Cotidiano escrita por Ariane Munhoz


Capítulo 44
Delírio - Parte IV


Notas iniciais do capítulo

44 – Uma fanfic que fale sobre um assassinato



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− Foi assassinato. – O cigarro pendia do canto dos lábios enquanto o detetive Nara colocava as mãos no casaco do sobretudo longo. Aquela era uma noite fria e sombria, com uma fina garoa que caía sobre os ombros de Kiba.

Coberto por um lençol fino e branco estava a dita vítima, que saía carregada por uma maca.

− Qual foi a causa? – A voz de Kiba soou séria de uma maneira que não estava acostumado. Mas o trabalho como oficial da lei havia lhe tirado um pouco da diversão, pelo menos nas horas de trabalho.

Shikamaru trocou o peso dos pés, ligeiramente incomodado com o fato de a chuva estar piorando. O cheiro no ar também não ajudava. O sangue que deixava o estômago de Kiba um pouco embrulhado.

− É por isso que o chamamos aqui, detetive Inuzuka. Precisamos que você resolva esse porém.

Kiba arqueou as sobrancelhas, acompanhando Shikamaru. Os médicos legistas que carregavam o corpo em uma maca pararam ao seu sinal.

− Descubram-no. Deixem que ele veja.

− Tem certeza? O estado não está dos melhores. – O médico alertou. Mas Shikamaru fez que sim com a cabeça.

Kiba aproximou-se, um pouco temeroso. E foi quase como se uma música de suspense tocasse dentro de sua cabeça, alertando-o.

Foi quando puxaram o lençol de uma única vez. E ainda era possível ver os olhos abertos, fixos no vazio. Como se encarassem de frente o próprio assassino.

Havia manchas intensas e arroxeadas espalhadas por todo o corpo flácido e fétido. Cicatrizes de quem já havia se mutilado tantas e tantas vezes. Antigas, novas.

Kiba estreitou os olhos. Encarando os poços vazios que eram as pupilas do morto. Engoliu em seco, sentindo a ardência na própria garganta, como se necessitasse desesperadamente de água e estivesse em meio ao deserto.

Mas nada fazia sentido naquela morte. Nenhuma marca que indicasse isso. Seu dedo passeou pela tez pálida do morto, enluvado. A pele era fria e estranha ao toque. Quase como se ele fosse um boneco de cera.

− Há quanto tempo estimam a morte? – perguntou.

− Entre o período de 18 a 24 horas pela rigidez dos músculos. Podemos levá-lo?

Kiba continuou encarando o morto. Como se por um momento aqueles olhos vazios quisessem lhe dizer algo. Algo que ninguém além dele conseguia compreender.

− O diabo está nos detalhes, Kiba. – Shikamaru se prestou a dizer. Colocando-se ao lado do parceiro, enquanto ele observava, e observava, e observava. Silencioso como nunca costumava ser.

O mundo ao seu redor girava. A fina garoa prosseguia. O cenário era preto e branco. Sentia as mãos trêmulas. Quase que por instinto, afastou-se do morto, o cheiro pútrido embrulhando seu estômago. Mas observava com cautela. Não havia sinais no corpo. Porque não havia um homicídio.

− Não foi assassinato. – concluiu por fim.

− Não? – Shikamaru arqueou as sobrancelhas, surpreso. – E o que houve, Kiba?

− Esse shinobi cometeu suicídio.

Suicídio.

A palavra pairou no ar como se pesasse uma tonelada.

O cadáver sorria para Kiba.


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Notas finais do capítulo

E aí, será que o Kiba está chegando perto de solucionar esse mistério? O que vocês acham?

Sei que ando bem negligente com essa fic, mas comecei um novo projeto Long ShinoKiba e com outros ships! Dá uma olhada lá!

https://fanfiction.com.br/historia/759424/A_luz_do_teu_olhar/

Perfil ShinoKiba com muitas histórias de autoras amorzinho. Todas as fics nos acompanhamentos!

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Até breve!



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