Cotidiano escrita por Ariane Munhoz


Capítulo 22
Noite sangrenta em Konohagakure


Notas iniciais do capítulo

22 – Que contenha Gore

Coloca o colete que lá vem tiro



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− AKAMARU!

O grito de Kiba ecoou por toda Konoha quando ele soltou um palavrão. O cercado estava destruído! Sua mãe o mataria! Mas o pior, Akamaru não estava lá!

Não era segredo para nenhum Inuzuka as lendas a respeito da primeira lua cheia após a puberdade. E mesmo que Akamaru não tivesse a natureza lupina, o sangue diluído dos antepassados ainda corria em suas veias. E isso era um risco para todo ninken, então eles permaneciam presos na primeira semana.

Mas Akamaru havia destruído o cercado, a porta de metal e qualquer outra coisa que estivesse em seu caminho. E agora, Kiba corria atrás do cheiro do melhor amigo canino, até que sentiu outra presença em seu encalço.

− Shino?! – Olhou de soslaio para o outro shinobi. – Como chegou aqui?!

Olhou de canto para Kiba, incapaz de lhe dizer que havia implantado dois insetos espiões no namorado apenas para mantê-lo a salvo.

− Intuição. – respondeu. – O que houve?

− Akamaru fugiu! – Ele estava inquieto, Shino notara, como nunca.

− Vamos nos dividir. – sugeriu. – Assim cobrimos uma área maior. Nos encontramos no lago.

− Hn. – Kiba concordou.

Estavam na floresta de Konoha, local grande e difícil para encontrar alguém. Como encontrar uma agulha num palheiro. E era de Akamaru que estavam falando, um cão altamente treinado pela elite da família Inuzuka.

Mas Shino e Kiba logo viram que não haveria dificuldade em encontrá-lo; havia rastros de destruição por onde quer que passassem.

Os dois se encontraram no ponto de encontro combinado e Kiba empalideceu quando um cheiro mais forte que os outros chamou sua atenção.

− O que foi, Kiba? – Parecia até que ele tinha visto um fantasma, tamanha era sua palidez.

− S-sangue. – gaguejou.

Shino não sabia o que fazer com tão pouca informação, mas seguiu Kiba na direção indicada, o receio permeando cada passo.

Milhares de pensamentos passavam pela mente do jovem Inuzuka, sobre lendas onde ninkens tinham cometido atos de pura insânia, levados a fazerem aquilo pelo efeito que a lua lhes causava: pessoas assassinadas, mutiladas, aos pedaços. Famílias inteiras devastadas. Ele não sabia se aquilo era verdade ou não, mas nunca duvidava das palavras de Tsume. E essas eram as histórias que ela lhe contava para por medo quando Kiba aprontava demais.

Os dois caminharam sob o clima de tensão, Shino segurando uma kunai oculta sob a manga do casaco largo. Jamais atacaria Akamaru, mas...

Depararam-se com a cena por fim. Akamaru findava sua vítima, os pedaços de intestino sendo puxados para fora pelos dentes. A pelagem avermelhada do cão brilhava sob a lua cheia.

− A-Akamaru? – Kiba chamou. Shino lamentava-se, pensando que teria que atacar quando o gigantesco canino os visou. Mal teve tempo de acompanhar sua velocidade quando ele saltou sobre Kiba. Estava prestes a mirar a kunai em sua jugular, quando notou que Akamaru abanava o rabo, contente, a pelagem apenas suja pelo sangue da presa morta.

Um porco selvagem.

Respiraram aliviados, enquanto Akamaru distribuía lambidas. Pelo visto, teriam assado para o jantar.


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Notas finais do capítulo

Brincadeirinha! :D

Nenhum animal real foi judiado no processo desse capítulo, mas pobre porquinho!

Eu não quis trazer um clima pesado para o capítulo de Cotidiano, então eu aliviei um pouco a barra nesse aqui.

Espero que tenham gostado!

P.S: essa semana tentarei postar um capítulo por dia, porque quero dar uma adiantada nessa fic. Ela vai entrar em um ritmo um pouco mais voltado pro drama também, então eu talvez mude a classificação.

Nos vemos logo logo!



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