Império escrita por Miranda Homer, Melissa Homer


Capítulo 24
Reyna são duas & Nico pega um pato


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Aqui é as irmãs Homer!

Galera, eu sei que estamos demorando um pouco para postar, mas agora vamos entrar de férias da faculdade, então vai ser mais frequente, ok?
Queremos saber se vocês estão gostando, por isso, comentem! :3

Boa Leitura!



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Reyna parou o ônibus, se espreguiçando e suspirando alto, virando de lado no acento e observando o latino sorrir sonolento.

— Chegamos? – ele questionou, mesmo que não tivesse dormido durante o caminho inteiro, para fazer companhia a menina, sua voz estava falhando.

Uhum— murmurou de volta, se levantando e subindo no degrau, vendo que todos estavam dormindo – gente que povo frouxo, dorme por tudo!

— Você só não dormiu porque estava dirigindo, então não fala nada! – Leo retrucou baixinho, também se levantando e esperando que a garota acordasse seus cachorros primeiro, para que descessem do ônibus.

— Eu vou com eles e vou deixar eles lá na casa, acender as luzes e você acorda a galera, pode ser? – ela bocejou, observando-o – afinal, eu ainda tenho que preparar o quarto de vocês, porque eu não sei se elas arrumaram, porque eu não avisei quantas pessoas iriam vir!

— Eu vou com você lá e depois volto, até para levar logo suas malas – o Valdez pegou as duas malas que ela levou, caminhando atrás dela com as bolsas e deixando no chão a frente da porta, enquanto ela acendia a luz da frente e piscava para se acostumar logo.

Leo a envolveu pela cintura, selando seus lábios em um beijo rápido, novamente a pegando de surpresa, também se surpreendendo com o fato dos cachorros não terem o matado antes mesmo de tocar nela.

— Vai lá acordar eles – Reyna murmurou assim que descolou seus lábios, sorrindo fofa e entrando com os cachorros, porém assim que fechou a porta, sentiu uma presença atrás de si, rolando os olhos e se virando com os braços cruzados – o que foi?

— Então quer dizer que está de namoradinho? – Hylla, irmã gêmea da morena, sorriu maliciosa, negando em reprovação.

— Hylla, sai daqui sai, antes que alguém veja você e estrague tudo – Reyna balançou a mão como se espantasse algum bicho.

— Bom te ver também, maninha – Hylla riu, se desencostando da parede e sumindo da vista da irmã em questão de segundos.

A morena se apressou em acender as luzes da casa, liberando seus cachorros para que ficassem em qualquer lugar, porém alertou que se atacassem alguém iria ter consequências pesadas para ambos, não importando quem fosse.

Leo estava à frente, guiando as pessoas meio acordadas que carregavam suas próprias malas, enquanto o latino tinha Festus em seus braços que dormia tranquilamente, puxando sua mala.

— Nossa...— Annabeth murmurou ao ver o tamanho da casa – agora entendi o porquê de ela não querer ficar aqui sozinha.

— Só um pouquinho sombria, que isso – Thalia murmurou chegando um pouco mais perto de Nico, que arqueou a sobrancelha.

Assim que entraram na casa, Reyna estava sentada na escada e sorriu minimamente.

— Eu separei o quarto de vocês – disse, pegando as chaves – Percy e Annabeth estão em um, porque ninguém é obrigado a ver e ouvir vocês fazendo coisinhas, não é mesmo? – ela jogou uma das chaves para Percy, que segurou – Thalia, Rachel, Zoe, Silena e Piper estão no quarto que tem duas beliches e uma cama de casal; Nico, Travis, Connor e Leo estão no que tem duas beliches só.

— Para que tanto quarto e tanta cama? – Piper questionou, arqueando a sobrancelha.

— Família grande, quando ajunta os primos tudo, dorme gente até na área aí fora menina! Tem gente que traz até barraca! – Reyna negou em reprovação, lembrando de como as coisas eram uma loucura nas férias.

Ela se levantou, chamando o povo para verem seus quartos e já dormirem se não quisessem comer nada ou algo do tipo, mostrando a cada um o cômodo que ficariam, vendo as garotas correrem para a cama de casal, menos Zoe, que falou animada que ficaria com a beliche de cima, até que Thalia usou o argumento que era chefe e ficaria na de casal.

— Vocês querem comer alguma coisa ou só vão capotar mesmo? – Reyna questionou, porém olhou para Silena, que já estava dormindo profundamente em uma das beliches debaixo, a fazendo chegar à conclusão que iriam dormir mesmo – capotou.

A menina saiu dali, passando no quarto dos meninos para ver se estava tudo bem, assim como no quarto do casal, seguindo para o seu logo em seguida, planejando ter uma boa noite de sono para acordar com tudo, chamando seus cachorros para ficarem ali dentro com ela.

Segundos depois da garota entrar para o quarto, Hylla decidiu ver quem ficaria na sua casa pelo final de semana, entrando no quarto das meninas pela passagem secreta, ouvindo—a ranger ao abrir pelo tempo que não era usada.

— Ah..., gente? É impressão minha ou alguma coisa abriu e a única coisa que pode ser aberta está fechada? – Rachel questionou, semicerrando os olhos tentando acostumar os olhos com a escuridão que estava o quarto, até que a luz foi acesa e elas se depararam com Hylla ali.

— Rey! Você assustou a gente! – Thalia murmurou, voltando a deitar a cabeça no travesseiro.

— Todas menos ela ali, não? – Hylla questionou, observando a Beauregard capotada.

— É, Silena dormiu tão rápido quanto um bicho preguiça – Rachel murmurou, estando na cama ao lado.

— Minha irmã sempre foi assim, sempre dorme primeiro que eu – Piper negou em reprovação, olhando para baixo, já que estava no beliche de cima.

— Boa noite, meninas! – Hylla sorriu, desligando a luz ao receber um boa noite em uníssono delas, entrando na passagem secreta novamente e desviar para o quarto dos meninos, dessa vez obtendo sucesso ao não acordar ninguém enquanto saia.

Ela subiu em um dos beliches, comprimindo os lábios e arqueando as sobrancelhas ao ver um peitoral maravilhoso, enquanto o garoto apenas trajava apenas uma bermuda negra lisa.

Desceu devagar, analisando Connor, que estava embaixo, que dormia apenas de cueca, fazendo—a resistir ao impulso de relar nele e ir para a beliche de cima da outra, vendo Travis, que estava do mesmo jeito que seu irmão, a fazendo concluir que eram gêmeos e dar um sorriso malicioso sozinha.

Foi para o chão novamente, achando o alvo de sua irmã e sorrindo, chegando bem perto de Leo, para observa—lo. Rey se deu bem, não? Questionou consigo mesma, até que arregalou os olhos ao se deparar com um gato bem a sua frente, soltando um espirro de imediato, escorregando para debaixo da cama.

Droga! Tinha que ter um gato aqui? Hylla resmungou consigo mesma, já que era alérgica a esse animal, espirrando novamente.

Isso claramente foi um espirro feminino – Connor murmurou a cegas.

Veio debaixo da sua cama, Leo – Nico comentou, observando o teto.

O Valdez pegou o celular, ligando a lanterna e apontando para baixo da cama, franzindo o cenho ao não achar nada. Porém ele notou que o chão estava um tanto estranho, batendo ali com força, fazendo com que Hylla arregalasse os olhos ao quase ficar sem nariz e empurrar a porta para cima com tudo, rolando para o lado e começando a correr pela passagem, ignorando que provavelmente faria eco e todos iriam ouvir, de qualquer jeito a culpa ia para sua irmã.

Ele entrou embaixo da cama tentando abrir o que julgou ser uma porta, batendo no chão já que não conseguiu abrir, enquanto os meninos não estavam entendendo o que estava acontecendo.

— Tinha uma pessoa aqui – Leo disse, rolando os olhos e não conseguindo abrir o chão, saindo debaixo da cama e voltando a sentar no colchão – eu vi uma porta abrindo.

— Você está com muito sono, Leo! Vai dormir, vai – Travis resmungou, virando—se para a parede.

— É sério, escuta – o latino bateu novamente, saindo o som oco.

— Ok, pode ser que tenha alguma coisa aí embaixo, porque essas fazendas antigas sempre têm essas coisas – Nico murmurou sonolento – agora vamos dormir porque amanhã temos que acordar cedo!

***

Reyna já estava de pé antes mesmo que os galos cantassem la fora. Trocou seus saltos por uma bota, o vestido ou a roupa formal por um short jeans e uma regata branca e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo, ficando com o estilo de sempre de sua irmã, sabendo que tudo iria começar a partir que ela acordasse também.

Pegou um sininho e começou a balançar indo de quarto em quarto acordando o pessoal, só parando de balançar aquele negócio irritante quando viu todos em pé.

— CAFÉ TÁ NA MESA, E VAMOS LOGO PORQUE VOU MOSTRAR A FAZENDA PARA VOCÊS, E QUEM FICAR PARA TRÁS VAI TER QUE IR CORRENDO, NÃO ESTOU NEM AÍ – Reyna gritou no pé da escada, marchando até a cozinha e encostando o quadril na pia enquanto esperava todos descerem – Bom dia, gente!

— Bom dia – responderam em uníssono, tomando seus lugares na mesa e começando a se servir, enquanto a Arellano apenas observava, já que tinha tomado uma xícara de leite depois de preparar tudo.

— O que nós vamos fazer hoje? Quais são os planos? – Zoe questionou.

— Eu vou mostrar a fazenda para vocês, depois vamos andar de pedalinho no lago e...bom, quem sabe a gente se joga na piscina e passa o resto da tarde lá? Não sei! A gente decide depois! – Reyna sorriu e se espreguiçou – dormiram bem?

— Tem mais alguém na casa? – Leo questionou, arqueando a sobrancelha e descendo os olhos pelo corpo da garota.

— Não, por quê? – a Arellano se mexeu desconfortável ao olhar do latino, que percebeu isso e apenas focou em seu rosto.

— Nós ouvimos um espirro feminino no nosso quarto ontem à noite, e depois passos – ele respondeu, ocultando o chão que se mexia.

— É normal ouvir passos pela casa, mas eu nunca ouvi um espirro – Reyna colocou uma das mãos no queixo, fingindo pensar.

— Ah, claro, supernormal você ouvir passos em uma casa que parece mal—assombrada – Percy rolou os olhos, tirando atenção da sua omelete.

— Gente, por favor, tem muitos bichos aí fora, tem muitas coisas que podem fazer barulho de passos, já pensaram que um de vocês poderiam estar fazendo coisinhas de noite e vocês terem confundido o barulho? Ou até mesmo saído para tomar uma água? – Reyna explicou, mesmo querendo rir ao saber que era Hylla a culpada disso tudo.

— Ir tomar água em um quarto? – Leo rebateu meio confuso, tomando a cabeça para o lado.

— Quem nunca? Errou o cômodo? – Reyna comprimiu os lábios, dando de ombros.

— Eu nunca, mas tudo bem – o latino voltou a atenção para sua omelete, terminando de come-la.

Logo todos tinham terminado de tomar café e estavam prontos para conhecer a fazenda, já devidamente arrumados e preparados para uma aventura.

— Patos! – Thalia sorriu quase psicótica, indo atrás dos bichinhos que, quando perceberam a menina, começaram a correr em nome de suas vidas, batendo as asas e tentando deixar ela para trás.

— Corram patinhos, se salvem! – Reyna disse alto, arrancando risadas das pessoas que a acompanhavam.

Em um piscar de olhos, a Arellano viu seus cachorros passarem correndo por seus amigos e por ela, correndo em direção as galinhas que estavam tranquilas até notar dois brutamontes vindo em sua direção sedentos.

— Galinhas corram por suas vidas! – ela riu, negando em reprovação, porém, ao ver que seus cachorros não iriam parar, acabou por começar a correr em direção aos seus filhos – AURUM, ARGENTUM, NÃO!

— Coitada das galinhas vão virar o almoço – Silena murmurou pesarosa, vendo a velocidade que os cachorros estavam.

A Arellano só parou de correr ao chegar perto de seus filhos, que pararam de tentar comer as galinhas e viraram para sua mãe, que se ajoelhou no chão e sorriu, sabendo que viraria o próximo alvo. E em alguns segundos, suas costas estavam na grama e ela sentia um peso sobre sua barriga, identificando Argentum, que tentava lamber seu rosto enquanto Aurum os rodeava pulando alegremente e latindo, espantando qualquer bicho que estivesse perto.

Ela abriu os braços, chamando Aurum também e apertando os dois com força, que começaram a se debater e de repente correram para longe da mãe, que começou a rir e se sentou, batendo as mãos no chão como se fosse pegar os cachorros.

— Graveto, vai pegar! – a morena pediu, se levantando ao ver os dobermanns correrem desesperados de um lado para o outro atrás de um graveto.

Silena estava observando os porcos rolarem na lama felizes, negando em reprovação, mesmo que usasse um pouco disso para que sua pele ficasse impecável, então meio que entendia.

— Uh! Porquinhos! – Thalia sorriu e arregalou os olhos enquanto via o porco roncar alto.

Reyna caminhou até o celeiro, abrindo as portas e sorrindo ao ver um de seus bebês ali, que era um minipig amistoso (e bem folgado) que ficava dentro de casa ás vezes.

— Torresminho, vem cá, acho que você vai gostar de conhecer alguém – a garota o pegou no colo, indo para fora e entrando no campo de visão de sua chefe, que levou a mão ao coração assim que viu o bichinho pequeno – Thalia...você pode brincar com ele, mas tem que deixar ele aqui...acho que ele não daria um bom estagiário.

Reyna se abaixou devagar, colocando Torresmo no chão e dando um tapinha em seu bumbum.

— Vai brincar, vai!

Torresmo se animou, saindo pulando até a Grace, que fez uma cara psicótica e se segurou para não esmagar o bichinho com tanto amor.

— Isso não foi uma boa ideia...— Leo apareceu do lado da Arellano, que sorriu para ele.

— Que nada, o Torresmo gosta de ser tratado com carinho e adora pessoas que aperta ele...então né, foi para a pessoa certa – respondeu, observando a chefe segurar o porco entre os braços e apertar ele.

— Torresmo? Que maldade, Reyna! – o latino colocou a mão sobre o peito – já está pensando no futuro dele?

A garota deu um tapa no braço dele.

— Não! Meu bichinho não vai virar torresminho! Ai que dó, Valdez!

— Que dó? Você que colocou o nome dele assim e vem justificar para mim?

— Você gosta de cavalo? – Ela questionou depois de alguns segundos em silêncio, vendo—o assentir e levar as mãos para o bolso da bermuda – quer conhecer o Skippy e o Guido?

— Claro! – ele sorriu, a seguindo até o celeiro, que estava cheio de cavalos.

— Esses dois são os meus, o resto é tudo da família – Reyna apontou para Skippy, que levantou a cabeça para observar a garota, relinchando – olá garotão, esse é o Skippy.

— Faz sentido a pelagem dele lembra mesmo um amendoim...e o Guido?

— Aqui – ela apontou para o chão, onde um potro relinchava baixinho – esse pequeno garotão aqui.

— Ai que coisa fofa!

— Eu sei, eu sou a dona deles, você esperava o que? A beleza vem da família.

— Não posso negar – Leo comprimiu os lábios, sorrindo de canto ao vê—la ruborizar e mirar o feno no chão.

— O que o casalzinho está fazendo aí sozinho? – Travis questionou da porta do celeiro, fazendo os dois terem um sobressalto.

— Casalzinho? – o latino murmurou baixinho, franzindo o cenho e negando em reprovação.

— Travis! Vem conhecer meus outros filhos – Reyna acenou, chamando o Stoll.

— Se me deixarem de vela, eu vou bater em vocês! – reclamou, caminhando até os dois e tendo um pequeno sobressalto ao ver o tamanho de Skippy.

— Por que e como deixaríamos você de vela? – A garota colocou a mão na cintura, assumindo uma pose severa e marrenta.

— Nada não, Reyninha linda do meu coração, a Thalia está judiando do seu porquinho lá fora, o que acha de darmos uma olhada? – Travis deu um passo para trás nervoso, temendo virar comida de cavalo ali mesmo.

— Vamos para o lago, o que acham? – ela questionou, tomando a frente e saindo do celeiro.

Reyna caminhou até Thalia, tirando Torresmo de seus braços com um sorriso e colocando no chão, como desculpa que todos iriam para o lago, vendo seus cachorros se aproximarem sorrateiramente do porquinho, que parou desconfiado.

Todos arregalaram os olhos, sabendo que ali jaz porquinho fofo, porém se surpreenderam ao ver Aurum lamber o Torresmo, que caiu para o lado e levantou as patinhas para cima, fazendo os cachorros começarem a pular animados dando a volta no animalzinho, que de vez em quando via uma sombra o tampar.

— Melhor trio que a gente respeita – Reyna sorriu, colocando uma das mãos na cintura e negando em reprovação, notando que eles estavam brincando – vamos para o pedalinho, pessoal!

Assim, chegando lá, a dona da fazenda separou as pessoas em “casais”, colocando cada um em um pedalinho.

Inicialmente ela iria com Connor, porém Aurum apareceu na sua frente e começou a rosnar e latir para o Stoll, que começou a ir para trás. E Argentum rodeava a dona, fazendo com que ela fosse para trás cautelosamente, não entendo o que os dois planejavam até esbarrar contra um corpo esguio, virando para trás pronta para se desculpar até ver Leo, rolando os olhos.

— Vocês só podem estar de brincadeira com a minha cara! – resmungou alto, agarrando o focinho de Argentum e o sacudindo com um sorriso de canto, assim que largou o cachorro latiu – vem para você ver!

Ela sabia que tudo não passava de uma brincadeira, mas eles a fariam ir com Leo, já que Connor já tinha entrado em outro pedalinho com Piper.

— Constrangedor – Reyna murmurou, negando em reprovação e acenando para o latino com a cabeça, indo até o último pedalinho e subindo ali, acompanhada dele.

— Nico pega um pato – Thalia cutucou ele pela milésima vez, fazendo o garoto debater mentalmente se jogar ela no lago poderia lhe custar o emprego ou não – pega Nico, pega um pato, pega, pega, pega!

— Grace eu vou te jogar daqui de cima e você vai nadar com os patos, o que acha? – ele retrucou irritado, rolando os olhos.

— Grosso...— ela resmungou, cruzando os braços, mas segundos depois deu um sorriso de canto – pega um pato?

— Esse passeio vai ser bem longo e torturador, pelo visto – o moreno murmurou, suspirando alto e levando a mão para a testa.

— Eu só quero um pato, é pedir muito? É só você esticar a mão aí e pronto, pegou!

— Algo me diz que você não mentiu sobre sua queda por patos também...

— E você só percebeu agora? – ela retrucou, arqueando a sobrancelha surpresa – você não viu o meu pato de pelúcia enorme no meu quarto?

— Quando eu entro no seu quarto estou ocupado fazendo outras coisas – ele sussurrou baixinho, provocando-a.

— Isso não é hora de me provocar, eu quero um pato!

— Grace vai se fuder e cala a boca!

— MEU IRMÃO TÁ COM O OUTRO CISNEY! – Travis gritou, fazendo Rachel semicerrar os olhos e temer pelo que estava por vir.

— VAMOS FAZER AQUELE CORAÇÃO! – Connor gritou do outro lado do lago, virando o pedalinho para ir em direção a seu irmão, que também acelerou, fazendo com que os dois pedalinhos formassem um coração e sorrindo vitoriosos.

— Agora que fizeram isso, vão ter que dar um selinho! – Reyna sorriu zombeteira, sabendo que iria ter alguém que faria isso, pois sempre que seus primos iam andar de pedalinho tinham essa ideia tosca, então ela inventou essa brincadeira para impedir que o fizessem.

— Que? – Connor murmurou perplexo, não querendo selar seus lábios com o de Piper, que estava do mesmo jeito.

— Ela tem namorado, não vai rolar não! Não quero apanhar – Travis arregalou os olhos levemente, enquanto Rachel apenas observava suas unhas desinteressada.

— Vai ter que beijar, Connor! Desencalha minha irmã, vamos! – Silena pediu, sorrindo maquiavélica.

— Foge – Piper virou-se para o Stoll, que assentiu e começou a pedalar o mais rápido possível ao lado dela, fugindo de Silena.

Quando estavam um pouco mais longe, o garoto se virou para a McLean meio constrangido.

— Me desculpa por isso.

— Pelo que? – Piper argumentou meio confusa.

— Por não te beijar, sabe...

A garota franziu o cenho e semicerrou os olhos, se afastando um pouco do menino.

— Tudo bem...!

— Posso te contar um segredo? – ele disse baixinho, levantando o olhar dos pedais para encara-la, que assentiu – eu estou namorando.

— Parabéns! – Piper deu um gritinho fino, abraçando ele com força.

— Menina segredo não se grita! Fica quieta! – ele retrucou, mesmo que estivesse com um sorriso nos lábios e retribuiu o abraço.

— Me conta tudo! – Piper pediu após solta-lo, voltando a pedalar.

— Não faz muito tempo, mas eu prefiro deixar quieto sobre quem é, porque ela é famosa e tudo, então né?

— Ah – a McLean fez um bico, abaixando o olhar, mas deu de ombros.

— Sinto muito, Pips, mas quando decidimos contar você vai ser a primeira a saber, ok? Nem o Travis sabe!

— Não sei o que? – Travis gritou um pouco atrás, fazendo o menino saltar de susto e a garota ter um ataque de risos.

— QUE ELE ME PREFERE A VOCÊ! – Piper gritou de volta, dando uma risada maquiavélica e abraçando o garoto de lado.

— Ok, chega de rivalidade galera! Vamos se arrumar para ir para a piscina porque vai chegar o horário do almoço e eu vou ter que sair logo para fazer, então vamos lá! – Reyna chegou a borda do lado, saindo do pedalinho e esperando que todos estivessem em terra firme para seguir andando até a mansão – cada um para seus quartos e eu quero todo mundo pronto para ir para piscina em vinte minutos, ok?

Todo mundo assentiu e foram para seus respectivos quartos, colocando seus trajes de banho e tratando de passar protetor solar para não virar um pimentão no sol forte que fazia lá fora.

Em menos tempo do que Reyna pediu, as pessoas já estavam descendo prontas para o banho refrescante de piscina, encontrando a morena encostada no arco da porta com um sorriso.

— Vamos lá! – ela sorriu, saindo da porta e indo para a parte de trás da casa, onde tinha uma grande piscina, que a água estava tão azul que a cegava.

— Estava precisando desse descanso mesmo – Thalia murmurou, respirando fundo e prendendo seus cabelos negros em um rabo de cavalo, enquanto se sentava em uma das espreguiçadeiras e observava a linda visão que eram os meninos sem camisa.

— Que amistoso – Piper negou em reprovação ao ver os garotos já dentro da água jogando uma partida de vôlei, jogando a bola de um lado para o outro como ogros.

— Super fofos, não? – Silena concordou com a irmã, voltando a colocar os óculos de sol e deitar relaxada, esperando pegar um bronzeado.

Reyna saiu correndo e se jogou na piscina em forma de bolinha, espirrando água para todo o lado, assim que submergiu levantou os braços:

— VOU JOGAR TAMBÉM, CAÍ AQUI ESSE É MEU TIME LANÇA ESSA COISA QUE EU MOSTRAR COMO QUE SE JOGA!

— Mais meninas como a Reyna, por favor? – Travis olhou para o céu com um sorriso, sacando a bola, que arregalou os olhos ao ver a Arellano bater na bola e fazer um ponto – eu retiro o que disse.

O jogo ocorreu normalmente até que Percy deu um sorriso zombeteiro e se aproximou de Reyna, acusando-a de roubar e segurando sua cabeça, afundando-a na água por alguns segundos. Porém, assim que ela submergiu, ele não esperava que ela fosse vingativa.

— AH VOCÊ NÃO FEZ ISSO! – ela gritou – ANNABETH EU VOU MATAR SEU NOIVO!

E assim, a pequena subiu nas costas de Percy e afundou a cabeça dele, levantando logo em seguida e afundando de novo, repetindo isso muitas vezes enquanto Annabeth apenas observava a menina revoltada.

— Reyna...— Connor chamou a menina, comprimindo os lábios – MENINA TU VAI MATAR ELE DE VERDADE!

— E VOCÊ ACHA QUE EU TO TENTANDO FAZER O QUE? – ela gritou de volta, se distraindo por míseros segundos que Percy pegou a deixa para a jogar para trás, tirando de suas costas e vendo—a afundar e subir dando risada.

— Meio competitiva, ela, não? – Thalia questionou, semicerrando os olhos e levando-os para Nico, que sentou na borda bagunçando os cabelos negros.

— Depois dessa eu vou até fazer o almoço – Reyna saiu da piscina, passando a mão por seu cabelo para tirar o excesso d’água e olhou para a piscina, onde Leo encarava seu corpo discretamente, a fazendo arregalar os olhos de leve e comprimir os lábios, torcendo para que não ficasse corada, já que havia aparecido assim para ele quando estava a sós em seu apartamento, mesmo sem querer.

Pegou a toalha e passou por seu corpo rapidamente, indo para dentro de casa, identificando que estava sozinha e subindo para o quarto da irmã, porém passou por uma das passagens secretas que a levavam até lá, já que a porta estava trancada.

— Hylla? – chamou, encontrando a irmã jogada na cama de ponta cabeça, olhando para o teto tediosamente.

— Minha vez? – ela questionou com um sorriso, saindo da cama disposta a trollar todo mundo.

— Põe biquíni e se joga no chuveiro porque ta todo mundo na piscina, lembre—se que você tem que ser o mais realista possível – Reyna sorriu, cruzando os braços embaixo dos seios – e outra, vamos descer que eu tento te apresentar o pessoal de longe, para você não ficar perdidona no meio do povo.

— Tá, em um minuto eu chego lá embaixo – respondeu, pegando o biquíni igual o da irmã e indo para o banheiro.

Em alguns minutos, Reyna estava preparando a comida quando sentiu alguém cutucar seu ombro, se virando e chegando a se assustar com o jeito que ambas não tinham nada de diferente.

— Perfeito, agora é o seguinte...— ela puxou a irmã para a parte de trás da casa, explicando quem era quem e deixando nas mãos dela identificar, a largando e desejando boa sorte – e não faz nada, não chega perto do Leo, porque ninguém sabe que a gente...bom, é.

— Não vou prometer nada...— Hylla sorriu malvada, mas piscou logo em seguida – fica tranquila maninha, eu em, parece que não conhece sua gêmea!

— Só vai logo antes que eu queime a comida! – resmungou, voltando para a cozinha enquanto torcia para que tudo desse certo.

Hylla suspirou e caminhou até a área da piscina, entrando no campo de visão dos amigos da irmã e sendo recebida com uma bola, quase tendo um ataque do coração ao notar tarde demais que a bola era para ela, quase acertando seu rosto se não fosse o reflexo de pega-la e disfarçar perfeitamente sacando logo em seguida.

— Mais já fez? – Zoe questionou incrédula com a rapidez da menina.

— Mais ou menos, deixei algumas coisas no fogo baixo para vir aqui um pouco, mas já estou voltando para ver – Hylla respondeu, sorrindo e se sentando em uma das espreguiçadeiras ao lado de quem julgou ser Thalia pelas características descritas por Reyna – então gente, eu estava pensando de fazermos uma fogueira de noite, o que acham? Para contar algumas histórias de terror para ter uma noite bem tranquila.

— Eu não sou muito fã de histórias de terror não – Rachel murmurou insegura.

— É que minha família tem essa tradição, porque a casa já foi lar de alguns escravos a muito tempo atrás então, né? É legal! Garanto que não dá tanto medo – Hylla insistiu com um sorriso, saindo vitoriosa em imitar perfeitamente a irmã.

Depois de passar um tempo com os amigos de Reyna, Hylla decidiu voltar para dentro para trocar de lugar, porém, assim que estava chegando perto da casa, ela ouviu uma voz a chamando e virou para trás, vendo Leo, o namoradinho da irmã se aproximar.

— Ei, eu posso fazer uma coisa? – questionou, se aproximando ligeiramente.

Ela assentiu inconscientemente e arregalou os olhos percebendo que ele se aproximou mais do que deveria, se jogando para trás e caindo na terra ao notar que ele ia beija-la.

— Tudo bem? – Leo questionou rindo da reação exagerada dela.

— É que eu mordisquei um alho e você não vai gostar do meu bafo, sabe como é, né? – retrucou se levantando rápido – eu já volto!

Seguiu para dentro da casa apressada, entrando na cozinha e assustando sua irmã.

— Por que você está suja de terra? – Reyna questionou franzindo o cenho.

— Seu namoradinho tentou me beijar e eu dei a desculpa que você tinha comido um pedaço de alho e me joguei na terra para não o fazer, então vai lá e tasca um beijo naquele gato! – Hylla a empurrou para fora – e não se esqueça de cair na terra!

Reyna foi para fora de casa, porém assim que foi abrir a porta, Leo apareceu em sua visão e a fez ter um sobressalto, não esperando que o garoto fosse estar tão próximo. Mas ela não esperou uma deixa, então apenas passou os braços por seu pescoço e o puxou para um beijo, sentindo-o sorrir entre o beijo.

— E o papo do bafo de alho? – ele murmurou perto dela após encerrarem o beijo.

— Eu escovei os dentes – ela deu de ombros.

— Escovou os dentes só para me beijar, Arellano? – Leo sorriu malicioso, erguendo o olhar para mira-la nos olhos.

— Não brinca com a sorte – retrucou. Em partes ele estava certo, o que, diabos, Leo Valdez está fazendo comigo? Reyna pensou consigo mesma, contendo um suspiro.

O Valdez olhou para sua mão na cintura dela e acariciou ali, escorregando sua mão devagar e roçando seu polegar na pele dela até chegar um pouco abaixo do quadril, perto demais de sua intimidade, parando em cima da tatuagem que ela tinha ali.

— O que significa? – questionou, sentindo ela travar em seus braços e ficar estática por alguns segundos, sem nem mesmo respirar.

— Tira a mãozinha daí, tira – ela piscou, voltando a realidade e pegando a mão dele, tirando de seu corpo, sentindo suas bochechas queimarem loucamente.

— Desculpa...— o latino murmurou constrangido, se afastando completamente dela e engolindo em seco.

— Está tudo bem – ela sorriu nervosa, levando uma das mãos para o cabelo, bagunçando-os – eu fiz essa tatuagem antes de ir para a cidade grande, para lembrar de como era a vida aqui na fazenda...dos bichos e tudo...

— E por que um coração?

— Porque obviamente simboliza meu amor por isso.

— Por que aí?

— Alguns empregos implicam com tatuagens e eu não queria que fosse algo chamativo, então eu fiz em um lugar que só eu e as pessoas que me vissem de biquíni soubesse da existência – ela explicou, dando de ombros.

— Pelo visto esse almoço está longe de ficar pronto – Thalia apareceu ao lado deles, cruzando os braços com um sorriso transbordando malicia – que feio, Rey! Se distraindo em vez de fazer comida para alimentar seus amigos.

— Na verdade já está pronto e eu estava indo chamar vocês, porém esbarrei com o Leo antes de chegar lá, desculpe! – a Arellano mentiu perfeitamente, sorrindo fofa ao terminar de falar e acenando para dentro da casa, onde o almoço já estava na mesa e lembrou de agradecer Hylla por ter arrumado enquanto ela conversava com Leo.

— Estou faminta! – Zoe murmurou ao sentir o cheiro da comida, sentando-se e se servindo, assim como o resto do pessoal.

Depois do almoço, cada um foi para um lugar esperar que a disposição voltasse, enquanto Leo se pegou andando pela fazenda e observando Hylla brincar com Torresmo, ela estava sentada na grama enquanto o porquinho rolava a sua frente, roncando.

— Rey! – Leo exclamou, chamando atenção da menina quando já estava perto, sorrindo e sentando ao seu lado pronto para iniciar uma conversa – eu preciso perguntar uma coisa que eu achei estranho!

— Oi, Leo – Hylla tentou sorrir meiga igual sua irmã – pergunte!

— Então, como eu contei para você mais cedo, ontem alguém estava no quarto dos meninos e isso me deixou meio desconfiado, sabe? Será que é possível existir passagens secretas por aqui?

Hylla olhou para o horizonte por alguns segundos antes de responder, praguejando ao lembrar que seu disfarce fora buraco a baixo (literalmente) com aquele gato aparecendo a sua frente, mas se virou e sorriu novamente.

— Eu não sei de nada não! Agora se importa se eu ir alimentar os animais? Prometo que falo direito com você mais tarde, ok?

Ele assentiu, vendo-a se levantar e praticamente correr para o outro lado, sumindo de sua vista. Mas isso não foi o mais estranho. O mais estranho foi ver Reyna voltar pelo outro lado em menos de segundos, fazendo-o franzir o cenho e chama-la novamente.

— Rey! – gritou, vendo-a olhar para ele e morder o lábio inferior nervosa, mas vindo em sua direção tentando disfarçar o ato.

— O que foi, Valdez? – questionou quando perto o suficiente.

— Conte-me mais sobre essas passagens secretas! – Leo pediu, analisando a reação da garota a sua frente, que se agachou e desviou o olhar dele.

— Que passagens?

— As que você estava me contando mais cedo...

— Ah, tá! Eu não sei muito, elas eram usadas pelos escravos para eles terem acesso a casa sem precisar passar pelo campo e pegar chuva e correr o risco de estragar os alimentos, muitos até se escondiam ali para fugir dos donos...só isso que eu sei – ela sorriu, voltando o olhar para o garoto.

Hum...legal! – respondeu, vendo-a se levantar.

— Nos falamos depois, ok? Por favor ajunta o pessoal para ir para a casa, logo nós vamos começar a tradição de família, contar as histórias de terror, e eu vou pegar lenha para por na fogueira que vamos fazer...

Leo assentiu se levantando também e rumando a casa, começando a formar teorias sobre o que estava acontecendo com a Arellano durante essa viagem, já que claramente ela estava estranha e uma Reyna estranha não era nada normal.

Já dentro de casa, Thalia estava com os quadris encostados na mesa enquanto fitava o sol se pôr pela janela da cozinha, sorvendo a água que estava no copo em suas mãos pouco por pouco, até que alguém literalmente esbarrou nela.

— Porra eu sou invisível? – resmungou, olhando para o di Angelo, que sorriu de canto.

— Depende do que você julga invisível, já que nem na minha cara direito você olhou desde o começo dessa viagem...e quando olhou ficou me infernizando para ganhar um pato!

— Eu ainda quero um pato! Mas sinto que eu não vou conseguir pegar...— Thalia comprimiu os lábios e colocou o copo na pia.

— Mas você vai conseguir pegar outras coisas – ele retrucou, a puxando pela cintura e sorrindo malicioso.

— O que? – a Grace questionou inocentemente, arqueando a sobrancelha.

— Deixa eu te mostrar – ele alargou o sorriso antes de selar seus lábios em um beijo que ela não demorou nada a retribuir, tendo a vez de sorrir entre o beijo e levar as mãos para o abdômen dele, arranhando ali de leve, porém quando o ar foi necessário eles se afastaram e ela não o deixou beijar seu pescoço.

— di Angelo, não! – ela murmurou, rindo junto com ele quando novamente tentou, falhando miseravelmente – o que acha de nos encontrarmos depois que todo mundo dormir para ficarmos um pouco a sós?

— Acho uma proposta bem ousada – respondeu – mas eu gosto de coisas ousadas, então, por que não?

— As três da manhã, no ônibus? – Thalia arqueou a sobrancelha, fazendo-o sorrir.

— Vou esperar ansiosamente para isso.

A Grace se virou para sair, mas se lembrou de perguntar algo para ele que era extremamente importante.

— Ei, você trouxe...é...é! – ela ruborizou, abaixando o olhar.

— Camisinha? – Nico disse baixinho, sorrindo ao vê-la corar mais ainda.

— Ok, isso foi uma confirmação – a chefe se virou para sair novamente, porém ele segurou seu braço.

— Estranho você perguntar, já que pouco se importou com isso até agora...

— É que a praga do Jason é forte, se ele ousar mencionar é capaz que o remédio dê merda e vai fuder tudo, sabe como é, né? – ela puxou seu braço, se soltando – até mais, di Angelo.

E assim entrou na sala, se acomodando no sofá.

Reyna chegou na casa pronta para contar as histórias e pregar uma peça nos amigos, porém antes que conseguisse passar pela porta de entrada, alguém a puxou, e se fosse Hylla, com certeza ia bater na irmã por ter a matado do coração.

— Por que mentiu para mim?

Claramente não era Hylla. Suas costas estavam firmes contra a madeira da casa e ela sentiu o corpo de Leo fazer pressão no seu, a mantendo encurralada.

— Leo, tudo bom? Sabia que isso não se faz? Assustar os outros que moram em uma fazenda no meio do mato? Eu ia te dar um chute, sorte a sua que notei que era você antes disso! – Reyna disparou a falar, sentindo a pressão do corpo dele aumentar contra o seu – e sabe que vai me matar assim, né?

— Por que mentiu para mim, Reyna? – ele voltou a perguntar, segurando seu rosto e forçando-a olhar em seus olhos – eu não sou muito fã de mentiras.

— Eu não sei do que você está falando, Valdez – a garota trincou o maxilar, querendo bater no garoto por estar tão perto e a apertando tanto – Leo eu tenho peitos, sabia?

Ele se afastou levemente, para desfazer um pouco do aperto, mas continuou perto o suficiente para que ela sentisse seu hálito.

— Me fala porque mentiu.

— Eu não menti...quer saber? Me deixa ir que logo você vai descobrir o que está acontecendo, só espera mais um pouquinho! – ela subiu seus olhos negros e o observou, notando que ele hesitou alguns segundos antes de solta-la por inteiro, que não perdeu tempo em puxa-lo para dentro da casa pela mão, o empurrando para sala – cheguei, estão todos aqui?

Cada um começou a contar uma história que julgou ser assustadora, enquanto Reyna apenas ouvia e tentava ignorar os olhos intensos de Leo nela, a analisando durante muito tempo, até que ela se pronunciou contando uma história sobre a casa onde ela vivia, deixando uma última para ser contada e se levantando para pegar marshmellow.

Ela parou em frente ao espelho que havia ali, se analisando e arrumando o cabelo, franzindo o cenho e virando de costas, porém ao fazê-lo, segurou o riso em sua garganta ao saber que seu reflexo, vulgo Hylla, permaneceu virada para frente. E foi assim, com um único virar da cabeça da gêmea, que todo mundo, menos Leo, começou a gritar loucamente e levantar, indo para o outro lado, enquanto Reyna começou a rir e teve que sentar no chão, já que não se aguentava.

— VOCÊ TÁ RINDO DO QUE, GAROTA? – Silena gritou desesperada, agarrada na outra extremidade do sofá.

— De vocês! – ela respondeu como se fosse óbvio, respirando fundo e observando Hylla nem se mexer como reflexo – você é tão filha da mãe, não? Nem quando eles estão morrendo, você fica com essa cara de morta me encarando!

Hylla sorriu, começando a rir e saindo de dentro do espelho, abraçando a irmã.

— Gente, apresento—lhe a vocês a praguinha da minha vida: Hylla Arellano! – Reyna sorriu – e como vocês podem ver, acho que ninguém desconfia, mas mesmo assim vou falar, né Percy? Que ela é minha irmã gêmea.

— Então era você – Leo comprimiu os lábios, tendo continuado no sofá e confirmando sua teoria – você tem alergia a gatos.

— Tenho sim, e muita! – Hylla respondeu se desvencilhando da irmã e colocando a mão na cintura, assim como a própria – eu só queria conhecer nossos alvos da vez, e olha que foi muito bom entrar no quarto de vocês de noite!

Reyna chocou a mão contra a testa, ruborizando com o que a irmã fazia.

A essa altura, todos já estavam de volta a seus lugares e negavam em reprovação depois do susto que levaram.

— Você! – Hylla apontou para o di Angelo, que arqueou a sobrancelha – que corpão, em?

Reyna novamente chocou a mão contra a testa, negando em reprovação e querendo se enfiar em um buraco e nunca mais sair.

— Hylla ele é meu chefe! Sai daqui, sai – ela começou a conduzir a irmã gêmea de volta para dentro do espelho, que na verdade era uma passagem.

— Você é bem bonito, em? PRAZER EM TE CONHECER! – Hylla foi empurrada para dentro do espelho, que foi fechado – REYNA ABRE ESSA MERDA! A SAÍDA É LÁ NO CELEIRO NÃO ME FAZ DAR ESSA VOLTA TODA NÃO, REYNA!

— Boa sorte na sua caminhada, Hylla! – retrucou a irmã, negando e sentindo suas bochechas queimarem em vergonha – Me desculpe por ela...acontece que Hylla é meio tarada...

— COMO SE VOCÊ NÃO FOSSE, NÉ? A DIFERENÇA É QUE EU FALO E VOCÊ NÃO! – a garota rebateu de dentro da passagem.

— EU VOU TRANCAR A DO CELEIRO TAMBÉM E VOU DEIXAR VOCÊ AI DENTRO! – Reyna retrucou, cruzando os braços.

— VOCÊ NÃO OUSARIA! – Hylla semicerrou os olhos, chegando o ouvido perto da porta.

— Estou indo! – a garota começou a se afastar, fazendo Hylla arregalar os olhos e começar a correr na direção que as passagens levavam, xingando a irmã mentalmente – trollei, de novo!

— Eu posso admitir que nunca esperaria isso de você, Reyninha! – Travis levou a mão até o coração, surpreso.

— Eu sei, por isso mesmo que eu fiz – a referida sorriu fofamente, se sentando no sofá e esperando a hora que Hylla voltaria – a propósito, foi ela na piscina com vocês...quer dizer, até acabar o jogo e eu sair da piscina, era eu mesmo, depois era ela!

— REYNA AVILA RAMÍREZ—ARELLANO! – Hylla gritou do lado de fora da casa, abrindo a porta, mas não entrando – você deixou o Guido sair de novo? E TEVE A OUSADIA DE NÃO ME AVISAR? SABE O QUE ACONTECEU?

— Você pisou nas fezes dele? – ela sorriu divertida.

— Obviamente! Aquele potrinho não sabe avisar quando caga não? – retrucou a gêmea enfurecida, arrancando as botas e agradecendo por estar com elas, não sujando seu pé.

— Bem feito – Reyna mostrou a língua como uma criança, sorrindo logo depois.

***

— Uma chefe que não cumpre o horário? – Nico questionou sem olhar para ela, mas sabendo que era Thalia que tinha entrado no ônibus.

Assim que ele a olhou, quase engasgou com a própria saliva e arregalou os olhos, sentindo seu coração falhar uma batida ao vê-la com uma lingerie preta, botas de cano alto também pretas, uma blusa quadriculada grande que batia em suas coxas aberta e um chapéu de cowboy.

— Thalia Olympus Grace, você quer me matar? – ele questionou, descendo o olhar pelo corpo dela sem conseguir distinguir se era mesmo realidade ou era só mais uma das fantasias que tinha com ela.

— Se eu fosse você falava menos e aproveitava mais...— ela sorriu maliciosamente, escorregando a blusa por seus ombros e deixando-a agrupada em seu cotovelo, não se despindo por completo da peça, caminhando até ele e sentando em seu colo sem cerimônia, selando seus lábios em um beijo sedento por mais.


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Notas finais do capítulo

Hey cambadinhas!
Nós vamos terminar essa semana e juramos responder todos os comentário do amor, ok? Continuem com a gente, por favor!
Kisses com Trovoadas das Gêmeas ♥



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