50 Tons de Fanfiction escrita por Nymeria


Capítulo 25
[SUPERNATURAL] Sintoma


Notas iniciais do capítulo

Tema 49: Uma fanfic sobre borboletas (entenda como quiser).

Fandom: SPN
Ship: Saileen.
Avisos: Contém palavrões.

Oi, pessoas! Depois de quatro capítulos seguidos sem escrever nada de SPN, voltei! A pedidos, essa será uma fic Saileen. Espero que gostem. Boa leitura! o/



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“Hey, Sam!” disse Eileen, sorrindo. Eles estavam fazendo uma chamada de vídeo, pois a caçadora acabara de ligar.

“Hey, Eileen! E aí?” respondeu Sam, sorrindo de volta para ela.

“Hey, Eileen!” disse Dean - que estava sentado do outro lado da mesa, no bunker, usando outro notebook, enquanto a garrafa de cerveja repousava ao lado —, alto o suficiente para que Leahy escutasse.

Sam fez caras e bocas para o irmão, irritado com o ruído que o mais velho estava fazendo. Desse jeito, Eileen não o escutaria. Dean respondeu ao olhar ameaçador do irmão com outro, como quem dizia: “Okay… Não tá mais aqui quem falou...” e direcionou seu olhar imediatamente de volta para o computador. Sam fez sinal para Eileen, indicando que a jovem continuasse.

“É Kelly Kline. Eu acho que encontrei ela.” respondeu Eileen, sorrindo orgulhosa. A conversa não durou muito tempo, pois ambos estavam ocupados, mas Sam ficou com um sorriso no rosto o resto da noite, o que não passou despercebido pelo irmão.

“Pelo amor de Deus, chama ela logo pra sair!” disse Dean, em dado momento.

“Ela quem?” perguntou o mais novo, desconversando.

“Você sabe muito bem de quem eu to falando.” retrucou o outro. “O que você está esperando? Eileen aparecer com um namorado?”

“Eu não sei… Eu…” Sam procurava em sua mente uma resposta para aquela indagação do irmão mais velho, mas ele temia que nem ele mesmo tivesse a resposta para ela.

O Winchester mais novo nunca tivera problemas em arranjar garotas, sendo o homem bonito e gentil que era. Mas, de alguma forma, Eileen o fazia sentir-se como se houvessem borboletas em seu estômago sempre que olhava para ela. Ele ficava sem jeito, como se fosse um adolescente de novo. O que havia naquela mulher, que o deixava assim?

Talvez fosse a beleza dela. Talvez fosse seu sorriso. Ou talvez fosse o jeito como ela conseguia deixá-lo sem palavras. De repente, era o seu senso de humor e a forma como ela encarava a vida, nunca portando-se de modo que as pessoas pudessem sentir pena dela. Algumas pessoas portadoras de necessidades especiais possuíam baixa-auto estima devido à isso, mas Eileen era confiante e sagaz.

Dean, obviamente, havia percebido como o comportamento do irmão mudava sempre que a jovem caçadora estava por perto. Ele perturbara o irmão incontáveis vezes dizendo o quanto eles eram fofos ou se referindo à Leahy como sua namorada. Sammy poderia continuar em estado de negação, mas no fundo ele sabia que aquelas brincadeiras só mexiam tanto com ele porque ele nutria sentimentos por Eileen.

Talvez ele devesse ouvir o conselho do irmão e chamá-la pra sair. Mas e se ela dissesse “não”?

“Sam Winchester, pare com isso.” disse o moreno a si mesmo, em pensamentos, sentindo-se como um adolescente inseguro.

“É sério, Sammy… Você não pode ignorar isso que você sente por ela pra sempre.” disse Dean, visto que o caçula não dissera mais nada depois daquele último comentário indeciso.

“Eu não estou ignorando meus sentimentos.” respondeu Sam. “Eu só não estou agindo sobre eles.”

“O que é basicamente a mesma coisa que ignorar.” argumentou Dean. “Vocês dois são uns idiotas, sabia? Dá pra ver nos olhos dela que ela também gosta de você, mas nem um, nem outro faz porra nenhuma a respeito.”

“Você acha que ela gosta de mim também?” perguntou o mais alto, sentindo novamente as borboletas de outrora passeando rapidamente pelo seu estômago. Os olhos verdes do moreno chegaram a brilhar de empolgação com a ideia.

“Caralho, Sammy! Você ainda pergunta? Só um cego não vê isso…”

As borboletas agora fizeram um voo rasante.

“Pare de me zoar, Dean! Não tem graça!” Dean não parecia entender que aquilo não era apenas uma quedinha para Sam. Ou ao menos, era isso que o caçula pensava.

“Eu não to zoando, Sammy.” disse Dean, entrando em modo-pai-ativado. “Eu realmente acho que ela gosta de você e ela é uma garota legal. Pra ser sincero, acho que ela é a garota mais legal por quem você se interessou. Se vocês se acertarem, eu ficarei muito feliz.”

Sammy não sabia o que dizer.

“Lembra quando você falou que queria ter alguma coisa - não necessariamente casamento, mas alguma coisa - com alguém que soubesse se defender e entendesse o nosso trabalho?” perguntou Dean. Sam assentiu. “Cara, essa é a descrição da Eileen. Não tem pessoa mais certa com quem você poderia se envolver.”

“Você tem razão.” respondeu Sammy.

“Mas?” perguntou Dean que, vendo o olhar intrigado do irmão, prosseguiu: “Eu sei que tem um ‘mas’ aí.” Dean o conhecia melhor do que ninguém.

“Eu não quero que Eileen se machuque. Eu não suportaria isso.” disse o mais novo, num fio de voz.

“Ela sabe se defender.”

“Eu sei, mas tem horas que eu acho que sou amaldiçoado ou sei lá…” disse Sam, cabisbaixo.

“Sammy, quem foi que te disse essa merda?” perguntou Dean, com choque no olhar, recusando-se a acreditar que seu irmãozinho pensasse estas coisas de si mesmo, ainda que ele também pensasse assim sobre si, as vezes.

“Ninguém me contou, foi apenas a conclusão a qual cheguei. Veja: todas as garotas por quem me apaixonei ou morreram, ou eram alguma criatura sobrenatural, ou me deixaram, ou os três.”

“Não foi culpa sua nada disso.”

“Pode não ser, mas eu não consigo deixar de me perguntar se não há algo de errado comigo. Eu jurei pra mim mesmo, depois de Amelia, que não iria me apaixonar por mais ninguém...”

“Vai por mim, esse lance de ignorar a porra dos sentimentos nunca dá certo. Eles sempre voltam e te chutam pelo traseiro.” disse Dean.

“Experiência própria, é?” provocou o mais novo.

“Cala a boca.” resmungou o menor. “Vai logo falar com ela.” Ele empurrou Sammy da cadeira com o pé, quase fazendo-o cair.

“Idiota.”

“Vadia.”

Sam não diria que sabedoria era a melhor qualidade do seu irmão mais velho, contudo precisava admitir que ele tinha razão sobre este assunto específico. Ele não podia ficar escondendo seus sentimentos para sempre ou desistir de ser feliz ao lado de quem ama por conta das mazelas passadas que ocorreram em sua vida amorosa. Tendo isso em mente, o Winchester mais novo decidiu que iria chamar Eileen para sair e contar-lhe o que sentia por ela.

Desde que ele tivera esta resolução, as borboletas pareciam voltar para brincar toda vez que Eileen fazia chamada de vídeo ou mandava mensagem, ainda que estas fossem referentes apenas ao caso.

“Sam, aconteceu alguma coisa?” perguntou Eileen numa dessas chamadas. “Ultimamente você me parece um pouco nervoso, inquieto…”

Era agora ou nunca.

“Você tem razão.” respondeu o moreno, sorrindo. “Eu estou um pouco nervoso. Eu ando um pouco preocupado com algumas coisas.” Sammy, para de enrolar e fala logo de uma vez! Pensou o moreno, enquanto as malditas borboletas pareciam fazer uma festa dentro dele.

“Que coisas? Kelly Kline? Eu te disse que achei ela.” comentou Eileen.

“Não. Eu…” Não era típico do Winchester mais novo tropeçar nas palavras, mas era exatamente isso que ele estava fazendo.

“Sam, eu to começando a ficar preocupada. Aconteceu alguma coisa?” A caçadora perguntou pela segunda vez.

“Aconteceu!” respondeu Sam ligeiramente, antes que a sua coragem fosse embora.

“O que houve?” O tom de voz de Leahy, bem como seu semblante, indicavam claramente que ela estava preocupada com o Winchester.

“Eu me apaixonei por você.” respondeu Sam, olhando nos olhos da moça e sentindo-se ansioso como nunca sentira-se na vida.

Eileen o olhou nos olhos, tentando disfarçar a surpresa e um silêncio sepulcral seguiu-se. Sam passou a mão nas longas madeixas castanhas, tentando, em vão, controlar o nervosismo.

“Sam, eu…” Era isso. Ela ia dizer agora que não esperava por aquilo e que não sabia o que dizer, pois sempre o vira como um amigo. “Eu pensei que esse dia nunca fosse chegar.”

“O que?!” Não era exatamente essa resposta que o Winchester estava esperando.

“Quero dizer, eu sempre pensei: quando que um homem tão lindo e tão maravilhoso como Sam iria se apaixonar por uma desajeitada como eu?” Sam notou que a face da caçadora estava levemente ruborizada, enquanto ela proferia aquelas palavras, ao mesmo tempo que as supracitadas borboletas faziam um duplo mortal carpado dentro de si. Ele poderia ousar ter esperanças? Resolveu checar, só para ter certeza.

“Eileen, você está dizendo que gosta de mim também? Porque é isso que eu tô entendendo.”

“Você vai me fazer dizer isso mesmo?” perguntou a jovem. Sam abriu um sorriso enorme de orelha a orelha. “Lógico que sim!” Ela sorriu de volta.

“Lógico que sim o que?” perguntou Sam. Parte de si estava perturbando a caçadora. Outra parte queria apenas poder ouvir a confissão vindo dos lábios dela.

“Claro que eu gosto de você também, Sam Winchester.” respondeu Eileen, cedendo. “Eu gosto de você praticamente desde que nos conhecemos, mas eu não achava que você pudesse se interessar por alguém como eu.”

“Alguém maravilhosa como você?” perguntou o de olhos verdes. “Impossível um cara se apaixonar por uma mulher que é linda, inteligente, engraçada, sensível, forte, manja de feitiços, caça monstros e salva pessoas maravilhosamente bem, além de ter trocentas coisas em comum com ela, inclusive a profissão que seguiria se não fosse caçador.”

Eileen pareceu corar ainda mais.

“Sam!”

“Você não concorda?”

“Olha quem fala, você parece um modelo e, tirando a parte dos feitiços, que eu poderia muito bem te ensinar, você tem todas essas qualidades também.”

“Obrigado.” disse o moreno. “Então… Vamos sair?”

“Tipo um encontro?”

“Totalmente um encontro.”

“Okay.”

“Okay.”

“Mas deixa eu só te avisar: se você me ligar no dia seguinte, eu não vou atender.” disse Leahy, quebrando o silêncio que havia se formado novamente.

“Não se preocupe, não precisaremos de uma ligação para nos falarmos no dia seguinte.” respondeu Sam, em tom maroto.

“Sam!” gritou Eileen, enquanto o caçador ria alto.

“Desculpa, foi mais forte que eu.” respondeu o Winchester. “O que você vai pensar de mim...” ele riu.

“Quer dizer que você não estava falando sério?” perguntou Leahy num tom que indicava claramente que ela queria que fosse sério.

“Não, espera! Eu estava falando sério sobre sair.” Sam tratou logo de esclarecer. “Eu só estava brincando sobre você ficar até o amanhecer. Quer dizer, você poderia ficar, se quisesse, mas minhas intenções são as melhores possíveis. Eu não estou te chamando só porque eu quero...” Sam estava se embolando novamente com as palavras e se praguejando mentalmente por isso.

“Sam, tá tudo bem. Eu entendi.” disse Eileen, sorrindo.

“Eu juro que não costumo ser tão idiota assim quando tô chamando uma garota pra sair.” comentou Sammy.

“Eu sei, você está assim só porque você é louco por mim.” respondeu Eileen, brincalhona.

“É.” retrucou Sam, sem sarcasmo algum na voz. Eileen ficou surpresa pela franqueza do moreno. “Desculpa, eu não quero que você se assuste achando que eu já estou pensando em casamento e nomeando nossos filhos secretamente.”

“Sam, vamos combinar uma coisa?”

“O que?”

“Sem joguinhos. A gente não precisa disso.” respondeu a caçadora. “Antes de tudo, somos amigos. Você não precisa ficar receoso sobre o que falar comigo ou não. Eu não vou sair correndo.”

“Okay. Combinado.” Sam sorriu para Eileen que sorriu de volta.

“Agora, que dia vai ser o nosso encontro?” perguntou a morena.

Sam sabia que mais borboletas estavam prestes a vir para fazer turnê em seu estômago, mas estava ansioso por cada uma delas. Ele sabia que dessa vez tinha escolhido a mulher certa. Eileen valia a pena. E eles ainda seriam muito felizes juntos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentários são sempre bem vindos. O próximo tema do desafio é escrever uma fanfic em forma de diário e eu escolhi escrever uma de Harry Potter. Pretendo postá-la ainda hoje, mais precisamente, daqui a pouco, então provavelmente ela já está online enquanto você lê isso (ou não). Se você curte HP, corre pra lá! =)



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