Cut escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 13
Uma família disfuncional




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P.O.V. Elijah.

Duas meninas. Jean Mikaelson e Clarissa Volturi.

—Ah, Lijah, ela é linda.

—Eu não faço ideia do que estou fazendo Rebekah. Eu não sei nem trocar uma fralda. Mas, eu estava certo quando disse que não poderia nem imaginar a alegria.

—E a duplicata?

—Foi um parto complicado. Um parto longo. Ela ainda está se recuperando da cirurgia.

—Mas, ela não tem habilidade sobrenatural de cura?

—Sim. E mesmo assim, está debilitada. 

—Parece que não está mais.

—Oi. A quanto tempo eu estive... apagada?

—Alguns meses.

—Essa ai é a Jean, eu imagino.

—Sim. Você acha que ela vai ser uma mutante, como você?

—Na verdade descobriram que são os homens que carregam os genes mutantes e passam adiante, então se ela for mutante é meio que culpa sua. É mais provável que a Clary seja mutante.

—Clary?

—É um apelido. Eu escolhi Clarissa por causa da personagem dos livros da Cassandra Clare.

—E porque Jean?

—A outra mutante classe cinco. Jean Gray. Eu nunca a conheci, mas ela tinha habilidades parecidas com as minhas. A telepatia, a telecinesia. Por favor, posso segurar?

Ela estendeu os braços e eu passei Jean para ela.

—Prontinho. Oi Rebekah.

—Oi.

—Eu jamais pensei que poderia ter outra sobrinha além de Hope.

—Será que Dhalia vai voltar?

—Porque ela voltaria?

—Porque a Jean é uma primogênita.

—Não. Hope é a primogênita.

—Pelo lado da Ester sim, mas pelo lado do Mikael...

—Ela está certa. Eu amo o Nik e ele sempre vai ser o meu irmãozinho encrenqueiro, mas ele não tem parentesco com o nosso pai.

—Assim você parte o meu coração Rebekah.

—Mas, você tem que admitir que eu tenho razão.

—Sim. Você tem.

—Se Dhalia voltar, nós lutamos.

—Jane. Ela está aqui.

—Bom, irmão agora você vai conhecer a indescritível alegria de trocar fraldas sujas, de estar sempre babado e ás vezes vomitado.

Disse Niklaus segurando no meu ombro esquerdo.

—Onde está a outra? Onde está a Clary?

—Está com Alec. Ele foi encontrar a irmã.

—Olá.

—Oi Jane. Oi querida. Deixa eu segurar Alec.

Ela pegou a outra menina.

—Oi amor. Eu estava ansiosa para conhecer vocês.

Clarissa tinha olhos verdes, mas Jean tinha olhos castanhos.

—Me diz, como é ficar grávida de dois homens diferentes ao mesmo tempo?

—Eu sei lá. É... bom é ficar grávida. Tem enjoo matinal, oscilações de humor, os peitos doem, fica difícil andar. E você sente eles se mexendo dentro de você.

—Esses seus olhos são assustadores.

—Essa é a intenção.

—Porque os olhos dos Cullens são dourados e os seus são vermelhos?

—Porque os Cullens são vegetarianos e nós não.

—Vegetarianos?

—Eles não bebem sangue humano. Só sangue animal.

—Eles vão virar estripadores.

—Não Rebekah. Eles não são como nós. Eles tem uma ascendência diferente, não vieram de nós.

—Ele tem razão. Nós somos filhos do Clã Corvinos.

—Eu posso segurar a minha sobrinha?

—Aqui Jane. Eu vou tomar banho.

P.O.V. Rebekah.

Apesar da gritante diferença física entre nós e eles eu sabia que tinha algo entre a duplicata e o Elijah.

—Deixa eu adivinhar? Elijah?

—As coisas entre nós são... complicadas.

—É uma palavra que costuma ser usada para descrever o meu irmão. Mas, os sentimentos dele por você são bem simples. Ele te adora Renesmee.

—Eu sei. E sei dos sacrifícios que ele fez pela sua família e por mim. Mas, eu vi coisas. Na mente dele, eu vi não apenas suas memórias, vi seus impulsos, seus instintos naturais. E acho que esse é o verdadeiro Elijah. Acredite ser telepata é mais uma maldição do que uma benção. E eu não quero que isso passe pra nossa filha. O que vou estar ensinando pra ela se eu deixar que ela pense que está tudo bem sair por ai e matar um bando de gente só por diversão? Prendemos os nossos inimigos em porões e retaliamos sem piedade? Eu não quero que ela aprenda isso. Eu não quero que nenhuma das minhas filhas aprenda isso.

—E é por isso que ele te adora. É por isso que ele te colocou nesse pedestal.

—Eu não quero pedestal nenhum! Deus me defenda.

—Mas, é verdade. Ele beijaria o chão que você pisa.

—Credo. Eu ein! E você quer me esganar só por eu ter essa cara de Amara.

—Eu aprendi a conviver com isso. Por mais que você seja a imagem cuspida da Katherine e tenha dormido com o meu irmão e com mais um outro cara no mesmo dia, você não é a Katherine.

—Mas, transformei o seu irmão Klaus na âncora. Eu admito, aquilo foi vingança em parte. A outra parte foi... lógica.

—E você se arrepende?

—Nem por um mísero segundo.

Eu tive que rir.

—Pelo menos você é honesta. Eu sei que você o ama, mas ama o outro também. Alec.

—Parece que está na família. As Petrova sempre gostam dos caras errados e acabam se fodendo por causa disso.

—Eu posso me identificar com isso. Apesar de você ser uma duplicata, deu para o meu irmão um presente que até hoje nenhuma outra mulher conseguiu dar.

—Você falando desse jeito parece até que eu sou a Virgem Maria versão dois ponto zero.

Eu tive que rir.

—Porque tudo o que eu falo você ri?

—Porque você é tão... espontânea. Você é engraçada mesmo sem querer.

P.O.V. Alec.

Estávamos eu e o meu rival na mesma sala. Sozinhos. Isso sem contar os bebês.

—Eu sei que ela está apaixonada por você.

—Isso é bom.

—Mas, está por mim também. E você sabe.

—Sim. Eu sei.

—Se ela me escolher...

—Não vai.

—Se... ela me escolher, nos deixaria em paz?

—Tudo o que eu quero é que... aquela garota, seja feliz.

Disse ele olhando para Renesmee que conversava com a irmã dele.

—Ela é um anjo. Ela tem que ser divina.

—Porque acha isso?

—Você não? Eu passei quatrocentos anos servindo Mestres que nunca se importaram comigo, usando o meu poder para ajudá-los a matar gente. Faz alguma ideia das coisas horríveis que eu já fiz? Eu matei tanta gente. Passei séculos preso na escuridão, mas ai um dia... eu vi a luz mais brilhante do mundo. Quando encontramos uma mulher como ela, com um coração do tamanho do mundo e um sorriso que pode acabar com uma guerra... temos que ser muito idiotas para deixá-la partir.

—Um sorriso para acabar com uma guerra. O mais engraçado é que ela desconhece o próprio poder.

—É. Quando ela sorriu pra mim, fiquei chocado. Eu nem me lembrava da última vez em que alguém sorriu ao me ver.

—Posso dizer o mesmo.

—Alguém! Socorro!

Nós corremos até lá e ela estava no chão.

—O que aconteceu Rebekah?

—Eu não sei. Ela simplesmente desmaiou.

 


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