be/caw1sQtWYZY
Por hoje é só, pessoal! Estão sentindo falta de algum casal por aí? Preparem os hearts, que teremos surpresa na semana que vem, com titia Stelfs -q
Até mais, povo o/
Bia:
Aaaii que amor! Esse Lys sabe deixar a Ester sem palavras sempre hahsgags
Esperamos que tenham dado uns suspiros!
Até quarta o/
Stelfs:
Ai, meu cuore D:
Ninguém aguenta esses dois, não é mesmo? Morta.feat.Enterrada com essa one. Sempre fico pensando nessa cena da Ester fazendo carinho na tatuagem do Lys ♥ É muita fofura. E tatuagem feita em uma época de rebeldia, né, seu Lysandre? A gente tá vendo isso aí ;) Bom, é isso galeres! Beijãozão!



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