— SUA VAGABUNDA VEM AQUI, CADÊ VOCÊ?

Bianca entrou gritando pela porta da frente da revista Olympus, fazendo Rachel arregalar os olhos, pronta para chamar os seguranças.

Thalia saiu da sala principal apressada, e assim que viu quem era que estava entrando gritando, fechou a cara e negou em reprovação, até quando o vestido que emprestou a ela na noite do evento ser jogado em seu rosto.

A di Angelo iria ir para cima da Olympus, porém, Nico apareceu na frente e a segurou antes que as duas se acabassem na porrada e Bianca acabasse com a imagem mais suja do que estava a noite anterior quando chegou em casa, já que os repórteres já haviam pego suas câmeras e já estavam prontos para filmar e tirar foto de tudo.

— ME LARGA, EU SEI QUE FOI ELA QUE ME EMPURROU, ESSA VACA MAL CASTRADA! — a garota se debatia nos braços de Nico, que a colocou no chão e empurrou para trás, a tempo dela ser imobilizada pelos seguranças.

— Não foi ela, garota! Ela estava falando comigo no telefone quando você caiu, e se observar bem as imagens, ela até mesmo tentou te segurar — o di Angelo argumentou, vendo a irmã o fuzilar com tanta intensidade, que sentiu um buraco ser aberto no meio de sua testa.

— Exatamente, a Thalia estava com uma das mãos segurando o telefone enquanto a outra estava na cintura, eu vi! — Reyna deu um passo para frente, defendo a chefe, que estava sem saber como reagir a tudo.

— Eu também vi — Percy levantou a mão de leve, apoiando a Grace.

— Vocês são todos cretinos! Não viram como ela me olhou quando minha irmã estava fechando a porta, era claramente um olhar de desafio! — Bianca argumentou, parando de se debater, porém querendo colocar as unhas naquele lindo rostinho da dona da revista.

— Ela tem esse olhar, é próprio dela! Por que diabos ela tentaria te ajudar sendo que, como diz você, foi ela que empurrou? — o di Angelo cruzou os braços em seu peitoral, arqueando a sobrancelha, tendo a razão em cima de si e sabendo disso.

— Isso não acabou! — Bianca ameaçou, sendo solta pelos seguranças e se virando para sair, porém, ela viu Leo um pouco para o lado, arregalando os olhos e direcionando sua próxima fala a ele: — seja despedido e me ligue!

Assim, ela saiu marchando e os deixou para trás.

Thalia suspirou alto, entrando para a sala principal para começar a reunião costumeira de todas as segundas, sendo seguida pelos chefes de cada setor. Assim que fecharam a porta, todos caíram na risada.

— Eu adoro o jeito explosivo dela, rende várias críticas maravilhosas a dona da revista Diamond — a Grace comentou, se sentando em sua cadeira e fingindo limpar lágrimas embaixo de seus olhos.

— Eu ainda tenho uma dúvida: como diabos você fez ela cair sendo que nem se mexeu? — Percy questionou, lembrando-se de não ter visto a garota se mexer.

— Eu apenas movi meu pé, encaixando meu salto no dela! Por que acham que eu cai daquele jeito para frente? Eu ia ficar parada no mesmo lugar — Thalia retrucou com um sorriso de canto — coloquem o que acabou de acontecer na revista! E a manchete será “Dona da revista Diamond ameaça dona da revista rival, mesmo depois dela a ter ajudado”, e Zoe, eu quero a cena dela me ameaçando no trailer, por favor.

Como eles já haviam decidido tudo antes da interrupção da di Angelo, Thalia só precisou dar mais um tema a revista, então logo a reunião estava encerrada e as pessoas estavam voltando a seus trabalhos, menos Reyna, que fora convocada para ir no escritório da chefe.

Assim que ela passou pela porta, Thalia deu um pequeno sorriso de canto, que logo deu lugar a uma cara inexpressiva.

— Você me defendeu... — a Grace começou, vendo-a se sentar.

— Eu odeio aquela garota! — Reyna deu de ombros.

— Por quê?

— Quando eu comecei aqui, eu comecei como repórter e na minha primeira entrevista, eu tive o azar de ser ela a entrevistada e a cada mínima coisa que eu falava ela ficava me rebatendo e humilhando na frente de todas as câmeras.

— Ela é uma vadia! — a chefe bufou alto — Mas primeiro eu quero falar uma coisa: então, eu venho pegado mais pesado com você, e eu suspeito que você saiba o porquê! Eu não gostei do que fez comigo quando eu era uma estagiária, Arellano. Porque, como você me julgou, pode acabar fazendo de novo, coisa que eu não admito, pois por trás de um ninho de confusões, pode ter uma pessoa com um grande talento a ser explorado, então eu não gostei nada do que você fez e espero que isso não se repita, tudo bem? Estamos entendidas? Segundo: você viu aquela roupinha que ela estava usando? Eu fiz bem em estragar aquela coisa!

— Fez muito bem, ela parecia ter quinze quilos a mais com aquilo.

— Parece que nós podemos ser grandes amigas, Reyna — Thalia deu um sorriso.

— Você sabe que ela vai revidar, não?

— Eu sei, e nós vamos estar preparadas para isso.

— Vamos estar preparadas para acabar com ela, se preciso — Reyna sorriu malvada, batendo um high five com sua chefe, que deu risada e se levantou.

— Você viu para onde o di Angelo foi? Eu preciso conversar com ele.

— Ele ia checar algumas fotografias, ele deve estar por essas áreas aí — a Arellano respondeu, se levantando também e saindo da sala ao lado da nova amiga. — Te vejo por aí, Grace.

— Até, Arellano — Thalia retrucou com um sorriso, indo para onde costumavam tirar as fotos.

Eram três salas, para o caso de uma estar ocupada, e a Grace foi nas três em busca do garoto, achando-o sozinho na última. Ele estava abaixado, apoiado nos calcanhares, enquanto passava algumas fotos no computador apoiado em uma mesinha.

— Por que você me defendeu, sendo que estava repugnando e contra o que eu estava fazendo? — a chefe questionou, fazendo que ele a percebesse, se levantando e se espreguiçando, virando-se para ela.

— Eu não estava contra, estava prevendo que você ia sujar sua imagem, mas como você se safou bem, então... — ele deu de ombros, fazendo pouco caso.

— O que você está fazendo? — ela questionou, olhando para o computador sugestivamente.

— Estava vendo as fotos da sessão recente que o Percy fez — ele pegou o notebook, deixando em cima da mesa, de um jeito que ela conseguisse ver as fotos, se debruçando para passar uma a uma.

Assim que passou umas quatro, conseguiu ver o reflexo dela pela parte negra que ficava ao lado das fotos, dando um sorriso zombeteiro ao notar que ela não olhava para a tela do computador, e sim para sua bunda.

— Lindas essas fotos que você está vendo, não? — questionou, vendo-a piscar rápido e voltar os olhos para a tela, deixando um sorriso crescer em seus lábios, como uma criança que fora pega no flagra.

— Bem bonita sim — ela deu um tapinha na bunda dele — e bem durinha também!

— Grace, se você ficar batendo na minha bunda, eu vou ter a permissão de bater de volta na sua — ele alertou, endireitando o corpo e se virando para ela com a sobrancelha arqueada.

— Eu sei de coisas mais produtivas que você pode fazer com suas mãos — a Grace respondeu com um sorriso malicioso, dando-lhe as costas e indo até a porta, tratando de andar do modo mais provocante que conseguiu, segurando a maçaneta da porta e se debruçando propositalmente, trancando a porta.

— E eu vou adorar ver o que consegue fazer com a sua boca — Nico retrucou, também sustentando um sorriso malicioso e indo até ela, a deixando presa contra a parede ao lado da porta.

Seus lábios se selaram em um beijo nada calmo, e ele desceu as mãos por seu corpo escultural, apertando sua bunda com força, fazendo-a ter um sobressalto. Aproveitando isso, ele a puxou para seu colo e começou a andar até a mesa, sem separar o beijo, a colocando sentada ali e descendo seus beijos para o pescoço pálido dela, enquanto suas mãos apertavam a coxa dela e subiam seu vestido devagar.

Eles se afastaram apenas para que ele tirasse a única peça de roupa dela que não a deixava seminua, exibindo uma lingerie preta de renda, e ela tirasse a camisa dele, deixando seu abdômen a mostra.

Assim que a Grace notou que ele demorava demais em seu pescoço, se afastou a tempo de não levar uma mordida, segurando o maxilar do garoto com um sorriso provocativo.

— Nada de marcas, di Angelo.

Ela desceu da mesa, fazendo-o se encostar ali enquanto tirava sua calça o encarando intensamente, unindo seus lábios de novo em um beijo desesperado, por fim deixando as calças do moreno deslizarem para baixo.

Seus beijos saíram da boca dele, passando por seu abdômen e por fim chegando na barra de sua cueca, que ela começou a debater mentalmente se tirava com a mão ou com a boca, por fim começou a brincar com o elástico usando seus dedos mesmo, vendo o quão excitado ele estava com o notável volume em sua cueca.

Abaixou sua cueca e não esperou para colocá-lo em sua boca, tendo certeza que não precisava estimula-lo antes.

O di Angelo engoliu em seco ao encara-la, notando que ela fazia seu serviço olhando intensamente para ele, provocando-o com apenas um olhar e beijos. Sua pose não ajudava muito para ele se controlar, já que ela estava agachada com as pernas separadas, e sua bunda estava empinada o suficiente para que ele visse, tornando a tortura maior do que já era.

Uma das mãos dela passava por seu próprio corpo, enquanto a outra ajudava sua boca a causar prazer nele.

Nico levou umas das mãos para o cabelo dela, enrolando ali e começando a ajudar com seus movimentos, se surpreendendo com o fato dela ter deixado ele fazer isso.

Porém, assim que ele sentiu espasmos por seu corpo, notando que estava quase chegando lá, a puxou para cima e uniu seus lábios novamente, a colocando em cima da mesa e levando suas mãos até sua calcinha, o que a fez despertar e segurar suas mãos, se afastando dele.

— Não vai rolar — ela deu um sorriso de canto, tirando as mãos dele de si.

Nico ficou inexpressivo, porém queria xinga-la de muitos nomes, coisa que se segurou para não fazer, dando espaço para que ela saísse de cima da mesa.

— Isso meio que foi um prêmio por ter feito o que fez hoje... — ela murmurou enquanto vestia seu vestido novamente, pegando a roupa dele pelo chão e jogando em seu peitoral.

— Assim me ofende — ele retrucou, sabendo que não adiantaria lidar com ela para que terminasse o serviço, pois poderia acabar insinuando coisas que não queria.

— Não falei que não gostei de ter feito isso, ou que fiz por que você fez aquilo — a Grace retrucou, caminhando até o espelho que tinha do outro lado da sala, passando os dedos por seus cabelos e desatando os nós que ele havia provocado ao agarra-la.

Thalia pegou um pedaço de pano que estava em cima da mesa, molhando com a água do bebedouro e passando em sua boca, tirando o batom que a nessa altura estava todo borrado.

— Saiu? — ela questionou para Nico, que assentiu.

A morena segurou o maxilar dele, passando em sua boca o pano, tirando o batom dela que havia ficado ali, uma prova de que eles haviam se pegado.

— Pronto, agora está tudo ok — a chefe sorriu de canto e deu um selinho nele, se afastando por completo e caminhando até a porta, destrancando com cuidado para não fazer algum barulho suspeito e saindo, deixando-o para trás.

O garoto continuou encostado na mesa, um tanto abalado pela Grace ter feito isso com ele, porém sabia que era abusar demais de uma relação com a sua chefe, então apenas ficou encarando o chão e lembrando de todos os sentimentos que ela havia causado nele.

Até que a porta abriu e ele subiu o olhar devagar, vendo que era Rachel.

— O que houve? — ela questionou, arqueando a sobrancelha preocupada.

— Nada... — murmurou baixinho — tá tudo bem!

A ruiva abaixou o olhar sem querer, notando um volume a mais nas calças do garoto, arregalando os olhos e corando.

— Ah, você quer que eu saia daqui e feche a porta?

Nico franziu o cenho sem entender, porém, lembrou o estado que a Grace tinha o deixado, levando o olhar até seu membro e arregalando os olhos ao notar que dava para ter uma noção do que estava acontecendo lá embaixo.

— Não precisa...

— Nico, você não pode sair assim... então eu vou te dar quinze minutos aqui, sozinho, e você dá um jeito nisso, não me importa o jeito, mas apenas de...e tranque a porta! — a ruiva fechou a porta totalmente constrangida por saber o que iria acontecer dentro daquela sala, saindo o mais rápido possível.