Interlúdio escrita por darling violetta


Capítulo 29
Os Últimos de Pé


Notas iniciais do capítulo

Empolgada...



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Honey sentia uma presença quente junto dela. Talvez a morte não fosse tão ruim, pensou. Mas logo começou a ouvir as vozes dos amigos, então abriu os olhos. Percebeu então que estava nos braços de um homem muito musculoso. O homem em questão era alto, de pele clara, cabelos longos e escuros, trajando uma armadura dourada. Honey não era de corar, mas se pegou corando diante da beleza daquele ser. Com um sorriso, ele colocou-a de volta ao chão.

Olhando ao redor, viu que não estavam mais em Metrópolis. Estava na torre, junto com os outros heróis. Grata por ainda estar viva, tinha um sentimento dolorido no peito por saber que seu pai não se encontrava entre os presentes.

─O que houve? ─Flash perguntou, segurando a cabeça. Sua cabeça latejava, e havia um zumbido em seu ouvido.

Todos sentiram a estranha mudança, e não tinham muitas lembranças do que aconteceu, apenas sentiram a estranha energia tomar conta da cidade. Não demorou muito para perceberem que estavam de volta à torre, assim como a misteriosa presença entre eles. Os heróis, mesmo feridos e cansados, se colocaram em posição de luta. O homem misterioso, contudo, ergueu as mãos em sinal de paz.

─Eu sou...

─Eros. ─Diana respondeu pela figura, curvando-se como sinal de reverência. Continuou. ─Também um dos deuses primordiais. Imagino que veio em nosso auxílio.

─Correto, princesa amazona.

─Eros? ─Honey indagou. ─Como o cupido?

─Não sou o cupido. Sou a ordem, nascida do próprio caos. Vim restaurar o equilíbrio neste mundo.

─Toda ajuda é bem vinda. ─Superman falou. ─Estamos em desvantagem e...

─Pessoal... ─Kira chamou, próxima à uma das imensas janelas da torre.

Os heróis se aproximaram, tentando descobrir a preocupação da menina marciana. Uma multidão logo se formou ao redor da janela, e eles viam com horror a terra ser engolida pela nuvem de fogo. Em seguida, uma nova onda de energia sacudiu a torre. Computadores e outros equipamentos explodiram, e eles ficaram no escuro.

As estrelas se apagavam e os planetas iam desaparecendo, restando um vazio do lado de fora. O tempo se esgotava, e eles sabiam. Superman se afastou da janela e se voltou a Eros, ainda parado no mesmo lugar.

─Pode detê-lo?

─Eu não. ─Fez uma pausa. Olhou então para Rex e John. ─Mas eles podem.

Todos se voltaram a John e Rex. Os garotos quase saíram no braço há alguns dias, e agora o destino do mundo estava nas mãos deles?

─O quê? ─Os garotos perguntaram ao mesmo tempo. ─Por que a gente?

─Nenhum dos dois era para nascer. Sua mãe, John, e seu pai, Rex, seguiram caminhos diferentes. Vocês foram uma anomalia que reiniciou o tempo e despertou Caos do vão entre mundos.

Eros mostrou-lhes uma realidade diferente, onde Shayera e John Stewart eram um casal, e tinham um filho. Em seguida, mostrou-lhes a nova realidade, onde John Stewart era casado com Mari, e tinham Rex. Em seguida, Shayera com Wally e John.

─Ele é tão lindo, Shay. ─John ouvia os pais. Não tinha certeza se era real, ou apenas sua mente pregando uma peça. ─Acredita que criamos algo tão lindo juntos?

Ela riu, encarando o filho nos braços.

─Sim...

John estendeu a mão para a imagem de seus pais, porém ela desapareceu entre seus dedos. Engoliu em seco, recuperando a compostura. Tinha medo que sua realidade jamais acontecesse, mas tinha que manter os receios para si, ao menos até o fim da batalha.

─Então nossos pais são os culpados? ─Rex questionou.

─Ninguém tem culpa. Seus pais fizeram as escolhas deles, e ninguém pode culpá-los. Vocês são todos importantes, apenas porque estão aqui e agora.

O silêncio se fez presente. John encarou Lily e Martha a seu lado, em seguida, Flash mais à frente, e Shayera em meio à multidão. Aquela era sua família e amigos. Daria sua vida por eles se fosse preciso. E, se o mundo acabasse, todos as pessoas que amava deixariam de existir. Se fosse preciso, daria sua própria existência para o bem dos outros.

─O que eu faço?

─Não vou deixar meu filho enfrentar aquela coisa sozinho. ─Shayera se intrometeu. ─Não vou arriscá-lo.

─Se tudo correr como planejado, eles se sairão bem. Ambos voltarão para casa vivos, e o mundo voltará ao equilíbrio.

─Tudo bem, eu vou. ─Disse John.

─Se o John vai, eu não vou ficar atrás. ─Mesmo que sentisse medo, a velha rivalidade falava mais alto em Rex. Era o momento ideal para se provar melhor que John. Se salvasse o mundo, ficaria com toda a fama.

─Todos nós vamos. ─Era Batman. ─Não cruzaremos os braços, enquanto o mundo se desfaz abaixo de nós.

Nenhum deles deixaria. O medo e as dúvidas eram insignificantes comparado ao sentimento de dever que tinham no peito. Eles eram heróis, e lutariam até o fim, mesmo que custasse suas vidas.

─Para onde vamos? ─Alguém indagou.

─Metrópolis. ─Retrucou Eros. ─Onde tudo começou, acaba.

─Mas Metrópolis se foi. ─Era Honey. ─Nossos computadores não detectam nada lá embaixo.

─Magia vai além do que seus equipamentos podem medir. Metrópolis ainda está lá. Ainda resta uma esperança...

Todos concordaram. Ainda restava a esperança...


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Notas finais do capítulo

Ah, Interlúdio está quase no fim! Os próximos capítulos serão em duas ou três partes, e é o momento que eu mais esperei pra escrever. O duelo final entre a liga da justiça e um deus mais antigo que o próprio tempo.
Em breve, “A longa canção”.
Gratidão!!!



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