Cotidiano escrita por Ariane Munhoz


Capítulo 83
Desaparecimento


Notas iniciais do capítulo

83 – Suspense policial



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Na maioria das vezes, quando algo em Konoha desaparecia, os cães Inuzuka eram responsáveis por auxiliar nas buscas. Isso acontecia com crianças arteiras, objetos preciosos roubados e em suspeita de sequestros.

Antigamente, Hana era responsável por auxiliar nisso depois que a força policial de Konoha regida pelos Uchihas caiu por terra. Mas sem a irmã ali, essa era mais uma das responsabilidades de Kiba, utilizando-se dos cães treinados por eles para tal.

Uma equipe de busca havia sido oficializada para uma busca; uma criança desaparecida do orfanato, recém chegada, vítima da guerra embora não soubessem exatamente de que forma.

Ainda estava hospitalizado quando a fuga aconteceu e não sabiam sequer seu nome. As equipes de cães foram separadas e guiadas por Kiba, e alguns ninjas como Sakura, Shino, Ino e Naruto juntaram-se às buscas por vontade própria. Tsume, que estava em casa naquele dia, auxiliou o filho nas buscas para que ele não ficasse sobrecarregado com uma função que havia adquirido há tão pouco tempo.

De início, a mãe achou que o filho renegaria aquela responsabilidade, mas surpreendeu-se com um Kiba mais maduro que sequer questionou, aceitando de bom grado enquanto sua irmã não retornava.

Foram preciso duas voltas inteiras na cidade e quando todos estavam desistindo, Kuromaru deu um latido agudo que avisou Tsume, fazendo com que a mulher fosse até lá.

O garoto havia ido longe: num olho d’água no centro da floresta de Konoha. E Kuromaru o encontrou pelos pequenos rastros de sangue deixados para trás.

Tsume aproximou-se até enxergá-lo no centro da casca de uma árvore antiga. Tal qual uma fera ferida, ele o encarava com seus grandes olhos. Ela sabia que aproximar-se sem cautela seria perigoso, tanto para o menino que segurava um bisturi entre os dedos feridos quanto para ela. Reconheceu naquele olhar dor e desespero. Seu coração partiu-se.

— Tudo bem, não estou aqui para te machucar. – Deixou de lado kunais e shurikens, colocando-os de lado junto com a bolsa de suprimentos. Kuromaru era uma estátua atrás a pedido da própria Tsume. – Estou me aproximando, tudo bem? Apenas para ver seus machucados.

A voz mansa sequer parecia a voz da mãe que sentia vontade de arrancar as orelhas de Kiba todos os dias. Aproximou-se sentindo o garotinho se retrair, mas o sorriso dela, a maneira calma e cautelosa fizeram com que se desarmasse completamente. As marcas gêmeas nas bochechas lembrando-lhe daquela que o permitira estar em liberdade.

Por um único momento que não se repetiria tão cedo, Touji lançou-se nos braços da mulher, chorando, chorando e gritando. Ele não falava coisa com coisa, mas sentindo-o ali, Tsume sabia de tudo o que se passava na sua cabeça.

— Tudo bem, pode chorar... – Ela murmurou, segurando-se para não fazer o mesmo enquanto o embalava em seu abraço, ninando-o baixinho com uma música que ensinara para Hana. Música essa que Touji reconheceu, tranquilizando-se enquanto pegava no sono.

As palavras não saíram, mas era muito grato. E mesmo que não conseguisse agora, viveria por Hana como havia prometido.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal. Eu não conclui o desafio no prazo, mas não significa que desisti dele! A vida ficou mais corrida, mas esse foi um ano de muita realização profissional pra mim. E isso significa trabalhar pra caramba! Mas sou muito grata! E obrigada a todos que vem acompanhando Cotidiano! Não desistam de mim!



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