O Protetor escrita por Pedro Haas


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

oi, voltei



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— Quem é você? – Henrique quebrou o silêncio, perguntando.

— Vejo que nossa garota ainda não nos apresentou – o Vazio olhou de relance para Duda – Eu sou... Eu. Meu amigo indelicado aí se chama Wesley. Não se importem com ele, é apenas um novato.

Wesley fechou os olhos e engoliu o ódio. Duda sorriu, por encontrar o ponto fraco do agente. Não perdeu tempo, empurrou sua influência pelo agente, fazendo-o apontar a arma não para ela, mas para o Vazio.

— Nossos superiores andaram mudando de idéia – o Vazio continuou a falar – Não querem mais uma influenciadora no time, talvez seja desnecessário, por que eles já têm eu. Não, eles querem algo diferente – olhou para Carlos com seu olhar cínico – Um homem invencível... Você é o primeiro que tivemos contato. Os cientistas estão doidos pra saber como isso funciona.

Lucas ficou tenso, observando a situação. Wesley ainda apontava uma arma para Henrique, impedindo que agisse. Quando a bomba estourar, ele teria que ser rápido. Foi quando percebeu, Wesley lentamente tirava a arma da direção de Duda, apontando na direção do Vazio. Esse seria o poder da garota? O agente não estaria percebendo?

— Não tenho interesse nenhum em ir com vocês – Carlos disse, determinado. 

— É claro... – o Vazio o encarou.

De repente, Carlos se levantou e andou até ele sem pestanejar. Ele estava sendo influenciado pelo Vazio, obedeceria a qualquer ordem estando assim. Duda tinha que pensar rápido, senão...

— Carlos! – ela gritou, se levantando e correndo até ele, enquanto usava seu poder ao limite, para fazer Wesley atirar nela, e não em Henrique. Era muito difícil, principalmente pela presença incômoda do Vazio em sua mente.

Wesley parou alguns instantes para mirar na garota que correu, e foi tempo suficiente para que Lucas finalmente agisse. O rapaz desapareceu de onde estava e reapareceu em cima da mesa em que Wesley estava de pé, saltou para frente antes que o agente percebesse.

Bam! Um tiro, Wesley disparou antes de cair no chão com o empurrão de Lucas. Levantando os cabelos de Duda, com o vento do tiro que por pouco não a atingiu. Antes de atingir o chão, Wesley se tornou um vulto e parou de pé.

Henrique se levantou rapidamente e se apressou, na direção de Luiz, que tinha posto os braços por sobre a cabeça para se proteger — ou apenas tentar — do tiro.

— Venha! – ele segurou a mão do garoto – Você precisa ficar seguro! – Henrique puxou o garoto para outro canto da casa, se afastando do conflito.

Ele não havia pensado que haveria qualquer batalha, senão, nunca teria trazido Luiz. Mas o trouxe, e agora tinha que ser responsável.

Lucas se teleportou rapidamente para a frente de Wesley, já se preparando para golpea-lo. Ambos eram apenas vultos, flashes de corpos se movimentando em combate. Lucas, com seus poderes de teletransporte, aparecia e reaparecia ao redor de Wesley, tentando pegá-lo desprevenido. Wesley, o agente, era muito rápido, e não se deixava ser capturado por nenhum golpe que Lucas investia, sempre se desviando.

Wesley atirou mais uma vez, desta vez, tentando atingir Lucas, que se teleportou no exato momento para trás do agente, e lhe deu um chute certeiro. Era a primeira vez em muito tempo que Wesley era atingido, isso foi um choque para ele. Wesley tornou-se um vulto e recuou para perto do Vazio, com as mãos na costela, ainda sofrendo pelo chute.

— Lucas! – Henrique chamou, impedindo-o de continuar. Sabia como ele era, Lucas não hesitaria em continuar a batalha até que um dos dois estivesse morto.

Lucas olhou para Henrique ofegante, parou por uns instantes, observando o ambiente. Carlos ainda estava sob a influência do Vazio, queria agir, mas algo o impedia. Seus olhos estavam prateados, mas o Vazio o segurava em sua mente. Duda estava parada na frente de Carlos, sem ação, não sabia o que fazer, não sabia se deveria usar sua influência, seus poderes.

— Vamos lá, Dudinha – o Vazio a provocou – Tente... Quem sabe você não consiga?

— O que está acontecendo, Duda... – a voz de Carlos estava fraca, ele observava de um jeito catatônico tudo o que acontecia.

Sua cabeça girava, como no dia que conheceu Duda. Rodopiava entre vontades opostas — queria proteger a garota mais do que tudo, queria ir com os homens sem desobedecer, também. 

— Isso, meu amigo, é o poder de um influenciador – o Vazio sussurrou no ouvido de Carlos, indo de uma orelha a outra — Por que, você acha, que quis proteger nossa garota desde o início?

Lágrimas rolaram pelo rosto de Duda.

— Por quê! – ele exclamou – Você acha... Que você agiu cegamente para o bem dela esse tempo todo? Abandonou sua namorada, sua vida comum, pra entrar numa "aventura" com uma criança que conheceu nesta semana?

Henrique avançou.

— Pare com isso! – ele estava pronto para partir para cima do Vazio, mas antes que pudesse perceber, Wesley agiu.

Seu corpo se tornou um vulto, e, poucos instantes depois, ele passou o braço pelo pescoço de Luiz e colocou o cano da pistola em sua têmpora.

— Pense calmamente, meu amigo – ele disse, esfregando a arma na cabeça de Luiz, que chorava e se debatia. Wesley deu uma coronhada em seu rosto para fazê-lo parar – Se não tomar cuidado, a cabeça desse aqui vai ir parar na parede. Seu cérebro – ele disse, perto do ouvido de Luiz, para deixá-lo apavorado – Sujando esse quintal inteiro...

Aquilo foi o bastante para fazer Henrique hesitar, se amaldiçoando por ter trago o garoto. Logo depois, os corpos dos dois se tornaram um vulto, e Wesley estava de volta para perto do Vazio.

— Duda, isso é verdade? – Carlos sussurrava, incrédulo.

— Diga a ele, Duda, que você o levou a abandonar a própria namorada nas mãos de um bandido – o Vazio cuspia aquelas palavras com um gosto especial. Jogar as verdades na cara dos outros o gratificava – Que você o fez matar duas pessoas, e depois, o fez esquecer disso. Diz...

— Sim – a garota disse, esfregando o rosto, limpando as lágrimas — É, eu fiz tudo isso – mentiu, não sabia o porquê.

Carlos pareceu desmoronar, seus olhos prateados desapareceram.

— Eu te usei, pra que você pudesse me levar em segurança até o Lar – ela disse, sem se atrever a olhar no rosto de seu amigo – E agora, estou aqui – ela se afastou – Obrigado... Eu acho...

O sorriso cínico do Vazio se intensificou.

— Que tal então, uma troca – ele disse – Nós vamos embora, sem mais ataques, sem mais violência, e levamos seu querido amigo aqui – ele bateu no ombro de Carlos – E você, pode viver feliz para sempre com eles, que tal?

Duda olhou para Carlos uma última vez.

— Certo. Fique com ele, não preciso mais. – disse, olhando para ele. Seu peito doía profundamente, mas, algo lhe dizia que era o preço a se pagar por ter acabado com a vida dele.

Duda queria chorar descontroladamente, mas se manteve olhando para Carlos.

— Pode deixar, ele nunca mais vai te ver – o Vazio recitou essas palavras com gosto, olhando para o rosto magoado de Carlos.

— Adeus... Carlos – ela disse, segurando as lágrimas que se formavam em seus olhos.

O homem olhou para ela sem acreditar, não era possível que tudo havia sido mentira, não era possível que ele havia sido vendido assim, fácil. Ele olhou para Duda, esperando alguma resposta que desminta isso, mas não obteve nenhuma. Ela realmente havia o usado? Ela realmente fez isso?

— Venha, Carlos, os grandões estão ansiosos para te ver – o Vazio colocou a mão nas costas dele e Carlos obedeceu, calado.

Eles foram embora, Luiz fora devolvido por Wesley, que tinha um intenso ar de vitória.

Duda caiu de joelhos no gramado da casa luxuosa, sentindo seu mundo desmoronar.

***

Duda foi levada, em silêncio, até onde os três do Lar Arsalein haviam vindo. Ela estava levemente curiosa para saber em que tipo de carro eles andavam, ela tinha uma certa paixão por máquinas. No entanto, com toda a confusão do dia, ela estava morta de sono, então provavelmente dormiria o caminho inteiro. Porém, quando chegaram, era nada mais nada menos do que uma rua sem saída e vazia. Ela não perguntou, não sentia vontade alguma de falar. Lucas saiu na frente e estendeu o braço na direção de uma parede no fim da rua. Henrique e Luiz o acompanhou logo atrás, esperando. Lucas fechou os olhos e Duda pôde perceber que ele estava se concentrando para algo. De repente, um portal se abriu na parede, Duda arregalou os olhos surpresa. O portal não tinha grossura, nem nada que o denunciasse se você o visse de longe, mais parecia como se a parede que ali estava anteriormente havia sido derrubada. Mas, para a garota, que havia visto a parede ali um segundo atrás, aquilo era incrível. O portal seguia para uma paisagem verde, relembrando a Duda sua vida de criança no interior. Lucas foi o primeiro a passar por ele, seguido por Luiz.

— Hey – Henrique falou, ele estava preocupado com ela desde que saíram da casa, mas decidiu não a incomodar – Eu sei que não é fácil, mas, pode confiar em mim, certo?

Ele se aproximou da garota, colocando a mão no ombro dela. Duda se afastou de seu toque, levantou a cabeça e seguiu para além do portal. Quando chegou no campo, Lucas fechou seu portal assim que Henrique o atravessou. O vento bagunçava seu cabelo ondulado, que agora caía além do ombro, aquilo a incomodava. Estavam em um lugar alto, longe da cidade, Duda se perguntou o quão longe estavam. Quando o portal desapareceu, a vista de um casarão no final da trilha apareceu. Com muitos cômodos e um grande jardim, parecia algo vindo de um conto de fadas. A mansão era pintada, predominantemente, de marrom e outras cores que remetiam à uma propriedade antiga. O jardim era colorido, com diversas flores diferentes e árvores também. Duda achou tudo aquilo muito lindo, porém, seu coração ainda doía.

O rosto de Carlos estava gravado em sua mente — magoado, machucado, sem rumo... Duda nunca havia se sentido assim por ninguém, nem mesmo por Levi. Com tão pouco tempo juntos, ela sentiu como se pudesse viajar com ele para sempre. Como uma verdadeira família.

Contudo, uma família não pode ser baseada em mentiras.

Duda abaixou a cabeça, incapaz de aproveitar o momento. Lucas passou por ela, seguido por Luiz.

— Venha, Duda, tenho que te mostrar tudo! – ele parecia animado, muito animado, bem diferente do menino recatado que fora encontrar Duda.

Ele parecia relaxado, em casa. Duda o invejou um pouco. Ela sentiu o toque de Henrique em seu ombro e começou a andar, seguindo Lucas e Luiz, que já estavam na frente.

— Acho que você vai gostar – comentou Henrique – Não sei dos seus gostos, mas a gente sempre capricha na comida. E tem internet! Graças ao Luiz.

O olhar da garota estava perdido, mas isso não desanimou Henrique.

— Aqui, a gente usa nossos poderes em prol de todo mundo. Cada um ajuda de um jeito, entende? – deu um tapinha no ombro dela, de um jeito carinhoso, mas que só deixou a garota irritada – Não vou estar aqui sempre, mas, temos a Suzana, ou o Bernardo... Até o Lucas. São pessoas de confiança, você vai ver.

Passaram pelos portões do jardim, revelando um grande quintal verde, árvores e um lago. Henrique falou bastante sobre o Lar, sobre as pessoas que o ajudavam, desde a cozinheira até os educadores. Duda perguntou sobre a escola particular com nome parecido que ela havia pesquisado há muito tempo, o CEPAA, Centro de estudos e pesquisas Anna Arsalein, e, sem surpresa, ele também era o presidente de lá. Embora a escola seja um projeto de renome nacional, o que Henrique faz por Não-Humanos é, na opinião dele, mais importante.

Quando deu por si, estava respondendo Henrique normalmente, ela estava relaxada, a atmosfera contribuía pra isso. Olhou para cima, o sol terminando de se pôr, e, de repente, um vulto.

Ela colocou a mão no quadril, sentindo sua arma, e ficou em posição de ataque. Henrique demorou um pouco para perceber a situação.

— Espera! – ele colocou a mão no ombro dela, que respondeu com um olhar afiado de desconfiança – Calma... É a Andressa.

Duda olhou de novo pra cima, resistindo à vontade de sacar a arma, mas o que viu foi impressionante. Uma garotinha de short de pijama e camisa branca, não deveria ter mais que 10 anos, batendo suas asas, asas! Longas asas brancas, que se destacavam de suas costas.

Ela voava livremente.

Duda olhou em volta, pelo quintal, crianças brincavam com seus poderes, dominando o fogo ou a água, voando pelo céu ou fazendo um show de luzes. Todas pareciam felizes, despreocupadas, totalmente diferentes da garota com uma pistola na cintura e instintos que não a deixavam descansar.

Duda se deu por vencida. Talvez aqui seja o melhor para ela, no final das contas, Henrique não parecia uma na pessoa, e seus pensamentos e impulsos não eram ruins. Ela havia checado várias vezes.

Talvez, no fim das contas, aqui seja realmente o lugar dela.

— Tudo bem, Henrique – ela olhou para o homem, enquanto coçava os olhos – Me mostre tudo.

— Nem precisa pedir! 

***

Já era noite quando Carlos chegou em algum lugar no interior de São Paulo. O tempo passou lentamente, sob a leve influência do Vazio, seus pensamentos não pareciam fluir direito. A única coisa que Carlos usava para se guiar eram os extensos monólogos de Wesley, que não terminava nunca de falar. O Vazio dirigia com o rosto impassível, enquanto Wesley dizia o quanto estava orgulhoso da vitória, de quanto aquilo significava para sua honra ou qualquer outra coisa assim. 

Carlos não prestou atenção, sua mente estava focada no ódio naquele momento. Ele não era perfeito, sentiu vontade de espancar todo mundo naquele quintal, mas depois do que aconteceu, ficou pensando se essa vontade era dele mesmo ou efeito da influência do Vazio. Ou, até mesmo, a influência de Duda.

Ele teria que tomar muito mais cuidado de agora em diante; ele fora ingênuo demais, inocente demais, e agora estavam nas mãos de uma organização desconhecida que poderia — Ou não, quem sabe — matar ele a qualquer momento. Ele se odiava por ter deixado isso acontecer, se odiava por nem mesmo saber como controlar seus poderes. Carlos se odiava por tudo.

— Então – Wesley falava, enquanto o Vazio parecia perdido em pensamentos – Finalmente entendi o porquê do Diretor Accers investir tanto no nosso treinamento de combate. O antigo era um maricas... Viu como eu acabei com aquele imbecil do Lar?

— De onde eu via – o Vazio comentou, depois de tanto tempo calado – Você que tinha apanhado. Não aprendeu nada com meus ensinamentos? Você parece um animal. Pior, você age como um ordinário humano. Não abra espaços, não seja arrogante. Não dê chances – ele disse calmamente, mas, ainda de forma implacável. Wesley calou a boca e virou o rosto, complacente pela primeira vez desde que Carlos o encontrou no início do dia.

Um dia, Carlos refletiu, em apenas um dia ele mudou tanto. O pedido de socorro de Duda o havia acordado cedo, e eles andaram o dia inteiro por muitos lugares. Carlos era outra pessoa agora, até mesmo na aparência. Naquele momento parecia que, na verdade, essas memórias eram meses atrás.

O carro em que estavam entrou em uma pequena ruela nos arredores da autoestrada. Uma placa, estimando a distância daquele ponto até Campinas era visível um pouco depois da curva. O Vazio continuou a dirigir pela rua estreita, se embrenhando pela pequena estrada até parar na frente de uma grande instalação. Gigantesca. Seus muros eram altos e extensos, com guardas rondando em pequenas bases e mirantes. Mais tarde Carlos descobriria que, algumas pessoas de fora costumavam dizer que toda essa instalação é uma prisão de segurança máxima, ou mesmo uma academia para o treinamento de soldados de elite. O Hospital era, de fato, os dois.

Eles passaram pelo muro depois de uma breve inspeção, e prosseguiram além. Tudo parecia uma mistura de escola militar com prisão, desde os vários guardas rondando, até crianças de uniforme indo em fila aos seus dormitórios. O espaço era grande, e havia alguns prédios de salas de aula, pátios poliesportivos e refeitórios. Em outro canto, dormitórios para garotas e garotos.

Tudo muito grande, bem cuidado, pronto para suportar milhares de alunos. Carlos achou estranho, ele achava que o Hospital era mais como... Bem, como um hospital mesmo. Porém tudo parecia apenas uma escola rígida qualquer.

Pouco a pouco, a influência do Vazio pareceu aumentar, quase ao ponto em que ele estava esquecendo de respirar. O Vazio parecia incomodado, inquieto. Carlos pensou que nunca o veria assim.

— Você fica assim sempre que vai encontrar o Diretor Accers, não é mesmo? – Wesley riu – Patético.

O Vazio não respondeu. Entrou em uma entrada que levava à base de um pequeno prédio, onde havia vagas para estacionar. Parou o carro e desceu, logo depois, a porta do passageiro foi aberta e eles tiraram Carlos do carro. Pela influência do Vazio, ele foi andando, entorpecido. Tentando manter o foco, pedindo para que seus poderes voltassem tão aleatoriamente quanto viam. Mas, inutilmente, apenas caminhava, sendo acompanhado pelos dois agentes.

Sua memória agora era completamente inconsistente, como se estivesse rodando em um labirinto, com o Vazio ao seu lado, ele não conseguia gravar nada do que via ou sentia. Passou por algumas salas, e depois, passou por elas de novo. Não sabia mais onde se encontrava, não conseguia prestar atenção na conversa dos que estavam ao seu lado.

Sua última memória foi estar frente a frente com um homem alto e de cabelos e olhos brancos, platinados. Aquele era o homem mais assustador e misterioso que já havia visto em vida. Os dois se encararam por um breve instante, Carlos com medo, e o homem, visivelmente surpreso.

Logo em seguida, ele desmaiou.




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Notas finais do capítulo

passei por uma onda de bloqueio, mas passou, estou aqie



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