Por Amor escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 22
Perda




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Londres, 1863

—Tem certeza que deseja mesmo esperar?- questionei para Elisa assim que lhe contei sobre a situação de nosso casamento, após o café da manhã.

—Sim, não me importo com que as pessoas irão falar. Só estou preocupada no momento com nosso filho, quero ficar tranquila para que ele nasça com saúde, e os preparativos de um casamento não me permitiram ficar em paz.- ela disse acariciando sua barriga e concordei. -Mas gostaria lhe pedir algo, querido.

—Tudo o que quiser, meu bem.

—Gostaria muito de trazer minha família para Londres.- ela pediu e sorri.

—Isso eu já providenciei. Pedi para minha mãe trazê-los ontem mesmo, tenho certeza que ela já deve ter mandado emissários para trazê-los.

—Obrigada por tudo James, principalmente por me entender.- Elisa agradeceu suave e sorri enquanto segurava sua mão.

—Não precisa agradecer, se estivesse em seu lugar faria a mesma coisa para proteger minha irmã. E tudo que fiz até agora foi por amor a você.- disse e ela sorriu enquanto acariciava meu rosto de leve.

—Eu também amo você , meu amor.- ela sussurrou antes de nos beijarmos.

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No dia seguinte após a rainha Vitoria conceder o titulo de duquesa a minha esposa, ela enviou a nossa casa inúmeros documentos, os quais analisei com cuidado. A maioria deles estava endereçada a minha esposa e os outros ao meu pai. Os documentos de Elisa detalhavam todas as propriedades que estavam no nome de conde Davies e que agora pertenciam a Elisa, e também havia um documento detalhando  a quantia que minha esposa havia ganhando de presente da rainha.

Uma quantia exorbitante.

—Não sei nem o que fazer com tudo isso.- Elisa disse assustada enquanto olhava o valor da sua renda anual calculada por mim.

—Você pode ajudar muitas pessoas, Elisa. Você mesma me disse que adoraria ajudar a sua terra natal.- minha irmã sugeriu e minha esposa sorriu concordando.

—Você tem razão Virginia. Posso ajudar a minha cidade. Srs. Redford, acho que deveríamos conversar.- ela sugeriu e meu pai e eu concordamos.

E foi assim que uma filial da fabrica Redford foi estalada em Carlisle, fazendo com que todos tivessem um emprego decente, além de trazer mais visibilidade para a região.

Todos de Carlisle eram gratos por sua duquesa, afinal a mesma jamais esqueceu deles.

Assim que a família de Elisa chegou a Londres, os mesmos vieram morar conosco, o que deixou meus pais felizes, afinal os dois adoravam a casa cheia.

Apesar de ouvirmos comentários maldosos ao nosso respeito, não nos importávamos, afinal o amor que sentíamos era maior do que qualquer comentário.

Parecia que em um piscar de olhos meus haviam se passado seis meses, e agora eu estava andando de um lado para o outro na sala de estar enquanto Elisa dava a luz.

—Porque não posso estar com ela agora?- questionei enquanto meu pai colocava mais uma dose de uísque.

Nunca o tinha visto tão nervoso quanto agora, mas agradecia por ele estar fazendo o seu melhor para me acalmar.

—Acredite em mim meu filho, você não vai querer presenciar isso. É algo incapacitante para um homem ver a mulher que ama sentindo dor e não poder fazer nada.- meu pai disse e me ofereceu uma dose de uísque e logo ouvimos Elisa gritar de dor.

—Se soubesse que ela iria sofrer tanto dando a luz, jamais teria tocado num fio de cabelo dela.- disse nervoso e meu pai me ofereceu uma dose que tomei de um só vez ao ouvir mais um grito de minha esposa.

Depois de duas horas ouvindo a minha esposa gritar e quase arrancar os cabelos por não poder fazer nada, minha mãe apareceu na sala com um sorriso de tirar o fôlego.

—Gostaria de conhecer seu filho, querido?- minha mãe questionou emocionada e sorri em meio as lagrimas.

—É um menino?- meu pai questionou e minha mãe confirmou.

—Você é pai de um menino, meu filho. Meus parabéns.- meu pai disse emocionando enquanto nos abraçávamos.

Assim que meu pai me soltou, segui minha mãe até meu quarto e sorri emocionando assim que vi minha esposa com um pequeno embrulho no colo.

Elisa olhava para ele como se fosse a pessoa mais importante naquele momento, e devo admitir que ela estava ainda mais linda agora como mãe.

—Amor, venha conhecer nosso filho. Ele é um menino lindo.- ela disse assim que me viu no quarto e sorriu para mim.

Com cuidado me aproximei dela e me sentei ao seu lado na cama enquanto olhava o pequeno bebê em seu colo.

Nosso filho era a coisa mais linda desse mundo, uma mistura perfeita de nós dois.

—Ele é mesmo lindo, e tem seus olhos.- disse e Elisa sorriu suave.

—Quer segurá-lo um pouco?- ela questionou e concordei meio sem jeito.

Elisa me explicou como eu deveria segurar nosso filho, e assim que eu já estava seguro de que poderia fazer isso ela o colocou em meu colo.

Era inacreditável como um bebê podia deixar alguém deslumbrado, afinal jamais acreditei que poderia ser capaz de fazer algo tão perfeito, e aqui estava o meu filho para me fazer acreditar que eu podia sim.

—Como deseja chamá-lo?- questionei para a minha esposa que me olhou confusa.

—Achei que você gostaria de escolher o nome dele.- ela disse confusa e sorri.

—Adoraria que você escolhesse o nome do nosso primogênito. - pedi e ela sorriu comovida para mim.

—Então ele se chamará Arthur. Sempre gostei desse nome.- ela disse e concordei.

—Você está bem? Fiquei preocupado por causa dos gritos.- disse desviando a atenção do nosso filho e ela sorriu.

—Estou bem, só uma pouco cansada, mas estou bem.

—Então tente descansar.- pedi e ela concordou suave.

Era visível o cansaço de Elisa e assim que a mesma assegurou que Athur estava bem pegou no sono rapidamente.

—Ela vai ficar bem, não vai Sra. Guilhermina?- questionei a minha sogra que ainda permanecia no quarto.

—Vai, não se preocupe James. Elisa só precisa de um bom resguardo e estará como antes, agora você também precisa descansar, afinal foi uma noite longa.

—Eu sei, e a senhora também precisa descansar.- disse enquanto colocava meu filho no berço que havia em nosso quarto.

Elisa, minha mãe e minha sogra concordaram que seria mais cômodo para minha esposa que o bebê dormisse conosco durante os primeiros meses, pois evitaria que minha esposa se locomovesse até o quarto dele no meio da noite, o que poderia prejudicar a sua recuperação.

Assim que me despedi de minha sogra deitei ao lado da minha esposa e acabei pegando no sono sem ao menos perceber. Mas meu sono não durou muito, pois acordei com os gritos desesperados de Elisa, o que me deixou assustado.

—O que houve amor?- questionei ainda meio sonolento enquanto todos entravam em nosso quarto.

—Levaram o meu bebê.- ela soluçou segurando as grades do berço e percebi que o mesmo estava vazio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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