The New World escrita por xMissWalkerx


Capítulo 11
Estou Bem.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o atraso galera! Antes tarde do que nunca, hehe!



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PONTO DE VISTA – ROB

 

Espera um pouco...

A sala foi consumida em um silêncio extremamente incômodo. Todos nós olhávamos para o mesmo ponto: dois cortes longos paralelos que sangravam levemente no ombro da professora.

Tasha nem reparou o que acabou de acontecer...meu deus! Estamos presos com alguém infectado! E AGORA?

Fale alguma coisa,Rob!

Não, não! Cala a boca! Você não pode chegar pra alguém do nada e falar que ela esta infectada!

Mas ela vai morrer!

Você não sabe disso!

Ela vai virar uma daquelas coisas! Um zumbi! E nós estamos aqui com ela presa!

Espere! Já sei!

— Matt? – disse com a voz mais calma que consegui fazer chamando-o. Ele estava boquiaberto olhando o corte e olhando para Mary que o olhava de volta. Assim que o chamei, tanto ele como Mary olharam pra mim. Tasha tirava o jaleco lentamente.

Gesticulei para Matt me acompanhar, o que ele o fez. Carley agora nos olhava se afastar, percebi em seus olhos que ela também entendia o que tinha acontecido.

Todos nós entendemos, menos Tasha aparentemente, ela continua tirando seu jaleco e o depositando em seu próprio colo como se nada tivesse acontecendo.

Assim que nos afastamos um pouco deles comecei a contar o que estava sentindo:

— Precisamos fazer alguma coisa! – eu disse em tom baixo.

— Eu sei! Mas como é que a gente vai fazer alguma coisa agora? – Matt disse e logo em seguida olhou por cima do ombro para ver o que nossos amigos estavam fazendo. Todos eles estavam se olhando com nervosismo. A professora se abanava e limpava o suor da própria testa enquanto Carley lhe oferecia mais agua. Mary tinha se afastado um pouco, estava sentada em uma das cadeiras, ela transitava o olhar entre Tasha e a porta, onde ainda haviam batidas insistentes.

— Eu não sei o que fazer, mas sei que a gente não pode ficar de braços cruzados enquanto um deles fica na mesma sala que a gente! E se ela meter o louco? – eu disse realmente preocupado.

Não consigo pensar no que faria caso a professora avançasse agressivamente para cima de nós. Quem a pararia? Ou melhor, COMO a pararíamos?

— Se ela virar um deles, ela vai meter o louco mesmo...mas a gente não pode fazer nada muito drástico...quero dizer, não sei nem O QUE exatamente poderíamos fazer nessa situação... – Ele disse pensativo.

— O quê? Isso? Não se preocupe, querida – escutamos a voz da professora Tasha, ainda sentada na cadeira de professor com uma garrafa d’água em uma das mãos, ela gesticulava em direção ao corte enquanto falava com Carley -  Vou ficar bem, é apenas um corte, estou bem.

Carley olhou de relance para Mary que estava ao lado dela, Rey e Harry se entreolharam também. Matt me olhou e apontou discretamente para Carley.

— Vamos falar com ela. – Ele disse baixo.

— Não é melhor falar com todos sobre isso? – perguntei curioso para o fato de que Matt queria contar sobre nossas indagações para Carley somente e não para o grupo inteiro.

— A professora vai estranhar se todos nós de repente nos afastarmos dela e ficar conversando em rodinha. Olha a cara deles! – ele disse apontando com a cabeça em direção ao nosso pequeno grupo, que não tirava a expressão apreensiva do rosto.

— Tem razão. Vou chamar a Carley, espera aqui. – eu disse, Matt assentiu e eu fui andando em direção a Carley.

— Professora, você ouviu a nossa conversa de agora pouco? – Rey começava a dizer enquanto eu chegava perto das costas de Carley.

— Sobre o provável motivo da infecção? – ela perguntou.

Não é possível que ela esteja se fazendo de sonsa e não esteja percebendo a gravidade da situação...

Ela pode estar em negação também...

— Isso... – Rey disse lentamente.

— Ah, besteira. No meu caso aqui, eu estou me sentindo bem. Não se preocupem comigo agora, a gente só precisa pensar em o que devemos fazer exatamente, como saímos e como eu vou achar minha filha e como vocês vão achar os pais de vocês...em falar nisso, vocês sabem onde eles estão neste exato momento? – ela respondeu enquanto tirava um lenço do bolso da frente de sua calça jeans. Aproveitei a distração e cutuquei levemente o quadril de Carley.

— Vem aqui. – eu disse baixo próximo ao seu ouvido. Ela não tirou os olhos apreensivos da professora, mas assentiu lentamente e gesticulou com a cabeça para que eu a levasse onde Matt estava agora. Mary nos encarou novamente, Carley levantou a palma da mão em direção a ela e lhe deu uma piscadela.

— Er...alguns em casa, outros trabalhando eu acho. Não falamos ainda sobre mas... – Harry começou a dizer, mas como estávamos todos falando mais baixo que o normal por conta dos nossos “convidados” que estavam do lado de fora da porta, não consegui escutar o resto.

Precisamos pensar em como sair daqui. Já tem gente batendo na porta...aliás nem sei se é gente ou não. Espero que Carley esteja certa...espero que os policiais e militares estejam a caminho agora mesmo enquanto estamos  nessa confusão toda. Depois de tudo que vi hoje, vai ser difícil ter uma noite tranquila de sonho.

Acho que vou precisar de terapia...

Cheguei até Matt com Carley logo atrás de mim, fomos o máximo que era possível para o fundo da sala.

— Já sei o que vão dizer... – Carley disse assim que chegamos lá, olhando algumas vezes para trás para ter certeza que não havia ninguém escutando.

— E então? E agora? – Matt disse olhando para mim e Carley.

Carley ergueu as sobrancelhas, e eu sabia o que ela iria dizer antes mesmo dela começar a falar algo.

— Fazer nada não é opção, Carlie – eu disse precipitadamente.

— Não disse para não fazermos nada. – ela começou e olhou para trás novamente, depois, ela se aproximou um pouco mais de nós para que pudéssemos ficar mais próximos – a gente vai ter que fazer alguma coisa, mas temos que ter muito cuidado com o que iremos fazer e como iremos agir nas consequências , se é que me entendem – ela olhou para nós de forma séria enquanto falava sobre as tais consequências.

— Foi o que eu disse! – Matt disse olhando para mim - Mas o quê exatamente você sugere? – ele se virou novamente para olhar para Carley.

— Ela nem sabe do que aconteceu com ela. Não se ligou ainda. – eu disse.

— Pelo que eu ouvi, ela sabe muito bem o que aconteceu com ela. Ela só...acha que o fato dela estar se sentindo bem agora significa que não esteja infectada.

— Isso porque ela é professora de Biologia, né?! Como é possível... – eu disse ainda sem acreditar que ela não estava ligando os pontos de tudo que estava acontecendo.

— Não é? Mas ela deve estar em negação ou algo do tipo, não sei... – Matt falou.

— Se é negação ou não, ela precisa acordar pra realidade. E nós também precisamos pensar no que fazer quando ela...vocês sabem. – ao falar isso, Carley deu uma profunda respirada e olhou em direção a estante que nem sequer se parecia com uma estante mais, agora só restava pequenos ganchos onde anteriormente as tábuas eram postas em cima.

Olhei para a estante e fiquei confuso com as intenções de Carley.

— Espera aí... o que está olhando? – eu disse pra ela com minhas mãos levantadas.

— Não tem tábua pra todo mundo. – ela respondeu. Matt olhou para a estante e depois virou-se para Carley como se tivesse acabado de entender tudo.

— Precisamos achar mais coisas pra gente usar como defesa. – ele disse e Carley assentiu pra ele.

— Wow, wow! Espera aí, vocês não estão pensando seriamente em- comecei a dizer, mas Carley me interrompeu.

— E como você planeja sair por aquela porta com os zumbis batendo nela? Hein? – ela disse apontando discretamente para a porta – porque assim... – ela deixou escapar uma pequena risada sarcástica e continuou – não acho que eles vão te dar licença. E quando a professora se transformar então, não quero nem pensar sobre. – ela disse colocando a mão na testa.

Merda. Ela tem razão. De qualquer forma precisamos ter como se defender, mas eu não sei se consigo...bater em alguém.

— Sem falar do fato que uma hora aqueles salgadinhos vão acabar, e eu vi algumas bolsas no chão na sala em frente a nossa, acho que deve ter coisas que podemos pegar lá e nas salas ao lado também. – ela finalizou.

— Espera aí, uma coisa é se defender, outra coisa é ir pra cima! Eu não saio daqui! – Matt disse enquanto cruzava os braços.

— Digo o mesmo. – eu digo.

Matt tem razão. Se for para nos defender, que seja, afinal ou é isso ou é ser comido vivo. Mas se for pra pegar umas tábuas e ir pro lado de fora da sala, se precipitando e se arriscando assim...hã-han.

— Vão morrer de fome então. – ela disse também cruzando os braços.

— Os policiais vão chegar! Você mesma disse isso! – Matt disse enquanto eu olhava pra Carley incrédulo.

— Tá. Mas quando? – ela rebateu.

— Eu sei lá! – ele respondeu. Carley deu um pequeno riso e pressionou os dedos entre os olhos

— Vocês já pararam pra pensar, que eles podem não chegar hoje? – ela disse ainda sem olhar para nós.

— O quê?! – eu e Matt dissemos ao mesmo tempo. Rey nos olhou da onde estava e franziu a testa. Mary e Harry conversavam com a professora que suava feito uma porca e balançava a cabeça positivamente para alguma coisa que diziam.

— Olhem em volta. Já são 15h! – ela finalmente olhou para nós agora - As coisas aqui estão em proporções gigantescas. Não sabemos o que está acontecendo no centro da cidade, mas da ultima vez que ouvimos algo sobre, o rádio falava, enquanto tinha tiros no fundo, pra ninguém sair de casa e pra caso alguém estivesse fora, que se dirigisse para o Centro de Sobreviventes. A coisa tá feia. Se eu fosse eles, eu resolveria na cidade primeiro, porque SE isso tudo se alastrar e dominar a cidade... – ela parou de falar e deu um longo suspiro.

Entendi.

Se dominarem a cidade...um lugar grande, com muitas PESSOAS...o vírus vai se espalhar mais fácil e aquilo que aconteceu aqui hoje vai parecer uma  brincadeira de criança perto do que aconteceria na cidade...

Deus...

 

PONTO DE VISTA – REY

 

O que estão falando ali atrás? Porque foram para um cantinho conversar?

Eu olhava agora pra uma pequena roda que contava com Matt, Rob e Carley. Eles falavam de algo sério, eu podia ver as expressões de Matt e Rob, mas não conseguia ver a de Carley pois ela estava de costas pra mim. Eu nem tinha sequer notado que eles tinham se afastado para conversar, estava mais preocupado com a professora.

Ela insiste em dizer para nós que está bem e que não precisamos nos preocupar porque ela não está infectada. Fica sempre trocando de assunto tentando nos fazer focar em outras coisas como onde nossos pais estão ou se sabemos alguma novidade. Harry estava falando com ela agora:

—...e foi isso que escutamos no rádio. Quem tá na rua deve estar indo pra aquele tal Centro de Sobreviventes, e quem tá em casa, é pra permanecer em casa. Por isso estou dizendo, professora, acho que a galera que saiu, deve estar indo pra esse Centro. – ele dizia pra ela que assentia lentamente com a cabeça enquanto secava a testa. Mary estava usando o lenço que Tasha tinha tirado do jeans da calça para amarrar em volta do ombro da professora, a mando dela mesma. “É pra parar de sangrar.” ela tinha dito.

Algo precisa ser feito. Ela vai se transformar. Isso é quase certo.

Claro que não temos 100% de certeza mas...caso ela se transforme, vamos saber que aquilo que Harry e Carlie disseram sobre os arranhões e ferimentos serem o motivo da transformação das pessoas é verdade.

Ah cara...o que vamos fazer com ELA?

— E vocês disseram que ouviram ti-ti-tiros? – Tasha perguntou assustada transitando o olhar para Mary e Harry que estavam mais próximos dela.

— Talvez. Parecia muito. – Mary disse e apertando o lenço no braço da professora, o que a fez  fazer uma pequena careta de dor.

— Muito estranho esse negócio de Centro de Sobreviventes... – a professora disse.

— Foi o que eu disse a eles, professora. – Mary se levantou e ficou sentada de frente para Tasha – ninguém ficou sabendo de nada sobre esse centro, e aí de repente...BUM. Surge uma comunidade destinada a aqueles que querem fugir da praga – Mary fez uma imitação digna de narração de filmes de super-herói. O que fez a professora dar um pequeno sorriso que durou alguns segundos.

— Parece que já sabiam que ia acontecer. – eu digo complementando Mary. – Como eles já tinham uma estrutura toda montada? Porque não falaram nada pra ninguém? – eu disse me aproximando mais do pequeno grupo a minha frente.

— Que nem eu falei antes, pra não gerar pânico. – Mary me respondeu.

— Bela bosta! - Harry disse - Desculpe.  – mas logo em seguida se desculpou pela professora que apenas estendeu a palma da mão pra ele, indicando que o palavreado não era algo com que se preocupar.

— Não adiantou em nada mesmo. Só está nos servindo como válvula de pânico. Agora estamos aqui sem saber o que fazer.  – eu disse. E notei que Carley, Rob e Matt estavam voltando pra onde estávamos. Todos apreensivos.

O que caralhas vocês estavam falando, hein?

— Ué! Onde vocês estavam? – Harry se virou surpreso para os três.

­Hehe! Harry sempre sem papas na língua. Agora vão ter que falar.

— Checando umas coisas – Carley respondeu. – Não queríamos misturar conversas.

Qual é! Conta outra!

— Checando o quê? – Mary perguntou.

Hehe!

— As tábuas. Estávamos falando que vamos precisar de meios para nos defender contra...os-os-os – ele disse e pude perceber que estava pensando cuidadosamente do que iria falar – contra os...os...

— Zumbis lá de fora. – Rob completou. – Como vamos nos defender dos zumbis lá de fora.

— Mas eles estão lá fora, como você mesmo disse. Temos as tábuas caso precisemos afasta-los de novo – eu disse franzindo minha testa. Não estava acreditando em nada que estavam dizendo. Estavam muito estranhos, todos eles.

— Mas temos apenas três tábuas. E estamos em sei-sete. É bom todos nós termos algo para se defender – Carley disse rapidamente.

Seis. Ela já exclui a possibilidade da professora não se infectar. Será que estavam falando disso?

— Bem pensado... – Harry respondeu pensativo.

— Acho melhor procurarmos coisas da sala que podemos usar como arma de defesa – Carley disse.

Começamos a olhar em volta a procura de algo. A Professora se levantou para nos ajudar também. Carley foi até ela e a segurou pelos ombros.

— Professora, agradeço mas acho que podemos dar conta. Você precisa descansar. – ela disse em tom preocupado.

— Bobagem. Estou bem, Carlie. É a quarta vez em apenas alguns minutos que digo isso! – a professora Tasha disse isso e olhou para todos nós – Olhe! Olhem todos! – ela falou e abriu os braços.

— Pareço uma daquelas coisas? – ela perguntou. Ninguém respondeu. Ela juntou os braços no corpo lentamente, engoliu seco e limpou novamente o suor da testa.

— Vamos achar alguma coisa. – ela foi andando pela sala, com uma das mãos segurando o lenço amarrado no braço. Pela sua expressão, podia notar que o ferimento a havia machucado e agora a estava incomodando, mas mesmo assim ela continuava andando. Nos espalhamos pela sala, andando lentamente e olhando para tudo com atenção.

— Talvez os suportes das cortinas? – Matt disse para Carley e eu que estávamos próximos a ele.

— Muito grande, não? – Carley indagou. Analisei as cortinas por um momento, ajustei os óculos e olhei para o longo suporte que precisaria de pelo menos três pessoas para segura-lo por inteiro, já que era apenas um suporte para as cortinas de duas janelas, a da frente e a do fundo da sala. Mas...

Espere um pouco. Aquilo é madeira, não é? Madeira quebra.

— O suporte me parece que é de madeira. Estou errado, será? – eu disse ainda olhando curioso para o suporte.

Carley e Matt olharam e reclinaram a cabeça para os lados, olhando atenciosamente. Carley ergueu as sobrancelhas.

— Talvez seja. Parece, pelo menos. – ela disse.

— E se for? O que tem? – Matt perguntou.

— Se for, a gente pode quebrar. Dá pelo menos dois pedaços bons de madeira que podem ser usados caso necessário. – respondi.

— Podemos tirar pra ver, se não for é só botar de volta. – Carley falou e Matt e eu assentimos.

Peguei uma mesa próxima e encostei na parede próxima a janela, olhei de relance para a vista e engoli seco. Desviei o olhar em menos de três segundos, não estava preparado pra aquela visão agora.

— Peraí, deixa eu fechar o vidro da janela, pra você não ser desastrado e cair daqui de cima – Carley falou e foi em direção a um pedaço de metal enroscado no meio do vidro da janela e ao mesmo tempo apoiado na sacada, segurando o pesado vidro.

— Eu não sou tão atrapalhado assim! Não sou você! – Matt disse gesticulando pra Carley.

Assim que Carley fechou a janela, ela soltou o metal, mas depois voltou sua atenção imediatamente para ele de novo.

— Hey! – ela voltou a segurar o metal e começou a puxa-lo com força. Depois de algumas puxadas tentou rosquear a barra, a girando para os lados para ver se aquilo saia de lá. O metal não se mexeu, estava completamente parafusado.

— Droga! Achei que dava pra tirar. Ia servir pra alguma coisa, né?! – ela disse ofegante retomando aos poucos o fôlego.

— Deixa eu tentar. – Matt disse e foi tentar puxar a barra. Novamente sem sucesso.

— Não sou tão fraca assim, sabe? – Carley disse erguendo as sobrancelhas. Matt soltou um riso baixo.

— Sobe você, Matt. É mais alto. – eu disse apontando para a janela. Ele assentiu e subiu na cadeira. Olhei para trás para ver o progresso dos outros, e me surpreendi com o que vi.

Harry segurava as quatro pernas de uma cadeira em direção a Tasha, que com uma caneta em mãos, girava um parafuso que segurava uma das pernas da cadeira. Ela fazia muita força e suas mãos tremiam, não sabia dizer se era por conta do parafuso que podia estar apertado ou se era algum sintoma. Rob fazia o mesmo com outra cadeira enquanto Mary a segurava.

— Ugh! – ouvi Matt exclamar e me virei pra ver o que tinha acontecido. Ele segurava o enorme suporte com ambas as mãos e fazia uma careta graças ao peso do suporte.

— Peraí, He-Man! - Carley subiu em outra cadeira que estava próxima a de Matthew e ficou na ponta dos pés para conseguir pegar o suporte junto com ele. Carley era alta, não tão alta quanto Matt ou Harry, mas para uma mulher...posso dizer que é raro ver uma garota com 1.83 por aí.

Lembro que sempre que todos os nossos amigos se encontravam, aqueles que são baixos como eu sempre zoavam a altura dela, falando que éramos anões e ela um dos Avatares daqueles iguais ao do filme do James Cameron...

Heh...

Falando em amigos...por onde será que andam a galera do nosso grupo de conversas? Aqueles que não puderam vir até a escola hoje? Falei com eles hoje cedo, mas parece que foi a uma eternidade atrás...aconteceu tanta coisa hoje...espero que estejam bem e que estejam calmos.

Carley e Matt desciam lentamente com o enorme suporte em mãos.

— Ali! Coloca ali! – eu disse pra eles, gesticulando em direção a algumas mesas próximas a o que era uma estante mais cedo naquele dia, e que agora era apenas dois pequenos suportes metálicos presos a parede. Eles levaram o suporte, cada um segurando em uma ponta, em direção as mesas que eu indiquei.

— Você acertou.  É de madeira! – Matt disse enquanto depositava o suporte nas mesas.

— Olha ele! – Carley disse ironicamente enquanto também depositava. Não pude deixar de dar um pequeno riso.

— Heh! Nunca subestime o poder do-

CAPLOF!*

Um grande estrondo de mesas caindo foram ouvidos atrás de nós, em direção a onde o resto do nosso pequeno grupo estava trabalhando, fazendo minha atenção, a de Carley e a de Matt se virarem imediatamente para onde eles estavam.

— PROFESSORA! – Rob gritou, as batidas e barulhos do lado de fora da porta ficaram mais intensas por um momento

Fiquei boquiaberto e com os olhos arregalados.

A professora Tasha estava no chão, desmaiada sobre uma mesa.


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Notas finais do capítulo

Eita! E agora? Me contem o que estão achando da história!



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