Bristol, 1863

Chegamos a Bristol por volta da noite.

Assim que desembargamos do trem, Natanael estava a nossa espera, para nos levar até a casa da minha família.

Bristol ficava ao sudoeste da Inglaterra e durante o século XIII, por milênios era classificada como uma das três principais cidades inglesas depois de Londres. Mas durante a revolução industrial, ela acabou perdendo seu lugar.

Bristol faz fronteira com os condados de Somerset e Gloucestershire, localia-se próxima das cidades históricas de Bath ao sudoeste e Gloucester ao norte.

E foi desta cidade que minha familia veio.

Meu pai havia acabado de se casar com a minha mãe quando decidiu que iria tentar a vida na capital, deixando meus avós aqui. Quando eles morreram, meu pais fizeram questão de manter a casa na familia, afinal ela era um pedaço de sua historia.

Enquanto pensava em todos os momentos que vive aqui nas ferias em companhia dos meus avós, Natanael parou a carruagem e logo veio nos ajudar a descer.

—É tão bom vê-lo de volta James.- Augusta disse na porta assim que veio nos receber ao lado de Rosa.

—É muito bom vê-la tambem.- disse antes de abraçá-la.

—Rosa como você cresceu.- disse surpreso antes de abraça-la.

—Nem tanto. E obrigada pelo presente de aniversario.- ela agradeceu depois que nos separamos.

—Não há o que agradecer.- disse sorrindo antes de olhar para Teodora que estava atrás de mim.

Ofereci minha mão a ela que aceitou, se aproximando de mim.

—Augusta e Rosa, está é minha esposa Teodora.- disse apresentando-a as duas.

—É um prazer conhecê-la Sra. Redford.- as duas disseram gentis.

—É um prazer conhecê-las, mas por favor, me chamem apenas de Teodora.- minha esposa pediu e as duas concordaram.

Natanael e Augusta estavam com meus avôs por anos, os dois se casaram e tiveram Rosa, que era muito querida por todos assim como seus pais eram.

Após as apresentações Augusta nos levou para dentro, pois estava frio. Enqunato Rosa arrumava a mesa, sua mãe nos levou em direção ao quarto em que ficariamos durante nossa estadia aqui.

—Acabei que colocar agua quente para o banho de vocês. Gostaria de ajuda para se trocar Teodora?- Augusta questionou solicita.

—Não preocupe Augusta, posso ajudar minha esposa.- respondi antes que Teodora tivesse a chance de falar algo.

—Claro, e não demorem ou a agua vai esfriar.- ela nos avisou risonha antes de sair o que fez minha esposa corar.

—Você tem que começar a ser mais discreto James.- Teodora sussurrou corada enqunato tirava suas luvas e sorri o que a fez revirar os olhos.

—Pode me ajudar com os botões.- ela pediu virando de costas para mim.

—Claro, é um prazer lhe ser util.- sussurrei em seu ouvido e Teodora se arrepiou por inteira.

Era sempre assim,  não precisava tocá-la para que estivesse entregue a mim.

E isso me deixava deslumbrado, afinal ela tambem provocava as mesmas sensações em mim.

A cada botão que abria minhas mãos acariciavam a pele alva de minha esposa, e o desejo de tê-la em meus braços só aumentava, era como labaretas me consumindo vivo.

Mas assim que estava totalmente livre de suas roupas Teodora tremeu de leve, só naquele momento percebi que havia esfriado mais. Preocupado com sua saúde, a peguei no colo e a levei em direção a banheira de água quente para tomarmos um banho antes de jantar.

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Foi um verdadeiro sacrificio levantar pela manhã, mas havia prometido a minha esposa que após o café da manha iriamos dar um passeio pela propriedade,  e Augusta havia nos informado que Emilia, a esposa do meu amigo de infancia daqui, havia nos convidado para um jantar em sua casa, no qual poderia rever os amigos que fiz aqui.

Um convite que aceitei de bom grado.

Mostrei toda a propriedade a Teodora, que ficou encantada com a mesma.

No começo estava temeroso, pois ela era filha de condes e foi criada em meio ao luxo, mas ao ver o quanto estava feliz por estar aqui percebi que ela era diferente.

Apesar de ter tudo, Teodora era simples. Ela se sentia em casa aqui e isso me alegrava.

—Essa casa é linda.- ela disse enqunato lhe mostrava o pequeno jardim que havia na frente da casa.

—Que bom que gostou, fiquei temeroso por sua reação, afinal essa casa perto da minha em Londres e perto da dos seus pais, é simploria.- disse suave e ela sorriu gentil.

—O tamanho de uma casa não importa querido, o que importa é se ela é habitada pelo amor. E essa casa foi e ainda é habitada por esse sentimento.- ela disse e sorri concordando antes de puxá-la para um beijo.