Tudo aconteceu de repente.

As explosões, a Guerra, os ataques surpresa que os insetos de Shino e dos outros Aburames simplesmente não puderam prever. Um exército de Zetsus que simplesmente aparecera parecendo que tinham – literalmente – brotado da terra.

E o cheiro de sangue, o desespero e a dor se espalhavam para todos os lados. Tudo o que Kiba queria era estar do lado de Shino naquele momento.

E, subindo nas costas de Akamaru, ele seguiu na direção de onde o cheiro dele vinha, ignorando batalhas, correndo desperado e desenfreado, lembrando-se das ordens da irmã:

“Junte-se a ele, não olhe pra trás, siga sempre em frente.”

Hana havia sido incisiva, enquanto ela própria desempenhava seu papel ao lado de Tsume. O coração de Kiba havia doído por deixar a mãe e a irmã, mas seu papel na guerra era outro, e ao lado de Shino e Hinata, Kiba era muito mais forte do que distante deles.

Os times deveriam se reunir. A ordem veio do próprio QG. Do próprio Inoichi.

Tudo pareceu perdido durante um tempo, com sangue, dor e desespero se espalhando. Mas então, Kiba o viu, uma nuvem de insetos que protegeu-o de uma kunai com um selo explosivo.

− Você está aqui! Você está bem, Shino! – Correu para abraça-lo, mesmo que fosse imprudência sua. Não parecia naquele momento. Não quando seu corpo necessitava tanto do calor dele.

− Achei que o pior tivesse acontecido. – Shino confessou. – Não conseguia localizar você, Kiba.

Podia sentir o desespero em sua voz, a dor que perdê-lo causaria em Shino. E aquilo o aqueceu por dentro de uma maneira que Kiba não achou ser possível. Akamaru tomou a frente deles, latindo, mostrando a posição de Hinata.

− Estamos juntos agora. Precisamos achar Hinata. – Kiba disse. – Se estivermos juntos, nós três, podemos fazer qualquer coisa.

Shino anuiu.

Seguiram em frente, buscando por Hinata, sabendo que naquele cenário desesperado, ela provavelmente tentaria proteger Naruto da mesma forma que os dois tentavam se proteger. E Naruto estaria no centro de tudo, certamente buscando por Sasuke. Kiba e Shino não conseguiam imaginar como seria. Se um deles fosse o traidor. Era imensamente desesperador. Preferiam ignorar a possibilidade que jamais aconteceria em um cenário real.

A avistaram ao longe. Akamaru latiu alto. Shino seguia fazendo a proteção com seus insetos, enquanto Akamaru e Kiba abriam caminho, batalhando contra Zetsus que pareciam ser infinitos, mas mesmo assim seguiam em frente.

− HINATA! – Kiba gritou, acenando para a amiga; ela, no entanto, não pareceu ouvir. Compenetrada em seus próprios embates, afastando-se mais. – Vamos, Shino!

Seguiram em frente, mas foram parados por um Pein. Batalharam arduamente, era difícil, mas os dois tinham uma boa sincronia. Shino parecia mais poderoso, mais consciente de seus próprios movimentos. Kiba parecia mais centrado, mais sincronizado com Akamaru.

− Vamos alcançar ela, Shino! Vamos conseguir! – Kiba brilhava intensamente. Era a aura dele que fazia Shino seguir em frente.

Embora tudo parecesse perdido, embora estivessem cercados de todos os lados, ainda havia esperança. Ainda poderiam se reerguer.