WSU's: Renascida escrita por Nemo, WSU


Capítulo 6
Pecado




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Renata, serve de apoio para Roberta. em sua chegada ao apartamento. O resto da noite tinha sido entediante e cansativo, basicamente, nada novo.

— Papai, me abraça... — balbucia Roberta, possivelmente em um sonho.

— Pelo amor de Deus, tomara que ela não fique carente... isso ia ser um saco. — diz Renata, enquanto sobe as escadas cinzentas, do condomínio.

— Creio que realmente não seria bom. — fala dona Asami, sentada em uma cadeira ao lado de seu apartamento.

Ih... ferrou. Pensa Renata

— Dona Asami... eu posso explicar.

— Não precisa explicar nada, só estou aqui aproveitando a madrugada.

Que velha estranha...Reflete Renata.

— Mas se quiser uma advertência, eu posso lhe oferecer.

— E qual seria?

— Tome cuidado com o caminho que está seguindo, ele é mais turvo e tenebroso do que pode imaginar.

Ela tá doida, só pode. Deve ter usado umas ervas curativas, que na certa, eram alucinógenas... Pensa a vampira de cabelos castanhos.

— O que a senhora quer dizer?

— Que se continuar trilhando esse caminho... você vai morrer. Não uma morte literal, mas espiritual, mudar faz parte da vida, mas essa você, essa boa pessoa, vai se perder nesse caminho.

Asami, parece uma pessoa mais interessante, com muito mais brilho que antes, ela continua:

— Por outro lado, vejo que você também mudou para melhor, tem mais vida em você do que antes.

Até que ela não é tão doida assim... pode ser só caduquice. Pensa Renata.

— Eu te odeio... — balbucia Roberta, enquanto ambas entram no apartamento. Asami, as viu entrar e, de repente, um risco preto saiu do canto da parede para aquele recinto.

Na primeira vez que vi... pensei que minha mente me enganasse, mas essa sombra, o que quer que seja, está ao lado dessa garota. Faz meses que vejo ela vagar pelo condomínio, e ela nunca foi hostil. Pode estar esperando a oportunidade para atacar... mas se for isso, a quem?

— Boa noite, Asami. — diz Salazar. — Eu poderia entrar em sua humilde casa?

— Se tentar qualquer coisa, irei te fatiar em pedaços.

— Não duvido, você e sua mãe são iguais nesse sentido, embora você tenha puxado um pouco do lado sereno do seu pai. — diz ele, enquanto adentra na casa da idosa e se senta a mesa.

— No fim, não me resta muito... me sobraram poucos amigos nesses séculos...

— Talvez seja por que você tenha traído todos eles. Os que te sobraram Salazar, são conhecidos.

— Bem, eu acho que é isso mesmo... — admite ele. — Você está de olho na garota também?

— Estou analisando. Ela é uma boa pessoa, mesmo agora ela está lutando, seja para descobrir quem foi... para saber o que é e para saber quem virá a ser. É o seu oposto em questão de gênio, ela se importa por mais que não pareça e reprime a tristeza em si com o falso senso de frieza.

— Eu não fiz nada, Asami, ela escolheu meu caminho, vai interferir?

— Sou neutra. Mas se ela escolher outro caminho o que vai fazer?

— Eu iria matá-la, mas já que está de olho, então não farei nada. Em honra ao nosso histórico familiar e a você. E em parte eu tenho medo, você mesmo velha, me daria trabalho, talvez me matasse se tivesse sorte. Na melhor das hipóteses eu perderia uma perna e talvez meus dois braços...

— Estou um pouco enferrujada, mas ainda seria divertido.

— É uma pena que você não seja como antes e mais ainda que tenha envelhecido, se virasse vampira poderia ter tudo isso de novo...

— Prefiro morrer com honra do que recorrer a um atalho ruim.

Os dois continuaram tomando chá, pelo resto da madrugada até que o dia chegasse e Salazar, fosse embora. Tinha um encontro com outra pessoa.

 Ela realmente não tem jeito... desde criança foi peralta. Calcula Salazar, meio melancólico. — Mesmo assim, acho que ela tem mais sabedoria do que eu, apenas vivi minha vida e pouco refleti, mas começo a imaginar se talvez eu tivesse aceitado meu destino. Naquele dia, talvez minha família tivesse se salvado, não acha isso, Maria?

Talvez naquele momento Salazar, chorasse, mas ele não detinha mais olhos para tal coisa. O problema do vampiro, é que mesmo alguns dos piores monstros, em algum momento da vida amaram ou foram amados. Salazar, naquele momento revivia sua vida, e mesmo que no fundo ele procurasse apenas resolver seus negócios, uma pequena parte de si se sentia culpada.

 

 

 

Restaurante Lisboa

 

O velho vampiro se senta em frente ao novo. Os “olhos” se encararam, se analisaram e fizeram seus pedidos. Salazar, almoçava com seu neto.

— O que pretende fazer velhote? Você está desfalcado, tem poucas pessoas, pouco dinheiro e poucas armas, eu por outro lado...

— Seria um pouco sem graça, te contar o que pretendo fazer, mas estou surpreso...

— Com o que?

— Com o fato de você ter matado seu próprio pai, você conhece as regras... não assassinamos uns aos outros, nós ajudamos. Sequer drenamos pessoas comuns e você está transformando essa cidade numa zona...

— Está triste pela morte daquele otário? Ele te traiu! Só fiz o mesmo com ele, nem tem nada demais...

— Ele é meu filho, posso não ter sido o melhor pai do mundo, nem o melhor avô, mas eu o amava, assim como amava o meu netinho...

— Não me venha com essas chantagens emocionais, você venderia sua mãe por uma uva.

— Minha mãe não vale uma uva... só uns dez caixotes. Mas isso não vem ao caso. Você matou seu semelhante, seu progenitor. Você sabe por que não matamos uns aos outros?

— Não, mas seria legal, Game of trones...

— Para não virar uma zona como a dos italianos... de onde acha que veio Game of trones? O que rolava na Itália durante o período dos pequenos reinos, faz Game of trones parecer brincadeira de criança. Eu sempre prezei a paz, a unidade. Eu realmente amei você, sua avó também amaria, tenho certeza disso, mas você está arruinando tudo o que eu construí e não posso perdoar isso. — Salazar, se levanta e sai.

— Seu velho safado, me deixou a conta...

 

 

 

18:33

 

 

Renata, esta pensativa e recostada, contra o muro do beco costumeiro, o sol ainda persistia nos céus, como é natural do horário de verão, uma brisa suave perpassa seu rosto, movimentando seus longos cabelos tingidos de castanho.

A dois metros de si, o cãozinho tritura a ração, que a vampira comprara. Tinha crescido um pouco em meio a essas semanas, e isso desanimava Renata:

Alguém já deveria ter te adotado, levado para casa ou algo assim. Se continuar assim, logo você vai crescer e infelizmente suas chances de conseguir uma casa, diminuem muito. Acho que talvez... não seria ruim ter um cão por perto... afinal, meu toque só faz mal a pessoas, não a animais. Ela continua a refletir:

Se der tudo certo, quando tudo isso acabar, eu vou arranjar minha própria casa e irei te levar comigo... ou será que seria melhor voltar para minha região? Eu...

Uma cena interrompe seus pensamentos, do outro lado da rua, um garoto é empurrado contra a parede, por um homem. Mais outros dois rapazes chegam para junto dele. Renata, os reconheceu, o garoto que se levanta depois do choque contra a parede era Daniel, e os três, eram os valentões daquela noite.

Porque vocês fazem isso? Por que machucam quem não pode se defender? Pensa Renata, saindo do beco, mas antes que pudesse cruzar a rua, chegou um conhecido.

— Ei bando de vagabundo, vocês não têm louça para lavar não? — questiona um homem alto e encorpado, ao mesmo tempo que expelia fumaça de cigarro. Na ocasião vestia um casaco marrom, no qual tinha ambas as mãos enfiadas e um chapéu preto.

Os rapazes assumiram uma postura agressiva, eles deixam Daniel, que corre para o outro lado da rua. E ficam cada qual de um lado, com o rapaz intrometido no meio. Eles avançam ao mesmo tempo, uma decisão ruim... já que Diogo, saca suas mãos, com as garras em brasa e corta o peito de dois deles, desviando do chute do terceiro e pegando sua perna com suas garras.

O rapaz atacado, grita de dor, enquanto seus companheiros já correm longe, Diogo, solta, o oponente, que vai se arrastando até conseguir andar ainda que meio manco por causa da dor, o corrompido aplica-lhe um chute no traseiro, que o fez ir ao chão.

As garras de Diogo, voltam a cor normal, e logo depois ao aspecto normal de uma mão comum. Retira o cigarro da boca, com a mão esquerda, caminha em frente ao rapaz que estava se arrastando, agacha-se, expele fumaça em seu rosto e enfia o toco do cigarro em sua testa.

— Acho que não preciso dizer o que vai rolar com tu, caso chegue perto do guri, preciso?

Diogo, se levanta, olha em volta procurando o garoto, o encontra atrás de Renata. Ele fica meio embasbacado, não esperava por ela ali, na verdade, não esperava encontrá-la naquela tarde. Paralelamente, o valentão foge se apoiando no muro.

Renata, acalma Daniel, dizendo:

— Relaxa, ele não vai te machucar. É um detetive, eu o contratei.

— Por que você contrataria um detetive?

— É sigilo. — diz Diogo, cruzando a rua. — Mas vamos dizer que ela tem certa preocupação por você. Agora tenha uma boa tarde kid, sempre siga em frente.

O rapaz continua sua caminhada calma pela calçada cinzenta, e desgastada. Renata, o segue, enquanto Daniel, foi para casa assustado com os acontecimentos que presenciara, mas uma parte de si estava tranquila, até feliz, não seria mais importunado por aqueles homens. E se sentia feliz por ter alguém que velasse por ele, no caso Renata, (mesmo que não fosse exatamente verdade) e o detetive Diogo.

— O que faz aqui? Está me seguindo? — questiona Renata, atrás de Diogo, ele se vira para ela, sua expressão é de pura seriedade.

— Não, sendo honesto não sabia que você morava por esses lados, estou apenas de passagem.

Ele está dizendo a verdade, seus batimentos são calmos e compassivos. Calcula ela.

— Eu sempre imaginei que você se fizesse de pedra insensível e por dentro tivesse um lado mole. Acho que eu não estava errado... — fala ele enquanto caminha, um sorriso de provocação permeia seu rosto.

— Ei, não fique achando que me conhece, por que me viu...

— Sendo boa? Brincadeiras à parte, fique tranquila, não vou importuná-la

— Afinal onde você está indo? — indaga ela.

— Hoje é um dia especial para mim, todos os anos, eu faço esse trajeto, se quiser, pode vir comigo. — Terminando de dizer isso, ele entra numa floricultura, Renata, fica ali para fora imaginando:

Provavelmente ele vai comprar flores e me passar uma cantada barata...

Diogo, sai da loja de fato com um buquê de flores, olha para Renata, e logo depois continuou a caminhada com um:

— Vamos.

Mas o que diabos está havendo com você? Essas flores não são para mim? Para quem são? Será que eu vou ter que ficar de “vela”? Meu Deus do céu... socorro. Pensa ela temerosa, o acompanhando. Após esquinas viradas, eles chegam em frente a um casarão. Só que completamente destruído, restam ali apenas ruínas, paredes brancas, em certos pontos enegrecidas, janelas quebradas, um jardim que mais parecia um matagal. Diogo, se limita a contemplar o lugar pelo lado de fora.

— Que lugar é esse?

— Minha antiga casa, na verdade não era exatamente “minha” antiga casa, era do patrão da minha família. nós éramos seus criados apenas, mas ainda sim, eu cresci aqui, e vivi aqui...

— Onde está sua família?

— Eu sou o último que restou. Meu pai, minha mãe, meus irmãos... todos se foram.  — A desolação no rosto de Diogo, era palpável, seu olhar era cabisbaixo, a postura descontraída de sempre desaparecera, em seu lugar havia um homem encolhido.

— O que houve aqui?

— Um incêndio... pegou a todos enquanto ainda dormiam... na ocasião eu tinha saído com meus amigos para a festa da FAPI.

Havia certo ressentimento na voz de Diogo, talvez uma parte de si, se culpasse por isso.

Você sempre esteve sorrindo... sendo bobo e zoado, mas mascarou sua dor e seu sofrimento com isso. Pensa Renata, com pena.

Diogo, não se deixa abater e continua a caminhar:

— Ei, quer sair comigo hoje à noite?

— Nós temos missão hoje... e não, não quero. — responde ela, assumindo uma expressão séria. No fim ele continua tarado... Pensa ela.

Deu certo, tirei a cara de velório do rosto dela... Reflete Diogo. Eu não desejava que ela viesse comigo... mas no fim, talvez seja com ela com quem eu deva me abrir... e contar meu erro, meu pecado.

— Onde você vai agora?

— Ao cemitério... — A frase parecia que ia acabar, mas em um momento continuou e virou um convite — Renata, pode ir comigo?

Em situações comuns eu certamente diria não, mas... dessa vez parece diferente... ele está pesaroso, triste... dessa vez Diogo, irei com você. Ela fez que sim. Os dois caminham lado a lado pela calçada, ele esta relutante e ela apreensiva.

Ao crepúsculo ambos estão em frente aos túmulos, quatro. Todos brancos e de porto pequeno, simples. Diogo, dispôs uma rosa para cada um, só que uma forma cuidadosa, para cada um ele sussurrava algo:

— Para meu irmão mais novo Pedro, cuja promessa eu quebrei.

— Para minha irmã mais velha Sofia, cujo os bons conselhos sempre me deu, mas nunca ouvi.

— Para minha mãe Isabela, que em vida maltratei e julguei mal.

— E para meu pai, Reinaldo, que desobedeci e maltratei em nosso último contato. — Esse último túmulo, tinha arranhões por cima da pedra.

Diogo, não deixava somente rosas para os mortos, ele deixava suas lágrimas, não um choro alto, nem silencioso, mas algo que o fazia estremecer. Renata, permanece imóvel inicialmente, enquanto o rapaz fica ajoelhado em frente ao último túmulo, tremendo. Ela pousa a mão sobre seu ombro, se agachando e olhando seu rosto.

— O que você fez?

— Eu...

 

 

 

Anos atrás

 

Fui um idiota.

Eu tinha trabalhado duro nesse dia, na verdade a semana inteira. Eu queria muito ir nessa festa, e meus amigos me encheram de promessas de diversão, mulheres e tudo o que você pode imaginar.

Meu pai e minha mãe nunca gostaram de festas, eles eram muito conservadores, mesmo aos 18 anos eles não permitiram que eu fosse a uma. Eles nunca me deixavam sair de casa, mas eu estava decidido a isso. E eles não iriam me impedir, nem mesmo que me expulsassem de casa. ”

Então saí de meu quarto, já era tarde, próximo ás 11, meus irmãos estavam em seus quartos. Eu por minha vez, me encontrava perfeitamente trajado para sair, mas eu não queria dar indícios disso, por isso, antes de eu ir me trocar, coloquei a chaleira no fogo, afinal... café é meu segundo nome. Minha fuga seria certa, mas quando abri a porta para sair, fui detido por meu pai, ele me perguntou:

— Aonde vai meu filho?

 Meu pai era alto, mas um pouco mais baixo que eu, seu rosto estava cansado, ele tinha trabalhado o dia todo. Como criados, nosso trabalho era cuidar do jardim, lavar os carros três vezes por semana, limpar a piscina... e você viu como aquela casa era grande, tinha mais de dez quartos ali.

— Eu vou sair, pai. — Foi minha resposta, fiz da forma mais amigável que poderia.

— Mas para onde? Com quem? Deixe disso, já é tarde, pode ser perigoso...

— Vou na festa com meus amigos, relaxa, eu sei me cuidar e eles vão ficar de olho em mim.

Meu pai conhecia o gênio dos meus “amigos”, e ele sabia que poderia acabar mal... no fim, hoje penso que ele só queria me proteger, cuidar de mim. Ele me disse:

— Calma, podemos ir outro dia, não precisa ser hoje, vou pedir uma folga para o seu Davi... — Ele ia continuar, mas eu estava irritado com o fato dele me tratar como criança, além disso, eu já estava arrumado e tinha trabalhado a semana inteira, aquela seria minha noite:

— Eu vou hoje mesmo, não preciso arrastar um peso morto comigo. 

“Entenda Renata, eu estava na flor da juventude... eu queria me divertir, e não poderia fazer isso com minha família. Passei pela porta com raiva e a fechei com força”

“Aquela foi sem dúvida alguma, uma das noites mais divertidas da minha vida, mas quando eu voltei... quando eu encarei a casa, eu caí de joelhos. Eu só queria torcer para que aquela visão fosse mentira, que eu estivesse sonhando, que fosse apenas delírios de um bêbado. Mas não era... minha casa... foi consumida por uma explosão, que logo depois propagou o incêndio”.

Meus pais... morreram carbonizados no quarto dos meus irmãos, enquanto tentavam protegê-los das chamas. Meu chefe Davi... pagou o velório dos quatro, ele deu sorte, nem ele e sua família estavam aqui na ocasião, todos estavam na casa de praia... a causa do acidente, foi o encanamento velho e de baixa qualidade da casa.

Fiquei sem teto, sem família e meus amigos me abandonaram, aqueles idiotas nunca foram meus amigos. Depois que o velório deles se encerrou e todos foram embora, eu fiquei aqui... por que estava com remorso, na verdade estou... meu erro não foi ter ido à porcaria da festa... foi ter sido estúpido com meu pai...

Pelo que os vizinhos falaram.  Após eu sair, meio minuto depois a casa explodiu. E pelo que os peritos deduziram. O vazamento começou do encanamento externo. O gás explodiu ao ter entrado em contato com a cafeteira, que estava ligada, que eu deixei ligada, mas devido a pressa... eu me esqueci completamente. Matei minha família com meu egoísmo.

Quando eu fiquei aqui, no dia velório... meu desejo era o de morrer, de sofrer a pior das punições, então como um tolo, eu comecei a socar o solo, eu não me conformava com aquilo. Meus punhos ficaram vermelhos conforme eu os chocava contra o chão... a dor era meu deleite, meu consolo, minha forma de dizer: Eu mereço sofrer.

Foi então... que meu poder apareceu, eu não sei se foi aleatório, ou devido ás minhas emoções, mas minhas mãos queimaram e sem querer eu danifiquei o túmulo o meu pai, tentando me livrar dessa maldição. Eu não sabia o que eu era, me julguei como amaldiçoado, que meus atos me tornaram isso... eu ia me matar, por não entender minha situação, mas Salazar, me deteve.

Ele veio atrasado para o velório por conta dos negócios e meu pai era um conhecido seu. Basicamente, meu pai antes de virar criado, tinha sido seu empregado.

Salazar, me tomou pela mão e me disse algo que eu nunca vou esquecer:

— Você quer honrá-los assim? Se matando? Indo para o inferno? É isso que você quer? — Ele me deteve, me deu uma casa, um emprego, basicamente tudo o que eu tenho hoje. Me tornei um detetive nas horas vagas para poder compensar meus erros. Mas mesmo assim... eu não consigo me perdoar por...

 

 

******

 

— Você amava seu pai?  Sua família? Você se arrepende? — indaga Renata.

— Sim, eu os amava, ainda amo. Eu daria tudo... para ter uma segunda chance e reverter tudo isso, nem que custasse minha vida.

— Diogo... essa é a prova de que você se importa, você se arrepende e seus pais sabem disso, e eu sei, que as palavras que você mais quer ouvir... são: Eu te perdoo. — Ela o abraça, estava emocionada, tanto quanto ele, até sua voz esta afetada, ele por sua vez fica sem reação — Você está perdoado, tenha fé nisso, acredite nisso e viva como você acredita ser o certo, por que eu tenho certeza que eles te amam muito e estão torcendo por você.

— Ah... e se tentar me assediar... enquanto estamos abraçados, vou te chutar até a lua, seu idiota tarado.


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