Por Amor escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 23
Por amor




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Londres, 1863

Não conseguia acreditar que alguém seria capaz de levar um recém nascido de sua casa, era maldade demais.

Assim que nos recuperamos do choque todos começaram a procurar pela propriedade, até a policia foi chamada, mas os mesmos não tinham conseguido nenhuma informação sobre o paradeiro do meu filho.

Elisa estava inconsolável, seu nervosismo a fez passar mal e Dr. Johnson foi chamado novamente para atender minha esposa. Ele teve que sedá-la para que a mesma não se debilitar-se.

—Como assim o senhor não consegui encontrar o meu filho?- questionei furioso para o delegado.

—Sr. Redford, não sabemos como proceder, afinal não temos pistas do paradeiro do seu filho.

—Ele só tem dez horas de vida, e vocês não conseguem encontrá-lo? Mas que bando de incompetentes. - gritei furiosos.

—O senhor precisa se acalmar, ou vamos prendê-lo por desacato a autoridade.- o delegado me alertou.

—James, respire fundo. Você não pode perder a calma agora. Precisamos pensar em alguém que faria mal ao meu neto.

—Não vem ninguém em minha mente pai.- sussurrei desnorteado enquanto me sentava no sofá derrotado.

—Se alguma coisa tiver acontecido ao Arthur, Elisa e eu não vamos agüentar.- solucei desesperado e meu pai se sentou ao meu lado tentando me confortar.

—James, chegou esse envelope para você.-Caetana disse confusa com um envelope branco nas mãos.

Confuso, peguei o envelope de suas mãos em seguida o abri e comecei a lê-lo.

—Do que se trata filho?- meu pai questionou curioso.

—É um amigo meu que precisa de uma consultoria urgente.- disse nervoso e me levantei indo pegar meu paletó e o casaco.

—Há essa hora? James, seu filho acabou de sumir.- meu pai disse serio.

—Sei disso pai, mas acredite em mim. Isso é importante.- disse e sai de casa com pressa.

O bilhete dizia que meu bebê estava com Alexandrina, e a mesma só o entregaria para mim, se eu fosse encontrá-la sozinho, na torre do sino da igreja. Se não seguisse a risca suas exigências ela mataria meu filho.

Jamais pensei que minha vizinha seria capaz de tirar um recém nascido de sua casa e

ameaçá-lo. Mas do jeito que ela estava desequilibrada tudo era possível.

Subi as escadas que davam acesso a torre de forma desesperada, pois cada minuto contava.

—Alexandrina?- chamei assim que cheguei ao ultimo degrau.- Alexandrina?

—Olá querido.- ela disse próxima a uma janela que estava aberta e parei de respirar assim que vi meu filho em seu colo.

— Alexandrina, eu vim sozinho como você pediu. Por favor, devolva meu filho.- implorei desesperado a ela.

—Só se você prometer que vamos ficar juntos para sempre. De que você jamais irá ficar com Teodora ou com esse bastardo.- ela exigiu enlouquecida se mantendo perto da janela, que não possuía proteção nenhuma.

Um passo em sua direção seria fatal.

—Prometo o que você quiser, só me entregue o Arthur.- pedi com calma e ela sorriu enquanto balançava a cabeça.

—Não. Se esse bastardo sobreviver você jamais será meu, então preciso matá-lo para que fiquemos juntos.- ela disse obvia.

—Você não precisa fazer isso. Arthur é um inocente Alexandrina, sei que você não seria capaz de machucá-lo.

—Você não me conhece, e não a nada que me impeça de jogá-lo por essa janela.-ela disse seria.

—Tem sim. Você sabe que se machucar meu filho, eu vou sofrer. E se você me ama como diz não vai querer isso. Não é?

—Não. Eu amo você.

—Então prove. Me devolva o meu filho.- implorei angustiado e ela olhou para o meu filho em seu colo que dormia tranquilamente.

—Você realmente ama esse bebê?- ela questionou ainda olhando o meu filho.

—Sim, eu seria capaz de dar minha vida para salvá-lo.- disse e ela sorriu amorosa para o meu bebê.

—Ele se parece muito com você. E eu seria incapaz de machucar um bebê parecido com você, ou de lhe causar alguma dor.- ela disse suave e meu filho começou a choramingar em seu colo.

Alexandrina acalentou meu filho por alguns instantes antes de entregá-lo a mim,e pode respirar aliviado por tê-lo em segurança nos meus braços.

—Está tudo bem meu pequeno, sua mãe está morrendo de saudades de você.- sussurrei embalando meu filho em meu colo para que ele se acalmasse.

—Espero que você seja feliz, e saiba que não fiz mal ao seu filho porque te amo demais e odiaria vê-lo sofrer. Mas não posso ficar aqui vendo a sua felicidade ao lado de Teodora.

—Alexandrina, eu posso ajudar você. Prometo que vou levá-la a um lugar que poderá ajudá-la. Prometo que vou visitá-la todos os dias.

—Isso não é o bastante. Não me contentaria com a sua pena, prefiro morrer.- ela disse decidida enquanto caminha em direção a janela.

—Alexandrina, não faça isso.- implorei desesperado.

—Eu amo você James.- ela disse antes de pular de encontro com o vazio.


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