Agora Ou Nunca escrita por RaelFitch
Notas iniciais do capítulo
Postando mais um capítulo hoje, espero que vocês gostem...
Perdão e amor
Toquei a campainha, antes que Luiza abrisse a porta mil pensamentos passaram pela minha cabeça, não sabia o que esperar, mas não podia mais me esconder era o fim da farsa, agora em diante eu seria o verdadeiro Leonardo, um que não teria medo da aprovação de ninguém, que não ficaria com receio de beijar alguém na rua e meus pais verem, agora eu estava finalmente livre para ser verdadeiro comigo mesmo.
— você quase me matou — Luiza me abraçou e segundos depois estava chorando.
— onde eles estão? — perguntei entrando dentro de casa.
— mamãe saiu, papai está no quarto e não me responde — Luiza parecia que não dormia a dias.
— tia Cris está no carro — falei olhando para as escadas — fique com ela.
— não — ela cruzou os braços — eu vou ficar aqui, caso aconteça algo.
— vai ficar tudo bem — falei a segurando pelos braços.
— promete? — perguntou com os olhos marejados.
— sim — menti, não podia mais preocupar minha irmã e não queria que ela escutasse os gritos de bronca do meu pai.
Luiza saiu pela porta da sala, assento para ela e então uma lágrima escorreu do seu rosto, ela respirou fundo, minha irmã até triste, chorando, com os cabelos bagunçados e de moletom ficava linda, ela fechou a porta.
Respirei fundo e subi as escadas a porta do meu quarto estava aberta, entrei e ele estava da mesma forma em que na noite em que fui embora, uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Fui até a minha mesa de computador e peguei uma caneca que eu tinha comprada uma tarde em que sai com meus pais e Luiza, meu pai disse para eu levar a azul, mas tinha escolhido a preta olhei mais um pouco a caneca antes de arremessa-la e ela se partir na parede, empurrei a mesa do computador, tirei os quadros que estavam presos na minha parede e os quebrei, tirei o colchão da minha cama, rasguei os lençóis, peguei o abajur que estava do lado da minha cama e joguei contra a parede, peguei minhas roupas e comecei a corta-lãs com uma tesoura que encontrei jogada no chão, peguei a tesoura e a passei no meu braço, o sangue escorria, peguei um pedaço de uma camisa que eu tinha acabado de cortar e coloquei em cima do ferimento.
— o que está acontecendo? — meu pai falou na porta do meu quarto, me virei e o vi meu pai olhando meu quarto.
— eu só estava...
— extravasando sua raiva — ele completou — ainda bem que você não destruiu isso.
Ele estava segurando uma foto minha de quando eu era tinha 3 anos.
— pai eu...
— você não precisava guardar esse segredo de nós — ele suspirou antes de começar a chorar — você é meu filho, eu te amo Léo!
Corri para abraçar meu pai, ele abriu seus braços e nós dois ali juntos choramos com nossa aproximação, uma aproximação que não tínhamos há um tempo.
— me desculpa — falei me soltando.
— você não tem que se desculpar por ser quem é — ele disse — estou orgulhoso de você.
— acho que agora eu tenho que arrumar isso antes que minha mãe cheguei — falei rindo.
— ela odeia bagunças — meu pai riu — eu te ajudo.
Eu e meu pai descemos com as coisas que eu tinha quebrado, quando saímos para rua, Luiza, tia Cris, Sofia e Gabriel estavam do lado de fora.
Minha irmã veio correndo e abraçou eu e meu pai de uma vez quase nos levando para o chão.
— que bom que vocês estão bem — ela falou entre os soluços de choro.
— precisamos arrumar o quarto do seu irmão — meu pai falou para ela — está uma bagunça lá em cima.
Todos foram nos ajudar a tirar as coisas.
Minha mãe desceu do uber com algumas sacolas.
— foi o jeito dela lidar — disse meu pai — conversem enquanto continuamos arrumando as coisas.
— tá bem — falei indo em direção a minha mãe, ao me notar ela parou e não se moveu até estarmos cara a cara.
— você voltou? — falou sem expressão.
— sim — respondi olhando para o chão — mãe eu queria me desculpar por mentir.
— eu te desculpo, afinal você é meu filho Léo — ela respirou pesado — e peço desculpas por ter te batido, você não deve ir embora, essa é sua casa.
— obrigado mãe — sorri.
— eu te amo filho — ela sorriu de volta — mas eu só te peço um tempo para tudo isso.
— tudo bem — a abracei e ela largou as sacolas para me abraçar.
— e chega de mentiras — ela falou rindo.
— quer ajudar a colocar as coisas quebradas para fora? — perguntei.
— eu acabei de fazer as unhas, mas por você eu faço qualquer coisa — ela sorriu pegando as sacolas e levando para dentro de casa para ajudar.
Quando terminamos de colocar as coisas do lado de fora, minha mãe fez um bolo e todos comemos.
Meu pai parecia mais feliz e Luiza surgiu toda maquiada, pois estava feliz novamente, Gabriel e Sofia estavam felizes com seus relacionamentos, Gabriel iria passar as férias na casa dos pais da namorada, Sofia iria viajar com Keka.
— Luiza nos assustou — disse Sofia.
— estamos muito felizes que tudo acabou bem — Gabriel sorriu.
— preciso contar algo para vocês — respirei fundo — eu namorei com Ítalo até algumas semanas atrás.
— bem que desconfiei — disse Sofia.
— eu não — Gabriel estava surpreso.
— mas ele terminou comigo sem nenhuma explicação — fiz uma careta — e depois disso eu meio que desacreditei no amor.
— Léo ele te ama — Sofia disse — da pra ver pela cara dele.
— então porque ele terminou comigo? — perguntei cruzando os braços.
— vai atrás pra saber — Gabriel falou.
— quem sabe um dia — falei cabisbaixo.
— e não adianta você dizer que não o ama mais porque seus olhos dizem o contrário — Sofia riu.
— talvez seja verdade — dei de ombros.
— deixa esse orgulho de lado — Sofia reclamou.
— ele que venha atrás — falei rindo.
Todos foram embora, deitei no sofá, estava tão cansado, minha mente estava mais calma, já não tinha mais preocupação o que fez com que eu caísse no sono mais facilmente.
Acordei no meio da noite ainda no sofá com alguém batendo na porta, chovia forte do lado de fora.
— quem é? — perguntei.
— sou eu — era a voz dele, abri a porta e nossos olhos se encontraram mais uma vez.
— Ítalo?
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Será que eles vão voltar?