Cotidiano escrita por Ariane Munhoz
Notas iniciais do capítulo
26 – Que envolva um instrumento musical
Kiba decidiu que se dedicaria, então, a aprender o ofício da irmã. Não como veterinário, mas como treinador de cães. E ela disse que o primeiro passo, era aprender a lidar com eles com o uso de algum instrumento que os deixasse obedientes.
A família Inuzuka tinha uma flauta que preferia usar ao invés dos apitos comumente utilizados para treinar cães, e Hana ensinou o básico para o irmão, dizendo que Kiba teria que se empenhar sozinho no restante pois ela andava ocupada.
Então, quando foi para a casa de Shino, sob o pretexto de treinar, o namorado achou estranho. Afinal, Kiba nunca havia se interessado no ofício de treinar os cães.
− Ouvi uma conversa entre Kakashi-sensei e minha irmã. – Kiba disse, após uma bateria de exercícios, enquanto Shino permanecia compenetrado no próprio estudo, já que decidira seguir a carreira de professor. – Ele disse para ela que uma guerra está chegando até nós, Shino, e talvez ela tenha que abandonar o posto na clínica para ajudar.
Shino notou a preocupação do namorado para com ela. Sabia como Kiba era ligado à família e como coisas assim eram difíceis. Ele suspirou, aproximando-se e passou um dos braços ao redor do corpo de Kiba, puxando-o para mais perto.
− Sabe que somos ninjas, Kiba. Nenhum de nós está livre dos grilhões da guerra quando ela se aproximar. – disse. Não era uma forma de tranquiliza-lo, mas de expor a realidade. – A única coisa que podemos fazer, é nos preparar para isso. Como você está fazendo.
Kiba sabia disso. Repousou o instrumento sobre o próprio colo enquanto as garrinhas faziam fiapos no casaco de Shino. Aburame nem se importava com isso, apenas achava graça.
− Só queria que as coisas fossem diferentes, sabe? Kakashi-sensei acha que foi o Sasuke que atacou o Pakkun. Ou que foi a Akatsuki. Ou os dois juntos. Imagina como o coitado do Naruto não deve estar com isso? – Kiba se aninhou perto de Shino. Nem podia imaginar como reagiria caso a situação fosse consigo e Shino fosse um traidor!
Ele, por sua vez, ficou em silêncio, ruminando aquela informação, que casava com o que seu pai havia lhe dito.
− Estaremos preparados e juntos durante a guerra se ela acontecer. Isso é o que importa. Não deixarei nada acontecer a você ou a Akamaru. – Shino prometeu.
Kiba olhou para o namorado, os olhos lacrimejando por um momento, mas se recusou a chorar. Seria forte.
− Obrigado por estar aqui. – murmurou contra seu pescoço e depositou um beijo ali. Ficaram assim por um momento, apenas o silêncio entre eles, antes que Shino articulasse uma resposta:
− Sempre. – Shino disse, abraçando-o de maneira protetora.
Quando Kiba afastou-se para treinar um pouco mais, Shino soltou mais alguns insetos espiões para que ficassem de olho nele e em Akamaru, além de observarem os arredores da vila para que não estivessem totalmente desprotegidos, embora imaginasse que seu pai e outros Aburames tivessem tomado medidas semelhantes.
Não custava nada ser um pouco mais precavido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E voltamos à programação normal! Adiantei um pouco os capítulos para que as duas fics não aconteçam ao mesmo tempo e fique confuso.
Agora, acredito, dá pra postar normalmente novamente.
E aí, o que estão achando desse clima um pouco mais denso?
Nos vemos na segunda!