Império escrita por Miranda Homer, Melissa Homer


Capítulo 14
Vesgo, né?


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui é as irmãs Homer!

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Boa leitura!



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Nico di Angelo tentou se mexer para ficar mais confortável no lugar em que estava deitado, começando a sentir câimbra na perna, porém, ao fazer isso, ouviu um resmungar bem gentil:

HUM!

O moreno abriu os olhos sonolento, tendo um sobressalto ao notar que tinha um ser humano deitado em cima de si, se assustando mais ainda ao ver que era sua chefe só de lingerie, não lembrando de ter feito nada com ela.

Sem querer esbarrou no controle da televisão, que estava ligada, arregalando os olhos ao ver que estava cinquenta minutos atrasado, começando a chamar a Grace desesperadamente.

— Thalia! THALIA!

— Que? — ela resmungou, sentindo seu corpo ser jogado para o lado, sentindo seus olhos marejarem ao bater o nariz contra o sofá.

— Estamos atrasados, já é seis e cinquenta!

A garota arregalou os olhos e se levantou correndo, entrando em seu quarto e abrindo o closet, pegando o primeiro vestido que viu pela frente e vestindo, indo para o banheiro e escovando os dentes apressada, enquanto colocava seus saltos.

Nico terminou de colocar seu sapato, vendo-a aparecer na porta com a bolsa, passando maquiagem.

— Vamos, termino no elevador!

Ele saiu para chamar o elevador, e ela saiu, fechando a porta enquanto jogava o rímel dentro da bolsa e passava as mãos no cabelo, dando um jeito de arruma-lo.

— Minha bolsa...— Nico começou, porém ela o cortou:

— Foda-se depois você pega!

A garota o puxou para dentro do elevador, apertando o botão desesperadamente, temendo quebra-lo sem querer. As portas se fecharam e ela se virou para o espelho, franzindo o cenho ao ver o cabelo todo bagunçado.

— Droga! — praguejou baixo, levando as mãos para o cabelo e fazendo um coque frouxo, puxando alguns fios para deixar de um modo despojado, parecendo que demorou horas para fazer o penteado, que na verdade demorou três segundos.

Ela se virou para Nico, arregalando os olhos ao ver o estado do menino.

— Tá muito ruim? — ele questionou, olhando para o espelho e suspirando alto.

A chefe levou a mão até os cabelos negros dele, bagunçando-os mais ainda, dando um ar sexy, como se fosse proposital.

— Você não escovou os dentes, né? Pega essas balinhas! — Thalia enfiou as balas na boca dele, sem nem deixar o garoto ver se era realmente bala ou era veneno.

O elevador deu indícios que iria parar, fazendo-a selar seus lábios com os dele em um beijo rápido, se afastando assim que as portas se abriram.

— Isso foi para você acordar, agora vamos! — ela o puxou para fora do elevador, seguindo até a moto do garoto, não esperando a permissão dele para pegar o capacete e colocar, sendo seguida por ele, que logo estava dirigindo o mais rápido possível pelas ruas movimentadas de New York.

— Se comentarem alguma coisa do seu atraso, eu vou fingir que vou te dar uma bronca, ok? — Thalia questionou — aliás, para na cafeteria que vou ficar por lá algum tempo, para não entrarmos juntos.

Nico apenas assentiu, parando em frente aonde ela pediu, esperando que ela descesse e acelerando até a revista, só respirando fundo quando estava passando pelas portas de vidro e entrando no elevador.

Thalia entrou na cafeteria, pedindo um expresso e se sentando em uma das mesas, sabendo que não precisava cumprir o horário, já que quando Zeus era chefe, ele nem mesmo aparecia na revista, entretanto preferia ir na mesma hora que todos.

Me perguntaram de você – Nico.

Que novidade! E o que você respondeu? – Thalia.

Falei que não sabia de você desde ontem – Nico.

Fez bem – Thalia.

Logo mais eu apareço aí, vou tomar café – Thalia.

Poxa, poderia trazer um para mim, né? – Nico.

Vou pensar no seu caso – Thalia.

Os pensamentos da garota foram cortados pela atendente, que sorriu acolhedora e deixou o café na mesa da Grace, que retribuiu o sorriso e suspirou alto.

Seus olhos miravam o cardápio do lugar, só avaliando os preços mesmo, enquanto tomava seu expresso com calma e pensava no que Nico poderia gostar, não se lembrava do que Rachel havia pedido para ele quando a acompanhou.

Ela viu uma silhueta sentar-se no lugar vazio a sua frente, levantando o olhar pronta para dispensar qualquer um que fosse, porém parou ao ver que era um cara extremamente bonito.

— Ah..., oi?! – Thalia deu um sorriso.

— O que uma moça tão atraente como você faz sozinha a essa hora enquanto toma um café? — o homem retribuiu o sorriso.

— Você está aqui, não está? — ela retrucou, apoiando os cotovelos na mesa e deixando o café a sua frente.

— Eu sou Jake, Jake Mason — o moreno se apresentou, esticando a mão, tomando a dela e deixando um beijo no torso — me daria a honra de saber o seu?

— Thalia Olympus Grace.

Jake arregalou os olhos, reconhecendo o nome e não sabendo ao certo como agir para continuar a conversa, já que a garota era bem famosa.

A Grace comprimiu os lábios, vendo a reação dele e respirando fundo, pegando seu celular, mostrando desinteresse no garoto.

— Perdoe-me pela minha reação, é que eu não esperava que alguém tão famosa assim como você estaria aqui — o moreno tentou contornar a situação, obtendo sucesso ao observar um sorriso nascer no canto dos lábios dela.

— Está tudo bem, mas e você? O que faz por aqui as sete e dez da manhã? — Thalia bloqueou o celular, deixando-o na mesa e resolvendo prestar atenção nele.

 — Eu gosto de ir andando para o trabalho e quase sempre passo por aqui, porém quando te vi tive que vir até aqui falar com você!

Um ponto para você, gracinha. Thalia pensou consigo mesma.

— E o que te chamou atenção? — ela questionou, arqueando a sobrancelha.

— Não é tão costumeiro ver tanta beleza em uma única pessoa — Jake respondeu, sorrindo.

A Grace olhou para celular, que vibrava sem parar.

Thalia? – Nico.

Thaliaaaa? – Nico.

THALIA??? – Nico.

O que você está fazendo que não está me respondendo? – Nico.

O filha da puta não me faça sair daqui e ir aí! – Nico.

Você está estragando meus flertes aqui, da licença? – Thalia.

Agora que você vai falar comigo mesmo! – Nico.

THALIA GRACE SE VOCÊ OUSAR BLOQUEAR ESSE CELULAR EU VOU APARECER AÍ – Nico.

O que você quer criatura endemoniada? – Thalia.

Eu quero um café, ue! – Nico.

Vem comprar, osh! – Thalia.

PERA NÃO VEM NÃO! – Thalia.

Nico se levantou da cadeira o mais rápido possível, ignorando a mensagem de aviso que não era para ele ir, saindo da sala.

— Rachel eu vou ir comprar café!

— Você não quer que...— a ruiva começou, vendo-o sumir de sua visão — não? Ok!

— Foi muito interessante te conhecer, mas eu preciso ir! — Thalia levantou a mão, pedindo sua conta.

— Poderia me passar seu número? — Jake questionou, vendo-a sorrir de canto e pegar um guardanapo, tirando uma caneta da bolsa e anotando o número, entregando para o moreno e pegando a carteira, tirando o dinheiro dali e deixando em cima do papel da conta, porém, antes que pudesse levantar, ela congelou.

— Thalia! Quanto tempo, não?

A Grace chocou a mão contra a testa discretamente, sendo puxada para um abraço, que a manteve em pé, sentindo as mãos do di Angelo em sua cintura, enquanto seus lábios iam para sua bochecha.

— Quem é esse ser esquisito? – Nico questionou, sentindo a unha da Grace o beliscar discretamente – ah, desculpe! É que seu olho incomodou um pouquinho...vesgo, né?

Thalia novamente chocou a mão contra a testa, se desvencilhando dos braços do di Angelo e se inclinando de leve.

— Me desculpe por isso, ele é um ridículo sem noção! Me ligue...— a morena deixou um beijo demorado na bochecha de Jake, que sorriu quando ela se afastou e caminhou até o caixa ao lado do garoto que havia surgido do nada.

— Por favor um expresso — Nico pediu, pagando e esperando o copo, se virando para observar o garoto, que passava a mão no cabelo e mexia no celular, adicionando um número.

Thalia observava o café cair na jarra de vidro, quando notou que estava sendo observada, virou os olhos para Nico, que a encarava com um bico de reprovação e com as sobrancelhas arqueadas.

— O que eu fiz agora? Vai sentir ciúmes da cafeteira também?

— Primeiramente: eu não estou com ciúmes! — o di Angelo respondeu, pegando o copo e agradecendo enquanto rumava a saída ao lado dela — e segundo: eu gosto de observar as gotinhas caindo também, é legal! Terceiro: você deu o número para ele?

— Você não daria? — ela retrucou, rolando os olhos.

— Sem noção? Sério? — Nico se referiu a quando ela falou com o Jake.

— Vesgo? Sério? — a Grace retrucou, cruzando os braços.

— O que? Eu sei que aquele cara não é o seu tipo, então deveria me agradecer!

— Ah, não? E qual é o meu tipo, di Angelo?

Nico fez um gesto com a mão, se referindo a si próprio.

— Dã! Eu!

— O Percy é parecido com você, e ele também! — ela retrucou, negando em reprovação.

— Mas só existe um delícia chamado Nico, e esse Nico sou eu Nico!

Uhum, tá! — Thalia continuou negando, passando pelas portas de vidro ao lado do di Angelo, que parou de reclamar e apenas se calou, acompanhando-a.

Antes que eles entrassem no elevador, Thalia agarrou o braço do moreno, tendo uma ideia.

— Eu tive uma ideia! Faz um favor para mim?

Eles entraram no elevador, apertando o andar que iriam.

— Depende.

— Depende o caralho, vai fazer sim porque eu sou sua chefe e eu to mandado! — Thalia gesticulou apressada, fazendo-o semicerrar os olhos com receio.

— E o que você quer que eu faça, chefe?

— Tira o Percy e a Annabeth daqui, arruma qualquer desculpa, mas só tira!

— O que você vai fazer? — ele questionou, vendo as portas abrirem e ela sorrir travessa, o deixando para trás.

— Você vai ver quando voltar!

A Grace se apressou em procurar Rachel, puxando-a para dentro do escritório de Nico, fazendo a ruiva apertar as mãos nervosa, pois o chefe não gostava muito quando invadiam seu escritório quando ele não estava.

— Ele pode ficar bravo, Thalia! — alertou a garota, olhando em volta.

— Vai nada, acabei de esbarrar com ele ali no elevador! Só relaxa e me escuta...— a Grace começou a contar o que tinha planejado, fazendo a garota topar na hora.

Enquanto isso, Nico estava entrando em uma limusine, esperando que Percy e Annabeth fossem lerdos o suficiente para que ele passasse certinho para o motorista o que ele deveria fazer.

— Então, a cada vez que eu perguntar se estamos chegando, você fala que falta cinco minutos, e fica dando voltas pela cidade, tudo bem? — ele questionou, vendo o motorista assentir e olhar pelo retrovisor o casal entrar no banco de trás. Deu partida no carro e rumou a rua.

Nico se sentia cada vez mais desconfortável, já que estava no banco de frente para o casal, que se pegavam sem pudor algum, deixando o garoto de vela máster.

Vai demorar muito aí? – Nico.

Um pouquinho – Thalia.

AH PELO AMOR ANDA LOGO COM ISSO PORQUE EU TO DE VELA! – Nico.

Thalia começou a rir, negando em reprovação e imaginando o que o casal deveria estar fazendo na limusine.

— Mas, Nico, para que você precisa de nós? — Annabeth questionou, porém Percy não o deixou responder, puxando o rosto da noiva para si novamente e a fazendo esquecer que ele estava ali.

Ele. Tá. Com. A. Mão. Embaixo. Do. Vestido. Dela. – Nico.

Sinto em lhe dizer, mas acho que você vai presenciar um sexo selvagem – Thalia.

NÃO FALA ISSO! – Nico.

Entra no meio, vai saber se não sai alguma coisa boa daí? – Thalia.

O moreno fechou os olhos com uma careta, bloqueando o celular e fingindo que não havia lido aquela sugestão, mirando a cidade passando lá fora, torcendo para que a Chase não soltasse gemidos, porque poderia ser bastante constrangedor, mais do que já estava sendo.

— Percy! — Annabeth chamou a atenção do noivo, assim que viu que estava longe demais, tendo que prender um gemido em sua garganta — olha o Nico ali!

— Ele não liga! — Percy retrucou, puxando a noiva para mais um beijo.

— Podem ficar à vontade...— o di Angelo murmurou quase inaudível.

Ele voltou a pegar o celular:

Eu vou te matar – Nico.

Você vai ficar bravo ou puto (ou os dois) se eu falar que já poderia ter te chamado a dez minutos? Só que quis deixar você aí? – Thalia.

Definitivamente eu vou te matar – Nico.

Ele se virou discretamente para o motorista, assentindo como um sinal que já poderiam voltar para a revista novamente.

— Percy, com o Nico aqui não! — Annabeth exclamou, tirando a mão dele do meio de suas pernas.

Nico suspirou aliviado, sabendo que não iria ficar traumatizado graças a loira sensata, que, por mais que quisesse fazer coisas a mais, não faria com ele ali.

— Por que ficamos dando voltas? — a loira questionou, vendo o carro parar na frente da empresa.

— Não questionem, apenas entrem calados! — Nico pediu, saindo da limusine primeiro e esperando os dois para subir para o último andar, indo até a sala principal, entrando primeiro e fechando a porta, indo para o lado de Silena.

Assim que a porta fora aberta, todos gritaram um “surpresa”, mostrando o café que haviam preparado às pressas para comemorar o noivado dos dois. Todos gritaram pedindo um beijo, porém, Nico negou em reprovação e preferiu mirar a parede em vez deles se agarrando de novo.

— E como foi no carro? — Thalia se aproximou dele com um sorriso malvado — foi boa a experiência?

— Eu só não te mato aqui, porque tem muitas testemunhas! — ele retrucou, forçando um sorriso, como se não estivesse a ameaçando.


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Notas finais do capítulo

Hey cambadinhas!

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Kisses com Trovoadas das Gêmeas ♥



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