The New World escrita por xMissWalkerx


Capítulo 33
O Teste


Notas iniciais do capítulo

Postando cedinho hoje! Bom capitulo!



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PONTO DE VISTA – GLENN

 

Ela não vai te machucar. Fica calmo.

— Podemos. – respondo a ela. Sinto minhas pernas tremerem um pouco, e acho que ela percebe. Essa mulher tem olhos avaliativos...me sinto a todo tempo sendo avaliado por ela, e isso não é só momentâneo. Quando ela apontou uma arma pra minha cabeça e me jogou contra a parede eu vi que ela estava tentando entender minhas intenções, tentava ler meus pensamentos.

Ela não me disse seu nome diretamente, mas ela sabe que eu sei. Falaram o tempo todo durante aquela discussão que deu pra ouvir daqui de baixo. É Carley...e aparentemente, ela é a manda chuva...mas os outros não sabiam disso até hoje eu acho.

Ela se inclina levemente pra frente, apoiando os cotovelos nos joelhos. É uma mulher bonita, tenho que admitir. Tem cabelos longos e pretos amarrados em uma bandana verde escuro provavelmente tirada de algum militar. Tem um rádio preso ao ombro, uma uma camiseta preta com um colete jeans surrado por cima, a calça também é jeans e está suja de terra, assim como o tênis marrom que ela usa.

Seu olhar está em mim, me estudando novamente com atenção. Aqueles olhos castanho-escuro parecem estar conversando com a própria mente, tentando decidir se deve me matar, talvez? Não sei dizer ao certo.

Me sinto assustado e ao mesmo tempo seguro.

— O que fazia antes de tudo isso, Glenn? – ela pergunta sem tirar os olhos de mim.

Eu pisco algumas vezes. Sua voz é firme e levemente rouca, me dá arrepios, mas não aquele tipo de arrepio positivo...e sim aquele de quando você está...

com medo...?

Engulo seco antes de responder:

— Eu entregava Pizza. Motoboy. – digo e sinto minha voz falhar no inicio. Limpo a garganta e ela me olha de cima a baixo com a resposta.

Porra Glenn, não mostre que você tá com medo! Porque você tá com medo afinal de contas? Se morrer, morreu! Dane-se!

— Onde você estava quando tudo aconteceu? – ela continua o interrogatório.

— Saindo do trabalho mais cedo. Mas eu estava próximo a uma avenida então tive dificuldades pra sair de lá a principio... – respondo.

— Avenida? Que avenida? – ela franze as sobrancelhas e se encosta novamente na cadeira.

— Denbrough. – respondo rapidamente.

Ela me olha curiosa e abre lentamente a boca. Parece que fez uma assimilação.

— Como... – ela começa a dizer e se inclina pra frente voltando a posição anterior, ela parece ter feito algum tipo de descoberta e eu me pergunto o que ela poderia ter constatado sobre mim em apenas três perguntas – como saiu da pizzaria exatamente?

Seu tom de voz parece menos ameaçador, mas continua firme.

Ela vai achar que eu sou louco.

— Você vai achar que eu sou louco. – respondo a ela o que me vem a cabeça, e ela franze novamente o cenho.

— Eu pergunto e você responde lembra? Quem julga sou eu. – ela diz seca e eu suspiro antes de responde-la.

Seja o que Deus quiser.

— Eu passei o sangue deles nas minhas roupas. Me disfarcei. – digo, e vejo os olhos dela se iluminarem e ela abrir levemente a boca.

Okay...isso é um sinal bom ou mal? PERA!

— O sangue dos mortos, quero dizer, cl-claro...porque você sabe né, eu nã-não matei ninguém, o sangue...quer dizer...claro que é dos mortos e- – começo a tentar me explicar miseravelmente, mas ela ergue a mão.

— Cala a boca. – ela começa a fitar um ponto no chão próximo a mim. Novamente tenho a sensação que ela descobriu alguma coisa. Mas como poderia? Eu não disse nada! Eu acho...

— Tá. – respondo rapidamente e mordo o lábio.

Idiota!

Ela se levanta da cadeira e põe uma das mãos na testa, fica de costas pra mim. Eu não estou entendendo mais nada, e todo esse mistério me mata mais ainda.

O que eu disse de errado?

— Você... – ela não olha pra mim, fica de lado e me aponta o dedo indicador – você passou por uma escola?

Penso a respeito. Me lembro que de passar por uma escola sim...estava dominada.

Mas como ela fez esse palpite certeiro?!

— Passei... – digo receoso.

— Você correu da rua da escola até virar na Denbrough. – ela se vira inteiramente pra mim. Não era uma pergunta, e sim uma afirmação.

— Sim...e foi lá que eu entrei no mercado. Se chamava-

King’s Market.— dizemos em uníssono e eu a olho surpreso.

— Como sabe disso? – eu pergunto a ela, que solta um riso nasal e passa a mão no rosto enquanto se senta novamente na cadeira.

— Você ficou quanto tempo no mercado?– ela ignora minha pergunta, eu a encaro um tempo me perguntando se deveria repetir a minha pergunta. Mas sua expressão engraçada se desfez, e ela está séria novamente. Decido não pisar no calo dela.

— Er...uma semana. – respondo

— E porquê saiu? – ela pergunta.

— Porque não era seguro. Um mercado de frente com uma avenida dominada por mortos que nesse ponto da história estavam tentando quebrar a minha porta...tive que sair. – respondo com sinceridade.

— E porque veio pra cá? – ela continua.

— Eu não achei que viria parar aqui. Eu só quis me afastar da avenida, vi no meu mapa que havia um rio próximo e pensei que pegar agua não seria de tanto mal até eu achar o meu rumo. – respondo a ela. Me sinto tenso.

— Qual é o seu rumo, Glenn? Tem alguém com você? Mais gente do seu grupo? – ela pergunta coisa atrás de coisa, e se inclina novamente a minha frente, me olhando analiticamente.

— Eu não tenho grupo. Estou sozinho. – respondo a ela, que parece duvidar de minha palavra ao inclinar a cabeça um pouco para o lado.

— Família? – ela diz e eu a encaro por alguns segundos antes de levar meus olhos ao chão.

— Eu...não tenho uma boa relação com eles. Quer dizer, não sei o que aconteceu com eles e não vai ser agora que vou descobrir. Só quero sobreviver até ver o que acontece. – respondo.

— Você não se preocupa com eles? – ela continua e eu me sinto vulnerável.

— Não é isso! – falo um pouco mais alto, mas ela fica imóvel – É só...complicado. Meu pai morreu anos atrás, eu moro sozinho desde os dezoito anos, faz meses que eu não vejo minha mãe e minhas duas irmãs...me desculpe mas não devo explicar minha família pra você.

A coragem me falou mais alto naquele momento. Quem ela estava pensando que é?

Fico encarando ela ousadamente. Sua expressão está indecifrável. Ela respira profundamente e depois se encosta na cadeira novamente.

— Quantos zumbis já matou? – ela pergunta.

— Zumbis? – pergunto confuso.

— É. Quantos mortos? – ela explica.

Oh! Faz sentido! Zumbis...

— Não sei! Algumas dezenas, quem sabe? – respondo

— E quantas pessoas já matou? – ela pergunta, e esse questionamento me assusta um pouco, mas eu não me deixo expor.

— Nenhuma. – respondo.

— Porquê? – ela continua.

Eu a olho perplexo. Como assim porque?! Porque eu mataria alguém?!

— Porque eu não mato pessoas. – respondo a ela.

Ela tira uma arma das costas e eu fecho meu punho aflito. Ela foca o chão e me faz sua próxima pergunta.

— Qual é seu rumo, Glenn? – ela pergunta novamente.

— Como eu disse...não tenho. – respondo.

— E se você tivesse que matar uma pessoa para ter um? E se tivesse que matar alguém para sobreviver? E se...alguem te pedisse? – ela pergunta e depois olha para os meus olhos. Ela parece decisiva de algo, e eu me sinto extremamente vulnerável.

— Espero nunca passar por uma situação dessas. – respondo honestamente. Ela me olha por alguns segundos em silencio e morde o lábio pensativa.

— E se eu te dissesse que eu não gostei das suas respostas? E se eu...- ela se levanta e em engulo seco com medo e confuso com o que ela pode fazer. Seu olhar está diferente, parece...triste?

— E se eu te dissesse, agora que estou longe do meu grupo...que eu não aguento a pressão de viver num mundo como esse e que quero desistir? E quero que você me ajude já que não posso pedir algo desse nível para eles? – ela soa extremamente triste, mas ao mesmo tempo parece ter uma insegurança muito grande. Eu fico impressionado e chocado com o que ela me pede.

— O quê? – falo quase como num sussurro. Ela vai até a mim, tira uma chave do bolso e vai até as minhas algemas. Ela me livra.

Passo a mão que estava livre no pulso da que estava presa enquanto a olho surpreso. Ela vira o cabo de sua arma pra mim.

— Me ajuda, Glenn. Não consigo fazer isso sozinha! – sua mão treme. E eu pisco várias vezes, não acreditando na cena que se forma em minha frente – perdi minha família e não quero mais estar aqui. Os militares não vão vir mesmo e tudo se acabou. Já deixei meus amigos em segurança. Eles me odeiam depois de hoje de qualquer forma, você ouviu tudo. – ela despeja as palavras.

— E-eu não... – começo a dizer sem nem ao menos saber ao certo o que quero falar. Ela dá um passo em minha direção , se inclina e pega a minha mão a força, colocando a arma em cima da mesma, me fazendo segurar.

— Vamos. Já chega. – ela se levanta e respira fundo – Por favor. Eu deixei um bilhete, meus amigos não lhe farão mal e você poderá viver aqui se quiser. Só preciso de um ultimo favor. – ela implora.

Eu me levanto a encarando surpreso. Processo tudo o que acabou de acontecer enquanto transito meu olho para ela, trêmula a minha frente e para a bela arma de fogo em minhas mãos.

Minha atitude é clara e sem hesitação.

Solto a arma com um baque no chão, como se ela estivesse em chamas. Depois dou alguns passos até ficar frente a frente com ela.

— É Carley, certo? – digo a ela, que afirma lentamente com a cabeça.

— Eu não vou fazer isso. Ninguém vai. Porque você vai continuar lutando. – digo a ela, que parece prestar atenção.

— Eu não sei pelo que você passou...não sei pelo que seu grupo passou e não sei nada sobre sua família ou suas perdas. Mas eu sei que, todas as pessoas que você viu morrer não gostariam que você entregasse sua vida de bandeja enquanto algumas delas não tiveram nem a chance de lutar...ou se lutaram, falharam. – digo olhando em seus olhos.

Não posso deixar ela pensar nisso nem por um segundo. Não conheço essa mulher, mas eu nunca deixaria alguém se matar...

Ok, ela ME pediu pra mata-la. Mas é um pedido suicida! E nem se eu fosse louco o suficiente para aceitar, eu nunca conseguiria puxar o gatilho.

— Tem mais gente que desiste do que gente que tenta até o final. Eu não te conheço, mas você me parece uma pessoa forte nas decisões. Sinceramente, não acho que você seja uma má pessoa. Só...é meio bruta. – digo e sorrio de lado tentando acalma-la, e ela parece relaxar o rosto.

Ficamos em silencio um pouco.

— Mas você pode sair daqui...já está livre e não vai ter ninguém pra te impedir. Só peço um favor... – ela começa a dizer e eu a interrompo imediatamente.

— Não! Você não vai desistir! Você vai viver, tá legal? Vai estar junto com seus amigos e vai sobreviver a tudo isso. Você é uma sobrevivente, certo? – digo e sinceramente não sei mais o que posso dizer para acalmar a situação. Estou extremamente nervoso, passo a mão no rosto, tenso.

— Só...não faz isso. – digo por fim e a fico encarando. Ela me olha de volta por alguns segundos e assente lentamente com a cabeça. Ela dá um passo em direção a arma e eu me vejo segurando levemente seu braço.

— Wow wow wow! O que vai fazer?! – pergunto aflito. Ela me olha e depois olha em direção a mão que segura o seu braço, dando a entender que quer que eu a solte. Mas eu não solto.

Não vou deixar ela fazer uma besteira!

— Está tudo bem. Não vou atirar em mim mesma, só vou guardar minha arma. – ela diz, e eu levo alguns segundos até soltar seu braço. Estou muito atento a ela agora.

Se ela der qualquer indício, eu vou pra cima pra tirar a arma da mão dela.

Ela pega a arma e depois se vira pra mim, cada músculo do meu corpo está tenso. Ela pega a vela no chão que iluminava o quarto e anda lentamente até a porta, a abrindo e saindo para fora. Eu fico parado no quarto, sem saber o que fazer. Até que ela aparece com a cabeça pra dentro do quarto novamente.

— Você quer ficar aqui preso? – ela diz e eu apresso meu passo para segui-la para fora. Quando saio vejo que tem alguém em cima do portão com uma lanterna. O sujeito que me defendeu mais cedo, Rey.

— Me acompanhe. – ela diz e começa a andar em direção a uma porta de madeira que ficava apenas alguns metros de onde estávamos. Percebo que a porta é a entrada de uma casinha.

Aqui é grande mesmo. São duas casas? É isso?

Dou cada passo olhando na mão de Carley que segurava a pistola, com medo dela fazer alguma burrada. E ao mesmo tempo, eu estava curioso com tudo que ela planejava pra mim.

Ela gira a maçaneta e a porta é aberta, logo que entramos, demos de cara com um pequeno espaço onde pode se ver duas portas, uma em cada canto do recinto, entre elas havia um porta chaves vazio. Ao lado da porta do canto esquerdo, havia uma porta-sanfona semi-aberta, que mostrava um banheiro. Do lado de fora do banheiro, havia um sofá de dois lugares. E ao lado do sofá, havia uma entrada para a pequena cozinha, e depois da cozinha, podia-se ver o começo de uma sala de estar.

Uma casa pequena.

— Esquerda ou direita? – ela me pergunta e eu demoro um pouco para raciocinar.

— Err...esquerda. – digo e ela consente me guiando até a porta da esquerda. Ao abrir, vejo que é um quarto que contem um armário e uma cama de casal. Ela me estende o suporte da vela que segurava, eu o pego.

— Você pode dormir aqui. Amanhã cedo explico mais detalhes. – ela diz enquanto eu olho em volta. Passo a mão na cama macia e não resisto em sentar na mesma.

Ei, eu tenho perguntas a fazer agora!

— Ei! – me viro pra ela, que se mantém parada no batente da porta. – Posso fazer as minhas perguntas?

— Pode. – ela diz, seu tom agora não parece tão ameaçador.

— Que lugar é esse? – pergunto.

— Minha casa. Foi aqui que eu nasci e fui criada. A casa onde você está agora pertenceu a minha tia, a casa lá de cima – ela aponta para o teto – era onde eu morava. Construímos as passarelas na última semana.

Me lembro do mercado...

— Como sabia o nome do mercado que eu estava? – pergunto a ela.

— Eu estava na escola. Eu e meu grupo. – ela diz e aquilo me pega de surpresa.

Então...aquelas sombras que eu havia visto nas janelas das salas superiores...eram de fato pessoas!

— Você estava lá?! – pergunto surpreso. Ela assente.

— Iriamos ter uma pequena reunião lá, foi quando tudo aconteceu e nos vimos obrigados a passar a noite no colégio... – ela diz, mas parece que queria adicionar algo mais, ela olha pra baixo e eu não digo nada, esperando ela complementar.

— Na tarde quando tudo aconteceu...vimos um cara na rua. Ele estava cheio de tripas e sangue de zumbis, passava no meio dos mortos até o momento que a chuva que caia apertou e o sangue começou a ser lavado de seu corpo. Ele correu até a Denbrough e nunca soubemos o que aconteceu com ele...até agora. – ela diz e eu fico boquiaberto. Acabo sorrindo e rindo levemente.

— Mundo pequeno. – digo.

— Mundo pequeno. – ela repete.

Ficamos em silencio mais um pouco.

— Foi você que me deu a ideia que me ajudou a tirar meus amigos de lá. Eu e Rey, aquele cara que te defendeu mais cedo, conseguimos entender o que você planejava depois de te observar. Foi assim que copiamos a sua ideia e acabamos vindo andando de lá até aqui. Isso foi semana passada... – ela diz e cruza os braços olhando para o chão.

— Então...você sabe... – ela parece sem graça – Obrigada. – ela finalmente olha pra mim de novo e eu assinto.

— Foi sem querer...não precisa agradecer. – digo a ela.

— Acho que você faz muitas coisas sem querer. – ela diz e eu rio.

— Sempre fui meio cagado. – digo e ela ri nasalmente, mas não sorri.

— Bom...vou deixa-lo em paz. Amanhã nos falamos. – ela diz e começa a se virar lentamente para ir embora.

— Ei, Carley? – a chamo, ela me olha – Não pense mais naquelas coisas que me disse, tá? Lute sempre.

— Não se preocupe com isso. – ela diz, mas eu sinto que ela quer ir embora logo dali, então invento mais uma pergunta.

— Espera! Er...você me liberou só porque eu ajudei seu grupo inconscientemente? – pergunto a ela.

Ela sorri de canto e olha para o chão.

— Não. – ela respira fundo, levantando as sobrancelhas – É porque você é uma boa pessoa, aparentemente. Ainda não descobri por completo. – ela me olha novamente e eu fico confuso.

— Não contradizendo você nem nada mas...como tem tanta certeza?

Ela sorri de canto e olha pra arma nas mãos, depois ela olha pra mim novamente. Eu mantenho minha atenção nela. Ela aponta a arma pra cima e vejo seu dedo ir até o gatilho e num impulso faço uma careta esperando o disparo no teto. Como uma criança aguardando um balão explodir.

*click*

Nada acontece.

Eu fico confuso.

Ela aperta o botão lateral da arma, liberando o cartucho da pistola, ela tira o cartucho e o mostra a distancia pra mim.

Vazio...

Ela...?

Você tá de brincadeira!

Eu entendo o que ela fez.

Era um teste?! O QUE?! QUE PORRA DE TESTE FOI ESSE?

— Você não está me dizendo que... – começo a dizer indignado, mas ela leva sua mão na maçaneta da porta do quarto e começa a fechar a porta.

— Boa Noite, Glenn. – ela diz com uma expressão vitoriosa no rosto e a porta se fecha.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Ansiosa pelos comentários!



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