Apartamento escrita por MJthequeen


Capítulo 2
Dois


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Obrigada todo mundo que leu ;)
Percebi que provavelmente vamos ter 4 capítulos, acabei tendo uma ideia nova e estou escrevendo agora mesmo hahaah mas enfim, eu já tinha avisado vcs da possibilidade, né.
É isso, espero que gostem! ;)
Ah, talvez meu Sasuke seja um pouco OOC, mas vamos imaginar que ele n tem todo aquele ódio contra o irmão dele e contra a vida, né hahahaha acho que na vida real ele seria uma pessoa mais agradável.

Boa Leitura!



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DOIS

Sasuke se curva sobre o encosto do sofá, um longo suspiro de alívio correndo pelos seus lábios. É isso. É isso, Deus. O semestre acabou, finalmente acabou. Só mais um, só mais um outro semestre de dor e de adiar provas e de brigar com Gaara porque eles não conseguem entrar em acordo sobre esse maldito TCC. Só mais um.

 Pensando que não é hora de ficar choroso sobre o próximo, que nem sequer tinha chegado, Sasuke se joga no sofá e desbloqueia o celular. Felizmente, não precisa ir para o estágio por duas semanas. Duas semanas fazendo absolutamente nada – isso se Naruto não resolvesse parar por ali só de brincadeira, ou convidá-lo para algo irrecusável. Sasuke suspira ao ver a tela do dispositivo, essa sua bendita boca...

“Ei, cara, vamos nos encontrar no Ichiraku mais tarde? É open até as 00hrs. Comemorar o fim do semestre!”

O Uchiha junta as sobrancelhas e responde rapidamente, só com uma das mãos. Acabou de ir até a geladeira, fuçar algo para comer.

“Seu semestre não acabou ainda, animal.”

“E?? Problema?? A gente comemora o seu, tô certo.”

Sasuke prefere não responder, finalmente achando um sanduíche que tinha feito há dois dias e comido só metade. Ele precisa mesmo cozinhar algo – não dá para viver de meios sanduíches e refrigerante. Pagar a porcaria da academia não valia a pena desse jeito.

“Qual é, babaca, você visualizou! Vamos, Sasuke, a Karin vai tá lá. Eu tô tentando convencer a Sakura a ir também, podia ser algo de casal, e ai? Ou você pode ir só pra beber, eu não ligo.”

Ele começa a digitar a mensagem clássica de “vou ver”, que na verdade significa que você não vai, quando um grito abafado chama sua atenção. Abafado, ok, mas um grito alto e feminino. Sasuke se levanta na hora, deixando o pote do finado sanduíche em um canto e enfiando o celular no bolso da bermuda. E o que é isso, agora? Seu prédio sempre tinha sido muito tranquilo. Outro grito; ele junta as sobrancelhas. Barulhos estranhos, como se algo estivesse sendo tacado no chão. Agressão...?

Sasuke olha para cima, de onde os sons estão vindo – apesar de que, honestamente, é muito difícil perceber de onde um barulho realmente está vindo quando se mora em um prédio de doze andares – só para lembrar quem exatamente mora lá.  Sua expressão fecha na hora.

Querida vizinha, hein. Faz três semanas que não a vê, sua vizinha, Hinata. Uma garota mais ou menos da sua idade, com carinha de anjo e tudo, mas que aparentemente tinha se tornado advogada três semanas atrás – advogada que pula na cama e faz barulho no prédio, quando isso é estritamente proibido. Apesar do pedido de Hinata, quando questionado pela vizinha Kurenai, Sasuke desconversou e se fez de sonso. O quê? Barulho? Baile todo? Cama rangendo? Tem certeza que isso não foi no seu próprio quarto, Kurenai?

Outro grito.

Ótimo. Ele podia até ter um pé atrás com Hinata depois dela atrapalhar seus estudos, mas a garota não parecia má. E não tinha feito mais barulho desde o bendito dia. E, bom, não que isso seja motivos para se afeiçoar alguém, mas Hinata era, hm, muito interessante. Fisicamente, quer dizer. Ninguém diria que ela não é bonita – Sasuke também não era tão louco para tanto. Enfim, o que ele está tentando pensar é que Hinata não merece sofrer uma agressão. Na verdade, ninguém merece – talvez Konohamaru, para parar de tocar campainhas e sair correndo, mas isso são detalhes da vida. Por isso Sasuke quase voa em direção a própria porta, sai do apartamento sem trancá-lo, sobe as escadas como um furacão e finalmente dá de cara com a porta dela.

Antes de bater lá, ele olha para os lados, para perceber que nenhum vizinho tinha aparecido. Que tipo de plot de filme barato é esse, que os outros não reagem a nada?  Outro grito de Hinata e Sasuke arregala os olhos, sem tempo para pensar por que mais ninguém do prédio dava a mínima.

— Hinata?! Hinata, está tudo bem?! – Grita, uma mão na maçaneta dela, girando-a. Obviamente está trancada.

— Sasuke? – Ele pode ouvir a vozinha abafada, perdida.

— Abre para mim, agora! – Manda, um pouco mais corajoso do que queria soar. Se fosse um homem lá dentro, Sasuke até sabia defesa pessoal e tudo mais, mas ele não era nenhum ninja. Talvez devesse afinar um pouco o tom de voz, para o cara não pensar que ele era grande coisa.

O som do click da fechadura o diz que foi aberta e, sem pensar duas vezes, Sasuke praticamente empurra a porta, entrando com tudo e olhando para todos os lados, um pouco de adrenalina nas veias. Assim que consegue reconhecer Hinata, vai na direção dela, preocupado.

— Hinata, você...

— ATRÁS DE VOCÊ! – Hinata grita e a única coisa que Sasuke consegue ver é o chinelo voando na sua direção. Literalmente, um chinelo voando na sua direção! A última vez que ele tinha visto essa atrocidade foi quando encontrara camisinhas do Itachi ainda criança e, sem ter ideia do que era aquilo, enchera vários balões. Na época tinha achado injusto Itachi tentar batê-lo por causa disso, mas agora que sabia quanto custava uma caixa de camisinhas, Deus, Itachi deveria tê-lo deserdado.

 Ele se abaixa rápido demais, protegendo a cabeça, mas olha irritado para ela logo depois, ao ver que não tinha ninguém atrás dele.

— Você endoidou?!

Hinata abre a boca para responder, porém outro grito sai de lá e Sasuke quase leva as mãos para cobrir os ouvidos. Senhor do céu, essa garota ia estourar seus tímpanos. Sem pensar duas vezes, Hinata sobe na mesa de centro e começa a pular, apontando para o chão. Sasuke olha na direção, sem entender nada.

Uma barata. Uma barata do tamanho do seu dedão. Fugindo dos gritos de Hinata – exatamente como ele queria fazer agora. A barata abre as asas e, sem pensar duas vezes, voa para longe da garota, em direção a...

— Não, não, não! – É a única coisa que Hinata tem tempo de falar, por que a barata voadora sumiu dentro do seu quarto, a porta aberta, apesar da luz apagada. Ofegante, ela sai de cima da mesa, sentando-se no sofá em pânico.  

Sasuke massageia a têmpora. Por que ele tinha que ser o vizinho legal, hein? Como queria que Sarutobi estivesse aqui, agora! Ele fecha a porta do apartamento dela, só para não ficar tudo tão exposto, e se senta ao lado de Hinata. Só aí percebe que ela está usando uma toalha na cabeça, algumas poucas gosta d’água ainda pingando da raiz do cabelo. No corpo um roupão lilás, quase do tom dos olhos dela. Own, como Sasuke é romântico. Ele nem está reparando no decote levemente proeminente, agora que ela está sentada, ou das pernas longas e lívidas. A voz dela o faz piscar e tirar os olhos de lá imediatamente.

— Ela estava na minha escova... – Hinata murmura, em choque, sem encará-lo. Está olhando o vazio. Provavelmente questionando a própria existência.

— É só uma barata. Você não tem nenhum inseticida?

Hinata se vira lentamente na direção dele, como se só agora tivesse se dado conta de que não está sozinha. Pisca para Sasuke. Ele só se levanta e vai atrás do chinelo dela, que quase o acertou há pouco.

— Sasuke...? Por que você está aqui?

— Porque você estava gritando que nem louca. Achei que era importante. – E entrega o chinelo para ela, que pega lentamente, voltando a encarar o vazio do apartamento. Sasuke se permite olhar também; é bem parecido com o seu, é claro, exceto as cores das paredes e alguns detalhes na cozinha. Hinata parece ter melhorado a sua, talvez ela cozinhe mais do que ele. Bem, todo mundo cozinha mais do que ele.

— Hm...

Sasuke imagina se ela está tentando contar o tanto de germes que tem na escova agora. Ou se a barata já tinha passado por lá dias antes, e talvez ela tenha escovado sem saber. Ok, agora ele até entende o pânico e o surto. Levanta-se, indo até a porta. Hinata se vira na hora, como se tivesse levado um choque.

— Aonde você vai?!

Ele arqueia a sobrancelha para o tom. E agora, ela é sua mãe?!

— Buscar inseticida, eu tenho no meu apartamento – e uma das escovas ainda fechadas que tem também, mas prefere omitir essa parte para ela não achar que era importante. Ele só estava com dó.

Hinata arregala os olhos e se levanta na hora, já calçando os dois chinelos.

— Não, você não pode ir! E se ela voltar?!

Sasuke dá uma olhada na porta do quarto dela.

— É só vir comigo.

— E se ela sair de lá e não vermos?

— É só fechar a porta.

— Ela vai passar por baixo!

— É só colocar um pano.

— Ela vai passar por cima!

— Uau, essa barata é um exemplo de superação – Hinata o encara ofendida e ele suspira. – É só uma barata. Ela tem mais medo de você, do que você dela.   

Hinata junta as mãos na frente do quadril e olha para baixo, engolindo em seco. Parece preocupada. Na verdade, amedrontada. Ela ergue o rosto logo depois, lábios para frente, olhos úmidos, mais que o normal.

— Por favor, Sasuke, não vai. Não me deixa sozinha com ela.

Outro suspiro, o Uchiha volta a massagear a têmpora. Ele não era um insensível sem coração, apesar de Naruto e algumas garotas com quem dormiu acreditarem que sim. Seu coração era bom até demais, obrigado, e por isso não conseguia dar as costas para a garota Hinata e ir embora.

— Você fez teatro na escola ou o quê? – Balança a cabeça, estendendo a mão. – Vai, me dá o chinelo.

Um grande sorriso se abre no rosto vermelho dela, um sorriso branco e verdadeiramente contente que quase faz com que Sasuke se sinta satisfeito em não ter ido. Ele empurra a sensação para o fundo da barriga. Hinata tira o chinelo direito do pé e entrega para ele, que só agora percebe como é minúsculo – 36?

— Era meu plano antes de entrar em Direito. Ser atriz.

  Arqueia a sobrancelha para a novidade, ao mesmo tempo em que vai em direção à porta do quarto dela.

— E o que aconteceu? Não tem muito a ver – pergunta, já afastando a porta com um pé. Sasuke não tem ideia do por que, mas Hinata veio para trás dele, como se estivesse com medo que ela surgisse do chão ou da janela com um exercito de amigas baratas.

— Eu ainda queria agradar o meu pai – murmura e, antes que Sasuke possa responder, pode sentir uma mão pequena na ponta do seu ombro, Hinata se apoia na ponta dos pés para tentar ver além do corpo dele, na escuridão do quarto. Ele afasta um pouco mais a porta, chinelo pronto na mão. Se essa barata aparecer, vai receber o que merece.

— E não quer mais?

Sasuke pode ouvir uma risadinha no seu ouvido, um ar leve que coça seu pescoço. Hinata estava mais próxima do que ele tinha previsto.

— Não teria um homem no meu apartamento agora, se eu quisesse.

Sasuke murmura um “hm” e termina de afastar a porta, finalmente. A mão de Hinata em seu ombro fica tensa, apertando o tecido da sua camisa com força demais. O Uchiha enfia a mão para dentro do cômodo e procura o interruptor onde o seu ficava, no outro lado da entrada. E então, há luz!

Ele estreita os olhos, olhando as paredes. Além de molduras com fotos, a maioria com Hinata e outras pessoas que, obviamente, ele não é capaz de reconhecer, não há nada demais. A cama está desarrumada. A janela entreaberta. Há uma escrivaninha cheia de livros, com um notebook branco cheio de adesivos. Lilás e rosa cercando-o, Sasuke se sente em um quarto infantil – a sensação aumenta quando ele vê ursinhos de pelúcia na cama dela. Ele se vira para olhar pelo ombro, na direção dos olhinhos arregalados da menina.

— Quantos anos você tem? Tem certeza que não é ilegal estarmos sozinhos?

Outra vez, o olhar ofendido. Ótimo, Sasuke. Você realmente enlouquece as mulheres. Mesmo assim, Hinata não se move do escudo humano – melhor não bobear, né?

— Foi um presente do meu ex-namorado!

— Outro motivo pra jogar fora – ele murmura e dessa vez sente um beliscão perto do pescoço. – Ai!

— Escorregou. 

Sasuke não controla o olhar feio, mas ela parece a mesma menina inocente que pediu para ele ficar. O pai dela era um idiota; ali estava uma mina de ouro! A garota poderia ter ganhado um Oscar. Ele suspira e finalmente sai da posição de luta, olhando ao redor.

— É isso, ela não está aqui.

Hinata não moveu um pé detrás dele.

— O quê? Você não olhou direito! – murmura, preocupada. – Ela pode estar atrás do armário, embaixo da cama, perto da cômoda...

Sasuke não pode evitar o olhar de “você é idiota?” e aponta com o dedão para a janela entreaberta.

— Não. Ela deve ter saído por lá.

Sem conseguir olhar para um único ponto, Hinata cruza os braços sob os seios. A toalha na sua cabeça parece que vai despencar a qualquer momento.

— E como pode saber? Você não é uma barata!

— E nem você, esperta.

Ela abre a boca, cenho franzido. Olha para Sasuke. Volta a fechar a boca, estreitando os olhos, analisando um ponto qualquer além do ombro dele. O Uchiha espera cuidadosamente. A bonita deve estar tentando desvendar algum grande mistério nas palavras dele. Distraído, Sasuke quase corre os olhos pela linha do pescoço dela, até a abertura anormal do roupão... E Hinata fala.

Os olhos dele voltam para o rosto dela como se nunca tivesse saído de lá. Muito que bem. Você tem, hã, um lindo nariz, Hinata. Sério. E orelhas legais. Eu totalmente não estava olhando para os seus peitos. Não. Nem pensar. Quem faria isso??

— Olha, por que você não procura embaixo da cama e eu olho atrás do guarda-roupa? – E Hinata tira o outro chinelo, já o segurando na mão nem um pouco firme. Parece receosa da decisão; e o se o seu lugar for o lugar maldito? Ela não parece a mais sortuda das pessoas.

Sasuke arqueia as sobrancelhas, sem perceber como ainda segura o outro par do chinelo como uma arma. Deus.

— Quando foi que eu ganhei o papel de assistente pessoal?

Sasuke quase pode jurar que o chinelo vai voar na sua direção. Mesmo. Ele pode até desenhar o trajeto; ser acertado na testa, xingá-la com muitos nomes e sair dali bravo. Hinata contém a respiração e a bendita da força na mão. Mesmo. Ele quase vê uma veia saltando da lateral da testa dela. Quase.

 Por favor, vizinho – murmura, os lábios pressionados juntos. Ele queria falar não só para ver a reação dela, mas simplesmente move os ombros e se vira em direção à cama. Sasuke realmente é um pacifista, não é? Talvez isso lhe renda alguns créditos no céu! Ou desconte as penalidades que ele ganhou depois de rir de todas as vezes que Lee e Naruto ficaram bêbados e se meteram em alguma merda; Sasuke não se arrepende de nada. Pode ouvir um suspiro de alívio vindo diretamente dos lábios femininos, enquanto se ajoelha para olhar embaixo da cama de casal.  – E eu que pensei que o Neji era azedo... — Hinata murmura, provavelmente para si mesma.

Sasuke já está olhando embaixo da cama, ouvido quase no carpete.

— Eu ouvi isso. – Ei, quem ela estava chamando de azedo? Sasuke é um doce. – Tem certeza que você não só fritou a paciência desse cara? “Ai, Neji, tem um inseto aqui. Socorro. Não, eu não posso matá-la sozinha. Sim, eu preciso de uma 12.”

Ele se cala logo depois dessa imitação desprezível. Sério, quantos anos ele tem? Sasuke estala a língua; é só porque ela está sendo ingrata. Ele estende o braço, está muito escuro debaixo da cama e o tecido do lençol também não ajuda. Empurra duas caixas para o lado e finalmente vê algo escuro e pequeno...

— Eu não falo assim – Hinata murmura, as bochechas rosadas. Sua voz definitivamente não era tão fina e manhosa... Era? Ela tinha mesmo que segurar a língua, não estava sendo legal com Sasuke. Ele estava aqui, não estava? E também, Hinata é uma adulta. Agora, uma advogada. Um pouco envergonhada, ela deixa de olhar atrás do guarda-roupa, o lugar parece limpo. Leva uma das mãos até a toalha, que quer cair, e a outra no nó do roupão, largando o chinelo/arma. Respira fundo e se vira para Sasuke. – Desculpe, Sasuke, eu acho que estou sendo ingr...

Sua voz se cala imediatamente. Some lá no fundo da sua garganta. O rosto passa do vermelho para o branco numa rapidez incrível.

Percebendo o silêncio repentino, Sasuke tira os olhos do que está na sua mão e se vira para Hinata – ela está em completo choque. Sem entender muito bem o que está acontecendo, Sasuke desenrola a pequena bolinha de pano quase que organicamente dobrada, e segura com a mão, sem conseguir não virar a cabeça de lado.

Sasuke também fica pálido. Não, não, Deus não iria recompensá-lo. Não nessa vida, aparentemente. É por isso que ele está segurando uma fio-dental marsala da sua vizinha nem um pouco íntima. Diretamente pelo fundo. Ele volta a olhar para Hinata e depois para a calcinha. Nem sabia que conhecia essa cor! Olha só como a vida tem formas fantásticas de desvendar nosso conhecimento.

Ele estreita os olhos. Uau, como é pequena, né...?

— Hinata! Em minha defesa, eu não sabia que era sua calcinha! – Garante, depois que a porta quase atinge seu nariz. Sasuke é uma mistura de constrangimento e descrença; isso realmente aconteceu?! – Qual é, a gente praticamente falou sobre sexo uns dias atrás. – Suspira e dá um pequeno soco na madeira quando percebe que ela não vai abrir ou ouvi-lo. Será que Hinata não está exagerando? Não é como se ele roubasse as calcinhas dela do varal.

Ok, Sasuke, hora de voltar pro seu apê. 

Antes de se virar e ir embora, porém, pode ouvir uma exclamação.

Surpreso, Sasuke se vira: só para ver a velha Chiyo, com seu olhar reprovador, tampando os ouvidos do pequeno Konohamaru, que tenta, com todo custo, afastar as mãos dela. Ele não tem ideia do por que, mas tem certeza que, se tem calcinha no meio, a história deve ser boa! 

O Uchiha sente vontade de chutar a porta e depois a velha e depois a criança. E depois explodir tudo – ele incluso. Por que esse povo só aparecia em horas inapropriadas?! Maldita história barata e não convincente. Engole a vergonha e respira fundo.

— Sra. Chiyo, não é isso que você está pensando... – começa, devagar. Qual é! 4 anos morando ali e sua reputação era de ouro. Nunca tinha perturbado ninguém e controlado toda a vontade de socar as crianças chatas e os velhos rabugentos. – Eu só estava matando a barata da vizinha – ele pisca para as próprias palavras.

Chiyo fica vermelha – ah, Jesus, e ela nasceu com 80 anos?! Nunca teve 16 e um amigo como Naruto – e força as mãos ainda mais no ouvido do garotinho.

— Eu não quero saber como vocês... vocês chamam isso hoje em dia!  Só saiba que o síndico vai saber das baixarias que você está falando nos corredores!

E ela some com Konohamaru em uma das portas – ele lança olhares para Sasuke como se dissesse que um dia vai descobrir tudo. O mais velho suspira e pega o celular esquecido em um dos bolsos.  

“Te encontro no Ichiraku em três horas.”

“Aeee, babaca! Mudou de ideia?”

Adoro encontros duplos. E encher a cara.” 

 


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado ♥
Até o próximo!