The New World escrita por xMissWalkerx


Capítulo 2
Não Vai Congelar de Novo, não é?


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, aí está mais um capítulo pra vocês.
Aguardando o feedback! ♥



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Quando me dei por mim eu já não estava escutando mais nada. Tudo estava em câmera lenta pra mim e minha respiração estava ofegante enquanto meus amigos falavam uns com aos outros de forma bem gesticulativa. O porteiro agora estava entre nós também, apontando em direção a escadaria que estava a alguns metros atrás de mim.

    Meus amigos começaram a se empurrar levemente em direção a escada. Eu caminhava lentamente em direção a escadaria, completamente desorientada, com os olhos arregalados e as mãos apoiadas em cada uma das minhas orelhas desde o momento da explosão. Eu ainda observava meus amigos a minha frente, uns já estavam subindo os degraus, outros estavam somente andando rapidamente em direção a escadaria.

   De repente, uma voz acompanhada com uma pequena chacoalhada em meus ombros me tira do transe do momento.

— Carlie!! Vamos! – a voz disse na minha frente

Agora eu conseguia ver claramente. Harry estava na minha frente com um olhar preocupado e confuso ao mesmo tempo. Deve ter sido por conta da cara que fiz pra ele depois de receber o chacoalhão.

— Vamos? Onde? – perguntei confusa

Agora que me toquei. Eu não tinha escutado nada que eles tinham falado depois do barulho dos tiros, eu nem tinha me dado conta de quando o porteiro tinha se juntado a nós! O que estava acontecendo? Pra onde iríamos? Harry me olhava impaciente.

— Lá em cima ué! – disse apontando com a cabeça em direção a escadaria, e com uma das mãos apoiada no meu ombro, começou a me guiar para a escadaria enquanto andava rapidamente ao meu lado – o porteiro falou pra subirmos agora!

— Você escutou aquilo? Foi tiro não foi? Tenho certeza que foi! – disse já me apressando mais um pouco para acompanhar seus passos.

Finalmente chegamos aos degraus, e começamos a subir. Ao chegar no final das escadas, chegaríamos no enorme pátio da escola.

— Escutei. – assentiu – Tinha doido aqui perto! Dá pra acreditar?! – Harry estava agitado eu podia perceber. Ele focava sua atenção nas escadas e em meu rosto, o que fazia ele mexer a cabeça com frequência.

— Tinha? Não tem mais? – virei agora pra encara-lo.

Antes que Harry pudesse responder, nossa atenção se voltou pro final da escada, a entrada do pátio. Movimentações e vozes agora eram ouvidas mais claramente.

Acho que tem mais gente no pátio pensei.

— Ah! Você tá aí sua louca!  – um Rey apareceu repentinamente na entrada do pátio, eu e Harry nos apressamos pra sair logo daquela escada.

— Não tem mais?! – perguntei novamente ainda encarando Harry.

— Não sei. – Harry respondeu.

Quando chegamos no final da escada onde Rey estava nos esperando, pudemos olhar para o pátio que de vazio não tinha nada como eu suspeitei.

   Aparentemente todas as turmas estavam lá em baixo, alguns tentando usar o celular, outros em fileiras que estavam sendo feitas com instruções dos inspetores, e outros estavam em círculos conversando ignorando todas as instruções.

— A gente tá ali no cantinho, vem! – Rey nos chamou e começou a nos guiar até um canto do pátio, onde agora eu podia enxergar Rob, Matt e Mary que estavam bem agitados com expressões preocupadas.

— Tô te falando! Tá dando merda lá fora! – Rob falava quando chegamos – Você viu a cara do “tio”? Ele estava assustado!

— Assustado está você! É lógico que ele estava preocupado, mas acho que ele se assustou foi com o tiro e não com o que você tá pensando! – Mary dizia irritada.

— Pelo amor de deus, o que o porteiro disse? Eu não escutei nada – perguntei com sinceridade apenas para Rey, de forma que os outros não ouvissem. Não quero piorar a situação fazendo eles acharem que eu apaguei de tanto medo...enfim, Rey entenderia.

— Tipo, teve o tiro, aí passou uns 15 segundos e o porteiro veio e só disse pra gente subir. Ele disse que em uma das avenidas, na Denbrough, tinham achado um infectado. Por isso o tiro.

— Eu acho que matou sim, gente! – Matt disse ainda na roda de conversa na qual ele estava participando – Foi mais de um tiro! Não é possível que não tenha matado.

— Não quero nem pensar em alguém morrendo na rua, que horror! – Rob agora estava com ambas as mãos cobrindo o rosto

— Calma gente, sem pânico tá bom? Pensa assim: se tinha doido na rua, os soldados deram um jeito! Eles tão aqui pra proteger a gente, não vai acontecer nada! Uns tiros e pronto! Resolvido! – eu disse agora para todos

— Exatamente! Obrigada Carley! Alguém me entendeu ao menos! – Mary fuzilava Rob com os olhos.

— Você fala como se não tivesse gritado quando ouviu o tiro, não é mesmo espertona?! – Matt agora estava com os braços cruzados e encarava Mary

— Gente, parou! Pra que discutir isso se a gente não sabe de nada ainda? – Falei agora colocando minhas mãos nos ombros de Mary e Matt – a gente precisa se informar primeiro e saber o que está acontecendo. Olha lá a cantina! A gente ia comer não é mesmo? – disse gesticulando com o pescoço para a cantina que estava do lado oposto do pátio.

— Isso! Vamos comer, reclamar de bucho vazio não dá certo – Rey disse dando pequenos tapinhas nas minhas costas e já se virando para ir em direção a cantina.

Enquanto andávamos, eu percebia que alguns estudantes da escola estavam tão desnorteados como nós. Vi muitos rostos assustados mas a maioria estava perdida. O que será que disseram pra eles? Imagina que loucura você estar no meio de uma aula de História e do nada escutar um tiro? Tomara que ninguém estivesse estudando sobre a Segunda Guerra Mundial...

— Pelo menos essa galera vai embora mais cedo! – Harry disse sorrindo para nós. Recebeu risos nervosos como resposta.

— Algo me diz que eles vão ter que esperar um pouco. – Matt disse para nós. Fiz um sinal positivo com a cabeça pra ele, os outros ficaram encarando os próprios pés.

Acho que estão com medo penso. Não que eu não esteja receosa também, mas não quero ficar daquele jeito de novo...imobilizada e sem reação. Provavelmente eu não teria saído de lá se não tivesse sido chacoalhada. Enquanto caminho, vou ouvindo conversas paralelas ao meu lado, vindo dos alunos de todos os lugares do pátio.

Como assim sem sinal?! Como vou ligar pra minha mãe?!”

“Lilia, posso usar seu celular? Eu to sem sina- VOCÊ TAMBÉM?!“

“Gente e agora?”

“Pelo menos me tiraram da aula da Monique, não aguentava mais ouvir sobre Pitágoras”

“Tá de palhaçada que vamos ter que ficar aqui né? Faça-me o favor! Quero sair!”

“Eu quero sair daqui!”

“Daqui a pouco eu vou é meter o louco e sair daqui, quero ver a treta lá fora!”

“Desde mês passado eu tô trazendo um canivete!”

“Afê, eu nem tive tempo de terminar meu lanche!”

“Você tava comendo dentro da sala seu doido?!”

Heh. Isso me lembra a época que eu estava na escola. Esses papos aleatórios.... hehe, era tudo bem engraçado e...peraí, a Monique ainda da aula aqui?! Deus que me livre.

Chegamos a cantina, quer dizer, chegamos na FILA da cantina. É lógico que o lugar não estava vazio, povo nervoso significa povo com fome.

— Acho que vou pegar um Croissant de Chocolate. – Mary disse analisando as pequenas telas que mostravam o menu próximas ao caixa.

— Eu pego um Pão de Queijo – disse eu – Não estou com muita fome.

— Eu quero uma fatia de pizza, eu acho. – Harry disse, já abrindo a carteira.

— Vou na pizza também – disse Rey colocando a mão no bolso a procura da carteira.

— A gente podia dividir um pedaço de torta né? – Rob falou aos risos para Matt depois de puxar apenas dois reais da carteira

— Nossa que pobreza hein?! Jesus... mas eu divido. – Matt pegou a nota de dois reais de Robb e juntou com a de cinco dele próprio. Os dois ficaram tirando sarro da situação até chegar a nossa vez, o que não demorou muito, uns cinco minutos no máximo.

Fizemos nossos pedidos, e fomos para a fila ao lado, que era a fila para retirar os alimentos.

Meu grupo de amigos começaram a puxar conversa sobre as séries que estavam assistindo no momento, geralmente seria um assunto que me interessaria na hora, mas um barulho me impediu de focar a minha atenção no assunto. Um som que eu tinha escutado a alguns minutos atrás. Tiros, de novo.

Todos  o pátio gritou em conjunto se assustando, parecia que o barulho estava mais próximo mas podia ser coisa da minha cabeça, não era possível que estivesse próximo... afinal de contas, as duas avenidas que cercavam o colégio estavam sendo organizadas pelos militares, não tinha motivo para virem aqui em uma escola do nada.

Um,dois,três,quatro,cinco,seis,sete. Sete.

Sete disparos pesados. Preciso que alguém me diga o que está acontecendo!

A escola agora estava um pandemônio! Gritos por todos os lados e cheguei até a ver um grupo de algumas meninas próximas ao banheiro se abraçando e com uma expressão que indicava que elas estavam lutando contra as lágrimas e procurando por alguém que as ajudasse a entender o que era aquilo tudo. Aquela visão me arrepiou, mas não foi pior que a sensação que tive quando vi as crianças, que estavam a alguns metros de nós.

   Todos nós vimos um grupo de crianças que aparentavam estar entre os 5 e 7 anos gritando mais alto do que eu achava ser possível com as mãos encobrindo as pequenas orelhas.  Se eu não estou entendendo nada imagina elas?! O que vão dizer pra elas?!

A professora que as acompanhava, pegou a menor de todas no colo. Uma menininha, com maria-chiquinhas que caíam longamente ao lado de sua cabeça, cabelos castanho escuros e uma mochila vermelha e azul do filme “Valente” nas costas. Ela chorava e batia as pequenas mãozinhas contra o próprio rosto enquanto esperneava e tentava se livrar do colo da professora. Até mesmo um inspetor foi ajudar o grupo de crianças, já que ali estavam umas dez crianças e apenas um adulto. O inspetor colocava todas as crianças sentadas no chão de maneira que ficassem próximas uma das outras e todas elas eram lentamente acalmadas pelo inspetor que dizia algo para elas. Mas a menininha no colo da professora não se acalmou, e o pânico dela estava me deixando desconcertada.

Não consegui não fazer nada. Comecei a andar em direção a ela, ignorando os olhares apavorados de meus amigos que ficaram parados onde estávamos. Eles não falaram nada após os disparos, agora eles estavam apenas observando todo o pânico se instalando na escola graças ao tiroteio. Os estudantes tentavam ir em direção a escadaria que levava para o portão de saída, mas agora aquela escadaria estava bloqueada por uma enorme grade que fechava sua entrada.  E o outro caminho que poderia ser usado, aquele que ficava no meio do pátio e possuía três lances de escadas que poderiam cortar um caminho até a saída, também estava fechado, com suas enormes portas de vidro e metal trancando o caminho. A Diretora Marsha estava com dois dos inspetores próximos a elas, na frente da porta, gesticulando agressivamente para os alunos se afastarem. Não vi o que aconteceu depois, porquê foi aí que eu reparei no grupo das crianças.

     Finalmente cheguei até a professora que segurava a criança desesperada

— Susie, calma! Não tem porque ter medo! Olhe pra mim! -  a professora tentava fazer a criança que agora se abraçava ao redor do pescoço da mulher, tinha desistido de tentar sair do colo dela agora.

— Ei! Ei, não precisa ficar com medo tá? – disse me aproximando da professora e a garotinha.

A professora me olhou e quando a olhei de volta, vi seus olhos levemente avermelhados e surpresos por encontrar alguém ali que não fosse uma criança de 6 anos.

Ela estava chorando. Ai, droga!

A criança ainda estava abraçada com a professora, e se negava a encarar qualquer um. Eu fui até as costas da mulher que a segurava, para que eu pudesse “obrigar” a menininha a me olhar. Mas quando fiz isso, ela fechou os olhos. Ótimo.

— Sabe quem eu conheço? A Merida! – eu disse com um sorriso no rosto.

Funcionou. Ela abriu os olhos.

Heh, Disney salva a todos! Boa sacada, Carleyzinha.

— Sabe esses barulhões que ouvimos agora? Então, são os feitiços daquela bruxa carpinteira! – disse fazendo uma careta. A garotinha agora me olhava fascinada e sem lagrimas nos olhos, ainda abraçada com a professora.

— Essa gente toda não viu Valente igual a nós duas, então eles ficaram com medo! Vê se pode? – disse agora dando um leve toque na testa da menina, que apesar dos gritos que estavam acontecendo, sorriu e deu leves risadas. A professora ficou em silencio, balançando a garotinha suavemente pra cima e pra baixo.

A menininha se soltou do pescoço da mulher, e agora estava aparentemente mais calma no colo da professora. Sai de trás da professora e fiquei entre as duas.

— Só a bruxa! Se lembre sempre que é só aquela bru-

POW

Outro disparo. Seguido de mais três.

Ao ver minha expressão assustada e com as mãos nos ouvidos, a garotinha ficou com uma expressão séria também. Em meio aos gritos e manifestos que estavam acontecendo no pátio, me forcei a dar um sorriso e disse:

— Essa bruxa tá fogo! Vou ali chamar a Merida, tá? Ela vai parar a bruxa! – falei dando passos para trás mas ainda olhando menina. Ela sorriu de volta.

—  Fala “pa” ela não “demoiar” – ela disse acenando pra mim ainda sorrindo. Acenei de volta e me virei em direção a meus amigos, mas não estavam todos ali.

— Onde você vai mulher?! VOLTA AQUI! – Rob gritava em direção a uma Mary que passava por uma multidão de alunos assustados e nervosos

— FIQUEM AÍ! – Mary gritou para eles.

— Onde ela vai?! – cheguei perguntando com uma expressão séria e ao mesmo tempo confusa.

— Ela foi ver o que a diretora tem pra dizer! – Harry me respondeu - Falamos pra ela não ir mas ela gritou com a gente falando que queria respostas e foi!

— Isso não tá acontecendo. Isso não tá acontecendo - agora era Matt que estava com as mãos no rosto, andando de lá para cá.

— E você foi aonde?! Eu olhei e você sumiu! – Rey me perguntou tão alto que quase me deixou surda. Todos nós estávamos falando alto de mais, na verdade. Com os gritos e tudo que estava acontecendo, era quase impossível de se escutar alguma coisa.

— Não consegui não fazer nada – disse apontando em direção ao grupo de crianças que agora estavam todas sentadas, incluindo Susie, a garotinha que eu acalmara. – Tinha uma menininha ali que estava em pânico e eu...eu... eu não...

Rey colocou a mão em meu ombro e fez sorriu com o canto da boca. Como eu disse antes, Rey me entende.

   O pátio do colégio tinha três saídas: A do lado direito, que levava a escadaria direto pra saída, a do meio, que levava a secretária do colégio e também podia-se cortar o caminho por lá até a saída, e por fim a do lado esquerdo do pátio, que tinha dois lances de escadas que levavam aos corredores de sala de aula e cortavam um caminho de volta a secretária novamente. A Diretora Marsha agora estava na escadaria da esquerda, no meio dos degraus, acima de todos, ela tinha um megafone em mãos.

— ATENÇÃO ATENÇÃO EU QUERO PEDIR SILÊNCIO! SILÊNCIO POR FAVOR! – ela gritou no megafone, o que fez alguns pularem de susto por estar muito alto.

Levou uns três minutos inteiros até todos calarem a boca e finalmente estarem dispostos a ouvir o que Marsha tinha a dizer.

— Eu sei que todos estão assustados! Não há motivo para pânico! O que vamos pedir a vocês nas próximas horas, não deve ser julgado como um alarde, e sim como medida de segurança!

Todos começaram a conversar entre si, desviando a atenção de Marsha, alguns lançavam perguntas a diretora como “próximas HORAS?” “O que está acontecendo?” “O que foi aquilo?” “Tem infectados próximos?” “Podemos sair?”

— SILÊNCIO! SILÊNCIO! – ela gritou novamente para que todos se calassem - Primeiramente eu gostaria de pedir a todos os professores do Ensino Fundamental I para que levem as crianças até as salas de baixo, no final do corredor, próximas a secretaria, fiquem com eles lá, até eu dizer o contrário.

Começou uma pequena movimentação em diferentes pontos do pátio, professores começaram a guiar seus pequenos estudantes em direção a porta de vidro que ficava no meio do pátio, instrutores abriram a porta enquanto encaravam com atenção os alunos em volta que olhavam para a porta com a tentação de ir embora, mas não fizeram isso. A porta se fechou atrás dos mini-alunos.

— Segundamente, eu quero informar a vocês os acontecimentos que envolveram os disparos que estamos ouvindo. Sim, foram disparos. Vindos da Policia e do Exército. Isso foi feito pra-

POW! POW! POW! POW!

Todos nos assustamos novamente, mais disparos...quatro agora. Quantos tinha sido até agora? Uns 10? 15? Eu já nem sei. As pessoas ficaram agitadas novamente, conversando entre si. Do meu lado, Rey sinalizada com os braços em direção a multidão enquanto dizia “Aqui! Aqui!”  Pra quem ele tá sinalizando?

Droga, não enxergo nada! PERAÍ! EU NÃO ENXERGO NADA! ESQUECI A PORRA DOS MEUS ÓCULOS! GÊNIA!

Ótimo. Simplesmente ótimo. Eu precisava de óculos para enxergar de longe, mas meu grau não era tão alto a ponto de eu precisar andar 100% do tempo com ele. Não acredito que só agora que me dei conta de que tinha esquecido meus óculos em casa.

Lembrei de Adam, meu irmão, que me perguntou sarcasticamente onde estava meus óculos.

 Acho que não era uma pergunta sarcástica. Parabéns Carley.

Em falar em irmãos....agora que me veio a cabeça. Será que estão bem? A escola não é tão longe de casa, é no mesmo bairro. Será que escutaram os tiros, ou não é perto o suficiente? Ross chegou em casa? Peguei o celular pra mandar uma mensagem, mas guardei logo em seguida vendo que ainda estava sem sinal.

POW! POW!

Meus pensamentos foram interrompidos por mais tiros e mais gritos da diretora, pedindo atenção.

— EU DISSE SILÊNCIO! Pois bem, na avenida Denbrough ocorreu um acidente. Os militares estavam verificando os carros e as pessoas que passavam por lá, pra assegurar que ninguém estava doente, tudo estava indo bem até que, pelo que soubemos, tinha um infectado dentro de um ônibus. O motorista freou no meio da avenida, impedindo a passagem dos carros fazendo a policia presente se movimentar para o meio da confusão.

Conversas e perguntas do tipo “o que aconteceu?!” “Mataram alguém?!” “Alguém se feriu?!” “Porque tantos disparos?!” começaram a ecoar pelo pátio, a diretora pediu silencio novamente. No meio da multidão, finalmente reconheci para quem Rey estava acenando, Mary passava no meio dos alunos e vinha em nossa direção. Ela estava do outro lado do pátio.

— PESSOAL! ATENÇÃO! Depois da policia ir pro ônibus , eles tiveram dificuldades pra lidar com o infectado, que atacou os militares e já tinha atacado algumas pessoas do ônibus. Apesar dos tiros, aparentemente não resolveram a situação ainda. Não queremos mandar ninguém lá fora pra ver o motivo dos disparos sem ter a certeza que tudo está seguro. Todos vocês, devem se alojar em suas respectivas salas de aula até o próximo aviso. Não queremos ninguém em pânico, há infectados lá fora e ainda estão lidando com eles. Mexam-se todos!

Não é possível.

Foi tudo que consegui pensar. Foram o quê? 10 disparos? Talvez 15 agora? Como não resolveram isso ainda? Algo está acontecendo. Vi Mary saindo da multidão, estava quase chegando em nós agora.

É isso aí. Logo você que não queria fazer alarde. É real. Tem coisa acontecendo. E agora? Vai fazer o que como medida de segurança? Congelar de novo?


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Notas finais do capítulo

É isso aí! O fim de mais um capítulo! O que acham que está acontecendo lá fora?



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