Interlúdio escrita por darling violetta
Notas iniciais do capítulo
Cara, eu to muito chapada. Não, eu não escrevi bêbada, mas estou postando bêbada. Enfim, apreciem.
Espero que todo mundo tenha curtido o carnaval, o meu foi mais ou menos. Amanhã eu tento postar mais alguma coisa, se minha mente permitir. Sério, to muito louca.
John e Martha chegaram abraçados à torre. Um filete de sangue escorria da testa dele, já Martha tinha alguns arranhões e uma grande ferida no braço. Kira chegou mais depois, junto com os Lanternas. O atendimento médico já esperava pelo Batman. Colocaram-no numa maca e o levaram.
Shayera e Diana chegaram primeiro e abraçaram os filhos. J’onn estava para receber Kira, e ela o abraçou. Logo Diana e Martha se encaminharam para a baía médica, para ter notícias sobre o Batman. Flash e Lily se juntaram à Shayera e John.
─É só um corte, mãe. ─Ele disse. ─Você se preocupa demais.
─Olhe para mim, estou soando como uma verdadeira mãe. ─Apertou mais o filho.
Eles riram. Lily abraçou o irmão, e sussurrou.
─O que houve lá embaixo?
─Eu não tenho idéia, mas acho que aqueles caças vieram da primeira guerra mundial. Do outro lado, eu vi caças alemães perseguindo uma esquadrilha inglesa. Isso explica a queda do primeiro avião.
Honey se aproximou, mexendo em seu computador.
─Deslocamento no tempo e agora no espaço? Isso põe abaixo minhas teorias.
─Precisamos urgente de uma reunião. ─Disse J’onn.
Todos concordaram. Com Batman fora, a reunião urgente seria entre os outros seis membros e seus filhos. Quando Batman acordasse, teriam talvez novas informações, mas eles precisavam começar a descobrir o que acontecia com o tempo.
John olhou para sua família. Shayera e Lily ainda o abraçavam, e Flash tinha a mão em seu ombro. Sua mente, no entanto, estava um pouco longe. Martha. Precisava falar com ela. Deixou-se levar pela emoção do momento, e agora poderia ter estragado tudo. Levou um longo ano para tentar acertar sua vida, e em minutos pôs tudo a perder. Desvencilhou-se da família.
─Eu preciso sair por um minuto.
─Vê se não estraga tudo, John, ou não vai ser a Martha quem vai te matar. ─Lily disse, seria demais para John pensar que era uma brincadeira.
John apenas deu de ombros e saiu.
*****
Martha observava pela janela os médicos trabalhando em seu pai.
─Como tio Bruce está?
Ela saltou com a voz, mas reconhecia o dono. Deu um meio sorriso e se virou para John. Ele tinha as mãos atrás do corpo, e se balançava um pouco. Martha deu um passo para frente, mas parou.
─Não acho que está aqui apenas para saber como meu pai está. ─Disse.
John balançou a cabeça. Ele sentia o liquido pegajoso em sua testa. Mas ele não deixaria um médico costurá-lo por algo tão pequeno. Seus curativos ele mesmo os fazia, ou sua mãe, ou Lily, quando precisava desabafar. Talvez pedisse ajuda à irmã mais tarde.
Um enorme curativo foi feito no braço dela. Provavelmente ela levou alguns pontos. Os arranhões e marcas vermelhas estavam em seu rosto bonito. Suas roupas sujas de poeira. Não tinha idéia de quanto tempo ficou apenas encarando-a. Sua vontade era abraçá-la novamente, mas tornaria tudo mais difícil.
─E então? Ainda estou esperando.
─Acho que sabe por que estou aqui.
Ela assentiu.
─Não me venha com aquela velha história.
─Martha, você sabe que...
─Já faz um ano, John! ─Gritou.
─É o que todos dizem. Mamãe, o papai, Lily, Joy, meus amigos...
─Eles estão certos. ─Retrucou. ─Não pode parar sua vida por tão pouco.
─Para mim não foi pouco. Ninguém entenderia...
Martha se aproximou, apontando o dedo para ele.
─Não diga que ninguém entenderia o que se passa em sua mente! Não pra mim!
─Martha...
─Não, John! Não me venha com desculpas, ou qualquer outra coisa. Não espere me perder de verdade ou vai ter algo pelo qual realmente se arrepender.
John abriu a boca para falar, no entanto, sua voz não saía. Ela tinha razão. Olhou para o chão, fitando um ponto qualquer entre seus pés. Martha suspirou, balançando a cabeça. Seu rosto ficando vermelho.
─Você é realmente um idiota, John Wallace West!
─Me desculpa, Martha.
─Não desculpo, não.
Martha deu as costas e saiu. John observou a garota entrar na baía médica. Ele chutou a primeira coisa que encontrou, em seguida, socou a parede da nave. Péssima idéia, como a dor o atingiu em cheio.
─Merda!
*****
Meia hora depois, os membros apareciam para a reunião. J’onn, Kira e Honey já estavam presentes. John Stewart e Rex chegaram pouco depois, seguido por Jason e Terry. Aos poucos, eles se encontravam presentes. Os fundadores estavam em suas cadeiras, e seus filhos de pé ao lado.
Eles eram seis adultos e sete jovens. Além de Batman, faltava alguém.
─Onde está John? ─Indagou Shayera.
Ganhou alguns olhares confusos por parte dos adultos. O LanternaVerde John Stewart tossiu, franzindo o cenho. A ruiva falava dele?
─Ah, estou aqui?
Mas ela balançou a cabeça.
─Não me refiro a você. ─Disse. ─Falo do meu filho John.
Lily segurou algumas penas da asa de Shayera, ganhando sua atenção.
─Eu acho que sei onde o John está. ─Olhava para Martha enquanto falava. Martha, por sua vez, desviava o olhar. ─Posso procurá-lo, se quiser.
─Vai lá.
Lily assentiu e saiu depressa. J’onn tossiu, tentando trazer o foco da reunião. Todos os olhares se voltaram para ele.
─Há alguns dias, Shayera e Superman atenderam um chamado em Metrópolis, quando os monitores ficaram descontrolados. ─Começou. ─Graças a alguma interferência, oito jovens viajaram vinte anos no tempo. Eu cruzei as informações da torre com as informações de Honey, e as imagens dos trajes de Terry e John. O epicentro da anomalia foi no tempo dos garotos.
─Mas espalhou rapidamente para o tempo de vocês. ─Honey se ergueu, projetando alguns dados. ─Nós viajamos em questão de segundos. A mesma anomalia foi detectada hoje, o que causou a confusão que enfrentamos de manhã.
─Eu não me lembro de nenhuma rachadura no céu da primeira vez. ─Retrucou Martha.
─Estávamos entretidos com o robô para notarmos qualquer coisa. Sei que é a mesma anomalia porque os traços de energia são compatíveis. No entanto, o epicentro mudou. John estava certo. Começou em 1918 e veio para Gotham atual.
─Vendal Savage uma vez alterou o tempo. ─Era Superman. ─Fomos parar na segunda guerra mundial.
─Mas o tempo não foi alterado, tio Clark. Não estamos em um universo alternativo. É o mesmo tempo linear, vocês continuam vocês.
─Talvez esteja entrando em colapso.
Lanterna verde ganhou olhares interessantes dos colegas. Ele não sabia se deveria falar, mas talvez a informação fosse útil. Talvez, até o mesmo vilão, embora Batman assegurasse ter cuidado dele. Ele suspirou, desconfortável. Viu Shayera se mexer na cadeira, ela sabia em parte.
─Quando Batman e eu viajamos no tempo atrás de um vilão chamado Chronos, o tempo se deteriorava. Chronos roubava objetos importantes, e mudava a história. Em um certo ponto, o próprio tempo se deteriorava. Quando o detemos, voltamos ao ponto onde tudo começou, e só nós tínhamos as lembranças do que houve. Parece que alteramos o futuro, em parte.
Era uma versão resumida. Não tocou em nomes além do necessário, e dava uma nova perspectiva. Um vilão com poderes de viajar no tempo era possível. Eles agora tinham uma nova direção a seguir. Talvez se aproximassem da identidade do inimigo, certo?
*****
Uma confusão de imagens dançava em sua mente. Ele via passado, presente e futuro, em inúmeras realidades diferentes, colidindo no tempo. Sua cabeça doía e girava. Resmungou, tentando abrir os olhos. Com muito esforço, conseguiu. Estava escuro e silencioso, exceto por uma meia luz que vinha de fora.
Batman olhou ao redor, acostumando-se. Conhecia bastante a baía médica para reconhecer onde estava. Tentou se lembrar de como foi parar ali, contudo, em vão. As idéias ainda eram vagas e confusas.
Sentia algo quente sobre sua mão, e olhou para baixo. O aperto era suave porque a figura estava adormecida a seu lado. Diana estava sentada em uma cadeira, coberta por um fino cobertor. A cabeça pendia para baixo, e ela tinha os olhos fechados. Não era difícil perceber que já era noite. Decidiu por fim não perturbar o sono de Diana, contudo ela se mexeu pouco depois, abrindo os olhos e encontrando Batman muito próximo.
Ela piscou algumas vezes, espantando o sono. Sorriu ao vê-lo acordado.
─Fico feliz q tenha acordado.
─Quanto tempo estive fora? ─Questionou.
─Algumas horas. Sabe dizer o que houve?
─Não tenho certeza. Ainda é confuso.
Diana balançou a cabeça, concordando.
─Imagino que sim.
Eles se encararam por segundos que pareceram uma eternidade. Diana se questionava, mas desistiu do protocolo de formalidade e se jogou nos braços dele. Puxou-o apertado em um abraço, torcendo para que ele não estivesse com dor.
─Eu não acredito que quase perdemos você! Martha e eu ficamos preocupadas.
Diana se afastou, sentindo como se o contato fosse insuficiente. Batman tirou a máscara. Seus olhos azuis fixos nela, vibrando com algo novo.
─Mas estou aqui...
─Sim. ─Ela sussurrou.
─E você também.
Bruce não tinha certeza do porque, mas queria tê-la mais próxima. Estendeu a mão, que pousou em sua bochecha. Traçou o contorno de sua bochecha. Suas mãos e todo o resto pareciam ter vontade própria. Em sua mente, uma voz gritava para se afastar, contudo, sua vontade era ignorá-la. Oh, Diana era tão linda!
Ela fechou os olhos com a proximidade. Quando se deu conta, sentia os lábios de Bruce pressionados contra os seus. Para Diana, era como um sonho. A segunda vez que o beijava, agora sem o peso de um disfarce. No quarto meio escuro, sentia como se descobrisse uma nova parte de si.
No entanto, o momento de intimidade durou pouco como a porta se abriu, revelando Martha. O casal se afastou, olhando a menina parada na porta.
─Eu só vim verificar o pai, mas acho que ele está bem. Me desculpa mesmo.
Mais que depressa, ela correu para fora. Diana voltou a fitar Bruce, sentindo que o momento acabou, mas sem sentir-se envergonhada pelo flagra.
─Martha é uma ótima menina. ─Comentou. ─Deveria tentar se aproximar mais. afinal, algum dia seria sua filha.
─Nossa filha. ─Afirmou.
─E isso muda algo?
─Talvez... ─Pela primeira vez, Diana o viu sorrir.
─Bem. ─Ela se levantou. ─Por mais que eu queira continuar, acho melhor deixá-lo descansar. Boa noite.
Sem pensar duas vezes, esticou-se até ele, depositando um beijo suave em seus lábios. Aquele beijo significava uma promessa de algo novo, talvez.
*****
John fitava as luzes de Central City. A seu lado descansava um copo de uísque e na boca pendurava um cigarro. Ele sempre gostou de lugares altos, e era o topo da moradia de seu pai. Lily juntou-se a ele, sentando na borda do prédio, seus pés balançando para fora. John soprou a fumaça longe.
─Está bêbado?
─Ainda não.
─Se você disser que está fumando escondido por causa da mamãe, eu não vou acreditar.
─Martha. ─Disse simplesmente. ─Eu a beijei.
─Eu vi, todos viram.
─Não quero magoá-la, Kiwi.
A menina balançou a cabeça. A mesma velha desculpa. O mesmo irmão idiota.
─Já faz um ano, John. Não é o suficiente?
─Nunca vai ser o suficiente. Estou tão ferrado.
─Você estava mais ferrado quando você e o Rex se esfaquearam.
Os irmãos riram. As lembranças não eram agradáveis, John teve o intestino perfurado e Rex precisou remover o apêndice, mas no momento lhes pareceu hilário. Talvez por culpa da bebida. John jogou o cigarro fora e encarou a irmã.
─Se eu soubesse que a Katy ainda estava com o Rex não teria ficado com ela. Eu já queria a Martha, mas pensei...
─Eu sei, todo mundo sabe, menos o Rex. ─Fez uma pausa. Pegou o copo e tomou um gole. Fez uma careta, ao que John riu. Como as pessoas bebiam aquilo? Era horrível. ─Mas esse celibato forçado não vai te levar a nada. E a Martha não vai esperar você a vida toda.
─Na verdade, espero que ela encontre o cara certo.
─Você é tão tapado que ainda não percebeu que é o cara certo. ─John abriu a boca para falar, mas ela o interrompeu. ─Qual é? Todo mundo sabe que você ficou com um monte de garotas e... alguns caras, mas ninguém se importa, nem a Martha.
─Não acho que minha bissexualidade seja o assunto em questão.
─Ela gosta de você de verdade, John! E você gosta dela. Deixa eu te ajudar como você me ajudou com o Jason.
─É diferente, Kiwi.
Lily desceu, indo para a saída.
─Não é não. Eu me rendo por agora, mas ainda vamos ter essa conversa quantas vezes for preciso.
John sabia que Lily nunca desistiria. Mas talvez ela estivesse certa.
*****
Bruce fechou os olhos, tentando dormir após o breve encontro com Diana. Seu coração acelerado, pulsando forte em seu peito. Não era normal, observou. E certamente não tinha relação com Diana. Sua cabeça pesava, parecia ter uma tonelada. A dor veio em seguida.
Batman gritou, era poder demais. Novamente, passado, presente e futuro colidiam em sua mente, como da primeira vez. Mas tão rápido quanto veio, se foi. A coisa desistiu dele, chamando-o de fraco. Apagou em seguida, com a certeza que a coisa o deixava de vez. Sua mente não era o bastante, disse. Mesmo inconsciente, a palavra dançava em sua mente. Caos...
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Meu primeiro momento WonderBat!!
Eu estou ainda pensando na melhor maneira de apresentar meu vilão. Alguém já viu o episódio “Os anéis de Akhaten”, de Doctor Who? Vai ser mais ou menos assim (o vilão). Melhor discurso do Matt Smith. Vale a pena.
Gratidão!!!