Interlúdio escrita por darling violetta


Capítulo 15
Eu sou o Caos, parte II


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora. Eu queria escrever com mais frequência, mas às vezes, é difícil estar em minha mente. Sou um pouco complicada, sabe?



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A torre de repente se tornou uma loucura. Os heróis tentaram se preparar o melhor que podiam quando ouviram a explosão. Os alarmes ainda soavam em seus ouvidos, e eles não tinham idéia do que viria pela frente.

Honey foi a primeira a chegar na baía médica. Ela viu seus amigos ainda presos, e, com espanto, a figura de Luthor no meio da sala. Ele sorria, e não era nada bom.

─Honey! ─Kira gritou. ─Esse não é seu pai!

A menina de cabelos azuis assentiu e ergueu sua arma de raios na direção dele. Seus pressentimentos estavam certos. Desde o primeiro momento que pôs os olhos nele, ela sabia que aquele não era seu pai.

Ela mirou, e esperou, porém, não conseguiu atirar. Mesmo que não fosse seu pai, ainda era o corpo dele. E, se Luthor morresse, ela jamais nasceria. Então, ainda precisava dele. Caos riu diante da hesitação da menina.

─Você é fraca! ─Disse.

─Eu não sou fraca! ─Gritou e atirou.

O raio partiu na direção de Caos. Ele não se moveu, e o foi atingido em cheio. Honey esperou, acreditando que ele havia sido derrotado. Mas então, a voz surgiu, e um raio de luz vinha de volta para ela. A menina fechou os olhos e se encolheu.

Ouviu o barulho do impacto. Mas ela estava bem, e alguém a carregava nos braços. O rosto sorridente do Flash olhava para ela. Ele piscou e a colocou de volta no chão.

─É a primeira vez que você chega na hora, tio Flash. E obrigada.

─A gente devia sair daqui.

─E quanto aos outros? ─Lembrou. Kira, J’onn e Superman estavam ainda na baía médica, juntamente com Caos.

─Quer lutar sozinha contra aquela coisa?

Honey não teve muito tempo para pensar, como Caos saía de dentro da baía médica. Ele vinha em passos vagarosos, como se não houvesse pressa. Os três heróis presos sob a força incomum foram soltos. Foram todos ao chão. Aos poucos, iam se levantando ao mesmo tempo em que se davam conta que aquele era apenas o começo.

*****

Jason voou com Lily para Metrópolis. Desde que chegaram naquela realidade, com tanta confusão tiveram pouco tempo juntos e ele estava com saudade. Foram parar num parque. Jason estendeu a toalha na grama e eles se acomodaram. Algumas pessoas estavam ao redor, apenas passeando e curtindo o dia. Era bom ter um pouco de falsa normalidade.

─Foi idéia do meu pai. ─Disse. ─Mas podemos fazer outra coisa se quiser...

─Está ótimo, Jason. Você sabe, se tem comida, eu topo.

Ele riu.

─Você vai me levar à falência algum dia por causa de comida.

─Hm, então vou reconsiderar e procurar um namorado com mais dinheiro.

─O quê? Não! Não fala isso nem de brincadeira.

Lily riu diante da expressão preocupada do namorado, mas de repente, ele ficou sério. Franziu o cenho e levou a mão ao comunicador.

─Que foi, Jason? ─Indagou, confusa.

─Pensei ter ouvido uma coisa. Jason para torre de vigia. ─Chamou e esperou, sem resposta. ─Tem algo errado. Escuta.

Lily obedeceu e colocou sua atenção no comunicador. Apenas chiados e zumbidos. Encarou o namorado, sem entender.

─Não ouço nada. ─Comentou.

─É isso que está errado. Precisamos voltar...

*****

Enquanto Kira, J’onn e Superman se levantavam Batman se juntou à ação. Ele atirou seus batrangs na direção de Caos. O vilão foi atingido, e os batrangs explodiram, porém Caos não sofreu nada. Ergueu a mão e Batman foi preso contra a parede. Aproximou-se do herói, imobilizado.

─Eu sou um deus. Acha que essas coisas podem me deter?

Mas Batman apenas sorriu. Caos se virou a tempo de ver J’onn e Superman vindo sobre ele. Com um sorriso cínico, balançou a cabeça.

─Humanos. Eles nunca aprendem.

Sua risada ecoou pelo local, e com uma velocidade maior do que algum deles sonhou, ele desapareceu na frente de seus olhos. Superman e J’onn pararam, a poucos centímetros do rosto de Batman. O homem morcego, que não demonstrava reação, piscou, perplexo. Seu coração acelerado para o que poderia acontecer. Os homens se entreolharam, procurando o vilão.

─Vocês estão bem? ─Kira indagou à Honey e Flash.

Sem que desse tempo à amiga responder, Caos apareceu atrás deles, e colocou suas mãos em forma de concha nos ouvidos de Kira. No segundo seguinte, ela foi ao chão. Flash se virou rápido, e tentou um soco na criatura, mas Caos segurou sua mão. Com sua força sobre-humana, ele o jogou contra a parede. Honey, assustada, apontou sua arma e deu alguns passos para trás.

Ela então sentiu uma mão em seu ombro, e Batman afastou-a. Superman e J’onn rodearam o vilão, enquanto um Flash ainda atordoado se juntava a eles. Os heróis se colocaram em posição de luta, prontos para atacar.

Ambas as mãos de Caos começaram a brilhar. Com um único movimento dele, uma onda de energia se apossou do local. A onda, maciça e intensa, derrubou os heróis. Batman caiu sobre Honey, inconsciente. Aos poucos, a menina conseguiu abrir os olhos. Ela não tinha idéia de quanto tempo se passou. Ela apenas via Caos se afastando, sem se importar com a presença deles. Honey olhou do vilão para os outros heróis caídos. Eles todos se encontravam inconscientes.

Com dificuldade, ela saiu e se aproximou de Batman. Sacudiu seus ombros.

─Tio Bruce... ─Chamou, sem resposta. Então, levou a mão ao comunicador. ─Ele está no corpo de Luthor. Não o deixem sair da torre.

A mensagem se propagou pelos alto falantes, atingindo todos os presentes na torre. Lily e Jason chegaram, e viam os heróis se prepararem para a batalha. Eles eram um exército, mas ninguém dava a vitória como garantida, afinal, eles enfrentavam o que deveria ser um deus.

Colocaram-se em guarda, enquanto Caos saía no salão principal. Ele ergueu as mãos, e do chão, brotavam formas negras. Essas formas, aos poucos, iam se modelando, transformando. As tais formas negras ganharam corpo, transformando-se em cópias de sua imagem. Caos levou a mão ao queixo, como se pensasse.

─Posso fazer melhor que isso!

Com um simples gesto, suas cópias voltaram a se modelar. Algumas se uniram e cresceram. Surgiram então criaturas gigantescas e pavorosas. Possuíam escamas por todo corpo, garras imensas, e olhos muitos vermelhos. De suas bocas escancaradas, dentes afiados se projetavam para fora. Eles urraram, e o barulho ecoou por toda a torre e mais além, arrepiando aqueles que ouviram seu grito, e tremendo o mundo abaixo de seus pés.

─O que são essas coisas? ─Uma voz aterrorizada exprimiu em forma de som a pergunta na mente de todos.

─Meus bebês. ─Ele disse.

Sob seu comando, as criaturas rosnaram mais uma vez antes de partirem para o ataque.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar trazer a parte 3 em breve.
Gratidão!!!



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