Paixões de Fortune. escrita por Jeongguk2


Capítulo 2
Capítulo Dois: A lâmina sinistra.


Notas iniciais do capítulo

Um pouco de Fluffly pra vocês!



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Cinco anos atrás, 2013. 

Fortune corria entre a floresta, estava cansada, porém sua vida estava em jogo. Se pegou discutindo com um marujo de alta patrulha, e agora, seus soldados corriam atrás de si, com um único objetivo; ter sua vida em mãos. 

A mulher, quando menos se viu, estava jogada no chão com um corte no braço. Havia se cortado em um galho, enquanto corria desesperadamente. Pela primeira vez, sentia medo. 

Medo de perder sua vida, medo de não poder fazer as promessas que fez ao seu pai, o grande capitão dos mares. E medo de não poder mais desfrutar sua vida, com ganancia e poder. Como ela sempre fez. 

Se levantou cambaleante, se encostando em uma árvore para descansar. Pelo que percebeu, os marujos haviam ido para o outro lado, o que lhe daria alguns minutos de descanso. 

Rasgou sua blusa — com muito desgosto e pena, já que era uma de suas prediletas — e colocou em seu braço, apertando. Iria estancar o sangue por algum tempo, até voltar para a vila. 

Sua principal missão ali na vila que até então era desconhecida por si, era simples, porém eficaz; conseguir a distração do Marujo para enfim, conseguir seu tão precioso tesouro. O maior tesouro que os Fortune's iriam ter na vida. 

E Sarah iria marcar sua família, com sua existência, nome. Porém, as coisas saíram do plano, quando a mesma percebeu que o marujo era inteligente demais, e percebeu suas reais intenções, e foi assim que ela se viu correndo entre as florestas. 

Soltou um suspiro aliviado, a dor já havia passado um pouco, porém a ardência ainda era presente. Teria de fazer algo antes que tivesse de amputar o braço. 

Se levantou contra-gosto e cambaleante, começou a andar em direção á qualquer lugar seguro, porém seu medo de dar de cara com os soldados do Marujo eram maior. Teria de ter cautela e cuidado. 

Sua visão estava turva, ela encarava tudo de mal jeito. A pressão que a blusa fazia no seu braço recém cortado era gigantesca, e de um jeito, sua pressão subiu. 

Teria de parar para descansar, mas se parasse, iria morrer lentamente. Decidiu prosseguir o caminho, estava vendo uma cabana e um riacho do lado, talvez se ela molhasse o machucado... 

O corpo desmaiado de Fortune caiu na grama suja, fazendo um estrondo. 

[ . . . ]

Sarah abriu os olhos, olhando ao redor, se deparando com uma cabana feita de madeira e simples. Olhou para seu lado, se deparando com um corpo virado de costas, porém dava para perceber que era uma mulher. 

Era uma assassina, julgou-lhe pela suas vestimentas, e pelo grande corte em sua cintura. 

— Onde... eu estou? — Decidiu por fim, se pronunciar, atraindo a atenção da ruiva, que se virou, e Fortune corou por tamanha beleza, porém o rosto era conhecido por si, era Katarina, uma grande assassina de piratas da Ilha de Sentina. 

Seria ela, mais uma vítima? 

— Finalmente a dorminhoca acordou... Sabia que foi um trabalhão te trazer pra cá? Seus peitos são bonitos, porém pesados demais. — Katarina riu, se sentando ao lado de Fortune, que pela primeira vez desde que acordou, levantou o lençol e viu-lhe com uma toalha. 

A assassina teve a audácia de tirar-lhe as roupas... Ninguém sequer havia visto seu corpo nu, por quê diabos Fortune era tão fraca? Repreendeu-se mentalmente, bufando, atraindo a atenção de Katarina. 

— Foi necessário tirar sua roupa. Ela estava suja de sangue, quando você desmaiou, a blusa amarrada no seu braço se desfez e o corte se abriu, espalhando sangue por seu corpo. — Explicou, entregando uma xícara de chá quente — Tome. É pra melhorar sua dor. 

— Por quê está cuidando de mim? Me quer com saúde para depois me matar e colocar de enfeite na sua cabana de merda? 

Katarina arregalou os olhos com tamanha audácia, porém suavizou o rosto e riu. A peituda era uma mulher engraçada demais, iria morrer de rir a qualquer momento. 

— Eu entendo que a família Du Couteau tenha essa fama de assassinos de piratas, principalmente eu e Talon, mas... — Deu uma pausa dramática, que chamou a atenção de Fortune, dando-lhe uma chance de reparar nos detalhes na assassina á sua frente. Os cabelos ruivos e grandes, os seios medianos e fartos, as roupas curtas, e as cicatrizes charmosas. Tudo em Katarina seria perfeito, se ela não fosse uma assassina. A assassina que matou seus soldados, que lhe deu derrota em várias batalhas. — Você é diferente. Seu charme me... deixou feliz, pela primeira vez em anos, eu senti o que é amar. 

— Você está blefando, como você me amaria se sequer sabe quem eu sou, ou sequer me conhece? Por favor eu prefiro morrer do que ouvir suas bobagens...

Sentiu o dedo fino de Katarina em seus lábios, a calando. E viu a mulher se aproximar de si, e logo sentiu sua respiração se intensificar, seu rosto obviamente estava vermelho, já que viu a ruiva a sua frente sorrir cinicamente. 

— Você... é bela. — Katarina disse, lambendo os lábios de Fortune, que soltou um grito. 

— PERVERTIDA! — Sarah se levantou, caindo da cama e gritando internamente. Ainda estava fraca, se continuasse assim, seria abusada por Katarina. 

E Katarina riu, se levantando e pegando uma bolsa com roupas de Fortune, colocando em sua mão, e colocou Sarah em suas costas, a carregando. 

— O que está fazendo, pervertida? 

— Pare de reclamar pelo menos uma vez, Fortune. — Katarina bufou, carregando a pirata em suas costas e pulando nos galhos cuidadosamente, a procura da vila. 

E pela primeira vez desde que Miss chegou ali, ela sorriu. Sorriu de alegria, amor, ou qualquer coisa relacionado á felicidade. 

Fortune havia se apaixonado por sua pior inimiga. 


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