Agora Ou Nunca escrita por RaelFitch


Capítulo 15
Convite




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15. Convite
Quando acordei na manhã seguinte corri para meu celular e não encontrei nenhuma mensagem do Ítalo, escovei meus dentes e fui tomar meu café da manhã.
— bom dia — disse minha mãe me dando um beijo na testa.
— bom dia — respondi triste.
— o que aconteceu? — ela perguntou sentando-se a minha frente.
— nada — respondi olhando para as torradas que ela tinha colocado a mesa, peguei uma e passei doce de leite.
— bom dia a todos! — meu pai desceu animado, hoje todos pareciam acordar felizes, exceto eu.
— gente hoje vou dormir no Felipe, precisamos ver algumas coisas do casamento — Luiza surgiu do nada.
— tudo bem — minha mãe respondeu.
— pensei de irmos jantar juntos hoje — meu pai disse.
— tudo bem — Luiza disse revirando os olhos — posso levar o Felipe?
— pode! — meu pai respondeu sorrindo.
— quer levar alguém filho? — minha mãe perguntou.
— já está com outra? — meu pai perguntou — esse é meu garoto!
— não estou pegando ninguém — respondi frio — e não vou poder ir, tenho que estudar para as provas.
Me levantei e fui em direção ao banheiro.
— ele não está tendo um bom dia — minha mãe falou.
— deve ser a namorada nova! — meu pai falou rindo.
Entrei no chuveiro, minha cabeça já tinha começado a doer, já não bastava o Ítalo estar me dando um gelo, agora meus pais queriam que eu arrumasse uma nova namorada, sai do banho e olhei meu celular novamente e nem um sinal do Ítalo.
Liguei para minha tia e marquei de jantar com ela.
Me troquei e quando desci meu pai já tinha ido trabalhar e minha irmã me esperava para irmos ao hospital.
— hoje vou ver os toques finais do vestido — Luiza quebrou o silêncio enquanto dirigia.
— que ótimo — respondi sem animação.
— vamos comigo? — ela pediu.
— que horas? — perguntei.
— depois do almoço — ela sorriu.
— tudo bem! —respondi.
— ótimo — ela respondeu e eu tirei um breve cochilo até chegarmos ao hospital.
Gabriel já não estava mais atrapalhado, Aline e Ítalo estavam em reunião, provavelmente montando as provas finais ou fechando nossa nota de prática, a senhora Maria Vera já estava ótima e iria receber alta para a enfermaria, quando nos despedimos ela me deu um abraço caloroso e aquilo foi a melhor coisa que aconteceu no meu dia.
Ítalo e Aline saíram da sala de reuniões e ele estava com a cara fechada, fui até ele decidido de que ele iria me escutar e falar o que estava acontecendo.
— bom dia Ítalo — falei tentando olhar em seus olhos, mas ele não me olhava.
— aqui eu sou Dr. Castro — ele falou olhando para outro lado.
— o que está acontecendo? — perguntei confuso.
— nada — ele falou frio.
— me fala, por favor — falei quase implorando.
— Leonardo não está dando mais — ele não me olhava no olho, mas pude ver que ele estava quase chorando.
— você está terminando comigo? — falei baixo, para ninguém escutar.
— sim, desculpa — ele pediu virando de costas.
— foi porque eu fui almoçar com a minha tia e não com você? — perguntei.
— eu não sou tão infantil assim — ele revirou os olhos — e você deveria deixar de ser.
Ele voltou para sala de reuniões e para minha sorte ninguém parecia estar prestando atenção.
Fui ajudar Gabriel, ele percebeu que estava chorando.
— o que aconteceu? — perguntou indo fazer a evolução.
— dona Maria Vera recebeu alta para enfermaria — menti.
— você é muito manteiga derretida — ele riu.
Enquanto o dia passava eu tentava ocupar minha mente ao máximo, Ítalo não saiu da sala de reuniões.
Quando deu meu horário fui para o lado de fora do hospital, o sol batia forte, vi Ítalo sair com seu carro, meu coração apertou, não conseguia aceitar que ele tinha rompido nosso namoro e sem me dar motivos.
— pensando na vida? — minha irmã me surpreendeu.
— em como ela é injusta? O tempo todo! — levantei-me e a abracei.
— o que aconteceu? — perguntou me fazendo carinho nos cabelos.
— só estou tendo um dia ruim — respondi me soltando.
— então vamos ver o meu vestido para nós animar! — ela me puxou e fomos em direção ao ateliê de Angelina.
Luiza rodopiava com seu vestido branco, e era a coisa mais bonita e encantadora que eu tinha visto, minha irmã estava feliz e sua felicidade acendeu uma luz em meu coração, ela me abraçou e rodopiamos juntos, Angelina tirou uma foto e alguns segundos depois estava rodopiando conosco.
— esse é meu melhor trabalho, obrigada Luiza — ela abraçou minha irmã.
— eu já ia me esquecendo — Luiza disse após ser solta pela minha ex sogra —seu convite e da sua família.
— obrigada! — Angelina a abraçou novamente.
No caminho de volta, minha cabeça já estava mais leve, nem parecia que esse dia tinha começado de uma forma ruim.
Quando chegamos em casa corri para o banho, pois ainda tinha que encontrar a tia Cris, coloquei uma camiseta social azul, uma calça jeans preta e enquanto eu passava gel no cabelo a campainha tocou, quando desci encontrei Tia Cris conversando com meus pais, prendi a respiração e desci, eles mudaram de assunto, como esperado.
— vamos? — falei.
— Vamos! — minha tia vestia um vestido verde escuro — Antonella obedeça seus tios!
— tchau Antonella — me despedi de minha prima, depois me despedi de meus pais.
— eles estão desconfiados de algo — ela disse quando entramos no carro.
— eu não ligo — falei rindo — já não ligo mais.
— o que aconteceu? — perguntou já no caminho.
— eu estava namorando — falei olhando para o Lourdes Maria quando minha tia estacionou — mas eu o perdi.
— querido — ela colocou a mão em meu ombro.
— doeu muito, só quero que isso passe — falei suspirando.
— vai passar — ela sorriu.
— será que é carma? — perguntei.
— como assim? — ela colocou a bolsa em seu colo.
— eu terminei com a Lorena, fiz ela sofrer — comecei.
— você não é o amor da vida da Lorena — ela sorriu — é bem clichê dizer isso, mas é a verdade!
— então você acha que...
— que você ainda vai encontrar seu verdadeiro amor — ela sorriu.
— queria que meu verdadeiro amor fosse Ítalo — respondi.
— ele ainda pode ser — ela ponderou.
— você tem razão! — respondi, essa conversa com a minha tia me revigorou.
Saímos do carro e ao entramos no Lourdes Maria meu telefone tocou, nem olhei quem era e de repente escutei a voz de José na outra linha.
— Léo? — ele chamou.
— oi José? — respondi confuso, minha tia levou a mão à boca.
— meus pais foram viajar e eu queria te convidar para ir ao cinema amanhã à noite — ele falou rápido.
Arregalei os olhos e minha tia ao me ver daquele jeito me imitou.
Respirei fundo.
— eu aceito o convite — respondi.
Minha tia começou a dançar e eu sorri, desliguei o telefone e pensei em Ítalo.


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Notas finais do capítulo

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