Agora Ou Nunca escrita por RaelFitch


Capítulo 7
Me Reconhecendo


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, depois de um tempo sem postar estou de volta!



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7. Me Reconhecendo.
Passei pelas portas do hospital, encontrei os pais de Lorena com sua irmã mais velha é uma médica conversando.
— o que aconteceu? — perguntei.
— ela se jogou da escada — a mãe dela cruzou os braços e me olhou com desprezo — quebrou um braço, você causou isso Leonardo.
— eu não — olhei pro chão, não podia acreditar que Lorena tinha se jogada da escada por minha causa — eu não tenho culpa!
— e por que você terminou com ela? — a mãe continuou me reprovando mentalmente.
— vocês me ligam pedem para eu vir até aqui e sou recebido com tamanha grosseria? — perguntei indignado.
— vamos acalmar as emoções — o pai de Lorena interviu — Leo pode conversar com ela.
Entrei no quarto e encontrei Lorena assistindo televisão, quando me viu suas bochechas coraram, tentei forçar um sorriso, mas estava completamente desapontado, eu sabia que ela gostava de chamar atenção, mas desta vez ela extrapolou todos os limites, me aproximei de cara amarrada, Lorena tentou pegar na minha mão que estava apoiada na cama e a retirei.
— pensei que você não fosse aparecer, até porque você não liga mais para mim — ela disse forçando o choro.
— você não precisa chorar — respondi seco — eu te conheço Lorena e vim aqui para te falar de uma vez por todas que está tudo acabado entre nós.
— eu fiz isso por você! — ela gritou indignada.
— exatamente — falei após um longo suspiro — você quase se matou por alguém que não te ama, você tem que amar a si mesma.
— me desculpa — Lorena baixou a cabeça.
Coloquei minha mão em seu ombro.
— Lorena, você um dia vai encontrar um cara legal é que vai te amar e eu também — o rosto de Ítalo veio a minha mente e sorri.
— do que adianta se esse cara não for você? — ela murchou.
— você vai ver — pisquei — agora tenho que ir.
— obrigada por ter vindo — ela sorriu.
Sai do quarto e encontrei com o pai dela.
— muito obrigado por ter vindo, eu sei que vocês terminaram, mas eu não tinha saída — ele começou a chorar — mesmo que vocês não estejam mais juntos, quero que você saiba que te tenho como um filho.
— obrigado — acenei e então ele me abraçou forte.
— você merece alguém que te ame muito.
— agora eu tenho que ir, mas obrigado senhor — me despedi dele e fui embora antes que a mãe de Lorena aparecesse.
Peguei meu celular e liguei para Sofia pedindo para irmos para algum lugar conversar.
...
Estávamos numa lanchonete nos dois pedimos o maior e mais gorduroso hambúrguer que tinha.
Sofia lambia os dedo enquanto contava minha conversa com Lorena.
— sempre achei essa garota desequilibrada, mas agora ela passou dos limites — Sofia largou o hambúrguer na mesa.
— eu sei que você nunca gostou dela — mordi meu hambúrguer.
— mas me fala sobre você — ela levantou as sobrancelhas.
— o que tem? — perguntei.
— você anda diferente — começou — anda sorrindo mais, está mais dedicado...
— eu sempre fui dedicado — me defendi.
— mas parece que você vai mais animado agora...
— o que você está querendo dizer?
— você não está interessado em ninguém?
— não, porque estaria?
— sei lá, você terminou com a Lorena e depois disso apareceu mais feliz que nunca — ela sorriu — só queria dizer que estou muito feliz por você e vou estar do seu lado a qualquer momento.
— obrigado — sorri.
Eu não sabia o que Sofia estava pensando, na verdade eu acho que ela tinha razão, sinto que existem dois Leonardos, um que eu fui a vida inteira, que relacionava-se com garotas, e o novo que estava muito mexido com Ítalo, eu não podia negar, não conseguia parar de pensar nele.
— e o seu grupo de estágio? — ela perguntou.
— ah, você sabe — comecei — Eu, Gabriel, Carol, Danielly...
— eu sei quem é do seu grupo — Sofia bateu em sua testa — não teve nenhuma confusão ou novidade?
— está muito tranquilo, não somos supervisionados pela Aline.
— fiquei sabendo disso, como é esse Dr. Castro?
— acho ele brilhante — soltei sem querer, Sofia juntou as sobrancelhas estava visivelmente desconfiando da minha resposta — uma ótima influência, quero ser como ele.
— isso é bom — sorriu.
— e você?
— o que tem eu?
— as novidades do grupo Luiza não me fala muito sobre.
— meu grupo é muito tranquilo, as outras garotas estão na expectativa para o casamento da Laura.
— e você está animada? — perguntei.
— se puder escolher meu vestido — Sofia bufou — sua irmã quer escolher o vestido de todas as madrinhas.
— ela é muito controladora, perdoe isso.
— eu quero um vestido longo bucheiro de brilho — ela gesticulou.
— você e a lésbica mais feminina que eu conheço — disse Gabriel sentando- se ao seu lado.
— lésbicas não podem ser femininas Gabriel? — perguntou irritada.
— eu não quis ser grosseiro, desculpa — pediu visivelmente constrangido.
— o que você está fazendo aqui? — perguntei.
— minha mãe pediu para eu vir comprar um hambúrguer e vi vocês — respondeu — e porque vocês não me chamaram para a reunião?
— nos encontramos por acaso — menti, Gabriel era muito ciumento em relação a amizades.
— verdade — Sofia sorriu — mas fica com a gente, estávamos falando sobre nossos grupos e o Dr. Castro.
— esse cara pega no meu pé — ele revirou os olhos — mas ele acha o Léo uma estrela.
— é mesmo? — Sofia direcionou o olhar a mim e tomou um gole do seu refrigerante.
Baixei a cabeça.
Sofia e Gabriel começaram a falar sobre uma festa que aconteceria no próximo sábado.
— vai ser numa casa com piscina na rua de trás da faculdade — Sofia disse — os convites vão começar a ser vendidos amanhã.
— vocês vão? — perguntei.
— não perderia por nada — Gabriel sorriu.
— eu também não — Sofia fez uma cara de quem iria aprontar algo.
— e você cara? — perguntou Gabriel.
— acho que não — estava tendo uma ideia.
— tem outros planos? — Sofia perguntou.
— não, é que não estou no clima para festas — respondi.
— entendi.
Meu celular tocou e o número era desconhecido, sai da mesa deixando meus amigos conversando e fui até o lado de fora da lanchonete.
— alô? — perguntei.
— você sumiu — era José.
— tudo bem José?
— queria te ver — ele parecia triste.
— aconteceu alguma coisa? — perguntei.
— eu só queria sua companhia.
— quer conversar?
— pode ser, almoça comigo amanhã?
— tá bom.
— fico feliz em ouvir isso — sua voz já não tinha mais tristeza.
— nos vemos amanhã então.
— até amanhã.
Desliguei o celular e voltei.
— quem era? — Sofia perguntou.
— Luiza — menti — vou para casa.
— tudo bem, eu pego carona com o Gabriel.
Quando cheguei em casa encontrei minha irmã e Felipe no sofá assistindo o filme Forest Gump.
— eu sei que você gosta desse — ela disse a mim me oferecendo pipoca.
— amo esse filme — sentei-me ao seu lado.
— senti falta disso — ela sorriu.
— do que? — perguntei.
— assistirmos filmes juntos — ela começou — quando éramos crianças assistíamos desenho juntos, mas depois você foi se fechando e criando seu espaço.
— não foi assim — eu sorri.
— eu te amo irmãozinho — ela me abraçou.
— vocês podem conversar quando o filme acabar? — perguntou Felipe.
Será que minha irmã tinha razão? Eu fui me fechando no meu próprio mundo que eu mesmo não me conhecia, acho que agora eu realmente estou me reconhecendo.


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Notas finais do capítulo

Será que a Sofia já está desconfiada do Léo?



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