The New World escrita por xMissWalkerx


Capítulo 8
Pensamentos na Roda.


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo! Desculpe a demora pra postar!



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PONTO DE VISTA – REY

 

Meu Deus...

Já era. Finalmente ela reagiu pra alguma coisa. Por mais extremo que fosse. Mas isso não justificava dar corda pra mais briga.

Todos nós estávamos parados, alguns boquiabertos e outros com os olhos arregalados de surpresa. Eu estava uma mistura dos dois, transitando meu olhar entre as mãos e olhos dela.

— E então? Vão viver ou morrer? – Carley sentava em cima da mesa da carteira que bloqueava a porta agora, ela olhava para todos nós, mas percebi que seus olharem sempre paravam com mais facilidade em Mary, Rob e Matt.

O plano que eles estavam propondo era loucura mesmo. Eu não vou sair daqui nem ferrando! Mas acho que foi um pouco demais ter dito para eles pularem da janela... devido as atuais circunstancias.

Tenho certeza que ela sabe que foi longe demais. Mas, do jeito que é não vai voltar atrás.

Mas tenho que admitir: Foi bom ela ter dito tudo isso. Umas verdades precisavam ser ditas e eu não acho que conseguiria falar agora... não do jeito que ela falou.

Tudo sobre não ser fácil sair, sobre não podermos falhar lá fora, sobre se descontrolar lá fora... Por mais que tenho certeza que isso não foi direcionado pra mim, mas eu peguei o aviso. Tenho que focar, e não me desesperar.

Estamos na merda, é verdade. Mas pelo menos estamos na merda todos juntos, e eu confio que iremos sair dessa.

Temos que sair.

— Hum? Não consigo ouvir. – Carley falou de novo. Ninguém lhe deu nenhuma resposta depois da pergunta sobre vida e morte. Como eu disse, todos estávamos perplexos demais. Apesar de concordar com o que ela disse, acho que agora não era o momento. Isso podia gerar mais briga, e tenho certeza agora que vai.

— Pare. – Mary disse erguendo uma mão – Você não pode...

— Não posso o quê? – Carley se levantou na mesa, ficando apenas de pé – Salvar vocês da morte? – ela estava com um sorriso sarcástico no rosto e os olhos arregalados.

“Calma, por favor” eu queria dizer, mas ao mesmo tempo, queria ver até onde a briga ia.

— Não pode agir como se você fosse a dona da razão! – uma lágrima desceu solitária pelo rosto de Mary enquanto ela dizia essas palavras. O sorriso de Carley morreu e ela não tirava os olhos de Mary agora.

— Dona....da razão? – ela disse lentamente, Mary limpou a lágrima que escorrera. Carley deu alguns passos pra frente.

— Então me fala, Mary. O que você pretende fazer quando algum zumbi chegar perto, hein? – Carley estava a centímetros de Mary agora, ela falava mansamente, quase em um sussurro. Isso me deixou um pouco aflito.

— Eu já disse. A gente usa as tábuas – Mary disse sem se mover. Harry bufou.

— Ah...simples então? – Carley ergueu as sobrancelhas e balançou levemente a cabeça. Mary deu um sorriso amargo.

— Pa-ra – Mary disse – Não é engraçado.

— Pra mim é a maior piada que você já contou pra mim em toda a sua vida – Carley deu um leve sorriso – me deixa falar o que vai acontecer com você....

Carley apoiou seu peso em somente um pé agora, ficando com a cabeça inclinada enquanto falava com Mary. Rob e Matt estavam olhando a discussão aflitos, mas havia uma diferença entre eles agora, enquanto Rob estava com os olhos aflitos, Matt intercalava entre o chão, a briga e algum ponto cego que ele focava.

Matt está desnorteado e pensativo aparentemente, enquanto Rob está assustado.

— Você vai sair por aquela porta...com suas incríveis tábuas em mãos. Vai ver um doente, e se você tiver estômago, vai afastar um deles de forma que você fique segura. Depois, vai correr até o pátio da escola, e não vão ser um, mas dúzias que você vai ter que lidar. Se você por algum milagre conseguir sair do pátio, vai estar lá fora agora, próxima ao portão. E lá não tem dúzias...tem centenas. – Carley falava bem claramente, enquanto a chuva caia pesadamente lá fazendo seu ruído se misturar com os outros barulhos estranhos vindos dos mortos. Mary engoliu seco – Cen-tenas, bloqueando o portão. Isso sem contar dos inúmeros corpos destroçados que você vai achar no chão até lá e eu GARANTO pra você....não vai ter tempo de vomitar e tomar água depois. – ela disse essa última parte com os dentes semi-cerrados.

Mary tremia o lábio inferior, ficou alguns segundos em silêncio, incapaz de responder. Depois desses segundos, Carley começou a dar passos pra trás, sem tirar sua atenção de Mary, que estava em completo estado de choque.

Acho que a verdade bateu agora.

Finalmente encontrei minha voz.

— Acho que a gente precisa respirar fundo e parar de brigar. – comecei a dizer – Briga não vai adiantar nada agora, não precisamos disso.

— E quem está brigando aqui? – Carley tirou os olhos de Mary e os repousou em mim com o cenho franzido. Eu a olhei com desdém.

— Você entendeu. – disse. Ela bufou, virou as costas e sentou-se A e na mesa que bloqueava a porta novamente.

— Vai ser difícil sair. Pensem. – Harry começou a falar – Nós vamos sair, mas não podemos ter pressa.

Assenti com a cabeça e me virei para ver a reação de Carley, ela assentiu também.

— Exatamente. Obrigada – Carley disse, fitando o chão.

— Ninguém disse que ia ser fácil. Mas eu acho errado não fazermos absolutamente nada e ficarmos esperando alguém vir ajudar a gente. E se ninguém vier? – Rob disse e houve um silêncio na sala.

Não tinha pensado nisso. Se bem que falaram no rádio que a situação estava sendo contida... mas também dava pra escutar tiros nas próprias transmissões, e pra gravar programas de rádio, eles vão pra uma sala acústica e tudo mais...como os tiros estavam sendo escutados? Só se...

Não. Não. Para de pensar nisso, foca no aqui... foca no agora.

— Alguém vai vir. Não se preocupe em relação a isso. – Carley respondeu. E eu tenho certeza que ela duvida de suas próprias palavras. Eu duvidaria.

— Tá, mas a gente não precisa se matar por conta disso né? Não é possível que vocês realmente acreditam que sair lá fora e ir correndo até o carro da Carley é uma boa ideia. - eu digo e realmente acredito no que estou dizendo.

— Sei que sou suspeito de falar, mas estou com Carley nessa. Isso é suicídio, temos que pensar melhor. – termino

— Eu já disse o que acho. Fazer nada não vai adiantar. – Rob disse

Morrer não vai adiantar - Carley rebate.

— Ela tem razão. – Matt diz. O que faz Rob e Mary olharem imediatamente pra ele, aliás, todos nós ficamos surpresos com isso. Afinal, Matt estava querendo sair precipitadamente também.

— O quê?! – Rob pergunta surpreso. Matt levanta o olhar para Rob, seus olhos ainda vermelhos graças às lágrimas do dia de hoje.

— Ela tá certa, Rob. Se a gente sair agora... do jeito que nós estamos...não vamos durar muito. Eu não sei vocês – apontou para Mary e Rob – mas eu estava aqui pensando e... eu não consigo nem olhar naquela janela direito por conta dos... – ele parou de falar, deu um longo suspiro e continuou – por conta... Dos corpos. Imagina então ter que passar perto. Ou pior, ter que passar por cima dos zumbis.

Zumbis. Ele acabou de chamar eles igual à Carley tinha chamado anteriormente. Acho que estamos progredindo

Rob ficou pensativo por um instante. Mary virou de costas e apoiou as mãos em uma carteira próxima, também pensativa, acredito eu.

É diferente quando um amigo fala algo pra você e depois seu melhor amigo fala a mesma coisa. A informação é recebida com uma intensidade diferente.

Tem certos laços de amizade que são diferentes uns dos outros. Uma coisa é Carley dizer algo outra é se as palavras saírem da boca de Matthew. Não, eu não estou pensando que Rob não gosta de Carley ou algo do tipo, muito pelo contrário. Todos nós nessa sala nos amamos e estudamos juntos na escola por mais de sete anos das nossas vidas. E quando a escola acabou, fizemos questão de manter a amizade viva. Somos todos praticamente amigos de infância.

Rob, Matt e Carley eram tão amigos quanto eu e Mary, por exemplo, mas é claro que sempre há uma preferencia entre os amigos. Reconheço que escuto as coisas de melhor forma se forem vindas de Carey, e o mesmo pode ser dito a Rob e Matt em relação ao outro.

Agora que Matt havia percebido que isso era uma péssima ideia, as chances de Rob e Mary desistirem da discussão havia aumentado.

Rob ainda estava em silêncio, fitava os olhos de Matt a procura de respostas, enquanto Matt o olhava de volta com uma expressão que pedia para que o amigo desistisse na discussão. Mary batia impacientemente o indicador na carteira na qual ela estava apoiada, ainda de costas para eles. Olhei para Carley que me retribuiu o olhar. Eu e ela estávamos com a mesma expressão, um rosto que indicava ansiedade. Harry deu um passo pra frente:

— Rob, eu sei que você quer voltar pra casa. E você também Mary, - ele virou suavemente a cabeça em direção as costas de Mary, depois, voltou a olhar Rob que o olhava de volta com atenção – mas vocês precisam entender, que estamos numa situação feia. Essas pessoas lá fora... podem machucar a gente de verdade, podem matar a gente. Temos que ser precavidos e esperar. Não sabemos de muitas coisas, precisamos de informações antes de tomar alguma atitude sem volta.

Melhor dito, impossível Harry.

— Exatamente. Vamos todo mundo respirar fundo, e conversar. Juntar todas as informações que temos e pensar numa maneira da gente sair bem dessa, pensar em TODAS as opções. – complemento. Sentar e conversar vai ser o melhor pra nós mesmo.

Rob ouviu tudo, fechou os olhos e ficou fitando os próprios pés. Depois de alguns segundos, disse bem baixinho:

— Tá bom. – e levantou o rosto olhando para Carley, que lhe retribuiu de forma diferente da que eu esperava: ela lhe deu um leve sorriso.

Falei. Todo mundo se ama aqui. A situação tá feia e estamos todos nervosos, só isso. Precisamos nos acalmar.

Eu preciso me acalmar.

Minha cabeça estava e ainda está, um nó de confusão.

Eu entendo o que está acontecendo, aparentemente, os infectados perdem completamente os sentidos quando a doença chega no ápice. Eu acho que eles deixam de serem pessoas quando a doença se espalha e os domina. Na verdade, “Zumbi” era a palavra perfeita para defini-los, eles estavam...simplesmente...comendo outros seres vivos. Tomavam tiros e não morriam, só alguns que eu vi cair no chão, muitos outros tomavam mais de um tiro e não...eles simplesmente não...

Coloquei a mão na boca por um instante. Estou passando mal.

Melhor não pensar nisso agora.

— Mary? – disse Carley – e quanto a você?

Verdade, ainda falta Mary desistir da discussão.

Mary se virou lentamente ficando de frente a todos nós. Ela olhou cada um de nós nos olhos e repousou seu olhar em Carley, que a encarava de volta.

— Então...o que sabemos até agora? – ela disse cruzando os braços.

 

PONTO DE VISTA – MARY

 

“...sem contar dos inúmeros corpos destroçados que você vai achar no chão até lá e eu GARANTO pra você....não vai ter tempo de vomitar e tomar água depois.”

Eu não havia escutado praticamente nada que eles tinham falado desde que virei as costas para eles, só voltei a ouvi-los quando Carley me chamou e quando Harry começou a falar. Eu estava muito ocupada pensando em tudo que Carley tinha despejado na minha cara.

Carley...

Não sei se sinto raiva dela ou se a compreendo. Sei que ela quer o nosso bem, e quer voltar pra casa tanto quanto nós mas...ela insinuar que quero morrer e levar todos junto foi demais. Não é isso que eu quero.

Eu só quero que isso acabe.

Mas por outro lado...se morrermos, tudo isso seria pra nada.

E eu não quero morrer.

Então é melhor ouvir todas as opções e ver qual é a que não vai matar a gente. Talvez eu tenha me precipitado...mas Carley não tem total razão, ela explodiu aqui. Eu não vou matar ninguém Carley. Eu não quero que ninguém morra.

Depois que perguntei o que sabíamos, Rey deu um longo suspiro:

— Boa pergunta.

— É melhor a gente se sentar. Que tal um círculo? – Carley se levantou e gesticulou com a mão para sentarmos todos no formato de um círculo, assim todos nós poderíamos ver um ao outro. Nos sentamos, no meu lado direito estava Harry, e no esquerdo, Rob.

— Certo, a primeira coisa que eu quero perguntar é a seguinte – Rob começou, ele olhava para o chão no meio do círculo vazio. – quantos deles tem lá fora?

— Não dá pra saber. – Harry respondeu.

— Ah, ótimo. – Rob encolheu os joelhos e mordeu o lábio inferior – Maravilha.

— Muitos. Eu chutaria mais de cinquenta, talvez. – Carley disse.

— Acho que tem mais... – falou Matt.

— Mais de cinquenta?! – perguntei

— Matt pode estar certo. Veio pela Denbrough, que é uma avenida com muitas direções diferentes. Tinha carros na avenida e pessoas andando na rua, esse pessoal se misturou na rua do colégio com os estudantes e professores que tentavam escapar. Isso tudo tirando o exército e a polícia. – Carley nos lembrou sobre o ocorrido na Denbrough.

— Meu Deus... – Rob colocou as mãos na boca, com ambas as palmas viradas de frente pra outra.

— Gente...acabei de me dar conta aqui. E a professora? Alguém ouviu ou viu alguma coisa? – Matt disse e todos nós ficamos em silêncio.

— A última coisa que vi foi ela parada na escada com uma prateleira na mão. Depois acabou a luz e não deu pra ver mais nada. E como tem essas porras de barulho lá fora, não consegui escutar nenhum som vindo dela. – Harry disse e gesticulou bruscamente em direção a janela, se referindo aos grunhidos esquisitos vindo dos doentes.

— Peraí, volta um pouco. Ela parou na escada? – perguntei. Afinal não estava do lado de fora com Rey, Harry e Carley quando a professora saiu.

— Acho que ela...paralisou por um instante. E depois resolveu seguir em frente, por isso demorou a reagir. Mas algo me diz que...ela não conseguiu. – Carley disse e abaixou a cabeça para os próprios pés.

— Não sabemos disso. – Rey falou para ela.

— Não. Não sabemos. É só uma sensação esquisita que tenho. – Carley se explicou ainda sem olhar para nós.

Alguns segundos de silêncio se passaram, mas tive que quebrar o silêncio para refazer a pergunta que nos fez sentar aqui no chão.

— O que sabemos sobre...os doentes? – tive que refletir antes de falar “doentes”. Eu realmente não sei defini-los.

Só sei que não são humanos. O que fizeram lá fora...

O pensamento me fez ter uma leve ânsia. Fechei os olhos por um instante enquanto todos se entreolhavam antes de responder.

Esquece a janela agora.

— Acho que são como zumbis. – Carley disse.

Eu a encarei. Só podia ser brincadeira.

— Zum-bis?! – eu disse. Não podia acreditar que ela estava sugerindo isso mesmo.

— Eu sei que parece ridículo. Mas, alguém aqui acredita de fato que essas pessoas estão na sua plena consciência? Matando pessoas lá fora, do nada? Literalmente devorando elas? – Ela disse abrindo os braços. Um silêncio começou na sala, mas foi quebrado rapidamente.

— Acho que faz sentido essa definição. Carley estava me dizendo que ela viu eles tomarem tiros e não morrerem. – Matt disse.

— É verdade. – eu respondi. Eu tinha visto, pelo menos em parte, o que tinha acontecido.

— Foi impressionante! Eu não sabia se ficava em choque sobre o que estava acontecendo ou sobre aquelas pessoas estarem tomando tiros e não se ferindo! – Carley falou, pela sua expressão, ela estava incrédula.

— Apesar que vi alguns morrerem. – Harry falou.

— Eu também vi – Rey apoiou.

— Como é possível? Será que alguns conseguem morrer e outros não? – Carley perguntou.

— Isso é papo de louco. Jesus amado... – Matt disse colocando ambas as mãos no rosto e respirando profundamente. – Estamos realmente falando se as pessoas lá fora estão vivas ou mortas?!

— É claro que estão vivas, se não, não estariam andando. – eu disse me virando para Matt.

— Não tem como saber. – Rob disse. – O pessoal parece que já está morto. – ele fraquejou na voz enquanto dizia “morto”.

Entendo. Vivos e mortos ao mesmo tempo.

Espera...morto-vivo? Aaaaaaahh! Entendi agora o porquê Carley pensou em “zumbis”!

— Como alguém consegue matar outra pessoa? – eu perguntei, mas não direcionei a pergunta para ninguém em específico.

— Não podemos nem dizer que vemos isso no noticiário... canibalismo...é sério isso?! – Harry disse, mas não olhou para ninguém também. Estávamos todos simplesmente jogando nossos pensamentos na roda.

Carley olhava pro chão pensativa. Seus olhos piscavam freneticamente, ela parecia estar processando alguma informação.

— Alguém tem alguma ideia do que aconteceu lá fora? – Harry perguntou.

— Acho que não foi só aqui a epidemia estorou. – eu disse – Vocês todos ouviram o rádio, está acontecendo, e aparentemente, o governo já sabia que ia acontecer. Afinal, da onde surgiu essa história de “Acampamento para Refugiados?”

— Não tinha pensado nisso! Como eles tiveram tempo de planejar isso tão rápido?! – Rey disse.

— Talvez já tinham planejado isso! – Matt disse apontando para Rey. Ambos se olharam como cúmplices.

Ok, agora estamos fazendo teorias da conspiração. O papo tá ótimo.

— Isso não faz sentido! Porque não falaram nada meses atrás?! – Harry disse entrando na deles.

Talvez...talvez isso não seja uma loucura. Na faculdade, certa vez, eu aprendi que muitas coisas podem ser omitidas para o bem maior da nação. Isso sempre existiu no mundo, talvez o mesmo tenha acontecido agora. Isso! Vou falar pra eles!

— Eu aprendi uma vez na faculdade, que as vezes o governo esconde coisas da gente pra não gerar um alarde. Eu tenho certeza que era melhor uma população calma do que todo mundo desesperado. – eu disse, um pouco orgulhosa por ter lembrado daquela aula chata.

— Não funcionou. Estamos todos desesperados e sem saber o que fazer agora. – Rob disse aos suspiros.

— Sem energia, sem respostas, sem notícias, sem fazer barulho – Rey pegou o celular e nos mostrou a tela que indicava um “x” vermelho na parte superior – e é claro, sem sinal. As coisas estão péssimas.

— E a polícia? O exército? Devemos simplesmente aceitar que eles perderam? – eu disse, lembrando eles sobre aqueles que supostamente deveriam nos salvar.

— Acho que é bem óbvio que, pelo menos por agora, não tem nenhum deles fora. – Harry respondeu e depois fitou os próprios pés, avaliando sua resposta.

— Mas eles vão chegar. Não vão? – Rey perguntou. Mas nenhum de nós respondeu. Todos nós ficamos em silêncio novamente. Apenas refletindo.

Tem que voltar.

— Temos como saber... – Carley disse baixo depois de muito tempo em silêncio. Ela estava agora com uma expressão que misturava epifania com choque.

— Saber o quê? – perguntei – sobre os militares?

— Não. – ela olhou pra mim. Depois olhou para todos nós enquanto se levantava. Ficou de pé no lugar do chão onde estava sentada – Temos como saber, se estão vivos ou mortos. Temos como saber se são zumbis ou não.

Todos nós ficamos em silêncio. Até Rob dizer o que acredito que todos, nessa altura do campeonato, estavam pensando:

— Eu não vou lá fora.

— Não precisamos. – ela disse.

Carley estava estranha agora. Ela estava parecendo desnorteada ou algo do tipo. Ela olhava para o chão e para os lados enquanto piscava freneticamente.

Ela não quer fazer o que ela vai nos sugerir. Ela tá desconfortável com a ideia.

Isso é mal.


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Notas finais do capítulo

Capitulo novo toda terça feira.



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