Uma longa viagem sem destino escrita por neko chan


Capítulo 14
Uma história tão antiga quando o tempo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/751843/chapter/14

— Precisamos tirar ela daqui rápido. - Leo ruge e corre para me pegar no colo, ele guia todos rapidamente pelo caminho que viemos

Saímos da floresta em 6 dias, que, pra mim, pareceram menos de 1 hora. Leo me coloca deitada nos bancos de trás e verifica para ver se eu não estava ferida, pareceu um pouco mais aliviado quando viu que não haviam marcas no meu corpo.

— Cuide dela, por favor, vamos ter uma viajem longa. - Leo pede para Fran, que acena positivamente com a cabeça

Serafina... - ela tenta falar comigo quando ele vai embora - Você se sente bem?

— Vamos ver a mestre, ela vai nos contar tudo. - começo a rir fraco e loucamente de novo, sinto alguma coisa caindo pelas minhas bochechas, eu as toco e noto as lágrimas de sangue que saiam de mim

Você vai ficar bem - ela puxa sua varinha e a encosta gentilmente no meu peito - Eu prometo

A varinha começa a brilhar em uma luz azulada, tudo fica escuro por um momento, quando percebo, eu e Fran estamos de pé no meio da escuridão.

— Waaa, estávamos na minha cabeça........ é mais vazia do que eu imaginava. - rio

Segure minha mão. - ela estende as mãos pra mim e eu as seguro
Varias fotos e imagens começaram a aparecer em volta de nós, eu pude ver nossa infância, algumas coisas que não queria lembrar, quando conhecemos Leo, o momento que estávamos a pouco tempo.

Me mostre o que está em sua cabeça, o que aconteceu com você. - fecho os olhos

Minha mente volta para o momento de antes, o monstro entrando na minha cabeça, como se quebrasse as ligações de sanidade das minhas memórias, agora pareciam que todas aquelas lembranças estavam espalhadas sem conexão. Eu vi espirais, um mundo cinzento, duas pessoas sem rosto, destruição, morte, desespero,...... esperança.

 

Quando acordo, Fran estava deitada encima de mim me abraçando, o carro havia parado e a porta de onde estávamos se abriu.

— Serafina, venha aqui. - Leo abre os braços para que eu fosse até ele, eu abraço Fran e continuo ali - Acalme-se, ele vai ficar com você. - ele se coloca pra dentro e carrega nos duas no colo com muito cuidado

— Pai? - pergunto olhando para ele, minha visão estava muito embaçada, dá um sorriso triste, mal consigo ver quando algumas lágrimas começam a passar pelo seu rosto e cair na barba

— Papai está aqui, querida. - ele encosta sua testa na minha - Eu vou cuidar de você

Leo nos leva para dentro de um templo, estávamos encima de uma montanha. Passamos por um número grande de corredores até chegarmos em uma porta como todas as outras pelas quais passamos, como ele conseguia andar tão tranquilamente por aquele labirinto de portas?

O quarto em que entramos era simples, havia uma mesa, uma cadeira, livros. Uma mulher de cabelos negros estava sentada atrás da mesa com uma mulher-pássaro loira, usando um terno, de pé ao seu lado.

— Mestre, perdoe que tenhamos vindo tão às pressas. - Leo fala com a mulher de cabelos negros

— Mas você demorou 6 dias

— Para nós foram apenas algumas horas

— Me ensine esse truque, eu preciso que esses dias passem mais rápido

— Mestre, a senhora tem muito trabalho a fazer, por favor não se distraia. - diz a mulher-pássaro

— Calma, Selina, temos tempo. - ela continua desenhando no caderno a sua frente

— Nós encontramos uma floresta estranha, mestre. - Leo diz por fim, a mulher fica pálida e suas mãos tremem

— Então ela já está de volta... - ela fala consigo mesma - Deixe as duas a sós comigo por um momento

Ele sai e eu e Fran ficamos ali de pé em frente à ela.

— Serafina e Francine, certo?

— Como sabe?

— Eu já conheço as duas a mais tempo do que imaginam. - ela ri - Vocês sabem que eu sou, não?

— Mestre

 

— Apenas Ophis está bom

— O que estamos fazendo aqui?

— Depois eu conversarei com Leo sobre isso, aquela floresta já me é um problema a mais tempo do que posso me lembrar, por isso preciso de vocês duas, Leo, Daisy, Inari, Rauthar e Jackie, vocês são extremamente necessários para isso

— Por que?

— Eu contarei para vocês logo, mas vocês aceitariam o trabalho?

— O que ganhamos com isso? - coloco as mãos na mesa e me inclino para frente

— Mais respeito com sua mestre. - Selina fala

— Não se preocupe, Selina. - Ophis ri - Ela realmente é como eu me lembro

— Se vamos trabalhar com monstros, espero que sejamos no mínimo bem pagos

— Pode acreditar que vão, agora... - ela se levanta e dá a volta na mesa para ficar a minha frente, encosta a palma da sua mão na minha testa, sinto um formigamento na minha cabeça e ela se afasta - Você pode ficar tonta por algum tempo, mas a sua mente vai voltar ao normal, entretanto a personalidade....... acho que você fica bem melhor assim. - ri fazendo um sinal de positivo com a mão

— Obrigada, eu acho. - esfrego a testa

— Vamos pra fora, preciso falar com todos ao mesmo tempo

Ophis nos guia até a sala do templo, todos estavam ali preocupados, Inari e Jackie foram os primeiros a pularem em mim e chorarem de alegria, Fran não largava minha mão no tempo inteiro que ficamos por ali, Leo pareceu aliviado assim com Rauthar e Daisy. A mestre contou a todos eles sobre o trabalho, ficaram confusos como nós a princípio, mas ela nos contou uma história, uma velha história, um história tão antiga quanto o tempo, sobre ela, sobre nós, sobre o mundo que vivíamos e o mundo que viveríamos. Todos ficam quietos absorvendo a história, Leo é o primeiro a quebrar aquele momento de tensão e abraça a mestre, seguido do Jackie e Inari, Daisy e Rauthar, e, por fim, eu e Fran, era um história que não conhecíamos, mas iríamos conhecer, e mesmo que tivéssemos descoberto essa trágica história, a mestre já a conhecia e sofria com ela a muito tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, vocês tão pegando esse link que eu to fazendo? Espero que sim e espero que não, pq é legal criar teoria, mas fica sem graça se vocês descobrirem meus planos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma longa viagem sem destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.