Charlie sumiu escrita por dayane


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Fickel significa: aquele que é inconstante.
Gruber eu não faço ideia do que seja, mas parece ser algo sobre parceiros sexuais e acho que Dahl não estava pensando nisto ao colocar no nome de Fickelgruber.
Eu pensava em colocar Fickelgruber com um cara que seria a valvula de escape de Willy, mas então percebi que Willy não precisa disto.
Então, posso trabalhar melhor o significado de Fickel, mas de Gruber... bom, vamos deixar quieto, não é mesmo?



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Munido de uma mochila verde recheada de repelente, um facão reluzente e seu conjuntinho caqui, Willy encarou a mata quase inexplorada que ficava esquecida em algum ponto do mapa africano comprado no aeroporto da cidade mais próxima. Estava há três dias fora da fábrica e há cinco tinha fechado as portas para sempre.

O chocolateiro segurava o facão com força, suas luvas negras rangiam pela força do medo. A porta da floresta rosnava o característico som dos animais que lhe construía, denunciava os perigos e descobertas que um aventureiro poderia ter contato caso fosse merecedor de tal conhecimento.

Tomando uma pílula mental de coragem, Willy Wonka mergulhou na sua mais nova aventura, pois mesmo de fábrica fechada, a mente ainda inventava.

 

Crie

 

De paredes forradas com papel de parede vinho, madeira de carvalho compondo os móveis e a lareira para aquecer todo o ambiente, o quarto de Willy Wonka encanta com sua forma acolhedora e materna. Não seria um lugar para se perder o dia, podia ser sufocante, mas carregava o cheiro do chocolateiro, o amendoim que vovó Georgina tanto gostava, e a mesma sensação de ser abraçado por alguém amado. 

Arthur sabia que a sensação de ser abraçado era algo que Willy amava, mas não sentia com frequência. Sabia que a senhora Wonka morrera muito cedo, que o senhor Wonka era um dentista renomado e cruel, sabia que Willy era um solitário e acreditava que por isto ele era tão dependente de seu herdeiro. Achara alguém que podia compartilhar suas ideias mais loucas e ainda assim saber que seria barrado caso exagerasse. 

Naquela hora, a lareira desligada permitia que o frio do inverno escorregasse para dentro do aposento, quase apagando o cheiro do dono para que seu próprio perfume perdurasse. As cortinas fechadas não deixavam que qualquer luz externa entrasse e a sensação de que aquele lugar era pequeno e abafado se prolongava. 

— Acenda a lareira, sim? - Pediu o vilão. 

Wonka obedeceu sem resmungar ou se opor. Era acostumado a fazer aquela tarefa, uma vez que detestava que as pessoas entrassem em quarto sem aviso prévio. A lareira acendeu rapidamente, ignorando a umidade do inverno e a presença do inimigo, iluminou o quarto antes mesmo de deixar que o cheiro suave de sua madeira escorregasse pelos ares. 

Durante esse rápido momento, Arthur removeu suas luvas, raspou o dedo na mobília mais próxima, aspirou a sensação de ter Wonka como seu. O nome era seu, o dono do nome era seu e até mesmo o herdeiro era, mesmo que ninguém tivesse percebido ou aceitado ainda. Aquele móvel era seu, aquele ambiente e até mesmo que estava trancado ao lado.

— Belo aposento, meu querido. 

Agachado em frente à lareira, o chocolateiro ignorava seu algoz. O quarto de seu pupilo estava trancado e em breve Slugworth saberia que Charlie havia, de certo modo, escapado. 

Enquanto a lenha cantarolava sua agonia, Willy começava a repensar seus planos, temendo que a ira de Arthur pudesse achar a entrada para as profundezas da fábrica. Se isto acontecesse, então tudo estaria perdido e o mundo nunca mais escutaria nada sobre Willy Wonka. 

 

W.W.

 

Quando se pensava em Arthur Slugworth, a primeira coisa que os chocolateiros lembravam era de Willy Wonka. No mundo privado de um ramo amado pelas crianças, era de conhecimento geral que Slugworth desejava Wonka, o que gerou um mar de perseguições e a beleza de uma tourada. Arthur tentava de tudo, analisava cada microinvenção de Willy e só descobria seus segredos quando era tarde demais. 

Mas não era somente Arthur que perseguia Willy, uma quantidade grandíssima de chocolateiros sonhava com o dia em que poderiam ser os melhores, quando Willy seria derrotado e eles poderiam rir do jovem chocolateiro genial. Eles só não tinham a capacidade e as chances de Arthur.

Até o dia em que Willy verdadeiramente fora vencido.

Apenas uma vez, depois da fábrica ser invadida, depois de todos os chocolateiros e confeiteiros venderem os futuros lançamentos da Wonka's Candy Company, os invejosos conseguiram rir, os concorrentes conseguiram lançar as novidades de Willy, a justiça nunca conseguiu comprovar o roubo, a fábrica se fechou para sempre.

— Mas - interrompeu o herdeiro - A fábrica continuou funcionando. Os produtos nunca pararam de sair. 

Dóris voltou a mexer seus bracinhos. Ela sabia falar a língua humana, mas detestava como sua voz era grossa e pesada, como uma bola de gude afundando na água. O curandeiro que vinha traduzindo seus gestos seguiu com o trabalho de tradução.

Era verdade que os chocolates Wonka nunca pararam de sair da fábrica, mas também é verdade que a fábrica parou de produzir. As vendas diminuíram consideravelmente, pois no começo as pessoas estavam mais interessadas em uma nova experiência do que um bom sabor. 

Durante um mês, os concorrentes de Willy ganharam rios de dinheiro vendendo de chicletes como bolas que nunca estouram sozinhas até sorvetes que nunca derretem. Apesar disto, os chocolates Wonka estavam estocados, aguardando o dia em que Willy os doaria, comeria ou vendê-los-ia. 

Contudo, Willy Wonka não conseguia parar de criar e inventar, muito menos de buscar novos insumos para suas criações. Ele precisava descobrir onde havia a melhor fruta vermelha doce de sabor que lembrava a cor verde, como poderia criar a melhor crocância explosiva suave. Acima de tudo isto, como poderia fazer a fábrica gerar sua matéria prima com a melhor qualidade e como poderia produzir tudo sem o auxílio de funcionários, pois não queria mais ter contato com as pessoas. Queria criar, saber que as pessoas estavam gostando e não ver mais ninguém.

Assim, tivemos a viagem mais importante para a fábrica e para Willy.

A mata era densa, úmida, quente. Tinha insetos de todos os formatos e tamanho, mas nenhum com gosto bom. As lagartas mais bonitas mordiam com seus dentinhos afiados os cadarços das botas, roubando-os como se estivessem comendo macarrão cozido ao dente; as plantas mais perfumadas, inebriavam para que não fossem colhidas enquanto enormes vespas, imunes ao cheiro sedutor, aproveitavam para devorar a vítima que caía adormecida. 

Foram necessários três dias até que Willy encontrasse com os Umpa Lumpas. Ele dormira mal, passava horas sobre os grossos galhos das árvores torcendo para que nenhuma serpente o perseguisse; cozinhou o que carregou na bolsa e acabou com seus medicamentos para o estomago antes mesmo de achar um ingrediente aceitável. 

Mas por ser Wonka, não desistiu. Suas pernas cansadas mergulhavam cada vez mais dentro da mata, sua pele aguentava o calor úmido, seu paladar os diversos sabores indescritíveis, os braços abriam espaço entre as plantas sob o rugir do tempo, que corria sem regras e sem se importar que o chocolateiro poderia morrer no segundo seguinte.  

Enfim, o encontro aconteceu. O facão cortou os cipós e folhas gigantescas, a mão arrancou o que sobrou do corte e os olhos captaram o esplendor da Umpalandia. 

Charlie ainda tinha pleno conhecimento da história que existia entre os Umpa Lumpas e Willy, sobre as lagartas verdes de sabor horrível, o louvor ao cacau e sobre a parceria que nasceu após a necessidade encontrar-se com a solução, mas ele não sabia como isto havia feito Willy se reerguer. 

O mundo dos doces estava infectado com os novos produtos roubados. O sabor terrível nascido das matérias primas de baixa qualidade ainda não levava os clientes para a marca Wonka e perder mercado não desacelerava a mente de Willy Wonka.

 O primeiro passo fora levar alguns Umpa Lumpas consigo. Pegando um voo vazio, gerando documentação para as criaturinhas e alegando que estava acompanhando uma família de cinco pessoas mudas nascidas com nanismo. 

 O segundo passo fora aprender a língua alheia e ficaram exclusivamente nesta tarefa durante três semanas, período em que macacão de ginástica fora definitivamente aposentado no fundo do armário de Willy e em que Dóris se viu apaixonada por finanças, área que Willy detestava. 

 Por fim, a fábrica fora reformada sem que ninguém soubesse. Ela cresceu para baixo, ganhou vida, uma alma. Era tão profunda que dois dos Umpa Lumpas se perderam para sempre. A cachoeira de chocolate derretido nasceu, o jardim comestível surgiu após experiências entre as sementes que Willy já conhecia e as novas sementes conhecidas apenas por Umpa Lumpas.  

"É perfeito" Willy sussurrou agraciado com a criação que tinha sob os olhos. 

Dóris concordou e então esticou a prancheta com os esboços feitos meses antes. Willy folheou e apreciou cada página, viu a vila Umpa Lumpa, a zona fuga com bolotas brilhantes que trouxeram escondidos e já começava a dar os primeiros brotos. O rio de chocolate ligava toda a fábrica e na última folha Willy teve uma surpresa. 

"Foi você quem projetou?" Ele perguntou à pequenina. 

Era o veículo que rondaria a fábrica, que iria buscar os demais Umpa Lumpas e poderia ir à lua se quisesse.

Era o elevador de vidro. 

 

Charlie mordeu os lábios. Apenas ele, quem lhe contava aquela história e os Umpa Lumpas que estavam de vigia estavam acordados naquele momento. Não havia música e por não ter animais naquele ponto da fábrica, os ruídos dos pés amassando folhas ou batendo contra a pedra eram os únicos sons que escutavam. Lá embaixo era escuro, o ar tinha um cheiro que lembrava coisa velha ou uma casa que ficou fechada há muito tempo. 

O herdeiro nunca imaginaria a fábrica sem o elevador de vidro e nem mesmo imaginava que Dóris havia feito aquele objeto incrível. Ela era tão pequena e calada, ficando sempre no apoio de Willy que estava acostumado a conviver com ela sem estar verdadeiramente em sua companhia. 

A pequenina coçou o queixo e o curandeiro dela tomou um pouco de água. Deram uma pequena pausa no conto para que pudessem descansar e reforçar a fogueira que se tornou branca. O relógio de pulso do herdeiro estava perdido no chão do carro de Slugworth, perdera-se quando o sequestraram há dias e, se estivesse junto de seu dono, anunciaria que estavam dentro das quatro horas de uma tarde bem complicada.

 Entretanto, Charlie não tinha o relógio e algo dentro dele o incomodava. O tempo estava correndo, Arthur descobriria que ele havia sumido e Willy estaria em maus lençóis. 

— Como Willy passou dessa fase ruim?

 

W.W.

 

Prodnose guinchou pela enésima vez e pela enésima vez Fickelgruber pensou que seria muito bom ser um assassino em série. Não que ele odiasse Prodnose, seu eterno colega, mas se irritava com o jeito que ele sempre gemia, sempre via um problema maior do que realmente era e tinha a mania de gemer e comprar sapatos que gemeriam junto com ele em um protesto contra o peso excessivo do baixinho.

 - Vai sim, ah se vai. – Sussurrou o mais baixo.

 Fora tantas vezes e em um espaço tão curto de tempo que o baixinho havia repetido aquelas palavras, que não haveria uma pessoa no mundo capaz de suportar mais uma vez aquela mania..

 - Pare de choramingar. Ele não vai nos matar, vai matar Wonka. – Replicou o mais alto na vã tentativa de calar seu comparsa.

 - Ele vai nos matar em seguida! – Guinchou Prodnose. – Se mataria Wonka, nos matar seria mais fácil ainda.

 - Pare de dizer isto ou irei quebrar de vez o seu nariz. – A frase fora finalizada com um palavreado chulo e isto fez com o que o ameaçado se encolhesse e gemesse apavorado. 

No pensamento de Fickelgruber, só havia um desejo: Ver a reação de Arthur Slugworth perante a notícia de que seu amado chocolateiro o estava enganando e bem debaixo de seu nariz cumprido.

Mas antes, estava indo para a sala de vigia junto com o capanga mais inútil que já viu em toda a sua vida. Havia prometido que confirmariam o suíço antes de dar o alerto para o novo dono da fábrica. E só fizera isto para que Prodnose não saísse chorando e cafungando durante todo o longo percurso que havia entre Arthur e a enfermaria.

 

W.W.

 

Era no passado de Willy Wonka que residia a vitória. Comumente, Charlie, percebera, aquele que está mais próximo da vitória relaxa suas defesas, pois não há, pelo menos assim pensa o tolo, chances de ser vencido. Isto, como a vida mostra, é um grande engano.

Fora por isto que Willy Wonka voltara a vender seus doces, quinze anos antes de reabrir a fábrica para que cinco crianças pudessem conhecer aquele universo maluco.

Dóris voltou a mexer seus bracinhos e o curandeiro voltou a colocar aquelas palavras gestuais em vocais.

Com a fabrica reformada por dentro e precisando de seu próprio tempo para que pudesse fornecer a matéria prima, Willy e Dóris passaram a rondar o antigo depósito de suprimentos, enquanto o elevador de vidro era usado para buscar, secretamente, os demais Umpa Lumpas.

Havia se passado quatro meses desde que a fábrica fora roubada e agora as crianças não queriam mais comer aqueles sorvetes que não derretiam e tinham um gostinho estranho de plástico ao fim de qualquer lambida que desse ou do chocolate crocante que era tão açucarado que as crianças estavam adquirindo caries como se nunca tivessem escovado os dentes. As lojinhas voltavam a vender as barras Wonka lentamente, mas estavam vendendo e o estoque da fábrica começava a ver um fim.

Saber que poderia ficar sem doce não foi uma preocupação que caiu sobre as costas de Willy. Ele e Dóris analisaram todo o estoque da fábrica, tanto de produtos prontos quanto de matéria prima e calcularam quanto tempo demorariam para voltar a fabricar igual antes.

Demoraria cerca dois meses até encontrarem o melhor método de produção. A adaptação dos Umpa Lumpas às máquinas e vice versa. A compra de material seria uma obrigação inicial, mas depois de um ano, não haveria ninguém entrando na fábrica, apenas os caminhões a sair.

Enquanto esse planejamento era feito, os demais Umpa Lumpas eram trazidos às escondidas. Viagens longas e interruptas feitas pelos dois outros Umpa Lumpas que foram trazidos no grupo inicial de cinco.

 

— Fora a “delícia crocante dental Wonka” que o relançou no mercado, não foi? – Charlie questionou aos dois.

— Exato. – Dóris respondeu com sua voz pesada mergulhada em excitação. – Ele analisou todo o mercado e viu qual era o maior problema que o mercado passava.

— Quando percebeu que era as cáries, ele me chamou para conversar e saber como poderíamos resolver este problema – O curandeiro adicionou. – Nós, Umpa Lumpas, endeusamos o cacau e nunca sofremos com caries.

— Há um planta que temos na fábrica, atualmente, só para consumo próprio. Willy não queria nada de fora entrando aqui, então pensou até mesmo no que comeríamos.

— A gente conseguiu estudar uma forma de separar o sabor da planta de suas propriedades medicinal.

— Depois compramos três dos doces que estavam causando a carie. Precisávamos testar o doce novo. – Dóris disse.

— O resultado foi fantástico. Dera tão certo, que entregamos uma caixa para casa dentista da região e eles fizeram o trabalho de divulgar. – O curandeiro adicionou. – No dia seguinte à distribuição, nossa porta estava com mais cartas do que já esteve com neve em todos estes anos.

Charlie concordou com a cabeça e mordeu a lateral do dedo indicador.

— Depois de voltar ao mercado – Dóris disse sorrindo. – Ele escreveu uma carta à Slugworth.

— E o que dizia a carta? – Charlie perguntou.

— Que a vitória verdadeira reside na novidade. Seja tornar algo novo pela mudança, seja por criar algo totalmente do zero.

— Esses dois sempre competiram? – Questionou o herdeiro.

Dóris negou com o mexer de sua cabeça e adicionou que Arthur era quem verdadeiramente competia, Willy apenas vencia.

As pupilas de Charlie dilataram ate que sua íris quase sumisse.

— Então chegou a hora de finalmente competirmos. – Charlie disse. – E vamos ganhar com a mesma arma de Willy.

 

W.W.

 

Arthur Slugworth,

Sei que comandou o mercado dos doces desde que me ausentei por motivos organizacionais e venho dizer que não me admira ver o estrago que fizeste.

Eu, Willy Wonka, sempre estive a frente por não permitir que a mesmice vencesse, assim como nunca permiti que algo de baixa qualidade saísse de minhas mãos para os meus consumidores.

Obviamente não esperaria que tal conhecimento permeasse sua mente ou a mente de seus capangas, mas também não me importo de deixar claro o que me faz ser quem sou e o que me mantem onde sempre estive, mesmo me ausentando por meses.

Nada no mundo vence sem a criatividade. Ou você recria algo e o torna como novo ou o cria do zero. Mas se você não carregar zelo por todos os processos, da colheita à venda, então fracassará.

O encanto de algo criativo nos faz estar sobre qualquer um e encantar qualquer um.

Eu deveria agradecer por você ter finalmente conseguido vender minhas criações, mas não o farei, pois quase destruiu o mercado em que trabalho.

E por ferir o que amo, não poderei, jamais, lhe perdoar.

W.W.


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Notas finais do capítulo

Eu, verdadeiramente, pensei em não colocar uma carta ou algo sobre o passado neste capítulo por ele já ser feito quase que completamente no passado.
Mas ai me surgiu essa oportunidade que, sem modéstia alguma, eu achei fantástica e não poderia deixar de colocá-la.
Quanto ao ato de criar, eu realmente acredito nisto e acredito que mesmo que você crie algo para um publico ao qual você não se encaixa, tem que ser algo tão incrível que até mesmo você consumiria se pudesse.
Então, lembre-se sempre disto quando for fazer algo: faça para assinar embaixo, mesmo que acabe saindo errado. Se for para colocar a "culpa" em outra pessoa, não faça.



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