50 Tons de Fanfiction escrita por Nymeria


Capítulo 13
[SUPERNATURAL] Arrebatamento


Notas iniciais do capítulo

Tema 23: Que tenha alguma cena numa lagoa.

Fandom: Supernatural.

Ship: Destiel (implícito - ou você pode entender só como amizade também, se preferir. Vamos combinar que o canon também é ambíguo…)

Avisos: Spoilers do episódio 4x20 (The Rapture).

Disclaimer: Algumas falas da fic são da série original, que como vocês já devem imaginar, não me pertence. Se pertencesse, destiel já estaria casado, com dois filhos e um cachorro.

Essa fic começou como um coda do episódio 4x20, mas agora nem eu sei mais o que ela é… Espero que gostem, de qualquer forma. Boa leitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/752413/chapter/13

Dean estava sentado numa cadeira, sobre um píer de madeira, com uma vara de pescar na mão e uma caixa contendo cervejas e isca para capturar os peixes. A sua frente, uma lagoa enorme e linda. Em seu consciente, o caçador sabia que estava sonhando, mas aquele sonho era tão tranquilo e relaxante que ele não se importava em continuar nele por mais algum tempo.

Pouco tempo depois, Cass apareceu e juntou-se a ele. Ele nem assustou-se, pois já estava habituado a sonhar com o anjo, embora alguns desses sonhos fossem menos inocentes do que o daquele momento. Dean quase convidou-o para sentar-se e pescar com ele, provavelmente ele conseguiria conjurar outra cadeira para o amigo (seu sonho, suas regras), mas logo percebeu que havia algo diferente: o Cass presente em seu sonho não era uma ilusão da sua cabeça. O serafim estava realmente ali com ele.

“Nós precisamos conversar.” comentou o moreno, em tom apreensivo.

“Eu estou sonhando, não estou?” Dean perguntou, a fim de confirmar a informação.

“Aqui não é seguro. Algum lugar mais privado.”

“Mais privado? Estamos dentro da minha cabeça.”

“Exatamente. Alguém poderia estar escutando.”

“Cass, o que há de errado?” Dean tentou deixar de lado a preocupação que começava a anuviar sua mente.

“Encontre-me aqui.” O anjo entregou ao Winchester um pedaço de papel. “Vá agora.”

O caçador olha para o papel e vê que nele havia escrito um endereço. Ele sabia onde era. Em seguida, olha para cima, em direção ao anjo, porém ele já havia sumido do píer.

Tudo escureceu a sua volta e, quando menos imaginou, Dean se viu acordando num sobressalto. Ele contou à Sammy o que ocorrera no sonho e ambos partiram na mesma noite para o endereço indicado por Cass, mas tudo que encontraram no lugar foram indícios do que parecia ter sido uma batalha feroz entre anjos e, posteriormente, Jimmy Novak, que eles descobriram logo tratar-se do dono da casca que Cass usava.

Preocupados com Jimmy e sua família acabarem tornando-se vítimas de ataques demoníacos e, principalmente, preocupados com o amigo alado, o qual eles não faziam ideia onde estava ou se estava bem, pois as pistas não eram grandes e Jimmy não lembrava de muita coisa, os Winchester impeliram Novak a continuar com eles por algum tempo.  Entretanto, naquela mesma noite, ele dera um jeito de escapar.

Os Winchester saíram em busca de Jimmy e, no meio do caminho (literalmente), Anna os abordou. Ela simplesmente apareceu dentro do carro, no meio da estrada. Perguntou-lhes se eles haviam deixado Jimmy escapar, o que Dean culpou Sammy, visto que ele era o responsável por aquele turno da vigia. Dean perguntou ao anjo o que estava acontecendo quando ela lhe perguntou o que Jimmy havia contado à eles e se ele havia lembrado de alguma coisa.

“É o Cass.” respondeu Anna. “Ele foi enviado de volta pra casa. Bem, foi algo mais como arrastado de volta.”

“Pro céu? Isso não é uma coisa boa?” perguntou o Winchester mais velho, enquanto novas ondas de preocupação invadiam sua mente.

“Não. Isso é uma coisa muito ruim. Dolorosamente, terrivelmente ruim. Ele deve ter irritado alguém seriamente.”

“Cass disse que tinha algo pra contar pra mim. Algo importante.” disse Dean, lembrando da conversa que teve com o amigo durante o sonho.

“O que?” inquiriu Anna.

“Eu não sei.”

“Jimmy sabe?”

“Eu acho que não.”

“Você acha que não? O que quer que seja, é coisa grande. Você precisa descobrir, com certeza.”

“É por isso que estamos indo atrás de Jimmy.” respondeu Sam.

“É por isso que vocês não deviam ter deixado ele ir, pra começar.” replicou Anna. “Ele provavelmente já está morto.”

Para a alegria dos Winchester, Jimmy não estava morto. Entretanto, sua família fora alvo de demônios e eles precisaram lutar com vários deles. Por fim, foi Castiel quem aparecera e salvara o dia, porém não explicara absolutamente nada e já estava de saída, quando Dean resolveu perguntar:

“Cass, espere. O que você iria me contar?” O caçador estava apreensivo, mas ao mesmo tempo curioso. Castiel, entretanto, respondeu:

“Eu aprendi minha lição enquanto estava longe. Eu sirvo ao céu, não ao homem, e eu certamente não sirvo à você.”

Dean observou estático enquanto Cass foi embora. Olhando para Sammy, ele pode perceber que o irmão também estava surpreso com a resposta de Cass. Mais tarde, já no carro, eles conversaram sobre o assunto e Sammy disse-lhe que ele deveria perguntar novamente quando eles estivessem a sós. Talvez, então, o anjo lhe contasse. Eles tinham uma ligação mais profunda, afinal de contas. E Sam sabia que apesar da aparente frieza do anjo, Cass considerava-os amigos dele, especialmente o mais velho.

O caçador decidiu seguir o conselho do caçula e, um belo dia, quando ele e o anjo estavam sozinhos, ele decidiu tocar no assunto outra vez.

“Cass, amigão...” Dean começou, “Eu entendo que você não compartilharia nada na frente daqueles demônios, mas qual é… Você ia me contar alguma coisa importante naquela hora. O que era?”

“Nada.” responde Cass.

“Eu não tô comprando essa história. Você não podia me dizer o que era nem na droga da minha mente.” retrucou Dean. “Desembucha.”

“Dean…”

“O quê?” O caçador estava começando a ficar irritado. Ele não podia acreditar que Cass não confiava nele o suficiente para contar à ele o que quer que fosse.

“Você precisa entender… Eu não posso te contar.”

“E por que diabos você não pode?”

“Como vocês, humanos, normalmente dizem: ‘as paredes têm ouvidos.’” O anjo explicou, fazendo a indicação das aspas com um gesto de mãos. “Eu não colocaria você em perigo só porque eu gostaria que você soubesse que eu-”

O serafim interrompeu-se de repente, pois já estava começando a falar demais.

“Que você…” Dean não estava disposto a deixar o assunto pra lá.

“Esqueça isso, Dean. Por favor.”

E, dizendo isso, o anjo desapareceu.

Dias passaram-se antes de Castiel reaparecer. Dean estava genuinamente preocupado que tivesse passado dos limites. Quando o anjo finalmente deu as caras, ele comportou-se como se ele e o caçador nunca tivessem tido aquela conversa. Os instintos de Dean lhe diziam que alguma coisa séria acontecera quando o anjo fora abruptamente abduzido de volta para o céu, mas ele sabia que Cass não o contaria nada, especialmente se pressionasse sobre o assunto. O caçador odiava quando o anjo se fechava dessa forma, mas tentar forçar ele a falar sobre o tópico iria apenas fazê-lo sumir novamente, o que era a última coisa que Dean gostaria.

Dean então esperou que o anjo lhe contasse quando se sentisse à vontade o suficiente para tanto. Sua mente não tranquilizou-se nem por um momento, entretanto. Tamanha era sua inquietude que o próprio anjo resolveu perguntar-lhe a respeito.

“Dean… Você está bem? Ultimamente tenho percebido que anda com um ar mais cansado... Tem dormido bem e se alimentado?”

“Eu to bem.” respondeu Dean, a resposta padrão dos Winchester. Depois ele pensou no assunto e decidiu que seria melhor abrir o jogo com o melhor amigo. “Na verdade, não to não… Eu não tenho dormido tão bem também.”

“O que você tem?” perguntou o anjo, já com a mão na direção do caçador, a fim de curá-lo.

“Não estou doente.” respondeu o de olhos verdes, segurando a mão do anjo. A ideia era impedir ele de tocar-lhe a testa, mas o caçador acabou mantendo sua mão na do amigo por algum motivo. “Eu… Tenho estado preocupado, só isso.”

“Preocupado? O que houve? É por causa do Sam?”

“Também,” respondeu Dean. “Mas ultimamente tem sido principalmente com você que ando preocupado.”

“Comigo?”

“É, Cass. Com você.” disse o caçador, cansado. “A gente se preocupa com você, sabia? Eu e o Sammy.”

“Eu agradeço a preocupação, mas não é necessária.” respondeu Cass.

“Como não? Você foi abduzido depois de dizer que queria me dizer algo importante e depois disso, de repente, você parece mudar de ideia e fingir que nada aconteceu. Eu vi a urgência e a preocupação em seus olhos lá no meu sonho, Cass… O que houve com você no céu que o fez mudar de ideia sobre me contar o que quer que fosse? E o que era tão importante e secreto que você não podia me contar nem na porra da minha mente?”

O anjo baixou os olhos, ainda segurando a mão do amigo. Abriu a boca para dizer algo, mas fechou-a em seguida, sem nenhum som sair dela.

“Eu sei… Você não vai me dizer.” resmungou Dean, finalmente soltando a mão do anjo. “Você serve ao céu e blábláblá… Eu sou um rélis humano… Eu só queria que você soubesse que pode contar com a gente para o que for, Cass. Da mesma forma que a gente sabe que pode contar com você, apesar de todo esse discurso de servir ao céu. Você é família.”

“No céu…” começou Cass. “Eu pude ver as coisas com uma outra perspectiva. Já faz algum tempo que eles questionam… Minhas simpatias… Eu não quero que vocês sejam postos em perigo por causa da minha imprudência.”

“Você tá querendo me dizer que eles ameaçaram a gente lá?” perguntou Dean. “Dane-se! Eu não tenho medo, Cass. E eu não vou deixar você por causa de um monte de regra idiota daqueles bastardos celestiais.”

“Eles fizeram o ponto deles bem claro.” replicou o anjo. “Eu não sei nem se devia estar aqui.”

“Claro que devia. Seu lugar é aqui, Cass.” respondeu Dean. “E o que você quer dizer com ‘bem’ claro? É o que eu tô pensando?” Os cretinos não seriam capazes de torturarem um dos seus, seriam? Dean percebeu que sim quando Cass desviou o olhar do dele. “Filhos da puta!”

“Prometa que não fará nada.” disse Cass, apreensivo. “Mesmo porque isso implicaria que eu te contei alguma coisa e eu não te contei nada. Isso só iria piorar as coisas.”

“Cass…”

“Prometa!”

“Eu prometo.” respondeu Dean, relutante. Tudo o que ele queria naquele momento era enfiar uma adaga angelical no peito daqueles desgraçados que fizeram Cass sofrer, quando deveriam ser a família dele e agir como tal. O Apocalipse, com A maiúsculo,  poderia estar às portas, mas isso não era desculpa e Dean não iria perdoá-los nunca por isso. O ódio queimava nas veias do caçador, quando ele via o quão vulnerável o anjo estava naquele momento, por culpa dos imbecis dos seus irmãos. Quem poderia ter feito Castiel ter medo? O caçador em parte temia este ser incógnito, em parte desejava ter as vísceras dele numa bandeja. Ninguém bota medo em Cass. “Mas nós vamos dar um jeito nisso… Juntos.”

Cass sorriu levemente, olhando nos olhos do caçador, que o encarou de volta. O olhar do anjo trazia dúvidas que Dean desconhecia, mas ele sabia que o anjo confiava nele, apesar de tudo. Eles enfrentariam o que quer que o destino ou os anjos os trouxessem juntos, como o bom time que eram e sempre seriam: O Time Livre Arbítrio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido, mesmo com o final um tanto abrupto. Eu consigo até imaginar onde essa história me levaria, se continuasse, mas isso é uma história para outra ocasião, como diria Michael Ende. Comentários são sempre bem vindos. Querendo bater um papo, mandar um prompt ou me ver surtando com os episódios da série, me procurem no Twitter: @nymeriadwolf. Talvez eu não consiga ver o episódio de hoje ainda hoje, mas verei assim que possível. Abraços e até o próximo capítulo! o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "50 Tons de Fanfiction" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.