Namorado escrita por Nati Miles


Capítulo 3
Saída em Grupo


Notas iniciais do capítulo

Hey, apples!
Espero que gostem desse capítulo. Eu escrevi milhões de vezes, porque nunca parecia estar bom, mas fiquei contente em como ficou no final.
Sei que não teve muita interação entre nosso casal amado, mas eu quis dar um empurrão primeiro, para que isso acontecer nos próximos capítulos, HAIHEUSHEAS.
Enjoy! :B



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Bakugou Katsuki via cada vez mais vantagens em ter uma namorada de mentira. E Uraraka Ochako via cada vez mais desvantagens. Fazia apenas dois dias que eles estavam executando esse plano mirabolante, mas a garota já estava cansada de ficar fazendo tudo que ele mandava. E ele estava se divertindo cada vez mais com isso.

Ela estava na cozinha fazendo um lanche que ele havia pedido – pela quarta vez. Meu Deus, como esse garoto era chato! Ele havia se recusado a comer o primeiro lanche porque estava com pouco queijo, o segundo não tinha salada e o terceiro estava com as cascas do pão de forma. “Espero que engasgue”, pensava enquanto fazia o lanche com mais raiva do que deveria. Normalmente Uraraka era bem calma e dócil com as pessoas, mas Bakugou conseguia fazê-la encontrar o instinto assassino dentro de si. Ela terminou e caminhou até a sala, jogando o prato na mesa de centro.

— Se não tiver bom dessa vez, juro que eu vou...

— E aí, casal! – Mina a cortou, chegando na sala de supetão com alguns amigos.

— Te encher de beijos! – ela terminou fingindo sorrir amavelmente e sentando-se ao seu lado.

Bakugou conseguia sentir a aura assassina que emanava da garota, mas fingiu não perceber e sorriu cinicamente de volta.

 - As meninas estavam falando de sair hoje à noite – Mina disse enquanto procurava o que comer na cozinha. – Você vai, né, Ochako?

— Claro, vou sim! – ela disse empolgada.

Desde a mudança para os dormitórios, os alunos da sala 1-A sentiam que estavam cada vez mais próximos, principalmente as meninas. Eles estavam sempre juntos, saindo, treinando e se ajudando. Ainda havia pequenas discussões, mas nada fora do comum. No fundo, eles se viam como uma grande família.

— Ótimo! Vamos sair às 19h! – Mina respondeu enquanto se dirigia para a sala com os amigos.

— Ei, Bakugou... – Kirishima começou sorrindo.

— Não – Bakugou respondeu rapidamente sem se dar ao trabalho de olhar para o amigo.

— Você nem me ouviu ainda! – o garoto disse fazendo bico. – Eu só ía dar a ideia de irmos também, já que nossas garotas estarão lá.

— Ah, seria uma ótima ideia, Bakugou! – Ochako disse o olhando empolgada, mas recebeu um olhar tão ameaçador que se virou para frente de novo e voltou a assistir televisão.

— Qual é, cara! Vamos lá! – Kirishima parecia estar tentando convencer, mas no fundo Bakugou sabia que ele só estava provocando. – Vai ser capaz de deixar sua garota sair sozinha pela noite?

O loiro lançou seu olhar fulminante ao amigo. Ele pagaria por isso mais tarde.

— Já disse que não vou, nem fodendo – ele respondeu se levantando irritado. – A cara redonda sabe muito bem se defender. E se continuar insistindo, eu te explodo.

Kirishima havia feito menção de tentar continuar convencendo, mas após o olhar mortal e a ameaça, fechou a boca e concordou com a cabeça.

Uraraka havia parado de prestar atenção no que assistia e olhava para onde o loiro havia acabado de sair... Era impressão ou Bakugou havia acabado de elogiá-la dizendo que ela conseguia se defender?

xxx

Kirishima e Kaminari, que haviam se convidado para ir junto, estavam prontos na sala de convivência. Eles haviam marcado de sair às 19h, mas já era quase 19:30h e nenhuma das garotas havia aparecido ainda.

— Onde estão essas garotas, pelo amor de Deus? – Kaminari perguntou se jogando no sofá, cansado de esperar de pé.

— Vocês realmente acreditaram que as vadias sairiam na hora combinada? – Bakugou estava jogando videogame na sala e só pode dar risada da cara dos amigos. – Idiotas!

Ochako e as outras garotas estavam perto da sala quando o loiro fez o comentário, então puderam ouví-lo.

— Eu ouvi, Bakugou! – ela comentou revirando os olhos. – Certeza de que não quer ir?

Bakugou se virou na direção das garotas e ficou paralisado por um instante. Ochako estava de tênis, shorts, uma blusinha preta (que estava apertada demais, pro seu gosto) e uma camisa xadrez aberta por cima. Não sabia direito, mas algo nela estava prendendo a atenção dele naquele momento, tanto que nem se deu conta que a estava encarando demais. Kirishima deu uma cotovelada discreta e o loiro o olhou ameaçadoramente, fingindo que não estava encarando a morena descaradamente antes e voltando a atenção para seu jogo.

— Nem fodendo – se limitou a responder.

— Nossa, é para um velório que nós vamos? – perguntou Jirou para Kaminari, que já estava desanimado de esperar.

— Aparentemente é para um casamento, vocês nunca que ficavam prontas logo – Kaminari respondeu com um leve tom de impaciência.

— Uuuuhhhh – Kirishima começou a provocar rindo. – Seria esse um pedido de casamento?

— Não enche – Kaminari respondeu ficando vermelho. – Peça a Ashido em namoro primeiro, depois a gente conversa.

— Ok, pessoal, é o suficiente – Yaoyorozu interferiu rindo. – Vamos?

O grupo saiu dos dormitórios em direção ao centro da cidade. Conversavam sobre os mais variados assuntos no caminho: lições, treinos, heróis, filmes... Até que chegaram na rua principal e foram para o destino da noite: a danceteria nova que a Ashido havia comentado a semana toda.

Todos comeram e conversaram por muito tempo, até que Mina se levantou e começou a chamar todo mundo para dançar.

— Você nunca se cansa, Ashido? – Kaminari perguntou bocejando.

— Você é o cara da eletricidade, você que nunca deveria se cansar e ter muita... energia – ela disse rindo.

— Se era pra ser uma piada, foi horrorosa, Mina – Hagakure disse também bocejando. Ao menos parecia que ela estava bocejando.

— Quem quiser dançar comigo, fui.

No fim, quem foi para a pista foram Ashido, Kirishima (porque Ashido foi), Jirou e Uraraka. Sabiam que acabariam se dispersando na pista, então combinaram de se encontrar com o pessoal na mesa até às onze. Ashido arrastou Kirishima para dançar com ela, apesar do garoto dizer que não sabia dançar direito. E Jirou e Uraraka estavam dançando juntas, mas a garota de fones precisou ir ao banheiro.

A morena continuou dançando sozinha enquanto esperava a amiga, até que sentiu alguém chegando ao seu lado e colocando a mão no seu ombro. Achou que era algum dos amigos, mas ficou paralisada quando percebeu que não era.

— Eeeeeei, gatinha! – o estranho segurava um copo cheio de bebida na outra mão e tinha um leve cheiro de álcool. – Quer uma bebida?

— Desculpe, mas minha amiga me espera – ela disse se afastando, mas ele a pegou pelo pulso.

— Aaaah, não vai! Vamos dançar – ele começou a se mexer enquanto ainda a segurava forte pelo pulso.

Uraraka não sabia o que fazer. Não queria gritar ou usar sua individualidade e causar alarde, mas também não conseguia ver nenhum dos amigos por perto. E o pessoal na mesa não parecia ter visão dela ali.

— Desculpe, mas eu preciso mesmo ir...

— Já disse que não vai – o rapaz disse mais firme dessa vez.

Ele segurou a garota mais perto, segurou seu rosto e a fez engolir um pouco da bebida que ele havia pego especialmente para ela. Ochako estava pronta para fazer o estranho flutuar, quando viu vultos passando e ficando entre ela e o estranho.

— Mas que porra é essa? – Kirishima falou alto, chamando a atenção de algumas pessoas por perto. – Não sabe respeitar uma garota?

— Quem diabos é você?

O rapaz tentava ser ameaçador, mas Kirishima estava ganhando em disparada. Seu olhar era quase tão ameaçador quanto de Bakugou. Ele e Mina estavam procurando por Uraraka e Jirou, quando viu o rapaz chegando perto dela. Não tinham certeza se ela estava ok com a presença do sujeito até que a viram tentando sair e ele a segurando – e foi quando saíram praticamente correndo até eles, com uma aura assassina.

— Quer mesmo saber? – Kirishima ativou sua individualidade nos dois braços e deu um passo à frente.

Jirou estava saindo do banheiro e percebeu a confusão. Correu em direção aos amigos e abraçou Uraraka, que parecia tremer um pouco.

Mina tentava intimidar junto com Kirishima. Sem deixar de olhar para o estranho, esticou um dedo e deixou uma gota do seu ácido cair no chão, formando um buraco. O rapaz, vendo que não teria muitas chances ali, bufou irritado e deu as costas para os adolescentes.

Os dois ainda estavam de costas para Uraraka, observando se o estranho havia realmente desistido. Jirou soltou a amiga, mas sentiu que ela se apoiou de novo em seu ombro.

— Ochako-chan? Você está bem? – a garota de fones perguntou preocupada.  

— Eu... Não sei... Estou tonta...

Mina e Kirishima viraram-se para Uraraka também, enquanto o restante dos amigos se aproximava apressadamente. Jirou percebeu que o olhar da morena parecia perdido, como se não conseguisse focar no que via. Percebeu que a mão da garota que estava apoiada em seu ombro começou a escorregar e Kirishima a segurou bem a tempo.

Uraraka começou a sentir que tudo estava rodando e a ver tudo embaçado. Seus amigos ao seu redor foi a última coisa que viu antes de fechar os olhos.


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