Agora Ou Nunca escrita por RaelFitch


Capítulo 5
Sorvete


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo para vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/752290/chapter/5

5.Sorvete
Acordei antes do despertador tocar naquela manhã, quando me olhei no espelho percebi o quanto soei durante a noite, Luiza bateu na porta e entrou segundos depois.
— você está péssimo — ela disse.
— você já viu as olheiras na sua cara? — perguntei emburrado.
Luiza levou as mãos ao rosto e correu pra fora, no banho eu me lembrei do sonho estranho que tive, deveria contar ao Ítalo?
No café da manhã Luiza falava o quanto estava ansiosa, ela já planejava visitar a mãe de Ítalo as duas da tarde, será que Ítalo estaria disponível este horário?
Quando cheguei no hospital ele abriu um enorme sorriso ao me ver estendendo sua mão, diferente de quando Gabriel chegou que ele só acenou com a cabeça, acho que ele achava que eu era mais esforçado que o Gabriel.
— então é hoje — ele me disse baixinho — que você e sua irmã irão conhecer minha mãe.
— sim — respondi — espero que você possa estar lá.
— vou fazer o possível — ele sorriu.
— tá bem.
— Dr. Castro a saturação da minha paciente está caindo — Gabriel se aproximou de nós.
— estou indo — revirou os olhos — quer almoçar comigo?
— eu?
— está vendo mais alguém aqui Leo? — ele deu um sorriso discreto.
— seria ótimo — respondi depois de sentir meu rosto ficar vermelho.
Fui até Dona Maria e ela parecia muito curiosa sobre minha conversa com Ítalo.
— ele tem namorada? — perguntou.
— acho que não — respondi pegando o termômetro e colocando em sua axila.
— entendi — ela abriu um enorme sorriso.
— que?
— nada, meu jovem — ela deu uma palmadinha em minha mão.
No intervalo eu e Gabriel estávamos no jardim do hospital quando minha irmã chegou.
— já falei com a Angelina — ela estava sorrindo.
— quem? — Gabriel olhou confuso.
— mãe do Doutor Castro — Luíza respondeu.
— agora que estão amigos, você podia dizer para ele parar de me perseguir — Gabriel disse sorrindo.
— ele não te persegue — defendi.
— você não deve estar prestando atenção — fechou a cara mordendo um pedaço de seu sanduíche.
— você precisa ter uma boa convivência com ele Biel — Luiza disse amarrando os cabelos — afinal ele faz varias indicações para empregos aqui no hospital.
— sério? — perguntei.
— vocês dois são desligados mesmo hein?
— que horas vocês vão encontrar a mãe do “chefe”? — perguntou.
— depois das duas — ela respondeu.
— posso ir junto?
— não — respondi por Luíza.
— preciso ser amigo dele Leo!
— você precisa fazer com que ele te note pelo seu trabalho — respondi.
Gabriel revirou os olhos cruzou os braços e não falou mais nada.
Quando estávamos a caminho do ateliê de Angelina Castro minha irmã apertava minha mão forte, vê-la nessa ansiedade era muito engraçado, eu me sentia da mesma forma, mas não tinha motivos para aquilo, afinal eu iria comprar um terno escuro e isso parecia ser a coisa mais fácil do mundo, ao chegarmos no endereço uma mulher com cabelos grisalhos baixinha e com óculos de grau no rosto nos atendeu.
— vocês devem ser os Gonzales — ela olhou em uma ficha e depois sorriu.
— isso — Luíza forçou um sorriso o que era cômico.
A sala era enorme e em tons claros, na entrada estavam situados três manequins de cada lado com vestidos muito finos.
— a senhora Castro já vem atende-la.
— obrigada — Luiza suspirou quando a mulher sumiu por uma porta.
— esse ateliê é enorme — soltei.
— ainda quero reformá-lo — disse uma mulher alta, com cabelos castanhos claros, olhos da mesma cor, vestida com um macacão branco, estendendo a mão com um grande sorriso — sou Angelina.
— Luíza Gonzales — minha irmã apertou sua mão, em seguida Angelina apertou minha mão graciosamente.
— estava louca para te conhecer — ela voltou sua atenção a minha irmã.
— eu que o diga — Luiza suspirou.
— vamos comigo até meu escritório, soube que você tem um desafio para mim — Angelina pegou Luiza pela mão e a guiou.
— eu espero aqui — respondi.
— Glória! — Angelina chamou e em seguida a mesma senhora que nos atendeu apareceu — leve o senhor Gonzales a sala de espera e o sirva com o que ele desejar.
— sim senhora — ela sorriu e me guiou até um amplo espaço também na cor branca, me serviu com água com gás e quando a campainha tocou pediu licença.
Tomei um gole do meu copo quando Gloria voltou com Ítalo, ele estava suado, vestia uma camisa regata preta com bermuda da mesma cor e tênis, ele arrumou seu cabelo e ao me ver sorriu, retribui o gesto e quando ele chegou até mim senti meu coração na boca.
— fui dar uma corrida, mas ainda bem que cheguei a tempo — secou seu rosto com uma toalha que eu não percebi que ele trazia.
— acabamos de chegar — respondi após olhá-lo dos pés à cabeça.
— Está quente aqui — ele suspirou e em seguida tirou sua camiseta lentamente, enquanto seus músculos surgiam minha boca ficava mais seca.
— realmente — colocou a garrafa na boca.
— Gloria, traga sorvete para nós por favor — ele mandou sem tirar os olhos de mim, eu queria olhar seu corpo novamente, mas estava preso ao seu olhar.
— temos de flocos e morango senhor — ela disse.
— eu gosto de flocos — ele ergueu as sobrancelhas para mim.
— eu também — ri sem graça.
— traga duas taças com bastante sorvete Glória!
— sim, senhor — ela retirou-se.
— muito calor lá fora? — perguntei assim que Glória sumiu.
— muito — ele passou a mão na barriga, aquilo estava se tornando algo estranho, engoli seco e ele sorriu.
— seria melhor você tomar um banho — falei sem pensar, Ítalo abriu a boca surpreso e em seguida sorriu.
— queria uma companhia — ele mexeu nos cabelos novamente.
Gloria voltou com nossas taças de sorvete.
Ítalo não parava de sorrir enquanto tomava seu sorvete, enquanto eu observava cada movimento que ele fazia, meu coração pulava dentro do meu peito, tomei meu sorvete e então ele parou de sorrir e passou seu polegar em meus lábios limpando o sorvete que estava ali e em seguida levou seu dedo a boca, ele me olhava de um jeito que ninguém nunca me olhou.
Seu rosto se aproximou do meu e então nossos lábios se tocaram num beijo suave e calmo, o melhor beijo da minha vida, coloquei uma mão em seu cabelo molhado e a outra em suas costas, ele me pegou forte pela cintura o nosso beijo ficava cada vez mais feroz, ele tentou tirar minha camisa, mas após ouvir passos me desvencilhei de seus braços e voltei a minha taça vermelho.
Gloria recolheu nossas taças e em seguida minha irmã e Angelina apareceram, ambas com um enorme sorriso no rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me digam o que vocês estão achando!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Agora Ou Nunca" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.