WSU's: Renascida escrita por Nemo, WSU


Capítulo 7
A Sombra Urge


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como vão? Espero que estejam gostando esse cap, será tenso.



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Armazém do grupo

— Bem, o que podemos dizer até agora é que a força do Lorenzo, foi bem desfalcada. Dos cem homens que ele tinha a disposição, sobraram trinta. Embora ele me diga que estou sem dinheiro e sem armas. Ele está com as contas congeladas. Não pode sacar uma única moeda que venha das empresas ou de mim.

— Isso nos dá a chance de exterminá-lo. — fala Ivan.

— Sim, a tendência agora é de Lorenzo, se fechar em algum espaço com seus homens, felizmente ele é idiota. Coloquei um rastreador na blusa dele, vamos pôr um fim nisso, mas dessa vez... Renata, quero que você mate.

— Eu?

— Sim, eu não vi você matar ninguém no último confronto, nem no anterior. Você está me servindo mais como apoio, do que exterminadora. Você vai matar meu neto hoje, e se reclamar eu vou remover um dos seus rins e vender. Por essa benevolência sua, você será renomeada como Anjo das Sombras. Não lute contra seus instintos, abrace o que você é, quanto mais resistir mais vai sofrer e mais eu irei me foder.

— Você me chamou para o trabalho, estou no trabalho e está funcionando... Anjo? Estou mais para Satanás...

— O que é que você está tentando provar? Você é uma vampira, vendeu sua alma, não precisa ter moralidade, não vai ganhar nada com essa idiotice, você e eu queimaremos quando chegar a hora. Não matar, não te faz melhor que eu...

— Será? — É sua pergunta, logo depois se retira, Ivan vai atrás dela.

Garota idiota... é mais teimosa que você, Maria, gosto disso. Pensa Salazar.

— O que há com você? — pergunta Ivan.

— Essa sou eu, não há nada de errado comigo.

— Você sabe que eles não vão ter a mesma misericórdia com você...

— Eu sei.

— O que está tentando provar? De verdade, me diga.

— Nada, mas eu ainda não sei que tipo de pessoa eu fui, não sei quem eu sou, não completamente. Eu não sei se vou me arrepender, ou amar tudo isso quando eu descobrir, entende? E por que está aí todo preocupado? Você é o frio do grupo.

Ele a segura pelos dois braços a encarando:

— Eu me preocupo com você, só que do meu jeito. Se você morrer meu mundo vai ficar menos interessante... — Ele a solta e se retira. Ela tenta absolver aquelas palavras e vai descansar.

 

 

 

22:33

 

— Aparentemente, Lorenzo, é um completo desmiolado. — diz Salazar, ao grupo. — Ele está na sede da empresa, provavelmente no topo do prédio.

— Pode ser uma armadilha. — fala Diogo.

— Eu não penso assim, meu neto é orgulhoso, ele ficaria ali mesmo. O lugar mais protegido e mais suntuoso, é um convite. Por ser a batalha final, decidi contratar mais uns rapazes.

Dez homens armados entram no recinto, todos usando máscaras e uniformes de policiais.

— São da tropa de assalto, mexi uns pauzinhos com o pessoal de altos cargos e oficialmente, vamos prender um assassino... uma pequena verdade, para uma situação bem mentirosa, mas nos é conveniente.

— Então vistam a porra dos seus trajes e vamos chutar umas bundas vampíricas. — ordena Salazar. Isso me traz memórias. Pensa o mesmo.

 

 

 

******

 

— Essas duas estão demorando. — comenta Ivan.

— Mulheres tem essa mania. — responde Diogo, enquanto traga um maço.

Um peteleco é desferido em Diogo, fazendo-o se chocar contra o chão.

— Mais que droga... não estou falando nenhuma mentira. — fala ele fitando a vampira de cabelos castanhos, Renata, veste uma roupa de couro quase toda preta, desde botas até o longo casaco negro que lembrava um pouco o de Diogo, com a ressalva de ser aberto. Ela estava fascinante, munida de duas pistolas táticas e carregando sua Benelli com a mão esquerda, enquanto que com a direita ela segurava a arma para servir de apoio.

— Bela e mortal. — fala Roberta, com uma roupa parecida, possivelmente o uniforme do clã da Meia-noite, a diferença entre ambas, era que Roberta ostentava seu chapéu preto, uma fedora.

— Vocês duas são doidas. — fala Diogo, se levantando. — Batam nos vampiros, não em mim... — Suas mãos aos poucos foram mudando, seus dedos ficam mais longos e suas unhas ficam afiadas.

Ivan, arremessou uma pedra na direção de Diogo, mas ele se defende atingindo a pedra com uma das mãos, o objeto foi cortado em múltiplos pedaços.

— Esse seu poder me fascina. — fala Ivan, trajando sua roupa azul escura e sua "Sniper", tanto o uniforme de um, quanto o outro era revestido de Kevlar. Afinal, eles não eram vampiros, apenas um corrompido e outro humano com uma pontaria muito boa.

— Comecem a se mover. — fala Salazar. — Renata e Roberta vem comigo, vocês dois irão com a tropa de assalto, você lidera Ivan. Me façam um favor e não morram.

 

 

 

******

 

— Nossa estratégia é bem perigosa. — fala Salazar, enquanto o trio caminhava pela rua. — Torçam muito para que aquele idiota do Lorenzo, não tenha atiradores de Elite.

— Ou vamos tomar um Headshot. — responde Roberta,

— Você não me contou o plano. — diz Renata.

— O plano é simples Renata, ataque. — Começam a caminhar pelo muro e diminuir a voz.

— Eu esperava mais de você Salazar, com tantos séculos de experiência.

— Um plano refinado não é tão necessário, seria se fosse apenas eu os enfrentando. Pessoalmente plantaria bombas nas bases do prédio e o derrubaria com todos ali dentro, mas sabe como é, gosto de economizar.

— Por isso nos contratou. — deduz Roberta.

— Um prédio desses não é barato. — fala Salazar, enquanto chegam perto de ficar em cima do muro. — Agora cortem as cabeças desses fascistas malditos. Agora, a cobra vai fumar.

Será que ele foi um pracinha da FEB? Porra... Pensa Renata. O trio fica em cima do muro, as vampiras saltam cada um para o lado e Salazar, vai pelo meio. Os instintos dos três foram a mil, a tática ali usada foi o clássico: Dividir para conquistar

O local dentro do muro era amplo e o chão era recoberto de pedras. No centro, havia o enorme prédio de 70 andares, cuja função era de administrar todos os recursos das empresas e suas múltiplas áreas. Roberta, toma a via da direita, Renata, a da esquerda e Salazar, o centro, direto para o prédio. Paralelamente o portão central foi explodido. E o carro da tropa de assalto adentra no local, logo depois descarregando as tropas. A única resistência encontrada pelo lado de fora, foi de seguranças da empresa, que logo se renderam ao ver a tropa.

O próximo passo foi invadir o ninho de víboras, os três vampiros subiram o prédio pela parede. Do mesmo jeito que começaram a invasão, uma pela direita, outra pela esquerda e Salazar, no centro. A tropa foi por dentro, metade foi com Ivan, pelas escadas e a outra metade com Diogo, pelo elevador, cada segundo só conseguia deixar os membros mais tensos. Salazar, estava preocupado.

— Tem algo errado aqui... está muito quieto. — fala Salazar, pelo rádio. — Deveríamos ter encontrado resistência a essa altura do campeonato.

— Aqui do meu lado as coisas estão sinistras. — comenta Ivan — Encontramos rastros de sangue, é como se tivessem corrido e depois arrastados de volta. Certeza que devemos avançar?

— Continue, com cautela. — fala Salazar. — Aparentemente existem múltiplos inimigos mais acima. E esse sangue... é dos meus empregados. — A voz de Salazar, mostra certa chateação.

— Os bastardos os torturaram, brincaram com eles e se alimentaram... matem esses filhos da puta sem pena.

O sangue de Renata, ferve com os dizeres de Salazar, a voz dele foi pesarosa e depois inflamada. Mesmo sendo velho Salazar, prezava seus empregados, por que até certo ponto ele tinha se afeiçoado a um ou outro.

Mesmo um monstro pode amar e ser amado. Pensa ela. Será que existem pessoas como eu? Perdidas em si mesmas? Não sabendo dizer até que ponto são humanas? E com seus próprios monstros internos? Acho que a resposta infelizmente deve ser sim. Porra... não devo divagar na missão.

— Renata... calculo sete inimigos no andar 67º, meta chumbo nos desgraçados... Ivan, vai terminar o serviço por você. — fala Salazar. — Roberta, vá para o 68º, lá tem sete também e eu irei para 69º andar... Lá tem dez. E no 70º andar tem seis, fora o retardado do Lorenzo.

— Diogo, você e sua tropa, embarque no elevador e vá em direção ao 68.

— Mas e tu, chefe? — questiona Diogo.

— Eu tenho plena capacidade de acabar com dez novatos que nada sabem da vida. Não morram...

— Sim, senhor! — Foi a resposta em uníssono da equipe.

Renata, fecha seus olhos castanhos e depois os reabre completamente vermelhos. Tais quais os de Roberta. Pega uma pistola e atira no vidro, logo sendo respondida por uma rajada de tiros, ela caminha quase correndo pela parede e se joga contra o vidro. Logo depois rolando pelo chão, enquanto uma rajada cobre o chão poucos segundos depois de ter rolado, ela se reposiciona e saca a Benelli. Um sorriso se faz em seu rosto, enquanto ela descarrega a espingarda no peito de três vampiros, logo depois se esconde atrás de um balcão. Os vampiros caem em completa agonia, a Benelli fez um estrago monstruoso, um enorme buraco, por vezes chegando a atravessar o alvo.

— Vadia maldita, você vai... — murmura um dos atingidos logo depois ficando inconsciente no chão, visto que a potência dos disparos os deixou ali. Renata, acerta três balas em dois vampiros e outras duas em outro. Ela começa a recarregar, enfiando os cartuchos na arma com destreza e precisão.

— Dizem que aquele que atira primeiro é que vence, eu particularmente discordo, para mim aquele que se prepara mais, é o vencedor. — fala Salazar em um de seus treinos de pontaria".

Você tem plena razão, chefe. Ela se concentra, fecha os olhos, ouve as batidas, sente o cheiro porco dos oponentes. Havia sangue neles, sangue de humanos em suas roupas, em seus hálitos, ela se sente enojada e, ao mesmo tempo, atiçada, frenética.

Pega sua pistola e atira para o alto, sendo recepcionada por outra rajada de tiros. Pouco depois, ela se levanta em um salto, um sorriso de ironia fazia parte de seu semblante.

Um vampiro cai, logo depois outro e outro, restando apenas um, que tenta recarregar, mas recebe um golpe de espingarda na cabeça, Renata, logo o reconhece. Mas nada diz, apenas continua a bater no oponente, sem pena, agora que não mais se escondia, ela podia ver com clareza o que eles tinham feito.

Os corpos eviscerados, entranhas espatifadas espalhando o odioso horror pela área, todos nus e indicando sinais de tortura. Os rostos em terror imortalizados nos corpos das vítimas, homens e mulheres denunciavam o horror que eles vivenciaram em seus últimos momentos. Renata, desprezava isso e desprezava ainda mais o homem a sua frente.

— Eu... conheço você... você é amiga daquela moça. — murmura Vladimir fitando a oponente. Ela nada disse, apenas pisa em seu nariz, certamente o quebrando, enquanto ele berrava de dor e vociferava:

— Sua puta desgraçada! Você vai se arrepender muito disso!

Quanto mais ele xinga, mais ela pressiona seu crânio, saca sua pistola e descarrega sem seu peito, em vários pontos vitais.

— Eu vou te achar. Vou matar aquele moleque que estava com você. E a propósito, o sangue da puta da sua amiga é pior que descarga de vaso sanitário.

Ela o chuta com todas as suas forças contra o vidro, próximo a janela já não existente, ele se mexe e em um movimento errado, fica entre cai e não cai. O rapaz tenta falar, mas um tiro atingiu sua cabeça, selando seu destino, Ivan, chega para cumprir sua função de algoz.

— Você está bem? — pergunta ele.

— Estou, alguns cortes por conta do vidro, mas vou viver. Agora vamos em frente, quero terminar esse pesadelo.

Esses corpos me dão arrepios...

Enquanto isso, Salazar, se diverte na escuridão do andar em que estava, as luzes foram cortadas, só havia escuridão. E embora os vampiros tenham instintos aguçados, nenhum deles conseguia prever onde estava seu oponente, mas Salazar, sabe. Sabe exatamente quais são suas expressões de horror por ter que batalhar com o ancião do clã. Apesar do pânico, estão quietos, apenas os cinco sobreviventes concentrados com armas na mão, e de repente um ruído, os vampiros disparam na direção do barulho, com o clarão promovido pelos disparos, podem ver o corpo todo esburacado e sem cabeça de um dos seus amigos.

— Vocês estão bem? — pergunta Bruno.

— Estou. — fala Ricardo.

— Sim. — dizem Manoel e Miguel.

Mas nenhuma resposta veio de seu quinto companheiro. Repentinamente, uma rajada de tiros, atingindo tanto Miguel, quanto Manoel, na testa. Ricardo e Bruno, reagem, mas só acertam o vidro do prédio.

— Para onde ele foi? — questiona um deles.

— Aqui. — Ao se virarem de súbito para trás, tem suas gargantas arrancadas, caindo no chão, tentando sobreviver. Salazar, pisa no crânio de um, bem de leve e atira na cabeça de Ricardo, logo depois disse:

— Esse é o preço da sua traição.

Bruno, teve sua cabeça esmagada.

A porta do elevador se abre trazendo Diogo e Roberta, com a tropa, enquanto Ivan e Renata, chegam pelas escadas com os demais. As luzes das lanternas iluminavam a carnificina promovida por Salazar. Sua roupa, outrora branca, agora tinha numerosas manchas de sangue.

— Por que demoraram tanto? Estavam fazendo um lanche? Vamos logo...

O grupo se divide, Renata, fica com Diogo, e seus homens, eles foram pelo elevador. Ivan, foi pelas escadas e Salazar e Roberta, foram por fora. Só que Salazar, não se deu conta de uma coisa em sua pressa por Lorenzo. Já o jovem vampiro, estava no gabinete, com seus vampiros remanescentes, aguardando Salazar, ele tinha um trunfo na manga.

Salazar e Roberta, se jogam sobre as janelas com armas em punho, metralhando os vampiros com exceção de três, Lorenzo, e dois auxiliares. A porta foi a baixo com um chute de Renata.

— Letal como sempre meu querido vovô. — ri o vampiro — Mas você está velho, se tornou uma paródia nesse mundo.

— A única paródia aqui é você, seu merda — fala Roberta indo para cima dele.

— Eu não faria isso se fosse você, amor. — diz o vampiro, dando um passo para trás e mostrando seu detonador. — Qualquer ação idiota, vai levá-los para o inferno.

— Desgraçado! — xinga Diogo.

— Eu sabia desde o começo que uma guerra contra meu avô, seria problemática. Então. Caso eu não vencesse, criei um plano B. já que eu não posso comandar, ninguém vai. Minha proposta é bem simples. — diz o rapaz. — Você, Salazar, vai me dar o resto de seus recursos, a vadia da Roberta, como minha empregada pessoal e vai me deixar em paz... pelo resto da sua existência. Coloquem suas armas no chão e vão contra a parede!!!

Os homens resistiram, mas Salazar, olhou desanimado para Roberta, e fez que sim com a cabeça.

Isso tá errado, você não pode fazer isso, não pode concordar! Pensa Renata.

— Como espera que eu cumpra minha palavra? — fala Salazar, ficando ao lado de Roberta e a passando para trás de si.

— Todos cumprem sua palavra a Mefistófeles, e quem não cumpre, paga o preço.

Filho da puta, maldito e infeliz. xinga Renata, mentalmente.

— Olá a todos. — diz Mefisto, surgindo recostado em um dos cantos da parede — Vamos fechar um acordo, cavalheiros? Lamento Salazar, não é nada pessoal, só negócios.

— Sempre são. — fala o austero vampiro.

— Bem, a condição é a seguinte, se você, qualquer pessoa associada a você tentar matar o Lorenzo de alguma forma, você Salazar, e seus associados vão morrer e penar no círculo da heresia. E você, minha cara, deve ficar ao lado dele, o tempo que ele ansiar ou vai para lá também, preciso das três assinaturas. — explica Mefisto.

— Aquela vampira ali parece bastante agradável, quantas almas você quer para incluí-la no acordo? — indaga Lorenzo, com um sorriso de malícia.

— Tu é quem sabe, ela tem um acordo extra que a torna intocável, não serve para você nem para ninguém. Agora vamos aos negócios, tenho mais o que fazer e almas a negociar.

— Certo, concordo e então vô... — Uma mão perfura o coração do vampiro de forma rápida e brutal, o agressor morde seu pescoço e drena parte do seu sangue, jogando o vampiro no chão. Roberta, não sabia se ficava feliz com a morte de Lorenzo, ou com ódio da pessoa que estava a sua frente.

Salazar, apenas continua sério e Renata, paralisada.

— Faz muito tempo velhote.

— Henrique, o que quer aqui?

— O que é meu por direito. — responde o vampiro de uma forma obscura. — O que você negou a meu pai e a minha família.

— Bem creio que o negociador tenha ido para o inferno, e ninguém aqui parece querer assuntos comigo, logo... fui! — fala Mefisto, desaparecendo, deixando para trás uma névoa esverdeada. Salazar, por sua vez indaga:

— E sozinho espera conseguir isso?

— Sozinho? — Um sorriso se forma por baixo da máscara. As janelas restantes se quebram, enquanto vampiros entram fuzilando os oficiais da tropa de assalto. Ivan e Diogo, escaparam por estarem perto da porta, Salazar, saca uma 9m e derruba 3 oponentes enquanto foge com Roberta, na frente. Renata, tenta correr, mas uma mão agarra sua capa e a puxa. Ela cai, sendo arrastada e jogada contra a parede.

— Não fuja, Nat, fique comigo.

A visão estava turva devido aos choques, mas ao ouvir seu apelido íntimo. Ela encontrou um pânico que não sabia explicar, algo dentro de si a dizia para correr, mas ela não conseguia, estava dolorida e travada.

— Você foi uma garota muito má, ingrata e rebelde. Eu simplesmente fiz de tudo por você, te dei a imortalidade, mas a mal-agradecida, decidiu se rebelar e fazer um maldito contrato extra, para que eu não pudesse tocá-la. — O homem se agacha e fita a vampira, seus olhos exibem um prazer intenso em vê-la assim, em maltratá-la como se fosse nada. — Faça quantos contratos quiser, Renata, lute o quanto quiser, mas nada vai alcançar. Pois você não é apenas inferior, é só um fantoche que trocou de dono.

— Você... — sussurra ela, logo depois avança pronta para abocanhar seu pescoço, mas é transpassada pela espada de Henrique a prendendo na parede.

— Mas relaxe, tenho planos para você, irei transformá-la em meu bichinho pessoal. Te torturar até ficar completamente louca e então meus associados matarão cada membro da sua família, exatamente como seu amiguinho fez comigo. — Renata, aranha seu rosto, que nem um segundo depois ficou regenerado.

Ele está muito alimentado... sua força, resistência e habilidades estão a mil, não tenho como vencê-lo... Roberta, por que me deixou aqui? Por que meu time me deixou aqui?

Henrique, arranca a espada do ventre da vampira e a lança contra a outra parede. Seus aliados têm diferentes reações, alguns riem, outros nada expressam e alguns poucos sentem pena.

— A diversão só está começando, minha querida. Logo, nós dois iremos ter dias só nossos, onde poderei fazer tudo e mais um pouco. — Tanto a parede quanto o chão estão molhados, aspergidos com o sangue da vampira. A luz do escritório é ascendida por Henrique, ele deseja visualizar melhor o rosto de sua outrora noiva.

Renata, apesar de toda a dor e da barriga perfurada, se levanta cambaleando, sendo levemente golpeada pelo vampiro, caindo sentada no chão. O objetivo de Henrique, tinha mudado, ele deseja humilhá-la. Ele ri dela, mas algo corta seu riso. De um lado da parede havia sua sombra, e do outro havia a outra, só que dessa vez ela tremulava com muito mais intensidade e ao invés de fugir como das outras vezes, ela ficou em pé, seus traços se tornavam mais visíveis e então desapareceu.

— O que essa coisa? — indaga Henrique sem acreditar no que vira.

Renata, fita o chão e consegue distinguir uma leve alteração no ar, uma emanação que de início começa imperceptível, mas que logo fica cinza, era como se fosse poeira, mas ao mesmo tempo intocável.

"Essa energia, essa força... eu já senti antes... isso quer dizer que a sombra é..."

A poeira cinzenta se torna negra, e seu movimento que antes era esparso e sem sentido. Toma uma forma quase circular em torno da vampira como se tentasse levantá-la, não apenas fisicamente, mas talvez moralmente ou espiritualmente.

Henrique, dá um passo para trás, ele reconhece a energia quase que de imediato. O que estava a sua frente não era uma sombra, não era simples energia.

— Você está morto! Como pode estar aqui?

A energia negra deixa de circular Renata, e vai para cima de Henrique, o jogando contra a parede, seus aliados de disparam na "fumaça" negra, em vão. Enquanto isso, Renata, busca se apoiar para fugir, tateando pela parede, sua ferida cicatrizava, mas não com a rapidez desejada.

Henrique, por sua vez era repelido pela força da energia contra as paredes teto e chão. O maior problema do vampiro não era a força da energia, era o pânico que aquela presença provocara nele, tendo pouco controle de si. Mas à força dos impactos estava diminuindo, aquilo não era um confronto, era uma distração.

"Mesmo que eu fuja pelas portas Henrique, ainda vai me pegar, ele é rápido demais e não acho que essa sombra possa detê-lo por muito mais tempo, o que é que eu faço? "

Uma flecha cinzenta se forma no chão e vai se locomovendo até uma das janelas.

"Mas eu não tenho condição de andar... mesmo que tivesse ele iria me pegar. A não ser que... você é doido? Se eu pular daí irei morrer. "

A sombra em forma de flecha desaparece por completo, a deixando sem opções, só havia duas, morrer e tentar. Renata, prefere tentar, tomando embalo na medida do possível, ao mesmo Henrique, cai no chão, enquanto seus aliados recarregam as balas a energia sombria se juntava em uma espiral, logo se materializando em um homem. Os detalhes se realçaram, a sombra fica nítida e Henrique só consegue tremer.

Diante de si havia um homem feito de trevas, não havia nenhuma outra cor nele que não fosse preto, com traços mais leves, como cinza. Sua expressão era impassível, como se estivesse perdido. Talvez sua consciência estivesse em outro lugar, ou ele fosse mesmo um fantasma com um último desejo. Sua roupa era algo simples, um enorme manto negro, tal qual uma capa de chuva, só que sem touca. Apenas com uma gola alta, que impedia que seus lábios fossem vistos. Suas mangas bem compridas e largas, talvez fossem uma forma de economizar energia, ou fosse a roupa que estivesse vestindo no momento.

Ele se inclina um pouco e sorri para Henrique, não era exagerado, não era de desprezo, era simplesmente indecifrável. O vidro atrás do vulto se quebra em mil pedaços e a sombra logo foi desintegrada. Enquanto suas partículas velozmente iam em direção a autora do barulho. O que resta na frente de Henrique, e de seus companheiros, é apenas uma janela quebrada.


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Notas finais do capítulo

A história esta terminada e postarei ela aos sábados. O que acharam desse cap?



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