O Bom Menino escrita por Pedro Haas


Capítulo 1
Parte 1




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O verde não é a cor mais comum do mundo onde Saleh vive, pelo menos não o verde mais vibrante. Tudo parece meio árido, meio marrom. Tudo parece sujo, mas ele já está acostumado. Pra um garoto de apenas 9 anos, já estava bom.

Nada pareceu mudar no orfanato de St. Marie desde que ele se mudou para lá. As freiras não eram muito boas com limpeza, nem com matemática, mas faziam o possível. Era uma casinha perdida no meio do nada na Somália, um país esquecido. Basicamente. Mas a missão que St. Marie começou ali conseguiu perdurar graças a caridade da igreja e das freiras. A irmã Sarah é a professora, e a que mais sabe lidar com as crianças magricelas de St. Marie, que agora estavam brincando de futebol ou qualquer outro esporte que Saleh não podia brincar.

As crianças sempre o deixavam de fora das brincadeiras, mas ele preferia pensar que não sabia brincar, portanto não brincava para não atrapalhar os outros.

Saleh não se importava realmente, ele tinha uma outra brincadeira mais interessante: Observar o horizonte. Seus olhos brilhavam enquanto ele observava cada aspecto da natureza a sua volta. Seus olhos eram prateados, a cor mais rara do mundo, foi o que lhe disseram. Talvez por isso as outras crianças tinham receio de andar com ele.

Não. Não era isso. Saleh sabia muito bem o motivo de estar sempre separado de todos. Era sua maldição, que o acompanhou desde o nascimento. O sino tocou, era hora das crianças entrarem, se limparem com a pouca água que tinham e voltarem para a sala de aula. Era hora preferida de Saleh, a hora em que ele esquecia sobre sua maldição enquanto lia e aprendia sobre o mundo que existe lá fora. O mundo que ele sonha em ver um dia.

— Hey! Leão! – a bola de farrapos que as crianças estavam usando pra jogar foi jogada na cabeça de Saleh, que estendeu a mão e a bola parou no ar.

Saleh olhou para trás e viu as crianças, que antes estavam rindo dele, aterrorizadas. Ele havia feito de novo, havia usado sua maldição e nem havia percebido. Por um segundo, ficou tentado a jogar de volta a bola neles, odiava ser chamado de Leão e todos ficavam pegando no seu pé com isso. Tudo isso por que ele rosnava quando chegavam perto dele no início, e por causa dos seus olhos. Mas a irmã Sarah havia ensinado a controlar seus impulsos, cuidava dele, pedia para que não fosse violento, então o mínimo que ele podia fazer é ignorar as brincadeirinhas por ela.

Saleh se levantou e a bola caiu no chão, ele a pegou e olhou para as crianças. Elas estavam com medo. Medo dele.

Saleh olhou para o orfanato, a irmã Sarah estava observando tudo um pouco angustiada. Ela estava lá por ele, enquanto estivesse, ele não queria decepcioná-la.

——

Sua rotina não era a mais animada de todas, algumas crianças mais velhas ajudavam na arrumação para o almoço, na limpeza e nos outros afazeres. Eram como uma grande família solidária e feliz, com muitos planos pro futuro. E no papel de ovelha negra estava Saleh. Alguns o paparicavam, outros olhavam torto para ele, mas todos tinham medo. Então ele passava todo seu tempo com a Irmã Sarah, ou com Zaki, conversando e explorando. Zaki era seu melhor amigo, era o mais velho de St. Marie com seus 17 anos, e quando não tava ajudando as irmãs, estava se divertindo com Saleh. Ele era o único que não parecia falso, Saleh o admirava.

Eles estavam na biblioteca improvisada do orfanato, lendo a bíblia e conversando. Na verdade mais conversando do que lendo. Zaki estava sentado na cadeira e Saleh deitado, com o livro pesado flutuando imóvel enquanto lia. Ele se sentia a vontade com Zaki, era como se fosse um irmão mais velho para ele, e sua maldição se manifestava espontaneamente perto dele.

— O que foi, Saleh? Você me parece pra baixo – Zaki se aproximou dele e o olhou nos olhos, com seu ar solidário que sempre o acompanhava.

Zaki era um garoto bom, era como uma versão masculina da Irmã Sarah, sempre ajudando todo mundo e trabalhando duro para o futuro do orfanato. Recentemente estava trabalhando pesado para alguns fazendeiros brancos em troca de patrocínio... Ou algo assim, Saleh não sabia direito.

— Eu... – Saleh desviou o olhar, a bíblia repousou sob seu ombro.

— Foram aquelas crianças arteiras de novo, não foi? – ele se sentou ao lado de Saleh.

— Eu só, queria me sentir bem, então me afastei deles e mesmo assim...

— Mesmo você não fazendo nada, eles continuam te importunando, num é mesmo? – ele disse com um sorriso de canto de boca – Não se preocupa, olha, eles não gostam de você porque você é diferente Saleh! É um garoto muito especial.

Zaki colocou o dedo na ponta do nariz do menor, o que fez ele sorrir.

— Você vai mudar o mundo, garoto leão. – Saleh mostrou a língua pra ele, o apelido pegou mesmo e não havia nada que ele pudesse fazer – Levanta daí! Preciso te mostrar algo que vai te animar, anda! Enquanto eu ainda tenho tempo.

Zaki se levantou animado, deixando Saleh na expectativa.

——

Eles caminharam pela paisagem semiárida da Somália, Zaki indo na frente enquanto Saleh o seguia. Eles estavam acostumados a andar bastante, o único veículo que havia em St. Marie tinha era uma caminhonete, usada pelos donos do terreno doado ao orfanato para trazer mantimentos e outras crianças, de vez em quando. Saleh e Zaki andavam por todo canto, se guiando pelas cercas de arame farpado e as estradas de terra cheias de poeira. Parecia que nunca chovia naquele lugar, mas algo dizia a Saleh que uma chuva estava por vir.

— Pare de delirar, Saleh – Zaki dizia, quando Saleh comentava sobre o assunto – A temporada de chuvas já passou há... – uma pausa para contar nos dedos, para enfatizar – Há mais de três meses! E nesse tempo seco, não sei quando vai ser de novo.

Saleh deixou essa ideia de lado, mesmo que suas observações desses longos três meses em que esteve no orfanato dissessem o contrário, ele não tinha como provar exatamente. Sua vida parecia sempre mudar com a chuva, na maioria das vezes, pra pior.

Eles andaram bastante, passando por vários terrenos e casas abandonadas, até chegar num lugar um pouco mais verde, com árvores. Saleh e Zaki sempre brincavam por ali, um se escondia e o outro ia procurar. A brincadeira ficou ainda mais divertida quando Saleh descobriu que podia voar, Zaki nunca o encontrava. Mas dessa vez, o lugar que passavam suas tardes brincando não estava mais vazio, uma garota estava lá, isso deixou Saleh um pouco incomodado.

— Saleh! Essa daqui é a Tamika – Zaki correu na frente, e apresentou a garota, ela era baixinha, menor que Saleh, e tinha cabelo trançado.

— Oi... – ela disse, tímida.

— Oi – Saleh não estava gostando muito daquilo, odiava conhecer pessoas novas, elas sempre pegavam no pé dele. Principalmente as crianças.

— Saleh! Seja mais educado – Zaki o corrigiu – Eu não apresentaria ela pra você se não tivesse motivos.

— É verdade que você pode também? – ela disse com uma feição diferente no rosto, parecia animada.

— O que?

— Voar! – ela se aproximou de Saleh, que não estava entendendo nada.

O garoto olhou para Zaki, que estava de braços cruzados e com um sorriso no rosto. Então acenou que sim com a cabeça, e recebeu um belo sorriso de volta.

— Você também...? – ele começou a falar, mas não encontrava palavras.

Ele se sentia sozinho, achava que era o único amaldiçoado do mundo, a única pessoa do mundo que teria que lidar com isso. E agora, havia outra pessoa ali.

— Como você faz? – ele perguntou genuinamente curioso.

— É simples! – ela abriu os braços e olhou para cima, e de repente, lá estava ela flutuando – Se eu relaxar, me sinto leve, e então simplesmente estou lá em cima!

Ela ia subindo lentamente, seus olhos não eram tão cinzas quanto os de Saleh, mas ela era de fato uma amaldiçoada.

Zaki riu da cara de bobo do menor.

— E aí? – disse ele – Sabia que ia curtir, eu disse pra você que tu não era o único.

Saleh nada respondeu, fechou os olhos e em instantes alcançou a garota. Era estranho ter alguém pra dividir esse fardo, de uma hora pra outra, Saleh decidiu que queria saber tudo sobre ela. Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela fechou os olhos e subiu ainda mais rápido, e como subiu. Ela ia mais alto do que Saleh já tinha se arriscado ir, ele tinha medo de altura, mesmo que achasse isso bobo.

100, 200 metros acima, eles se encontraram. Riram. Ela estava deitada, boiando no ar; ele estava em pé, tremendo de leve.

— Não olha pra baixo! – ela disse, o que não adiantou muito, no mesmo minuto Saleh olhou pra baixo, perdeu a concentração e gritou enquanto caía.

Tamika desceu rapidamente e segurou na mão dele.

— Sinta o vento, Saleh! Deixe que ele te carregue – ela rolava no ar como se estivesse no chão, ria como se estivesse brincando na terra, ele se interessava cada vez mais.

Saleh não queria ficar para trás, pela primeira vez não se sentia sozinho sobre sua maldição, e ela era bem mais controlada que ele.

Não. Não era isso. Era o descontrole que ela tinha que o deixava interessado. Ele sempre tentava se preservar, não se mostrar, não mostrar sua maldição para as pessoas. Saleh era tão controlado quanto um cachorro na coleira. Tamika não. E ela era com certeza mais alegre do que ele.

Saleh olhou para ela, e ela o chamou para ir mais alto.

———

Quando voltaram para o chão, Zaki já não estava mais lá. Saleh se sentiu um pouco mal por não ter se despedido dele, ele deveria estar ocupado demais para ficar ali com eles. Porém, depois de poucos minutos, isso já não era de uma importância muito grande. Saleh e Tamika estavam brincando de pega pega da maneira mais especial que existia.

Ela corria pelo ar, pulando pelas árvores como impulso, enquanto ele usava as mãos invisíveis de sua maldição para se jogar de um canto ao outro. Quando ele finalmente alcançava a garota, ele fugia dela como uma bala atravessando o bosque.

— Não é justo! – ela gritou – Você é muito mais rápido!

Saleh deu uma volta e parou de frente pra ela, com uma expressão de vitória estampada em seu rosto.

— Você vai mais alto, mas eu sou mais rápido! – ele tava ofegante, nunca usara sua maldição dessa forma. Era desgastante.

— Que incrível – ela se aproximou dele – Seus olhos estão brilhando...

O reflexo de Saleh foi fechar os olhos e se afastar.

— Não se preocupe seu besta, não vou te machucar... Não sou como... Eles... – ela falou lentamente, enquanto se aproximava dele.

Saleh olhou para baixo, para o chão, e desceu. Se encostou e sentou ao pé de uma árvore... chorou. Por um momento tudo congelou, e ele voltou àquele momento horrível que culminou a sua ida para o orfanato.

O dia em que seus pais morreram, por culpa sua.

"Era quase de noite, e estava chovendo. Chovendo como nunca antes. Saleh estava escondido, como sempre fazia em dias de inspeção. Sim, inspeção. Quando guerrilheiros de uma das facções que mandavam naquelas terras inspecionavam cada casa de cada uma das pobres famílias, recolhendo impostos e verificando se tal família estava nos padrões da "sociedade".

Sem animais, sem mais que duas crianças, sem deficientes. Essas eram as regras.

Saleh não entendia bem o porquê, apenas obedecia seus pais. Mas, em um dia de inspeção, seu irmão menor Zola havia se machucado feio, tão feio que Saleh não aguentou olhar para entender o que se passava. Ele não suportava sangue, odiava pensar em machucados.

Neste dia, seus pais se enfureceram como nunca, dizendo que Zola não poderia ter escolhido uma data melhor para se machucar daquele jeito, e estavam pensando se fugiriam ou se tentariam apelar. Escolheram ficar. Então Kumi, seu irmão do meio, ficou olhando Zola enquanto seus pais conversavam com os três homens armados com sorrisos de leões que acabaram de se alimentar. Leões...

Saleh estava escondido no telhado, como sempre nos últimos anos em que estavam morando ali. Onde havia uma pequena fresta para que ele espiasse os guerrilheiros de cima. Os leões, ele chamava. Logo, os leões perceberam o estado que Zola se encontrava, e ficaram furiosos.

— O que aconteceu com ele? – perguntou o mais velho dos leões.

— Ele... – o pai de Saleh gaguejou – quebrou o tornozelo...

Saleh não entendia muito bem o que era um tornozelo, mas o pé de Zola estava inchado, e ele estava gemendo de dor desde então.

— Sabe o que isso significa, não sabe? – um dos leões falou.

— Temos que levá-lo para o vale.

O vale era como se chamava uma cova que separava um território de facção do outro. Os doentes e os incapacitados iam para lá, e nunca mais voltavam. Saleh já era grande o suficiente para entender o que realmente acontecia lá... Mas seus pais lhe pediram segredo, não queriam que Kumi e Zola ficassem com medo, e ele respeitou isso.

O que significava que ele tinha que impedir, ele tinha... De algum jeito.

— Por favor! Por favor, não! – sua mãe implorou – É só um machucado na perna, por favor, ele só tem quatro anos, não faça isso!

O leão mais velho partiu para cima de Zola e o segurou pelo pé, o que estava inchado, o levantando e o deixando de ponta cabeça. Zola gritou tão estridente que até Saleh tapou os ouvidos. O choro de sua mãe ecoou pelo quarto.

— Não temos doutores, senhora. Não vamos tratar de alguém que pode perder o pé depois de tudo.

— Mamãe! Mamãe! – Zola gritava, implorando por ajuda.

Saleh não sabia o que fazer, uma fúria muito grande tomava conta dele, seus olhos estavam brilhando. Brilhando.

Mas quem agiu foi seu pai, quando os leões deram as costas, levando Zola, seu pai agarrou o pescoço do leão mais franzino, o derrubando e o desarmando. Sua mãe estava sem reação, apenas chorava, mas Kumi também partiu para cima. Ele era do tipo brigão, orgulhava Saleh.

Contudo, a realidade é sempre menos bonita que a imaginação. O leão mais velho sacou uma pistola e atirou em Kumi, que apenas caiu para trás. Sem grito, sem gemido, apenas um corpo jogado com o impacto de uma bala bem na cabeça. Saleh colocou a mão na boca para impedir que o grito saísse, mas não conseguiu se conter. Era impossível se conter. 

Ele atravessou o telhado como uma bala e bateu no chão, deixando uma pequena cratera marcada. Sua mãe o ignorou, estava deitada, abraçada ao corpo de Kumi. Seu pai perdera a força de luta, vendo o corpo de seu filho desacordado, tudo estava estranhamente silencioso.

— Você, quem é esse garoto? —  o leão mais velho, inabalável, olhou para o pai de Saleh 

— Saleh... Meu filho... 

— Seu filho... Você andou escondendo esse animalzinho d'a gente? — ele começou a rir, mas não era uma risada de alegria, parecia desprezo — Matem o animal e sua família de porcos, vamos embora daqui, amanhã a gente constrói um ponto aqui —  ele deu as costas, enquanto os outros dois encararam a família inteira...

Antes de abrir fogo.

Saleh queria ter protegido eles, acha até que conseguiria, mas não pensou nisso na hora. olhou para sua familia uma ultima vez, tentando se convencer que ainda estaria tudo bem amanhã, ele se recusava a aceitar que eles iriam morrer. Assim, por nada. Não, não por nada, por sua culpa. Ele desobedeceu, e agora todos vão morrer. 

Ele desobedeceu, e agora todos vão morrer. 

Repetindo esta frase para si mesmo enquanto sua família era baleada, ele explodiu em energia pura. Desintegrando tudo que havia a sua volta num raio de 50 metros, Saleh se viu sozinho. 

A chuva o encharcava, não havia mais casa, não havia mais leões, não havia mais família. Todos tinham sumido, sua maldição apagou todos eles. 

Seus olhos brilhavam como nunca. "

Saleh olhou para Tamika ao seu lado, e, sem perceber, acabou contando tudo que se passou na sua cabeça para ela. Tentou amenizar, não queria que ela se assustasse, mas mesmo contando isso ela parecia inabalada em sua expressão alegre e infantil. 

  – Não Saleh! Pode me contar tudo– ela segurou sua mão, o que o deixou um pouco constrangido– Eu não sou criança!– ela basicamente gritou com ele. 

  – Eu não disse isso!– ele respondeu no mesmo tom de voz, mas abaixou logo em seguida, achando que ela havia ficado brava–  Eu só não gosto de falar sobre essas coisas...

— Eu sei... Sabe, eu nem sei quem são meus pais, pelo menos você viveu com os seus até certo ponto... 

Saleh havia conhecido muitas crianças nessa situação, ele não sabia qual das opções era a pior, nunca ter os conhecido, ou ter matado eles sem querer.

— Meu pai é um fazendeiro – Saleh a olhou, agora fazia sentido que Zaki a conhecesse, ele trabalhava para o pai dela – Ele é dono de várias terras pra lá – ela apontou pra um lado que Saleh não sabia qual era – Ele me adotou, eu acho, faz muito tempo. Ele gosta de mim, mesmo sendo branco não é ruim como a maioria dos seus amigos. Esses sim me odeiam.

Ela se levantou e deu a mão para Saleh se levantar também.

— Pelo menos, ainda temos alguém pra cuidar de nós, pensa assim! – ela tinha aqueles olhos inocentes que incomodaram Saleh no início, mas, havia algo diferente neles agora.

Parecia... Esperança...

Quando o garoto segurou a mão dela para se levantar, um pingo d'água caiu nela e respingou em seu olho.

Um segundo depois, chuva.

— Que estranho – ela comentou – O céu estava tão limpo agora pouco.

Saleh olhou para cima, para as nuvens e para o sol que estava prestes a se pôr. Aquela sensação incômoda de silêncio. O som das gotas batendo nas folhas e no mato.

O mesmo clima daquele dia.

Seu estômago se retorceu com a sensação forte de que algo estava errado, Saleh tinha que voltar para o orfanato, tinha que voltar urgente, imediatamente!

— Tenho que ir, Tamika, tenho que...

Ele nem terminou de falar, seus braços estavam gelados, lhe faltava ar. No fundo de sua cabeça, algo lhe dizia que tudo estava prestes a mudar, de novo.

Essa era sua maldição.

Saleh se impulsionou para cima tão forte que formou-se uma cratera no chão, desestabilizando Tamika, que gritou de susto.

— Saleh! Espere! – ela flutuou o mais rápido que pôde, tentando o alcançar. 


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Notas finais do capítulo

segunda parte a caminho



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