Cut escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Jantar Romântico




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P.O.V. Elijah.

Eu cheguei á porta do quarto dela e antes mesmo que eu batesse, a porta se abriu.

—Pontual. Gostei. E então, como eu estou?

Perguntou dando uma voltinha.

—Linda.

—Você também não está mal.

Disse ela rindo.

—Você não mudou nada. Devia tentar uns looks diferentes pra variar.

—Eu sou sempre aquele que dá os conselhos.

—Acho que isso é mais uma sugestão. Podemos ir?

—Podemos.

P.O.V. Renesmee.

Quando chegamos ao carro ele abriu a porta pra mim me deixando completamente chocada.

—Nossa! Obrigado.

Eu entrei no carro e ele fechou a porta, estava passando o cinto de segurança quando ele entra do lado do motorista.

—Então, onde estamos indo?

—Gosta de comida italiana?

—Na verdade não.

—Francesa?

—Não vão haver caramujos ou lesmas certo?

—Não, se não quiser.

—Então, tudo bem. 

—Você gosta de lagosta?

—Eu sei lá, eu nunca comi. Minha família tem dinheiro, mas a gente não esbanja sabe? Bom, eu não. Mas, sendo filha única eu tenho um defeito, acho que o meu pior defeito. Eu sou... mimada. Acostumada a ter tudo o que eu quero e eu sou consumista. Eu não passo vontade de nada, se eu quero eu compro. E o meu pai paga.

—A filhinha do papai?

—Basicamente. As minhas tias também não me negam nada, especialmente a minha madrinha Rosalie. Mas, e você?

—A minha família é complicada.

—Eu sei. E você é o chefão.

—Chefão?

—É. Tem essa necessidade quase que compulsória de estar sempre no controle de tudo, você se sente responsável pelos atos dos seus irmãos e irmãs. Imagino que seja o mais velho.

—Sim. Eu sou o mais velho. Digo, tirando Freya.

—Acho que você passou reto.

—Sim, passei.

Depois dele fazer a volta, deixou o carro nas mãos do manobrista. Ele novamente abriu a porta para eu sair e abriu a porta do restaurante pra eu passar.

Assim que nos sentamos ele falou:

—Você me conhece como ninguém.

—Você nem imagina...

O garçom veio.

—Bonjour missiê. Madamoseille.

Eu respondi meio que sem perceber. Falando francês.

—Je parlê francois?

—Ui.

—São poucas as pessoas que falam francês.

—Eu gosto de aprender coisas novas, Elijah. É a beleza da eternidade.

—Quantas línguas você fala?

—Muitas. Inglês, português, espanhol, francês, búlgaro, russo, latim, aramaico, grego, irlandês etc. Eu danço sapateado americano, sapateado irlandês, sou bailarina clássica, toco violão, violino, arpa francesa, piano, sou arqueira, espadachim e luto Krav Maga.

—Uau!

—Eu falo todas as línguas citadas acima menos russo, grego e irlandês, danço valsa, também sou espadachim e aprendi a lutar para sobreviver.

—Eu sei valsar. Meu pai me ensinou, como me ensinou a tocar piano.

—E as línguas mortas?

—Minha mãe. Ela era uma bruxa antes de ser transformada.

O garçom trouxe a carta de vinhos e eu deixei ele escolher.

—Duas taças de Cabernet Sauvingnon.

—Uma só. Só pra ele.

—Não vai beber?

—Eu não posso beber.

—Porque é de menor?

—Porque eu tenho sistema imunológico de híbrida. Eu explico depois.

—Claro. Então, eu quero uma água tônica.

—Coca cola com gelo por favor.

—Eu já trago. Já decidiram o que querem pedir?

Ele escolheu um prato e eu outro. Quando o garçom se foi ele disse:

—Explique.

—Por motivos que o meu avô não consegue explicar o meu corpo rejeita duas coisas e uma delas é o álcool.

—E a segunda coisa?

—Eu sou alérgica a B positivo. Tipo, muito alérgica mesmo.

—Como descobriu a sua alergia?

—Eu bebi sangue B positivo e quase morri. Eu tive um choque anafilático, depois eu voltei pra casa, sem saber bebi de novo e tive o meu segundo choque anafilático e depois do terceiro meu avô percebeu que era o tipo sanguíneo que me deixava mal.

—Você disse que iria para a praia.

—Isso. Eu sempre tenho que me limpar depois das minhas visitas á Volterra e especificamente ao Castelo de São Marcus. Você não faz ideia de como é lá dentro.

—Se limpar?

—Expelir as energias negativas e fazer uns tratamentos. Enfiar o pé na areia, tomar banho de mar porque o sal e a areia removem as impurezas espirituais. Eu sei, pareço uma doida.

—Não. Eu sou filho de uma bruxa com uma sobrinha bruxa e uma irmã bruxa.

—É. Eu tinha esquecido. Por acaso já consideraram fazer terapia familiar?

—Terapia?

—Eu tenho uma amiga que é uma vampira, ela é terapeuta de pessoas especiais. Vampiros novatos, vampiros centenários, vampiros desligados, lobisomens que tem pânico da lua cheia, híbridos que não se aceitam ou que não sabem onde se encaixam que era meio que o meu caso.

—Terapeuta sobrenatural. Interessante.

—Aqui. Eu tenho o cartão dela.

Eu estendi o cartão pra ele.

—Doutora Heaven De Lancret.

—Ela nasceu Charlotte Marie De Lancret.

—Niklaus tinha uma terapeuta. Mas, ela morreu.

—Eu sinto muito. Mostra o cartão da Heaven para a sua família, ela faz vários tipos de terapia. Terapia individual, terapia de casal, terapia familiar, terapia ocupacional.

—Terapia ocupacional?

—Pra vampiros com problemas com sangue. Vampiros estripadores.

—Sei. Como Stefan Salvatore. Ele é paciente dessa médica?

—Não. Ele é humano. Tomou a cura.


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