Moonlight - Mar dos milagres escrita por Sojobox


Capítulo 1
Prefácio e prólogo


Notas iniciais do capítulo

Fica o desafio:
Descobrir quem é a autora/narradora.



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Mar dos milagres


Prefácio


Os eventos neste livro são reais. Eu mesma asseguro sua autenticidade. Pode parecer impossível, porém após terminarem de ler, vocês, leitores, deverão decidir por si mesmos.

 

Quando todas as respostas parecem impossíveis, deve-se eliminar as mais difíceis de acreditar, e a que sobrar, embora improvável, é a verdadeira”.
Autor desconhecido


Prólogo


Antes de começarem a ler, tenho que avisar algumas coisas:

 

1 - Eu venho do futuro, isso mesmo que vocês ouviram, caros leitores, sou uma viajante do tempo.

 

2 – Nenhuma parte deste livro foi modificada, por isso peço, encarecidamente, que caso vocês tenham acesso a esse conteúdo antes que eles venham a acontecer; não tentem impedir que ocorram, por mais tentador que possa parecer, mudar o futuro é muito perigoso.

 

3 – Minha identidade permanecerá oculta, por motivos de segurança, mas acredito que os mais atentos certamente saberão quem sou ao término do livro.

 

Eu preciso explicar, nosso mundo já foi bem mais tranquilo do que é hoje, vocês não tem noção do que passamos atualmente: guerras intermináveis, escassez de água, dificuldade de respirar no solo, falta de comida, entre outras coisas que vocês não devem nem imaginar ser possível.

 

O único lado positivo, comparado ao início do milênio, é o fato de podermos usar mana para diminuir um pouco as dificuldades que passamos.

 

Vocês provavelmente ainda não sabem o que é mana, então eu tentarei explicar de uma maneira simples.

 

Mana é uma energia viva que por muito tempo foi invisível aos seres humanos. Ela controla tudo e nada ao mesmo tempo. Como isso é possível?

 

Caso vocês pudessem ver, enxergariam algo parecido com uma mini bolha de sabão, que flutua sem parar ou estourar, pelo vento, no fogo, na água, no solo e por aí vai. (E por existirem dentro, elas se tornam parte de suas estruturas.)

 

Elas também existem dentro de alguns animais, como as baleias, por exemplo, mas dentro dos humanos não conseguiam sobreviver, por causa do nosso sistema multicelular muito mais avançado do que o de todas as outras criaturas vivas.

 

Isso até aquele dia.


A data era cinco de dezembro de dois mil e vinte às vinte e duas horas e trinta e seis minutos.

 

Uma reunião um tanto quanto estranha ocorreu naquela noite. Uma chinesa, um mexicano, um italiano e uma argentina. Guerreiros poderosíssimos que utilizavam a energia da mana, para livrar nosso mundo de seres monstruosos, que tentaram dominá-lo.

 

Essas criaturas não tinham forma definida, algumas pareciam animais, outras tinham forma mais humana e tinham ainda aquelas que eram totalmente abstratas.

 

Vocês podem se perguntar, como eles podiam utilizar mana naquela época, mas isso eu explicarei mais a frente, agora basta que saibam que eles conseguiam. Os primeiros da história.

 

E com esse poder nossos heróis lutaram incansáveis. Juntos destruíram cada um dos generais do exército das trevas, até que chegaram no responsável por tudo isso. E nesta data tão importante, eles confrontaram seu maior adversário, no castelo flutuante do vilão, em algum lugar no céu, entre a Grécia e a Itália.

 

Mas para enfrentar esse adversário que possuía um poder mais forte que todos eles juntos, eles precisaram utilizar poderes sobrenaturais, mesmo para eles.

 

Estou me referindo ao mar dos milagres, uma espécie de fontes dos desejos dos contos de fadas, só que real; e da lendária Moonlight, a fonte de toda a mana que existe.

 

 

Depois de muitas lágrimas derramadas e incontáveis perdas, enfim conseguiram feri-lo gravemente. Então os quatro perseguiram o inimigo por um corredor comprido em linha reta de seu castelo, um pouco abaixo das nuvens.

 

Um castelo invisível para a maioria massacrante dos seres que viviam no planeta. Afinal, o castelo era feito inteiramente de mana e a humanidade ainda não possuía a capacidade para enxergar. Com exceção dos nossos heróis.

 

Mas asseguro a vocês, era um castelo magnífico, todo adornado de ouro, com salas gigantescas, repletas de pilares dourados, por todo o castelo lustres gigantescos e objetos valiosíssimos completavam as salas.

 

Por mais que seja um castelo de uma pessoa que tentou dominar o mundo, admito que era um lugar esplendido.

 

— Desista! Você foi longe demais! — o mexicano gritou ao inimigo, enquanto caminhava em sua direção com dificuldades, graças a um ferimento na perna.

 

— Isso não vai acabar aqui! Eu não vou deixar! — disse o vilão entre cusparadas de sangue.

 

Após terminar de dizer isso, ele tropeçou, mas antes de chegar ao chão conseguiu se segurar em uma de suas pilastras.

 

— Não, meu caro, acabou — comentou a chinesa, um tanto quanto cansada, não apenas fisicamente, mas também emocionalmente.

 

— Eu vou trazer o caos a esse mundo!

 

— Você já trouxe caos demais a este planeta. — rebateu a argentina com a mão na barriga, tentando parar um vazamento de sangue.

 

— Vocês não vão, não podem me derrotar! — berrou o vilão, com uma voz sinistra, tentando amedrontar os nossos heróis.

 

— Depois de tudo que passamos para chegar aqui, não tem mais volta. — o Italiano suspirou e então continuou. — Nem para nós, nem para você.

 

O significado por trás dessa frase foi imenso, não havia volta para nenhum deles, pois nossos heróis utilizaram o poder de Moonlight demasiadamente e seus corpos não aguentaram tanto poder mais, por isso foi a última batalha que travaram, uma guerra silenciosa, uma vitória que traria consequências boas e ruim por muito tempo.

 

Quando utilizaram esse poder, uma grande onda de mana, jamais vista antes, começou; nessa vez foi visível, os seres humanos daquela região viram um castelo gigante se despedaçando e caindo sob suas casas, e passando direto como fossem uma projeção holográfica.

 

Uma grande chuva de mana se espalhou pelo mundo, tamanha era a quantidade de energia acumulada pela soma do castelo, da energia dos nossos heróis, do vilão e da lendária Moonlight.

 

O mundo nunca mais foi o mesmo, passaram se vários anos e por mais que todos conheçam essa história hoje, muitos ainda duvidam de sua veracidade, no próximo capitulo iremos ao Rio de Janeiro – é assim que vocês chamam no tempo de vocês, nós chamamos de Deserto Carioca – de cem anos depois da grande batalha e conhecer o Orfanato Sete Sinos, e todos os órfãos que viveram lá, entre eles, alguns de nossos protagonistas.

 

Até o próximo.

 

Não se esqueça... A porta se abrirá para aqueles que acreditam.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo: Para aqueles que acreditam