Um Presente Para Hinata escrita por LilyMPHyuuga, SBFernanda, UzuKitsune


Capítulo 1
A Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Olha eu aqui com uma fic nova! ♥ Mas essa é mais do que especial, pois tive a oportunidade de escrevê-la com duas amigas mais do que especiais! Foi uma parceria incrível e eu espero que essa seja a primeira de muitas histórias em conjunto! *-* Esperamos que gostem da nossa historinha, especial de aniversário da Hinata! ♥

SBFernanda: Oi, amores!
Olha a experiência nova que rolou aqui! Escrever com essas duas foi maravilhoso! Admiro-as demais e passei a admirar ainda mais depois dessa nossa parceria. Espero muito que gostem também!
Preparamos essa one-shot com muito carinho para vocês (e pra gente, não nego) e espero que se divirtam tanto quanto nos divertimos ao escrevê-la! ♥

UzuKitsune: Olá peoples!
Confesso que nunca sei como começar as notas, mas farei o possível para me expressar através de algumas palavras…
Eu só espero realmente que gostem dessa one-shot e se divirtam. Fizemos com amor e carinho essa homenagem que agora compartilhamos com vocês. ♥


Capa feita pela UzuKitsune, da página do face "Naruto Shippers Design" (link nas notas finais).
Fanfic também disponível no Spirit.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/750645/chapter/1

A manhã fria de dezembro, anunciando o inverno e, em breve, a neve, saudou aos habitantes de Konoha que se levantaram cedo. Aquela tinha tudo para ser apenas mais uma manhã como outra qualquer, mas quando Hinata foi chamar Naruto para tomar o café e ir para o trabalho, seu marido disse que não iria.

— Como assim? — perguntou preocupada. — Você não está se sentindo bem?

— Estou ótimo — ele respondeu sorridente, tranquilizando a mulher. — Apenas estou um pouco cansado. E prometi a Boruto que iria acompanhá-lo no treinamento hoje de manhã.

— Oh! Achei que ele iria para uma missão hoje.

Naruto engasgou. Tossiu fortemente, recebendo tapinhas nas costas até que melhorasse.

— Você deve ter se enganado. — O loiro saiu da cama, avisando que iria se banhar e, assim que pronto, tomar o café-da-manhã com ela.

Hinata sorriu até que o homem entrasse no banheiro da suíte. Quando ele sumiu, no entanto, estreitou os olhos.

— O que está escondendo, Naruto-kun? — falou baixinho.

 

 

Esqueceu-se disso logo depois, ao ver a família reunida e fazendo barulho à mesa. Os Uzumaki eram sinônimo de alegria a qualquer hora do dia.

— Boruto, largue o videogame para comer — pediu.

— Hima, passe a manteiga para mim, por favor — Naruto falou.

— Estou empolgado com a missão que recebi hoje! — Boruto praticamente gritou.

De uma forma nada discreta, alguém bateu no loiro mais novo por baixo da mesa, causando um grito escandaloso.

— Você não disse que ia treinar com o papai hoje, nii-san? — Himawari comentou tristemente. — Você falou que ia me deixar participar...

— É mesmo, Boruto. — Naruto quase o repreendia. — Prometemos à Himawari que a ajudaríamos a treinar!

Hinata estranhou aquela pressão sobre o filho. Normalmente era Boruto quem implorava um tempo dos pais para poder treinar.

— Ah, eu... — O garoto hesitou. — Sim, é claro que prometi. Essa era a missão que eu estava falando.

O loirinho coçou a cabeça, envergonhado. Hinata notou os sorrisos forçados em sua direção, mas não falou nada. E mesmo quando os três saíram, empolgados — com Himawari prometendo voltar logo, pois o pai e o irmão precisariam cumprir seus deveres —, a ex-Hyuuga não ficou menos desconfiada.

Voltou para a cozinha, a fim de limpar a bagunça deixada pelos três. Estancou, no entanto, na porta do aposento, que lhe dava uma visão para o calendário que deixava preso na parede.

Vinte e sete de dezembro... Seu aniversário.

O alívio tomou conta de seu ser. Ela sorriu, meio boba.

Os três se aproveitaram de seu ligeiro esquecimento para surpreendê-la mais tarde, sem dúvida alguma. Conhecia-os como a palma de sua mão, afinal.

A desconfiança foi substituída por alívio e, então, por ansiedade. Hinata se apressou com os serviços domésticos.

Precisava ajudá-los a preparar sua festa surpresa!

 

 

Não foi difícil perceber que eles precisariam mesmo de sua ajuda. Quando Boruto e Himawari voltaram sozinhos para casa, tinham o semblante preocupado. Himawari estava emburrada e de braços cruzados e seu filho mais velho tinha um olhar triste e pensativo. Nenhum dos dois notou que ela os observava tirar os calçados em silêncio. Se não visse seus rostos, o silêncio anormal já teria indicado à Hinata que as coisas não foram boas.

— O que vamos fazer? — a pequena falava em voz baixa com o irmão.

— Temos de tentar confiar no papai. Ele disse que ia dar um jeito de conseguir o bolo, então temos que nos preocupar em tirar a mamãe de casa daqui a pouco. Vou estar contando com você.

— Mas eu queria ajudar a montar a festa!

— Shiiiiu — Boruto a repreendeu, olhando em volta. Mas não notou a mãe. Hinata era, afinal, uma ótima ninja, e sabia esconder bem a sua presença.

— Boruto? Himawari? Por que o silêncio?

— Himawari não queria vir embora, então está chateada — disse o mais velho, andando rapidamente até a cozinha, de onde vinha a voz da mãe.

Hinata estava guardando a louça e o cheiro do almoço enchia o ar.

— Mamãe, nós vamos fazer compras hoje? — Himawari era a companhia de Hinata nesses dias... Na verdade, em todos. A pequena parecia feliz em dividir essas atividades com a mãe, mas hoje havia um interesse maior estampado em seus olhos e sorriso.

— Acho que precisaremos mesmo adiantar nossa ida, afinal, em breve teremos a comemoração de Ano-Novo e eu gostaria de me preparar antes. Você vem comigo e deixa seu irmão treinar sozinho um pouco?

— Sim! — Ela estava visivelmente mais animada do que o normal e Boruto também.

— Vamos comer primeiro e então saímos, tudo bem? Boruto, venha comer! — A mesa estava posta e ela caminhou até lá. — O pai de vocês vem para o almoço?

— Não, ele disse que comeria alguma coisa no caminho para o escritório. — Boruto caminhava em direção à mesa, mas parou e voltou até a pia quando viu o olhar da mãe.

Após os filhos lavarem as mãos e se sentarem, comeram conversando sobre amenidades do dia. Ao terminarem, Boruto se levantou, dizendo que tinha que separar seus equipamentos para treinar, mas Himawari caminhou até a divisória da cozinha para o corredor de entrada e olhou para lá. Em qualquer outro dia Hinata iria achar que ela estava querendo sair logo. Hoje, porém, ela tinha certeza que a filha estava tentando acobertar o irmão em algo. Será que ele tinha alguma coisa que ela não deveria ver? Será que era alguma coisa para sua festa?

Antes estivera se perguntando se seria mesmo uma festa, mas quando os ouviu falarem sobre um bolo, teve certeza. Seus filhos e marido tinham se juntado para lhe fazerem uma surpresa e ela não tinha como deixar dar errado!

Enrolou um pouco mais que o necessário, retirando a mesa. Não comentou a estranheza que era os filhos não a ajudarem como sempre. Lavou a louça, que era pouca por serem apenas os três, e só então retirou o avental, o dobrou e guardou na gaveta de sempre. Quando percebeu que Himawari não olhava mais para o corredor é que começou a se dirigir para lá.

 

 

Hinata e Himawari seguiram para o mercado, como a mãe havia dito que fariam, mas assim que a menina se distraiu com as prateleiras de guloseimas, falando e apontando, discretamente Hinata fez um clone e este se transformou na filha. Himawari se virou no mesmo instante em que o clone da mãe, parecido consigo, saiu do local às pressas.

Se havia uma coisa que a Uzumaki tinha certeza é que sozinho seu filho não conseguiria arrumar tudo. Assim como o marido, Boruto, ao se empolgar, poderia ser um tanto… exagerado. Além do mais, ele era apenas uma criança.

No entanto, não podia negar que foi uma surpresa quando entrou em casa, como Himawari, e viu tanto o filho quanto seu marido arrumando as coisas. Ou melhor, discutindo a arrumação.

Os clones de Naruto e Boruto estavam espalhados pela sala, enchendo bexigas, enquanto seus originais discutiam sobre o que fazer com elas.

— Arco de bolas é coisa de criança! — berrava Boruto para o pai.

— E fazer um quadro de bolas vai ser melhor? Sua mãe não vai gostar.

— Vai sim!

— Não vai!

— Se ficarem brigando ela vai chegar antes de tudo estar pronto. — Os dois se assustaram e se viraram na direção de Hinata-Himawari.

— O que está fazendo aqui? Não ia ao mercado com a mamãe? Onde ela está? — Boruto se apressou em perguntar.

— Eu… — Hinata começou, mas Naruto a interrompeu:

— Você veio sozinha? Sua mãe irá enlouquecer se descobrir! — Hinata sorriu com a preocupação de Naruto, mas assim que percebeu, parou.

— Mamãe teve que ir ao clã Hyuuga, tia Hanabi a chamou. Vamos ao mercado depois. Eu… Eu pedi para ficar na loja da tia Ino.

A loja de Ino não ficava muito longe da casa deles, logo, não haveria problemas em Himawari ir de um ponto a outro.

— Mas vamos, por favor, arrumar tudo antes que ela chegue lá? Por que estavam brigando?

A sorte de Hinata é que sua filha sempre tentava entender tudo e controlar tudo também. O que ela estava fazendo ali não surpreendia ninguém, porque este era o jeito natural da pequena Uzumaki.

Os dois começaram a falar juntos, Boruto começou a falar mais alto ao notar que o pai não iria parar e logo os dois gritavam ao mesmo tempo.

— Ah! — Apesar de usar o tom baixo, ela colocou as mãos nos ouvidos e entrou no meio dos dois. — Que falta faz a mamãe para fazer vocês pararem. — E então ela se lembrou que os dois também se assustavam com a pequena menina. Olhou de um para o outro com os olhos semicerrados, do melhor jeito que podia ao imitar a filha zangada. — Estão me irritando.

Os dois se afastaram alguns passos. Naruto levou a mão até a barriga, esfregando ali sem perceber, enquanto que Boruto apenas ficava olhando para os olhos da irmã.

— O que… O que acha que podemos fazer com as bolas, Hima? — Boruto gaguejou. Todos os seus clones tinham parado o que faziam também, assim como os de Naruto, tão assustados quanto seus originais.

— Já que já encheram, podem fazer um arco bonito aqui na entrada, mamãe vai gostar.

— Mas isso é tão simples — lamentou Boruto, enquanto Naruto sorria convencido. — Mamãe merece algo especial. Olha, olha o que eu vi na internet. — O menino tirou do bolso uma imagem de bolas formando um coração no lugar do “amo” na frase, também em bolas, “Eu amo a mamãe”.

Hinata achou aquilo bastante exagerado, mas via o olhar de seu menino, ansioso por lhe agradar, por querer lhe dar um momento e um dia único. Não conseguiria negar aquilo. Himawari provavelmente sim, mas não ela. Acenou com a cabeça e, animado, Boruto saiu para conversar e dar ordens aos clones.

— Sua mãe irá ficar muito sem graça com isso, princesa — Naruto se abaixou, olhando nos olhos da filha. Hinata sabia que ele perceberia quem era se conseguisse olhar em seus olhos, por isso, desviou o olhar e apontou para a cozinha.

— Acho que ela vai gostar. Agora, cadê o bolo? — Como era difícil chamar Naruto de pai! Evitou o fazer naquele momento.

Assim que ele ouviu aquilo, levantou e bateu a mão na testa.

— Eu tô ferrado, eu tô ferrado! O que eu faço? Uma festa sem bolo não é festa! Vou comprar, é, ttebayo!

— E se ela for no mercado antes de ir me buscar? Não! — Afinal, ela realmente estava no mercado com Himawari.

A frase causou um efeito muito pior em Naruto, porque ele começou a andar de um lado para o outro.

— Podemos fazer…

— Fazer? Eu nunca fiz um bolo!

— Eu sempre ajudo a mamãe. — Isso era verdade, mas Hinata duvidava que a filha já conseguisse fazer um bolo sozinha. — Eu vou dizendo o que fazer e você faz, o que acha?

— E se não der certo, ttebayo? — Havia tanta tristeza nos olhos de Naruto.

— Vai dar certo sim! Vem! — Não o tocou, como provavelmente a filha o faria, pegando a mão dele e o puxando. Ele não podia desconfiar que era ela, ou logo descobriria pelo seu chakra. Andou na frente, indo até a cozinha, e agradeceu mentalmente por ele estar nervoso e distraído com outra coisa para não notar as diferenças.

 

 

Horas mais tarde, com a casa devidamente arrumada, a decoração de Boruto no lugar e a comida toda pronta, Hinata-Himawari soltou um suspiro, satisfeita.

— Acham que Hinata irá gostar? — Naruto perguntou, inseguro.

— É claro que sim — garantiu a pequena. — Mamãe sabe que fizemos com carinho.

Boruto a olhou um pouco desconfiado, mas a Uzumaki pigarreou, desviando o assunto:

— Já passa das cinco horas! Mamãe já deve estar terminando as compras! — E estavam mesmo, segundo seus cálculos. Não costumava enrolar para comprar tudo. — Vou voltar para loja de tia Ino, para ela não desconfiar de nada.

— Tome cuidado! — Naruto alertou ao tentar dar um beijo na filha e ela correr para a saída.

“Foi por pouco!” pensou, ofegante, a quase uma quadra de distância de casa. Naruto parecia vigiá-la com o modo sennin, então, por precaução, desfez seu clone a poucos metros da loja de Ino.

A dois quarteirões dali, Hinata e a verdadeira Himawari voltavam do mercado, exaustas com tantas sacolas. Assim que as memórias do clone chegaram até ela, um sorriso surgiu no rosto da mais velha.

Tudo ficou tão bonito!

Mal conseguiu disfarçar a alegria até em casa, abrindo a porta rapidamente e gargalhando quando uma chuva de confetes a atingiu. Naruto e Boruto disputaram para dar o primeiro abraço na aniversariante, mas Himawari foi mais rápida, agarrando-se na mãe assim que atravessaram o portal.

— Parabéns, mamãe! — ecoaram as crianças.

— Feliz aniversário, querida. — Naruto afastou os dois sem cerimônias, abraçando Hinata e roubando-lhe um beijo.

— Eca! — Foi o novo coro.

Naruto se afastou um pouco, começando a cantar os parabéns. Os outros dois o acompanharam, guiando a mãe, cada um segurando uma mão, até a cozinha. O mais velho acendeu as velas e continuou a bater palmas.

— Faça um pedido, Hina!

A mulher fechou os olhos. A matriarca Uzumaki desejou, do mais profundo de seu coração, que sua bela e amorosa família continuasse sempre unida, que seus filhos preciosos jamais perdessem aquele ar singelo e inocente que possuíam e que o amor que a unia a Naruto fosse cada vez mais intenso. Aqueles eram seus pedidos... Os três eram as pessoas mais importantes para Hinata e eram as que, naquele momento, a traziam tanta felicidade.

E, então, assoprou, apagando as velas de uma vez.

 

 

— Já disse, eu entrego primeiro! — Himawari falou seriamente, calando a discussão entre pai e filho.

Era chegada a hora da entrega de presentes. Naruto e Boruto queriam entregar seus presentes primeiro, mas a mais nova foi mais firme. Hinata ainda achava engraçado a menina ainda amedrontar os loiros, mesmo depois de tantos anos.

Os outros dois se organizaram em fila, atrás de Himawari. A garotinha estendeu um pacote para a mulher, ansiosa, sentada no sofá.

— Espero que goste, mamãe!

Desfez o embrulho colorido devagar, deixando a filha tão ansiosa quanto ela. Abriu um sorriso enorme ao encontrar um livro de desenhos, feitos pela própria Himawari.

— Minha pequena artista! — A morena abriu os braços, recebendo a pequena em seu colo e vendo, página a página, momentos do dia-a-dia da família Uzumaki. Cenas que vivenciavam quase todos os dias e que também continham Naruto, num desejo silencioso de que o homem estivesse mais presente. Hinata deu um beijo demorado na testa da filha.   — Obrigada, meu amor! É lindo! Adorei! — Olhou para Boruto, que mostrava seu olhar inquieto, assim como sua postura. — Sua vez, mocinho!

O loiro menor segurava um pacote um pouco maior que o de Himawari e parecia orgulhoso do presente que havia escolhido para a mãe.

— Um presente especial. — Ele estendeu o pacote. — Para a rainha dessa casa.

Hinata sorriu, as bochechas com um leve rubor por conta da fala do menino.

Não era novidade que Boruto venerava e tinha uma grande afeição pela mãe. O garoto era mais ligado à Hinata, assim como Himawari parecia ser mais ligada ao pai. Porém, isso não afastava aquela família.

Desviou o olhar do filho e pousou os olhos pérolas no pacote que tinha em mãos. O embrulho estava perfeitamente embalado e Hinata abriu o presente com cuidado para não rasgar o papel. A ex-Hyuuga dava valor aos mínimos detalhes, tudo porque ela sabia que o filho com certeza havia se esforçado para dar aquele presente.

E que presente!

Agora a frase que o filho dissera havia adquirido total sentido, pois ao abrir o pacote, Hinata deparou-se com uma linda tiara, quase como uma coroa, com pérolas que serviam de adorno.

Uma coroa para uma rainha.

— Então, gostou? — A ansiedade vinha junto a expectativa pela resposta.

— Adorei, meu filho! — Ela sorriu, terna, olhando para o pequeno garoto loiro parado a sua frente.

— Que maravilha, dattebasa! — comemorou. — Eu sabia que esse era o presente perfeito! Falei para tia Hanabi que a senhora ia gostar, kaa-chan. — Ele sorriu. — Ela me chamou de exagerado, eu não sou exagerado. — Cruzou os braços, emburrado. — Só queria lhe dar um presente perfeito.

— E é perfeito, pode acreditar. — Ela sorriu e beijou a testa do filho, tranquilizando-o. Em seguida, olhou para o marido, que tinha o olhar baixo enquanto fitava o pacote, não muito grande, que tinha mãos. — Naruto-kun? — chamou, carinhosa.

Mesmo estando casada com Naruto há anos, ela não conseguia deixar de usar o sufixo “kun” ao nome do esposo e ele parecia gostar de ser chamado dessa forma.

O Uzumaki suspirou e olhou para a esposa no mesmo instante em que Boruto se afastava com um sorriso triunfante, de orelha a orelha, como tivesse vencido algo. Naruto encarou a coroa que repousava ainda no pacote de presente.

— Eu poderia ter feito isso — lamentou-se em um murmúrio, e Hinata sorriu em compreensão.

— Vamos, querido, quero ver seu presente.

— Mas eu… — Ele coçou a nuca, meio envergonhado. — Eu com certeza perdi…

— Perdeu o quê? — Ela sorriu, amorosa. — Isso não é uma competição, Naruto-kun.

O olhar surpreso, rapidamente disfarçado, foi captado mesmo sem o Byakugan. Olhou para seus filhos, que mal conseguiam esconder…

— Não acredito que vocês fizeram uma aposta para ver quem me dava o melhor presente! — exclamou. — Como eu poderia não gostar de algo vindo de vocês? — Olhou para os três, acanhados com a leve seriedade da morena. — Vocês me conhecem e eu conheço vocês como a palma de minha mão… Eu nunca saberia escolher um favorito, uma vez que amo os três de forma igual e com todas as minhas forças!

Os três acenaram levemente, embaraçados. Naruto então se aproximou e entregou seu presente, coberto por uma sacolinha vermelha. Hinata tentou não mostrar a ansiedade que sentia ao abrir o pacote, mas era complicado… Se Naruto teve vergonha de mostrar, então devia ser algo simples, como ele sabia que ela tanto gostava.

Assim como aquela vez que saíram em seu primeiro encontro... O loiro havia planejado levá-la em um restaurante chique, mas Hinata se contentara com o modesto Ichiraku.

Naruto sempre criava expectativas muito altas para agradar a esposa e às vezes deixava de lado aquela naturalidade simples de agir, transformando o fácil em algo bem complicado.

No entanto, Hinata não se importava. Ela poderia ter exuberância, mas também tinha humildade, e o que mais lhe contava era o sentimento, a dedicação e o carinho com que as coisas fossem feitas, planejadas ou praticadas. No fim, não importava se era ou não extravagante, mas se a intenção foi de coração.

A matriarca foi abrindo o presente do esposo aos poucos, mas assim que o felpudo, macio e, aparentemente, quente cachecol laranja foi revelado, ela sentiu o coração pulsar no peito e olhou surpresa para o marido.

— Esse cachecol representa o meu amor por você. — Hinata o encarava, esperando que ele prosseguisse. — E também é uma forma de recompensar todo o seu amor. — A olhou. — Eu tentei fazer um igual você fez — confessou. — Queria que fosse importante, queria colocar meu sentimento em cada linha… — Hinata sorriu com a explicação dele.

— Por isso tinha tanta lã laranja espalhada pelo seu escritório? — indagou com um sorriso no rosto. — Não se preocupe, querido. — tratou de tranquilizá-lo. — Eu posso sentir todo o seu empenho e o seu sentimento em querer me presentear com algo tão especial.

— Mesmo sendo comprado?  — questionou, receoso.

— Mesmo sendo comprado — confirmou segurando uma parte do pano, felpudo, laranja.

Viu os lábios do homem tremerem. Ele se aproximou mais, ajoelhando a sua frente e sorrindo, emocionado.

— Você… Uzumaki Hinata — ele falou cada sílaba com orgulho. — Você é a mulher mais incrível desse mundo! O que seria de nós sem você?

Naruto não esperou resposta, passando os braços em torno da mulher de forma apertada e carinhosa. Hinata o retribuiu de imediato, tão comovida quanto ele.

— Ah! — gritou Boruto, assustando o restante da família. — Abraço coletivo!

E se jogou em cima dos pais, sedento de atenção e afeto – não que nunca o tivesse, mas nunca se cansaria do calor que sua família lhe proporcionava.

Naruto e Hinata riram, acolhendo o loirinho hiperativo. Himawari deu um gritinho também, sendo aparada a tempo pelo pai. A ex-Hyuuga deu um beijo estalado em cada um deles, o coração batendo forte sob o peito ao olhar os três pares de olhos azuis brilhantes.

— A pergunta certa seria: o que seria de mim sem vocês três? Vocês são meus melhores presentes…

E realmente, eles eram. Não apenas para Hinata. A família Uzumaki tinha passado por momentos complicados para estarem juntos. Foram inúmeras as ocasiões que a mulher desejou aquilo, e todas as vezes que tinha todos os seus amores em seus braços, sentia-se realizada.

O sonho de Hinata Uzumaki era ser feliz ao lado dos seus, e vê-los com expressões radiantes enquanto comiam o bolo, mostrava que seu sonho tinha se realizado.

Ela não poderia ser mais feliz, nem mesmo ousaria pedir tal coisa. Com um grande e sincero sorriso nos lábios, tocou o canto da boca da filha, que estava ao seu lado, limpando o bolo que todos achavam que ela tinha ajudado o pai a fazer. Sentiu a mão de Naruto em suas costas e então ele se aproximou, colocando os lábios em seu ouvido:

— Obrigado por nos ajudar. — Ela o olhou. Como ele sabia? — Hima nunca iria fugir de meu toque... E você só faria isso para que eu não a reconhecesse.

Hinata sorriu, levando a mão até o rosto do marido em uma carícia. Nenhum dos dois precisava falar. Aquele era o melhor aniversário que Hinata poderia pedir. E eles sabiam disso.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... é isso! xD Espero que tenham gostado! Fizemos com muito carinho, homenageando essa personagem incrível e que tanto admiramos, que é a Hinata! Foi um prazer escrever e participar do desafio! Até uma próxima história! =* ♥

SBFernanda: E aí, pessoal, o que acharam?
Confesso que quando eu li (revisão) fiquei em dúvida sobre qual parte cada uma de nós escreveu, sério. Acho que conseguimos mesclar bem as nossas partes (e, acreditem, mesclamos até no mesmo parágrafo). E vocês, o que acharam? Conseguiram identificar alguma coisa? Conta pra gente!
Obrigada por terem lido e dado essa chance de conhecer nossa primeira história juntas. ♥

UzuKitsune: Gostaram? xD
Eu gostei kkkkkk principalmente por ter a oportunidade de escrever com essas duas autoras maravilhosas que admiro tanto.
Como a própria Fernanda disse, foi uma experiência maravilhosa e vocês não fazem ideia do quanto nos divertimos elaborando e escrevendo essa história.
Fernanda e Isis são duas loucas que amo muito ❤ e espero (se possível) poder participar de mais projetos com elas.

Um abração! =*

Link da página de capas para fanfics no Facebook: https://www.facebook.com/NarutoShippersDesign/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Presente Para Hinata" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.