50 Tons de Fanfiction escrita por Nymeria


Capítulo 21
[DOCTOR WHO] Anjo


Notas iniciais do capítulo

Tema 41: Sobre medos.

Fandom: Doctor Who.
Ship: Nenhum.
Avisos: Spoilers do episódio 5x04 (The Time of Angels).

Oie! Estava com saudades de Doctor Who e dessas personagens maravilhosas, por isso resolvi escrever uma fic com eles. Pensei em fazer esse tema com os Vashta Nerada, mas acabei optando pelos Angels, no final. Basicamente, essa fic se passa num momento dentro do episódio The Time of Angels. Eu mantive todas as falas originais da cena (então já aproveito para dizer que não me pertencem). A diferença é que, aqui, eu tento mostrar um pouco o que se passa na cabeça de Amy naquele momento que ela está correndo perigo e tentei transmitir um pouco os sentimentos e pensamentos dela, especialmente o medo. Espero que gostem. Boa leitura!



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Tudo começou quando ela entrou naquele trailer militar e viu a gravação do Anjo na tela acesa à sua frente. A princípio, Amy havia achado estranho o Anjo parecer se mexer, mas julgara ser apenas impressão sua, ao perguntar da gravação ao Doutor e ser informada por River, que estava com ele, de que só havia cinco segundos de gravação ali. Certamente era impressão sua.

Para ter certeza, a ruiva observou atentamente o Anjo e os segundos passando-se na gravação, até que de repente, o Anjo pareceu mover-se novamente, pregando-lhe um enorme susto. Até então, tudo bem. Era apenas uma gravação, afinal. Ele poderia ter se mexido, mesmo que fosse uma estátua, afinal, aquilo poderia ter sido editado. Amy encarou a figura por alguns segundos a mais e então tentou desligar a TV. Todas as tentativas fracassaram pois a tela apagava-se, mas imediatamente ligava novamente, com a estátua parecendo estar mais perto do que antes da câmera. A jovem companheira do Doutor pôs-se a observar mais atentamente aquela imagem.

“Mas você é apenas uma gravação… Você não pode se mover.” Ela pensou alto.

Tentou então algo diferente: tirar a TV da tomada. Isso com certeza faria a tela desligar-se, certo? Certo. Entretanto, a tomada estava presa demais para que Amy conseguisse puxá-la. Quando olhou novamente para a tela, rosto próximo da mesma, a estátua à sua frente também estava terrivelmente próxima dela, o que fez com que Amy levasse o segundo grande susto da noite e recuasse uns bons cinco passos do aparelho.Tomou coragem para aproximar-se novamente e concluiu que aquilo já estava ficando estranho demais para o gosto dela.

Enquanto seguia de costas em direção à porta do trailer, ainda olhando para a figura assustadora na tela, chamou pelo Doutor, tentando disfarçar o leve pânico que começava a se instaurar dentro dela. Sua tentativa fracassou completamente, contudo, quando percebeu que estava trancada. Encostou-se na porta, novamente chamando pelo Doutor, sem tirar os olhos daquela criatura medonha, cuja face contorcera-se, deixando à mostra seus dentes pontiagudos e uma expressão feroz.

“Doutor!” Dessa vez, o medo já estava audível na sua voz. Amy tentou, em vão, mais uma vez girar a válvula de escape que abria a porta. Respirou fundo, sentindo o coração bater descompassado. Quando olhou em direção a tela novamente, pode ver o Anjo se materializando a sua frente. “Doutor! Ele está na sala!”

“Amy!!” ela ouviu a voz do Doutor chamar por ela.

“Doutor!!” Amy tentou usar o código para abrir a porta, porém isso também fora em vão. Voltou-se novamente para o Anjo.

“Você está bem? O que está acontecendo?” perguntou o Doutor, do outro lado da porta.

“Doutor, ele está saindo da TV! O Anjo está aqui!” respondeu Amy, tentando controlar o tremor estúpido da sua voz.

“Não tire os olhos dele!” Amy ouviu o amigo dizer, ao mesmo tempo em que escutava o barulho da sua chave de fenda sônica. “Não pode se mover se você olhar pra ele!”

“O que houve? Ela está trancada!” a voz do Doutor era baixa, ele estava falando com River agora.

“Não há tranca!” a loira respondeu.

“Não pisque, Amy! Nem mesmo pisque!” gritou o alien novamente para ela. Amy já estava há algum tempo com os olhos fixos na criatura, embora não soubesse com certeza por quanto tempo poderia permanecer sem piscar.

“Doutor!” Amy o apressou, enquanto encarava a estátua.

“O que está fazendo?” River perguntou ao Doutor.

“Cortando a força.” respondeu o Senhor do Tempo. “Ele está usando a tela, eu estou a desligando… Não adianta, ele trancou o sistema!”

“NÃO há tranca!” repetiu Song.

“Agora HÁ.” replicou o Doutor.

Amy não sabia se ouvir aquela conversa entre os dois estava deixando-a mais tranquila ou mais angustiada. Ela estava trancada com um monstro num local que não deveria ter tranca e não podia sequer piscar. Amy estava assustada, como nunca esteve antes em toda sua vida. Confiava no Doutor, mas temia que ele não conseguisse tirá-la dali rápido o suficiente.

“Socorro!” a ruiva gritou.

“Pode desligá-la?” perguntou o Doutor.

“Doutor!” Amy chamou novamente, ao ver que o Doutor ainda falava com River.

“A tela, pode desligá-la?” A voz do Doutor estava junto a ela novamente, do outro lado da porta. Amy notou então que a pergunta havia sido feita para ela.

“Eu tentei.” respondeu ela.

“Tente de novo. Mas não pisque! Não tire seus olhos do Anjo!”

“Eu não vou!!”

“Cada vez que se move, ele será mais rápido. Nem mesmo pisque!” Amy pode ouvir o barulho do que parecia ser um maçarico, mas não se importou em perguntar se era. Tinha preocupações maiores no momento.

“Eu não estou...” respondeu a ruiva, fechando o olho direito apenas e reabrindo-o em seguida. “Piscando! Você já tentou não...” Ela fechou o olho direito e abriu novamente. “Piscar?”

Ainda olhando para o holograma do Anjo, que parecia tornar-se cada vez mais nítido e sólido, Amy andou em direção a bancada e apalpou a mesa, em busca do controle. Levou alguns segundos, mas ela obteve sucesso na tarefa. Ela apertou o botão de desligar, entretanto, no mesmo instante, o Anjo reapareceu.

“Ele fica voltando a ligar!” gritou ela.

“É, isso é o Anjo.” respondeu o moreno.

“Mas é só uma gravação.”

“Não, qualquer coisa que capte a imagem de um Anjo, é… Um… Anjo... “ gritou o Doutor em resposta. “O que você está fazendo?”

Como Amy não estava fazendo nada, ela assumiu que a pergunta fosse para River, o que foi confirmado quando ela ouviu a mulher cacheada responder:

“Cortando. Nem morno ficou.”

“Não tem jeito.” respondeu o viajante do tempo. “Não é fisicamente possível.”

“Doutor,” chamou Amy. “o que ele fará comigo?” Ela estava começando a preocupar-se com isso, pois suas esperanças já estavam esvaindo-se.

“Só fique olhando, Amy!” disse o Doutor. “Não. Pare. De olhar!”

“Só me conte.” O fato do Doutor não querer dizer à ela, apenas fazia com que ela pensasse que era provavelmente algo terrível, mas ela precisava saber. Precisava preparar-se psicologicamente para fosse lá o que fosse. “Me conte!” exigiu a companheira. “Me conte!!”

“Amy, não os olhos!” disse o Doutor. “Olhe para o Anjo, mas não olhe nos olhos!”

“Por que?” Amy não estava nem fazendo mais questão de esconder seu temor agora.

“O que foi?” Ela pode ouvir River perguntar, do outro lado.

“Os olhos não são as janelas da alma, são as portas. Cuidado com o que entrar lá."

“Doutor, o que disse?”

“Não olhe nos olhos!” disse o Doutor, num tom de voz mais alto.

“Não, sobre gravuras. O que disse sobre gravuras?”

“O que quer que capte a imagem de um Anjo, é um Anjo.” disse River, próximo da porta, para que ela pudesse escutar. Era isso! Se a TV não captasse a imagem do anjo, ela não poderia ser um anjo. E Amy observou aquela maldita gravação o suficiente para saber que no segundo quatro, a tela ficava chuviscando. Podia funcionar. Valia a pena arriscar.

“Ok, capte isso: Um, dois, três, quatro!” Amy pausou a imagem no segundo exato e então a imagem do anjo enfraqueceu-se e a televisão desligou, ao mesmo tempo que o Doutor e River adentravam o recinto.

“Eu o congelei!” disse Amy, ainda um tanto incrédula que o plano funcionara. “Havia uma mancha na tela e eu o congelei nela. Não havia mais imagem dele.” O Doutor passou direto por ela, arrancando a tomada da TV e usando a chave de fenda sônica nela. Em seguida, olhou para Amy.  “Isso foi bom, né? Foi, não foi?” O Doutor sorriu levemente para ela. “Isso foi muito bom.” Ao menos, fora essa a impressão que tivera. O Doutor apontou a chave de fenda sônica para ela, como quem diz: “Essa é minha garota!” e ficou evidente para Amy que ela tinha feito a coisa certa.

“Isso foi incrível!” confirmou River.

“River, abrace Amy.” disse o Doutor.

“Por que?” Amy começou a ficar preocupada novamente.

“Porque eu estou ocupado.” respondeu o alienígena.

“Eu estou bem.” retrucou Amy.

“Você é brilhante!’” disse River, segurando as mãos da ruiva e olhando na direção do Doutor, em uma clara reprimenda ao mesmo.

“Valeu. Meio que dei um jeito nele, não foi?” respondeu Amy, olhando para o Doutor com o mesmo ar de reprimenda que River, anteriormente.

A maior parte daquela tensão toda que Amy sentira anteriormente, quando estava presa na cabine, dissipara-se. Por algum motivo, entretanto, a companheira do Doutor sentia que ainda estava longe de estar fora de perigo, com aquela missão que estavam prestes a participar. No entanto, ficava aliviada porque desta vez, estava com River e com o Doutor e eles fariam de tudo para mantê-la sã e salvo, especialmente depois desse susto pelo qual passara. Mal sabia ela, que os perigos haviam apenas começado.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam da fic? Tenho várias ideias para Doctor Who, mas por algum motivo, não costumo postá-las com frequência. Se houver algum whovian por aqui, sinta-se à vontade para se manifestar ou fazer pedidos. Eu adoraria escrever mais fics pra esse fandom maravilhoso! Até o próximo capítulo! o/



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